Isso que Toca Chama-se Balafon

Ateliê F1 – Capoeira

O que é o Berimbau?
O que é o Berimbau?
É a cabaça, arame e um pedaço de pau

A música é um recurso fundamental nas Aulas de Capoeira. Tão importante que sempre iniciamos nossos encontros cantando e tocando diferentes instrumentos. Mas além do berimbau, agogô, pandeiro e caxixi, o que podemos usar?

Cigano, que além de professor de capoeira é músico e um incrível artesão, construiu um protótipo do instrumento que é conhecido como tambor de língua ou tambor de fenda. É inspirado no teponaztli, instrumento pré-colombiano maia e espécie de xilofone ancestral. Ele recebe esse nome pelo formato do local que se percorre para tirar o som, vibrando ao entrar em contato com o corpo do bambu. Para tocá-lo, podemos utilizar tanto baquetas como as mãos. 

Ele também nos contou que, como tudo de música e movimento tem origem ancestral, o tambor de fenda também pode ser encontrado em diversas culturas de países africanos, através do nome balafons. “O tambor de língua com o sisal é o último modelo que fiz, mas este instrumento de uma forma geral existe de diversos tamanhos, notas e formatos! E como tudo na capoeira é som, como diria mestre Pastinha ‘a capoeira é tudo que a boca come’. Entendo que tudo faz parte!”.

Pique-Bandeira

Ateliê – Jogos e Brincadeiras

Na Oficina de Jogos e Brincadeiras, as crianças do Ateliê exploraram o jogo Pique-Bandeira, uma brincadeira tradicional que pode ser vivenciada tanto em espaços amplos, como a quadra, quanto em formato adaptado, no tabuleiro.

Iniciamos com uma roda de conversa sobre a brincadeira, seus objetivos e regras. As crianças compartilharam memórias, estratégias e curiosidades sobre o jogo em sua forma mais conhecida: ao ar livre, com correria, atenção e trabalho em equipe.

Em seguida, elas conheceram o jogo adaptado para o tabuleiro. Então, propusemos um novo desafio: construir o nosso próprio tabuleiro de Pique-Bandeira. As crianças confeccionaram os tabuleiros com a ajuda dos professores e depois vivenciaram partidas em duplas e em pequenos grupos.

Por fim, reunimos todos os grupos para uma grande disputa coletiva, valorizando o respeito, a escuta e a colaboração.

Pequena África

F1

As turmas de primeiro ano fizeram um passeio ao Cais do Valongo e à Pedra do Sal, marcos históricos importantes para a  memória e formação cultural do nosso país.

Janaína, contadora de histórias e estudiosa da cultura afro-brasileira, contou a história do cais, lugar que foi ressignificado, e leu o texto Guardiãs da memória nunca esquecidas, de Otávio Júnior.

Conheceram um pouco mais sobre o baobá, árvore sagrada para os africanos, plantada na região do cais. Cantamos ao redor da grande árvore e depois seguimos para a Pedra do Sal. Lá descobrimos que o sal já foi usado como moeda e que, nesta região, estivadores se reuniam para, além de trabalhar carregando os sacos de sal, fazer suas oferendas e compartilhar momentos de alegria em rodas de samba. A Pedra do Sal se tornou um quilombo urbano, lugar de refúgio,  cultura e alegria. 

As crianças apreciaram os murais com sambistas, escorregaram  na pedra e ainda improvisaram uma pequena roda de samba  cantando e batendo na palma da mão. Uma tarde cheia de conhecimento! 

O Barro de Nanã

Turma da Memória (F1)

A turma recebeu a visita da Juana, ceramista e mãe da querida aluna Aurora. 

Inspirados no itã de Nanã, a orixá que se encantou no mangue, convidamos a Juana para uma oficina de modelagem com barro. 

Segundo a mitologia africana, foi com o barro de Nanã que Oxalá modelou os primeiros seres humanos com a ajuda de algumas yabás como Oxum, Iansã e Iemanjá. 

Juana mostrou para as crianças duas esculturas de figuras femininas feitas por ela e falou um pouco sobre o processo de trabalho com o barro, como as queimas que deixam a argila bem dura e resistente. Trouxe ferramentas que a auxiliam em seu trabalho e o barro terracota para as crianças modelarem.

A turma curtiu pôr a mão na massa e ficou bastante envolvida com a proposta. Muitas figuras interessantes foram criadas pelas mãos dos nossos pequenos e pequenas. 

Agradecemos a Juana pela parceria e por proporcionar essa gostosa experiência para a turma.

Viagem, Arte e Descobertas

F2 – Projeto

A viagem das F2 está apenas começando, mas já podemos afirmar o quanto a primeira parada dessa grande aventura proporcionou um verdadeiro mergulho na cultura local. Exploramos objetos e expressões artísticas que representam a identidade da nossa cidade.

As atividades, os debates, as pesquisas e os passeios serviram de inspiração e base para que as crianças colocassem a mão na massa, registrando de forma plástica, individualmente e coletivamente, suas vivências e observações ao longo do Projeto.

Agora, chegou o momento de compartilhar com as famílias esse percurso realizado até aqui, repleto de referências artísticas e descobertas que acompanharam os estudos das crianças, por meio da Mostra de Artes.

Tecendo Saberes

F3 – Projeto

Os preparativos para a Mostra de Artes revelam um processo rico em experiências, resultado do trabalho desenvolvido pelas F3 ao longo do primeiro semestre. Esse percurso inclui não apenas as habilidades exploradas em cada linguagem artística, mas também as investigações realizadas no contexto do Projeto.

Dentre os trabalhos apresentados, destacam-se a Colcha de Retalhos e a Manta, tecida a partir de correntinhas de crochê.

A Colcha de Retalhos carrega um pedacinho de cada criança e uma memória especial de suas histórias. Produzida com tecidos de roupas antigas, é resultado de um trabalho coletivo, em que cada um colaborou com seu retalho carregado de narrativas únicas. Foi uma obra tecida a muitas mãos, que, aos poucos, também costurou vínculos e fortaleceu o reconhecimento das crianças como grupo, capaz de criar de forma colaborativa e sensível.

Na Manta, as crianças conheceram a técnica do crochê de mão e se encantaram com a “correntinha”. Produziram metros e mais metros de crochê,  até acabarem com todos os fios. O entusiasmo foi tanto que algumas decidiram desfazer trechos apenas para recomeçar — diziam que era relaxante.

Assim, os pontos, os fios e as histórias criados pelas F3 e reunidos nesta Mostra celebram tudo o que foi vivido, descoberto e construído juntos ao longo do semestre.

Explorando a Malha Quadriculada

F4 – Projeto

Depois das descobertas com as somas sucessivas e com a multiplicação como combinação de possibilidades, as F4 seguiram explorando novas formas de pensar a Matemática no dia a dia. Desta vez, a malha quadriculada se transformou em um espaço de criação, experimentação e muita troca.

O desafio proposto foi organizar quantidades na malha usando linhas e colunas. A ideia era perceber como certos arranjos espaciais podiam revelar relações entre os números, ajudando a construir, pouco a pouco, novas possibilidades de multiplicação. O movimento despertou observações interessantes e levou as crianças a formular hipóteses, comparar estratégias e olhar para os números de uma nova forma.

Essas experiências também abriram espaço para discussões sobre as propriedades do retângulo: O que define essa forma? Todos os lados são iguais? Como sabemos se o que desenhamos realmente é um retângulo? Todo retângulo é um quadrado ou todo quadrado é um retângulo? Durante as discussões, as crianças perceberam também as relações geométricas.

Outro desafio proposto foi o de duplicar e ampliar desenhos dentro da malha. Ao ampliar figuras, as crianças notaram relações entre tamanho, proporção e organização no espaço. Mais uma vez, associaram esse movimento à multiplicação.

Seguimos entusiasmados com nossas investigações matemáticas!

Sobre Solos e Saberes

F5 – Projeto

No projeto “Terra, fogo, água e ar: por onde os elementos irão nos levar?”, as F5 vivenciaram e experimentaram etapas do processo científico com o objetivo de desenvolver uma postura investigativa sobre diferentes tipos de solo, explorando suas características, composições e propriedades. 

Para isso, foram convidadas a observar, formular hipóteses, levantar questões e compará-las ao longo da investigação, seguindo etapas fundamentais do método científico.

Num segundo momento, puderam analisar os dados e fazer o registro em fichas e nos seus cadernos.

Henrique, professor de Ciências da escola, orientou a atividade e estimulou a curiosidade das crianças ao ensiná-las a utilizar o microscópio e a identificar a consistência dos materiais explorados: terra, húmus, argila, areia de praia e de rio.

Durante as etapas, manusearam peneiras e perceberam a presença de outros materiais nos diferentes tipos de solo, como pedrinhas e conchas, observando quais elementos passavam pela peneira e quais ficavam retidos.

Além disso, utilizaram balanças para comparar massas, o que possibilitou estabelecer relações diretas com conteúdos das aulas de Matemática, como medição, comparação de grandezas e análise de dados. Essa articulação entre Ciências e Matemática ampliou a compreensão das crianças sobre a importância de observar, medir e registrar com precisão, integrando o raciocínio lógico-matemático ao olhar investigativo do método científico.