Fund II
No início do ano letivo organizamos uma visita ao Santa Marta com os estudantes das F8 e F9, com o objetivo de estreitar nossa relação com a comunidade.
Como resultado dessa aproximação, formamos um grupo de voluntário(a)s para montar um espaço literário no local, nos juntando ao projeto favela_scene, liderado pelo morador e ativista comunitário Gilson.
Uma parte dos nossos voluntário(a)s visitaram o espaço e desenvolveram o projeto, desenhando a planta e planejando o orçamento. Outro grupo vem trabalhando na divulgação do projeto pelas mídias sociais, criando a página, a logo, e definindo a identidade visual do projeto. No link abaixo, vocês podem entrar na página do Instagram, acompanhar o projeto, e, é claro, curtir e compartilhar.
Ao longo da próxima semana, véspera da Feira Literária, estaremos arrecadando na escola livros para alimentar a biblioteca comunitária.
Na outra frente de trabalho, abrimos uma “vaquinha” virtual com o intuito de mobiliar o espaço. Quem quiser contribuir, pode acessar o link abaixo.
Vamos em frente…
Iniciamos o segundo semestre escolhendo um novo esporte para praticarmos nas nossas aulas. Sempre iniciamos um esporte novo treinando os fundamentos e técnicas, e brincamos com jogos pré desportivos, visando melhorar o jogo.
Nas próximas aulas começaremos a nos aproximar da prática oficial do esporte. As F6M e F7M estão se dedicando ao vôlei, a F6T ao flagfootbal, a F8MA ao dodgbol, a F9MB está se aventurando no patins e skate e as F7T, F8MB e F9MA no futevôlei, esporte inventado nas areias do Rio.
No primeiro semestre concentramos nossas atividades de Música em torno da cultura Krenak, povo originário da região do rio Doce.
No segundo semestre vamos voltar nossa atenção para a contribuição cultural e musical do povo bantu (ou banto) que chegou ao Brasil (raptado e escravizado) vindo da região do Congo e de Angola principalmente. Uma das contribuições africanas fundamentais para a música brasileira é o trio de tambores, em sua complexa e rica combinação de ritmos.
Aqui no nosso estado o jongo é um excelente exemplo dessa riqueza, e é sobre ele que vamos concentrar nossas atividades. Assistimos a trechos de vídeos de rodas de jongo no interior do estado (Quilombo São José) e no bairro de Madureira (Jongo da Serrinha). Experimentamos passos na roda, cantamos alguns pontos e tocamos a célula principal do tambor Caxambu. Ouvimos com as crianças o jongo “Irmão Café”, de Nei Lopes e Wilson Moreira, e debatemos o contexto da letra.
A partir dos estudos sobre os impactos gerados pela chegada dos europeus ao continente americano, em especial ao território brasileiro, os alunos do sexto ano assistiram ao primeiro episódio da série “Pelas Estradas do Brasil” e exploraram a página de divulgação do Acampamento Terra Livre, onde puderam se dar conta de como as populações indígenas ainda vêm sendo afetadas pela invasão de seus territórios.
Ao longo do 1º semestre estudamos o conceito de espaço geográfico e discutimos sobre as diferentes formas de representá-lo a partir de categorias. Aprendemos a diferenciar mapas políticos de mapas físicos e temáticos e observamos uma sequência de mapas antigos, analisando como o mapa do Brasil mudou ao longo do tempo, coonversando sobre os diferentes tipos de olhar que existiram para o território.
Como os povos europeus foram conhecendo o novo território? O que eles projetavam nesse espaço quando ele ainda estava sendo conhecido? Como os povos indígenas veem o seu território hoje? Aproveitamos esta última questão para compreender melhor o papel da cartografia para a questão indígena, conhecemos alguns mapas feitos por indígenas e discutimos sobre a importância da demarcação das terras indígenas.
Então passamos a estudar a importância da cartografia para o meio ambiente, para a preservação das florestas e de seus povos, utilizando tecnologias de sensoriamento remoto de apoio, como as imagens de satélite e o geoprocessamento. Além disso, estudamos a rosa dos ventos, aprendemos como ler as coordenadas geográficas, base das informações do GPS, e debatemos sobre a sua presença em nossas vidas hoje.
Como produto final das discussões de cartografia, cada um elaborou o seu próprio mapa a partir da seguinte questão: Qual é o Brasil dos meus sonhos? Os mapas foram expostos durante a Mostra de Artes, e quem perdeu poderá aproveitar uma segunda oportunidade de conhecê-los, durante a nossa Feira Moderna, no final do ano.
O segundo semestre começou com a boa notícia de que a peça A história do amor de Romeu e Julieta, encenada pelas turmas, será reapresentada em uma sessão para uma escola vizinha! Consequentemente, se fez necessário relembrarmos as músicas que compõem o espetáculo, possibilitando ajustes, aprofundamentos e revisões.
Oportunamente, em articulação com as aulas de Português, estabelecemos uma parceria para a Feira Literária, onde o trovadorismo medieval e o funk carioca irão se fundir em uma versão escrita coletivamente pelas turmas.
Essa paródia inventada a partir da melodia de “Romance da bela infanta”, romance ibérico do século XVI recriado por Antônio José Madureira, também vai integrar a nova versão da peça.
Ao longo do primeiro semestre, estudamos o conceito de região e as diferentes formas de se regionalizar o Brasil, entre elas a regionalização do IBGE. Também aprendemos as características do espaço rural e do urbano e como a industrialização brasileira influenciou intensamente o processo de transformação de ambos, levando ao êxodo rural. Conhecemos como esse fenômeno ocorreu, suas principais causas e também as consequências, culminando no surgimento de grandes metrópoles no país. Analisamos o processo de urbanização do Brasil a partir do crescimento desordenado das cidades e dos principais desafios decorrentes dele, que tornam a vida urbana extremamente complexa no Brasil. Entre eles: a escassez de moradia, de mobilidade urbana, de segurança e a poluição cada vez maior do meio ambiente.
Nas aulas de Música do oitavo ano, estamos fazendo dinâmicas de prática de conjunto. Após um semestre no qual o foco exclusivo foi o pandeiro, neste momento todos os instrumentos são bem-vindos em nossa prática e os estudantes podem escolher livremente com que instrumento querem participar.
Uma harmonia, um pulso musical previamente compilado e a partir daí a trama de sons vai se formando. Nessa dinâmica, todos devem estar atentos em tocar para coletivo, cuidando para que o volume do seu instrumento não esteja nem mais alto nem mais baixo do que os demais.
Após estabelecido um fluxo musical gerado pelo grupo, vamos experimentando mudar a intensidade e ressaltar alguns timbres alternadamente. Esse exercício de prática de conjunto serve como sensibilização para a construção do arranjo que virá nas próximas aulas, e que irá integrar o espetáculo de encerramento.
Ao longo do primeiro semestre, estudamos as diferentes heranças culturais africanas nas regiões do Brasil a partir de uma pesquisa em grupos. Nesse trabalho, eles levantaram informações e imagens de heranças culturais em diferentes dimensões da vida: na culinária, dança, música, religião etc.
Estudamos como ocorreu o processo de apagamento cultural, promovido pelo Estado e pelas elites escravocratas do período colonial, dando origem ao problema do racismo no Brasil. Conhecemos diferentes histórias de perseguição da cultura afro-brasileira e o processo de resistência cultural a partir de diferentes personalidades e movimentos, que são importantes até hoje na luta por respeito e pelo reconhecimento do seu lugar na história oficial do Brasil.
Com isso, estudamos o conceito de racismo estrutural e suas principais expressões, como a intensa desigualdade social e racial, a falta de representatividade negra e indígena, o racismo religioso e institucional, a violência policial contra as populações periféricas. Estudamos o mito da democracia racial e o conceito de colorismo a partir da análise em grupos de um artigo publicado no Portal Geledés sobre o problema da reprodução de atitudes e discursos racistas no cotidiano, discutindo a importância da reflexão sobre as categorias de branquitude e negritude na luta antirracista.
Para finalizar, estudamos diferentes caminhos para pensar uma sociedade mais justa, em que pessoas de diferentes raças possam ter oportunidades semelhantes, como a importância de políticas públicas afirmativas para a reparação histórica, o incentivo de representatividades mais plurais, o protagonismo negro e indígena nas mídias e produtos culturais, bem como a ocupação de espaços de poder.
Depois das férias, retomamos nossas aulas fazendo uma sensibilização em torno do tema da antropofagia e do seu conceito — que guiou importantes movimentos culturais e musicais e será um dos eixos centrais do nosso roteiro para a Festa de Encerramento do ano.
Assistimos ao início do filme A Missão, de Roland Joffé (1986). Nele, um missionário jesuíta se utiliza da música com seu oboé para se aproximar de uma tribo Guarani em meio a uma situação de conflito já deflagrado. A melodia, composta por Ennio Morricone, envolve toda a floresta, apazigua e desperta a curiosidade dos indígenas, que acabam por aceitar a presença do missionário, nos fazendo pensar sobre as diversas formas de se subjugar outra cultura.
Também falamos um pouco sobre música indígena, seu papel nos rituais coletivos e sua instrumentação, como a importância do maracá, chocalho feito de cabaça, utilizado pelo pajé para fazer a ponte entre o mundo visível e o invisível.
Assistimos a um vídeo gravado anos atrás na Aldeia Multiétnica em Goiás, que mostra com precisão uma dança ritual Fulni-ô conduzida pelo maracá, sua forma de se tocar e conduzir o canto.
Ainda vislumbrando o roteiro que está sendo preparado para nossa festa, conhecemos a canção “Povo de Fé”, de Marcelo D2. É um partido alto, e estamos também nos debruçando sobre sua forma, ritmo, instrumentação e letra. Mostra toda resiliência e força da cultura afro-brasileira e sua importância para nosso entendimento enquanto país.
Para aprender o modelo de estrutura atômica, as turmas montaram átomos com jujubas e confetes, precisando identificar quais seriam cada subpartícula atômica: prótons, nêutrons e elétrons. Com auxílio da tabela periódica, “montaram” hélios, carbonos, lítios, hidrogênios e oxigênios. Ao final da atividade, puderam se deliciar com os doces.