Ateliê F1
No último sábado, dia 20/09, estivemos presentes no III Festival Distrito de Educação, na Casa Firjan. Tivemos a alegria de compartilhar nossas experiências nas aulas de Educação Ambiental, em parceria com o grupo Moleque Mateiro, por meio do nosso livro Dias Mateiros.
Em nosso estande, Vinicius, Maria Antônia e Pablo ensinaram às crianças como plantar, de maneira consciente, mudas de alecrim, tomilho e salsinha. Foi uma manhã repleta de aromas, terra e muita alegria!
O livro Dias Mateiros, do Ateliê da Pereirinha, estará disponível na recepção da nossa escola. Venha conferir!
Participamos de evento realizado na Casa Firjan reunindo diversas escolas do bairro de Botafogo. As crianças do Ateliê viveram um momento muito especial ao compartilhar com suas famílias o lançamento do fanzine produzido por elas na oficina de Jogos e Brincadeiras.
Também realizamos nossa terceira roda de Capoeira, conduzida pelo professor Leandro, seu mestre e o grupo Senzala, núcleo Família Agulhas Negras. Entre músicas, gingas e muitas brincadeiras, a manhã foi embalada pela energia contagiante dessa cultura tão importante para nossa identidade.
Foi um momento de alegria e partilha, em que crianças, famílias e escola se encontraram em torno da arte, do movimento e do aprendizado coletivo.
As turmas de F1 já começaram a se preparar para sua performance musical na Festa de Encerramento. O trabalho integra a batucada do samba, explorada ao longo dos dois semestres, ao canto apresentado na Mostra de Artes. Agora, ampliamos o desafio incorporando instrumentos melódicos, como o metalofone e o xilofone.
Para isso, estamos explorando a escala de Dó maior, em seu movimento ascendente e descendente, aprendendo não apenas o nome das notas, mas também a diferença de altura entre cada uma delas. Afinal, não basta nomear: cada nota traz em si uma sonoridade única. Quando criamos combinações de notas dentro de um contexto rítmico, estamos, ao mesmo tempo, inventando e reinventando melodias — improvisando, ampliando e reconhecendo repertórios.
E, como não poderia deixar de ser, a canção que estamos preparando é um samba. Mas o título ainda é segredo… aguardem a surpresa na apresentação!
As turmas da Memória e do Samba conheceram um pouco sobre o samba de roda, expressão artística significativa da cultura brasileira e que apresenta duas variações: o samba chula e o samba corrido, onde a dança, as palmas e a música ocorrem ao mesmo tempo.
Ao som de Dona Edith do Prato, importante representante deste estilo musical, as crianças experimentaram o passo típico chamado “miudinho”, que consiste num deslizar quase imperceptível dos pés colados ao chão para a frente e para trás, dançando em roda. Assim inauguramos nossas pesquisas de movimento para a coreografia que dançarão na Festa de Encerramento.
Uma História com Mil Macacos, de Ruth Rocha, fez sucesso nas F1.
Doutor Quaresma, cientista, e Zeca, telegrafista, vivem muitas confusões por não conseguirem se comunicar com clareza.
A divertida história serviu de inspiração para a criação de uma apostila de desafios matemáticos.
As crianças vão se deparar com problemas que envolvem as quatro operações e poderão continuar explorando maneiras de registrar e compartilhar suas ideias.
Mil macacos e muitos problemas pela frente!
Histórias em que os bichos fazem coisas de gente estão presentes no trabalho de Língua Portuguesa das F2. O cão perde a carne por querer demais, a cigarra canta sem se preocupar, a formiga trabalha sem parar e a raposa inventa truques para se dar bem.
As fábulas chegaram promovendo discussões sobre as características deste gênero, com investimento na leitura da função dos sinais de pontuação. O livro Moral da História, fábulas de Esopo, de Rosane Pamplona, será nosso parceiro nessa jornada.
Para incrementar ainda mais o trabalho, nas próximas semanas vamos iniciar a atividade “Leitores do Dia”. Em duplas, as crianças sortearão uma fábula para ler e compartilhar em voz alta com toda a turma.
Essa dinâmica será marcada e avisada nas agendas com antecedência, para que as famílias ajudem as crianças na criação de algum suporte artístico, como, por exemplo, fantoches, cartazes, maquetes ou o que mais as crianças desejarem criar.
As F3 receberam Henrique, professor de Ciências da escola, para conversar sobre o que é um desenho científico. Depois dessa conversa, as crianças produziram um texto sobre o que aprenderam sobre o assunto:
“Na aula do Henrique nós vimos imagens de animais que foram desenhados inspirados em cartas, e, por isso, esses desenhos ficaram estranhos e bem diferentes da realidade. E depois vimos uma foto muito mais realista e interessante, em que a pessoa observava a planta e desenhava.
No desenho científico é preciso prestar bastante atenção para o desenho ficar bem parecido com o objeto que você está copiando, é um desenho padronizado. Ele é diferente do desenho artístico, que você pode fazer do jeito que você imagina.
Para fazer um desenho de observação precisa de: paciência, atenção e observar a planta do seu ponto de vista. A gente precisa observar os detalhes para fazer bem parecido, fazer o traço bem fraquinho para poder apagar e depois que terminar, reforçar o desenho. Por último, precisa colocar os nomes das partes da planta. Se quiser colorir tem que prestar atenção para usar as cores certas.” (texto coletivo)
Agora, as crianças estão preparadas para a saída de campo para o Jardim Botânico para fazer desenhos de observação.
Após o retorno da pesquisa enviada para casa, iniciamos nas aulas de Educação Física o projeto “Brinquedos e Brincadeiras”, com o objetivo de trazer para as crianças possibilidades de movimento a partir de objetos de memória.
Nossa primeira exploração é com o pião de corda. Nosso foco é aprender a enrolar a fieira, a forma de lançar o brinquedo e fazê-lo girar. Paciência, perseverança e atenção têm sido parte do processo.
As crianças conheceram também um pouco sobre o brinquedo, os materiais com os quais pode ser feito e o relacionaram com o beyblade. “Seria o pião o pai ou avô do beyblade?” foi a pergunta que surgiu.
A exploração continuará nas próximas aulas. Qual será o próximo brinquedo que descobriremos?
O quarto ano iniciou uma pesquisa sobre o som nas aulas de Projeto e Ciências. Nas aulas de Música, esse tema abriu espaço para explorarmos as características acústicas e os parâmetros que definem o som.
As crianças foram convidadas a observar de forma analítica tanto os sons de diferentes instrumentos quanto os do próprio entorno. A partir dessa experiência, passaram a classificá-los segundo critérios como: agudo/grave, alto/baixo, longo/curto, agradável/desagradável, organizado/desorganizado.
Em seguida, foram desafiadas a perceber os sons ao redor e a buscar formas de representá-los graficamente. Esse exercício ampliou o olhar sobre como escutamos o mundo.
Foi nesse contexto que conheceram o conceito de Ecologia Sonora, desenvolvido pelo pesquisador Murray Schafer, que estuda o impacto do som nos ambientes e nos convida a perceber o entorno através da escuta. A discussão se aprofundou com a obra performática 4’33”, de John Cage, que questiona o que é música e provoca o ouvinte a transformar silêncio e ruídos em experiência musical. Na sequência, as turmas tiveram contato com Snowforms, de Murray Schafer, obra que apresenta uma partitura não convencional e expande as possibilidades de escrita musical.
Inspiradas por essas referências, as crianças criaram suas próprias partituras não convencionais. Em grupos, experimentaram diferentes grafias para sons ou buscaram sons que correspondessem às grafias inventadas.
Ao final desse percurso, ampliaram sua compreensão sobre som, silêncio e música — aprendendo que escutar é também criar e que todo ambiente pode se tornar campo de pesquisa sonora.
As F4 fizeram uma visita a um dos maiores templos do samba: a Portela.
Cheias de curiosidade e expectativa, as crianças foram recebidas com alegria pelos anfitriões Mauro, Ingrid e Simone. Logo na entrada, em uma grande roda, como as de samba, conheceram a história da escola, que se confunde com a própria história de Madureira, do subúrbio carioca e da migração da população negra que deixou o Centro da cidade. Foi nesse contexto que Paulo da Portela, Antônio Rufino, Dona Esther, Dona Dodô e tantos outros fundaram a agremiação.
A conversa percorreu a quadra histórica, os 22 títulos do Carnaval carioca e mostrou que a Portela é muito mais do que o desfile na avenida: é um espaço de sociabilidade e cultura, com projetos permanentes de educação e arte. Lembramos as palavras do sambista Candeia, que dizia: “O samba não é só música”.
Os anfitriões abriram para nossa visitação até espaços sagrados, como a pequena capela em homenagem a Dona Dodô, uma das grandes fundadoras. As crianças, atentas, fizeram inúmeras perguntas sobre as cores, o pavilhão, a famosa águia e o grupo mirim Filhos da Águia, onde crianças e famílias participam ativamente da vida da escola.
Entre anotações e olhares atentos, todos perceberam que estavam diante de um patrimônio cultural. A visita terminou com brincadeiras, dicas de samba e um convite para voltarem quando a escola estiver em ensaio.
A Portela e sua águia já fazem parte do imaginário das F4, fortalecendo nosso projeto sobre o samba e mostrando, na prática, a força de uma comunidade sambista.
No dia 20, sábado passado, o coral infantil da escola esteve presente no III Festival das Escolas de Botafogo na Casa Firjan, como encerramento do evento. Tivemos a linda oportunidade de reunir os três coros infantis (A, B, C) para cantarem juntos, emocionando o público presente.
No repertório, estavam as músicas Canto do meio-dia (vissungo), Cio da Terra, Pout pourri de sambas de enredo, Tataruê e Onça, que foi cantada junto com o Coral Sá Maior.
Agradecemos a todas as famílias que estiveram ali presentes, fortalecendo o vínculo de suas crianças com o canto coral e com a cultura popular brasileira, semeando boas memórias para o futuro.
Nas aulas de Matemática, temos reiterado para as crianças que esta disciplina exige reflexão e profundidade, atitudes que pedem tempo e empenho para que seja possível olhar para um mesmo objeto de diferentes formas.
Pensando nisso, trouxemos para a discussão um recurso que as crianças costumam usar na contagem: as bolinhas, ou números visuais. Essa forma de representação numérica instigou os alunos a pensarem sobre o que viam: números, múltiplos, formas geométricas; perceberam também que as figuras seguem padrões, como no caso dos números quadrangulares, formados por pares de grupos com quatro bolinhas cada.
Dessa forma, as F5 puderam experimentar um jeito de pensar a Matemática de forma mais aberta, visual e com múltiplas interpretações.
As turmas de Fundamental I iniciaram o processo de sensibilização para a nossa festa de encerramento intitulada Vamos comprar um poeta, adaptação teatral feita por Beatriz Napolitani do livro homônimo de Afonso Cruz, encenada pelas turmas de F5.
Nas aulas de Dança, propusemos investigar corporalmente o uso de alguns objetos presentes na história, como panela, lâmpada e livros, e experimentar formas diferentes de usá-los, exercitando a criatividade e criando novos sentidos para gestos do cotidiano.
Em um segundo momento, trouxemos o desafio de colocar um “óculos da arte” sobre movimentos cotidianos. Gestos rotineiros como sentar, beber água ou abrir uma porta, quando observados por esse outro olhar, podem se transformar em movimento e coreografia, ganhando novas qualidades e significados.
Essas propostas vêm nos ajudando a pensar, junto com as crianças, o processo de criação de uma coreografia e também sobre a ideia central da peça: como a arte pode transformar o jeito como vemos e vivemos o mundo.