Após unirmos forças e coletarmos algumas sucatas que possivelmente iriam poluir a casa de Piraiaguara, ficamos com uma pergunta: O que faremos com todos esses materiais?
O Ateliê da F1 decidiu escrever uma carta e pedir ajuda para o Ateliê da Educação Infantil, que está imerso em uma pesquisa sobre as sombras. Então as turmas se encontraram e a Educação Infantil compartilhou uma nova descoberta nas artes: Sue Webster e Tim Noble, artistas plásticos que produzem esculturas a partir de materiais que podem ser reciclados, modificando suas utilidades e brincando com imagem, projeção de luz, sombra e as possibilidades de significados, gerados a partir do que se observa.
Em grupos, os pequenos soltaram a imaginação e criaram, coletivamente, suas esculturas com os materiais recolhidos, projetaram as sombras com lanternas e observaram com o que se pareciam! Foi uma farra só!
E a brincadeira ainda não acabou! Continuamos aceitando sucatas, limpas e lavadas.
Nas aulas de Inglês do Ateliê, as F2 e F3 exploraram a relação entre as pessoas, a natureza e o planeta.
Partindo da leitura do livro I Love The Earth, do autor norte-americano de literatura infantil Todd Parr, promovemos uma sensibilização sobre o tema, que gerou discussões coletivas. As reflexões feitas em grupo deram origem a produções no caderno e no portfólio, consolidando o aprendizado de forma criativa e significativa.
Enquanto isso, as F4 e F5 vêm se dedicando à natureza com cuidado durante este primeiro semestre, participando de vivências significativas no Parque Lage. Essas experiências integraram o uso do inglês aliado à investigação científica da natureza, sendo impulsionadas pela curiosidade, pela observação e pelo desenvolvimento da consciência ambiental.
Como culminância desse percurso, as crianças participaram de uma cerimônia especial para a entrega dos certificados de “Nature Protectors” (Protetores da Natureza), momento no qual cada uma pôde reafirmar seu compromisso com o respeito ao meio ambiente.
As turmas de primeiro ano conheceram O Livro das Coleções, de Renata Bueno, e a partir dele iniciamos um trabalho com sequências.
As crianças se engajaram para descobrir os segredos de cada coleção observando a maneira como foram organizadas na ilustração.
Depois, trabalhando em grupos, criaram sequências usando materiais da sala. Os grupos circularam pelas mesas desvendando os critérios usados para criá-las e dando continuidade a sequências elaboradas.
No caderno experimentaram continuar e também criar sua própria sequência.
As crianças se envolveram bastante com essas atividades, que trabalham o raciocínio lógico e a capacidade de ordenar, aprimoram a atenção, percepção e organização.
As F2 estão mergulhadas em atividades que ajudam a responder a uma pergunta essencial: como os números são formados?
Brincando, explorando materiais e discutindo em grupo, as crianças estão descobrindo que cada número possui uma estrutura e pode ser decomposto em partes menores, o que facilita os cálculos e o desenvolvimento do raciocínio matemático.
A decomposição numérica é uma estratégia fundamental para compreender como o sistema de numeração decimal se organiza e funciona. Para tornar esses conceitos mais concretos e acessíveis, as crianças foram convidadas a jogar o “Nunca Dez!”.
Nesse jogo a missão é simples, mas desafiadora: ao juntar dez unidades, formando uma dezena, as crianças devem amarrar os palitos e reorganizar os numerais no registro.
Com isso, vão gradualmente percebendo como os agrupamentos em dezenas são a base da organização das ordens no sistema decimal — unidades, dezenas, centenas —, o que contribui para a construção de uma compreensão mais sólida dos números.
Muitos são os materiais que podem ser usados na construção de tramas. Sintéticos ou orgânicos, lã, linhas, palha e papel são algumas das possibilidades.
O terceiro ano tem experimentado algumas delas, e nas últimas semanas as crianças elaboraram um trabalho com tiras de papel-cartão coloridas, criando padrões de cores entrelaçadas.
A proposta exigiu dos pequenos muita coordenação motora fina e habilidade para intercalar as fileiras e estabelecer uma trama.
Aos poucos ficaram mais confiantes, as cores ocuparam os seus lugares e lindos trabalhos foram surgindo!
Essa foi a pergunta que despertou a curiosidade das F3. As crianças começaram listando diversas formas de marcar a passagem do tempo: desde calendários e ampulhetas até as fases da Lua.
Explorando o tema, conheceram diferentes tipos de relógios, como o de sol, o digital e o de bolso, e aprofundaram seus estudos sobre o relógio de ponteiros.
Apesar de comum no dia a dia, este instrumento ainda é um desafio para muitos, e cada descoberta tem sido motivo de entusiasmo. As turmas estão animadas para dominar a leitura das horas e resolver situações-problema, calculando as horas e minutos com o apoio dos relógios de papel.
Para as famílias, fica um pedido: que tal incentivarmos esse aprendizado em casa também? Vale aproveitar pequenos momentos, como observar os ponteiros e marcar os horários de sua rotina.
O barracão da Unidos do Quarto Ano está a todo vapor!
As turmas iniciaram a construção de instrumentos musicais que compõem uma bateria de escola de samba. Munidos de papelão, papel craft, tesoura, cola e muita fita crepe, pandeiros, caixa, bumbo, reco-reco e tamborins foram tomando forma.
O maior desafio foi fazer todos eles em 3D!! Mas foi enfrentado com muita disposição e criatividade! Iniciaram o processo desenhando os projetos em 2D, e aos poucos surgiram soluções e os instrumentos foram sendo preparados.
Os resultados poderão ser apreciados na Mostra de Artes!
As F4 receberam a visita de Marcos Ferreira, pai de João Saldanha (F4A). Marcos trabalha com uma equipe de historiadores na recriação de personalidades e espaços que foram “apagados” ou distorcidos da história do Brasil. Responsável pela parte de inteligência artificial do projeto, ele é o idealizador do Museu da Memória Negra em Inteligência Artificial, iniciativa que articula tecnologia e ancestralidade na construção de novas formas de olhar para a nossa história.
O encontro gerou conversas importantes sobre como os bancos de dados que alimentam as inteligências artificiais ainda carregam uma forte visão eurocêntrica, influenciando diretamente a produção de conteúdos que silenciam ou invisibilizam outras narrativas. As crianças se mostraram atentas e trouxeram reflexões pertinentes sobre representatividade, memória e pertencimento.
Um dos momentos marcantes foi a apresentação de imagens recriadas de Anastácia, figura histórica associada à resistência e que “não se deixou escravizar”, como cantam no coral da escola. As conexões surgiram de imediato, fortalecendo vínculos entre as vivências artísticas e os temas discutidos em sala.
Outro ponto foi a possibilidade de, com o apoio da tecnologia, imaginar o quintal da Tia Ciata, figura importante nos nossos estudos sobre o samba e a cultura afro-brasileira. As imagens despertaram e ampliaram as formas de acessar e pensar a memória.
Foi uma vivência muito bacana, que alimentou ainda mais o nosso projeto e reafirmou a importância de reconhecer múltiplas vozes na construção do conhecimento histórico.
O quinto ano tem trabalhado bastante nas últimas semanas.
Inspirados pelo artista plástico José Bechara e as obras nas quais o processo de oxidação é usado para manchar as telas, fizeram uma pequena coleção de objetos possíveis de sofrer oxidação e enferrujar.
Num segundo momento, cada turma recebeu um pedaço de lona molhada e montou uma composição com as peças previamente separadas.
Os trabalhos foram colocados no pátio da escola para que sofram a ação do tempo, da chuva e do sol, e que esses elementos naturais interfiram na montagem e a ferrugem possa corroer o tecido e produzir manchas e outras interferências.
Estamos acompanhando o processo diariamente, com grandes expectativas quanto ao resultado.
É com alegria que compartilhamos os resultados da participação das F5 no Concurso Canguru de Matemática 2025, uma das maiores competições internacionais de raciocínio lógico e matemática.
Voltado para alunos do 3º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, o concurso valoriza a superação individual, o raciocínio lógico e o uso criativo da matemática em situações do cotidiano.
A proposta instiga os estudantes a pensarem estrategicamente, sem criar um ranking entre eles, o que torna a experiência mais inclusiva e enriquecedora. A participação das F5 nesta edição foi motivo de orgulho, e os resultados refletem o envolvimento e a dedicação das crianças.
Parabenizamos todos que participaram com empenho! Com destaque, celebramos os/as estudantes que conquistaram medalhas:
Medalha de Ouro
• Nina Varotto
Medalha de Prata
• Antonio Falcão
• Antonio Mota
Medalha de Bronze
• Antônia Bastos
• Bernardo Pinto
• Caetano Cunha
• Caio Rangel
Menção Honrosa
• Emília Emoingt
• Filó Cunha
• Guilherme Janot
• João Gabriel Rodrigues
• Lila Medeiros
• Miguel Bruno
• Rafael Guardatti
Parabéns pela conquista e pelo entusiasmo com que se dedicaram à Matemática!
Dando continuidade aos estudos das quatro operações, as F5 iniciaram as investigações sobre o algoritmo da divisão.
Esse processo acontece após a compreensão e o domínio do sistema de numeração decimal e das operações envolvidas na divisão: adição, subtração e multiplicação. Ao praticarem, as crianças vão percebendo a que corresponde cada termo dessa operação e o porquê do procedimento usual.
“Junto o algarismo da ordem de milhar com a centena porque ele é menor que o divisor. Daí, não dá para dividir. Mas, se eu junto uma unidade de milhar com 2 centenas, terei 1200, que é 12 centenas. Aí, sim, poderei dividir 12 do dividendo por 3.”
Investir no domínio dos conceitos e do sistema de numeração decimal, bem como no entendimento da função e do papel de cada termo da divisão, faz com que as crianças tomem consciência do próprio processo, percebendo inclusive onde erraram ao utilizar o novo procedimento para resolver uma divisão.