A terceira edição da Feira Literária da nossa escola aconteceu no dia 24/08.
Mais uma vez, nossos estudantes produziram intensamente, enchendo a escola de cores com diversos trabalhos em diferentes estilos literários.
A Feira começou com uma palestra do escritor Otávio Júnior, que encantou a plateia com sua simpatia e sua inspiradora história de vida. O autor foi entrevistado por um grupo de alunos das F6s, que estão lendo O livreiro do Alemão, uma de suas obras.
Ao longo do dia, outras apresentações abrilhantaram o evento. A turma F8A encenou a peça O Alienista, de Machado de Assis. Tivemos uma apresentação de dança realizada por um grupo de ex-alunos da nossa escola, a estreia do grupo “Estudantes da Alegria”, que animou o público, além da encenação de O Rei da Vela pela turma M3. As mesas de conversa foram conduzidas pelos estudantes do Ensino Médio.
No quinto andar, nossa comunidade pôde visitar a feira de livros e aproveitar para colocar a conversa em dia.
Nas aulas de Dança de F6 e F7, estudamos os procedimentos de uma composição coreográfica.
Assistimos a trechos de diferentes espetáculos, discutindo sobre o tema de cada um, as opções feitas na escolha dos figurinos, trilha e demais elementos cênicos, além da movimentação coreográfica.
Em seguida, assistimos a uma entrevista com a coreógrafa Deborah Colker, na qual ela conta sobre o processo de criação e os estudos de pesquisa que fez para criar o espetáculo “Cura”. Nossos alunos, de forma geral, ficaram impressionados com o quanto há de pesquisa para a criação de um espetáculo de dança.
Para exercitar o que aprenderam, dividimos a turma em grupos e cada grupo escolheu um tema, pesquisou sobre ele e criou uma pequena sequência coreográfica inspirada em suas descobertas. Alguns grupos foram além e produziram cenários e figurinos!
Finalmente realizamos a tão esperada viagem para Paraty. Além dos momentos de integração e socialização, tivemos a oportunidade de nos conectar com a natureza e vivenciar experiências inesquecíveis.
Paraty é um importante centro histórico do Brasil, marcado por diferentes comunidades, ontem e hoje. Visitamos o Quilombo do Campinho, conversamos com a comunidade caiçara da Ilha do Araújo e conhecemos mais sobre a cultura indígena na aldeia Pataxó.
As belezas naturais também foram um destaque. No segundo dia de nossa viagem, navegamos pela baía de Paraty, admirando cenários de rara beleza.
Este estudo de campo proporcionou aprendizagens valiosas, enriquecendo a vida acadêmica dos nossos alunos e ampliando suas perspectivas sobre diferentes realidades.
Na última semana, os estudantes das F8 realizaram uma visita à Pequena África, uma região histórica localizada na zona portuária do Rio de Janeiro, que desempenha um papel fundamental na formação da identidade cultural e histórica do Brasil. O passeio foi uma oportunidade única de explorar a rica herança africana no país e compreender o impacto profundo dessa cultura na nossa sociedade.
A Pequena África foi o principal ponto de entrada de africanos escravizados trazidos para o Brasil durante os séculos de colonização. O local, que inclui áreas como o Cais do Valongo, reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco, preserva memórias de dor e resistência, sendo um marco importante para a compreensão do passado escravocrata do Brasil. Durante a visita, os estudantes puderam conhecer o Cais, local onde milhares de africanos desembarcaram, e refletir sobre o legado dessa história.
Além do Cais do Valongo, os estudantes visitaram o Instituto dos Pretos Novos, que abriga um cemitério onde foram enterrados milhares de africanos que não sobreviveram à travessia do Atlântico. O instituto promove a memória dessas vidas perdidas e mantém viva a reflexão sobre as consequências da escravidão.
A história da Pequena África, no entanto, vai além da tragédia da escravidão. O local também se destaca como um centro de resistência e preservação cultural. A região abrigou importantes figuras do movimento negro, além de ter sido o berço de manifestações culturais afro-brasileiras, como o samba e o candomblé. Os estudantes tiveram a chance de explorar a história da Pedra do Sal, um dos pontos de encontro de sambistas no início do século XX, e aprender sobre como o samba, que nasceu nas ruas da Pequena África, se tornou um símbolo nacional.
A visita foi uma experiência enriquecedora que permitiu aos alunos mergulhar em um capítulo essencial da história do Brasil. Ao percorrerem as ruas da Pequena África, os estudantes não apenas refletiram sobre as cicatrizes deixadas pela escravidão, como celebraram a força e a resiliência do povo negro, cuja cultura e legado continuam a moldar a identidade do Brasil até hoje.
Após o sucesso da arrecadação de livros, nosso grupo de voluntários que está organizando um mutirão para montar uma biblioteca no Morro Santa Marta iniciou a nova meta do projeto: a montagem e organização do espaço. Com as doações em mãos, os estudantes agora sobem o morro com a missão de transformar um local simples em um centro de conhecimento e cultura para a comunidade.
Estamos focados em organizar o espaço que foi cedido, preparando as prateleiras e catalogando os livros que em breve estarão disponíveis para todos.
A biblioteca está sendo montada com muito carinho. O objetivo é criar um espaço acolhedor e convidativo, onde crianças, jovens e adultos possam mergulhar no mundo da leitura.
A inauguração está prevista para acontecer até o final do ano.
Em consonância com o projeto institucional “Entre nós, cuidado”, as F9 realizaram durante as aulas de Teatro a leitura dramatizada da peça “Suspender o Céu e Esperançar a Terra”, escrita pela equipe de Artes com a colaboração dos alunos.
Essa atividade marca o início do trabalho, que tem como objetivo preparar a apresentação para a Festa de Encerramento de ano. A leitura coletiva permitiu que eles explorassem o texto, se apropriando das palavras e desenvolvendo uma compreensão mais profunda das questões abordadas pela peça.