Bloco da Sá Pereira

Para todos

Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!

Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.

Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos.  “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.

Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.

Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!

Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!

Como o Carnaval Transforma o Espaço?

Geografia – F6

Nas primeiras semanas de aula, começamos a pensar juntos sobre a importância da Geografia, o que é e o que estuda.

Onde e como a Geografia está presente em nossas vidas? Conversamos sobre a relação entre a ciência geográfica, a arte e a memória. Discutimos as categorias de território e espaço geográfico como uma das primeiras formas de compreender o mundo em que vivemos e como ele se organiza. Conversamos sobre a organização dos estudos da Geografia em três áreas da ciência: Física, Humana e a Cartografia, apresentada como a arte de representação do espaço, revelando uma visão de mundo e interesses estratégicos.

Representar o espaço envolve apresentar uma narrativa e memórias sobre um território específico e pode, também, se configurar em uma prática artística, do ponto de vista técnico. Pensando nisso, foi proposta uma atividade de reflexão para o recesso do Carnaval, com o objetivo de observar como o evento transforma o espaço geográfico através da arte e da memória. Partindo desta questão, cada aluno trouxe uma perspectiva diferente a partir das vivências que já experimentou. Compartilhamos algumas delas:  

“O Carnaval transforma o espaço através da arte e da memória com as fantasias, as músicas e o bloco em si. O Carnaval está aqui no mundo há muitos anos e, quando vamos a um bloco, nossa memória e nostalgia nos afetam pela arte, pelas cores, músicas, fantasias e brincadeiras como serpentinas, confetes e máscaras. O espírito das pessoas durante um bloco é uma coisa que ninguém pode domar.”  (Malu Villela) 

“Apesar de não gostar tanto do Carnaval, acho bem divertido me arrumar e é claro que eu amo o feriado, pois ele tem muitos dias. Essa festa fala de muitos enredos e histórias diferentes, transforma o espaço de um jeito que podemos nos divertir e observar as artes e os desfiles. Com o glitter, serpentina, confete e emoção. Carnaval é uma forma de liberdade, de se sentir à vontade, se expressar e contar histórias antigas, perdidas ou esquecidas na memória.” (Ana Ferreira)

“O Carnaval ocupa o espaço de uma forma alegre e, ao mesmo tempo, reflexiva. Acho que todos sabem que o samba tem uma origem afro, certo? E o samba-enredo geralmente conta histórias muito interessantes. Este ano, fiquei bem ligada nos sambas e tiveram alguns trechos que me surpreenderam, como um do samba da Unidos de Padre Miguel: ‘Vovó dizia, sangue de preto é mais forte que a travessia’. Ou o trecho da Mangueira, que era assim: ‘O alvo que a bala insiste em acertar lamento informar um sobrevivente/ Meu som, por você criticado, sempre censurado pela burguesia/ Tomou a cidade de assalto e hoje no asfalto, a moda é ser cria’. E é assim que o carnaval ocupa o espaço com o samba-enredo.” (Clara Galeão)

“O carnaval existe há muito tempo no Brasil e no mundo, cada um com a sua cultura. Exemplo, os africanos usam máscaras e roupas específicas para, segundo eles, invocar deuses e afastar maus espíritos. Os europeus têm um carnaval parecido com o do Brasil, já que foram eles que trouxeram a tradição de usar máscaras e fantasias. Foram os africanos que trouxeram para o Brasil os tambores que tocam os sambas e, com isso, as pessoas começaram a gostar mais desse outro carnaval, africanizado com batuques: assim nasceu o carnaval que todos conhecemos no Brasil. Agora vamos ao que interessa: eu acho que o carnaval tem muito a ver com arte: os desfiles de escolas de samba, as roupas confeccionadas e os carros alegóricos, todos decorados. Porém, não é só isso!  As fantasias e máscaras que têm nos blocos de rua também são arte. E as memórias que ficam do carnaval são boas e legais, como ir a um desfile de escolas de samba, participar de um bloco de rua, que assim como os sambas-enredos e as fantasias, são difíceis de esquecer”. (Carolina Gaglione)

Carnaval

F6 a F9 – Dança

Nas aulas de Dança, de F6 a F9, encerramos a fase de diálogo entre o Projeto e o Carnaval trazendo diferentes obras de arte que retratam essa festa. De Édouard Manet a Heitor dos Prazeres, ficaram claras para os nossos alunos as transformações que o Carnaval sofreu ao longo do tempo.

Para chegar a essa conclusão, dividimos as turmas em grupos e cada grupo recebeu uma obra de arte diferente. Precisaram pesquisar sobre o quadro, sobre o contexto histórico da época,  sobre o estilo de dança representado, personagens, etc. Em seguida, montaram um quadro vivo: ao sinal da professora, o quadro se movimentava, dançando e festejando, dando vida e corpo à obra do artista.

Cada grupo apresentou o resultado de suas pesquisas e seu quadro vivo nos fazendo refletir sobre a pergunta que nos fizemos em nosso primeiro encontro do ano: existe arte sem memória? Até o momento estamos entendendo que não. Será que ao longo do ano mudaremos de opinião?

 

Sobre Substantivos

Português – F6

Recentemente, as F6 se engajaram em atividades sobre classes gramaticais, com foco especial nos substantivos. Foi o momento de descobrir suas classificações, usos e importância na construção do significado dos textos.

As atividades incluíram exercícios práticos, leitura de imagens e desafios que incentivam a reflexão sobre a língua de forma participativa. O envolvimento dos estudantes foi muito positivo e ao conversar sobre palavras do dia a dia valorizamos o conteúdo das aulas. 

E você? Já havia pensado em substantivo como algo substancial? 

Bring Us The Oscar!

Inglês – F6

Nas últimas semanas, foi marcante o interesse e animação da torcida dos alunos para Fernanda Torres na cerimônia do Oscar realizada nos Estados Unidos, e pelo filme  Ainda estou aqui / I’m still here, dirigido por Walter Salles, que venceu na categoria de melhor filme internacional.

Aproveitando esse clima, as turmas do 6º ano se dedicaram a uma série de atividades de pesquisa sobre movie genres (gêneros cinematográficos), retomando alguns vocabulários práticos do 5º ano e introduzindo novas palavras relacionadas ao universo do cinema — subtema escolhido para nosso primeiro trimestre. 

Nossas pesquisas envolveram reflexões e debates sobre a arte, explorando The 7 types of Art e o papel do cinema nesse contexto. Discutimos sobre a arte, para quem e para que é produzida, se é possível defini-la e se há alguém que possa fazê-lo. Além disso, assistimos a short movies e discutimos a presença da Inteligência Artificial na preservação da memória cultural, linguística e histórica dos países ao longo do tempo.

Nossa conversa se estendeu para a percepção da memória em diferentes culturas e civilizações, conectando esses conceitos ao vocabulário específico de cinema e movie genres. Discutimos filmes, séries e programas de TV (TV shows), praticando a oralidade ao expressar nossos gêneros favoritos e as razões de nossas preferências. Compartilhamos opiniões coletivamente, o que nos permitiu praticar habilidades de Speaking, Listening, Writing e Reading de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR), um padrão internacionalmente reconhecido para descrever a proficiência em um idioma.

Nossos dias têm sido envolventes e repletos de descobertas sobre o universo cinematográfico e sua relação com a linguagem e a cultura. Action! 

O Perigo de Uma História Única

História – F6

Estimulados pela exibição do “TED Talk” de Chimamanda Adichie sobre seu livro O Perigo de uma história única, partimos de uma discussão decolonial, antirracista e feminista pensando a perspectiva dos povos originários do continente americano, suas memórias e narrativas para além dos estereótipos e demais reducionismos.

Ao serem questionados com perguntas disparadoras tais como “O que é História?” e “Qual é a importância da Memória no Brasil?”, os alunos compartilharam suas respostas pessoais acerca do tema abordado. 

Na segunda aula, praticamos a dinâmica “Baú da Memória”, promovendo o contato dos estudantes com artefatos entendidos como fontes históricas através de um rápido catálogo dos mesmos. 

Iluminismo

História – F7

Nas últimas semanas estamos trabalhando o conceito político e filosófico do Iluminismo, suas principais questões e pensadores. Solicitamos aos estudantes que realizassem trabalhos de pesquisa biográfica, em grupo, destacando as principais ideias dos filósofos do séc. XVIII, ou Século das Luzes.

O objetivo é relacionar o Iluminismo com a sociedade da época, entender sobre economia e o liberalismo econômico, e compreender a importância das ideias iluministas na sociedade atual.

A Matemática no Fundamental II

Matemática – F6

As primeiras semanas de aula de Matemática com as F6 foram de muita conversa. Começamos nos conhecendo, e cada aluno contou em qual série ingressou na escola, qual a sua relação com a matemática e uma curiosidade sobre si. Depois, foi a vez da professora se apresentar e explicar o funcionamento das aulas de Matemática no Fundamental II.

Conversamos sobre os materiais usados, a importância do dever de casa, os carimbo de falta de dever e de material, a organização da pasta e do caderno. Como primeira atividade, jogamos “Eu tenho… Quem tem…?”, jogo com o objetivo coletivo de fechar um ciclo. Cada aluno tinha uma carta com uma frase do tipo “Eu tenho o 9. Quem tem o meu triplo?”. Em seguida, o responsável pela resposta deveria se identificar e ler a próxima frase, e assim sucessivamente, até que a última carta tivesse como resposta o número do aluno que começou. Nesse jogo, apareceram diversos termos trabalhados no Fundamental I, como antecessor, sucessor, par, ímpar, primo, dobro, triplo, sêxtuplo, metade, terça parte e outros.

América Latina Ainda Está Aqui!

Geografia – F7

Nas primeiras semanas deste ano, conversamos sobre a região multicultural da América Latina. Discutimos sobre as duas principais formas de regionalização da América e os elementos que fazem parte do critério histórico e cultural que deu origem a essa região. Diferenciamos e caracterizamos as duas principais formas de colonização da América e o que define uma colônia de povoamento e uma colônia de exploração.

A cada aula, conversamos sobre marcas históricas, sociais e culturais da região, partindo sempre de uma obra de arte diferente. Começamos analisando dois videoclipes que abordam conflitos sociais atuais na região, marcados por tensões econômicas, políticas, históricas e geográficas. O primeiro deles, Latinoamerica, da banda porto-riquenha Calle 13, aborda a diversidade natural e cultural da região e a resistência de suas populações, mesmo diante de um passado de intensa exploração desde o período colonial. O segundo videoclipe, Movimiento, do compositor uruguaio Jorge Drexler, questiona conflitos migratórios e apresenta imagens da atleta indígena Lorena Ramirez, da etnia Raramuri, correndo nos cânions da Sierra Tarahumara, no México. A atleta mexicana é conhecida mundialmente por ter vencido uma maratona de 100 km correndo com sandálias de plástico e vestes tradicionais, e se tornou um símbolo de resistência e de visibilidade da potência de seu povo.

A partir desses videoclipes discutimos as principais questões políticas da região e foi proposta a escrita de um texto refletindo sobre o que cada um compreendeu com a mensagem dos videoclipes. Compartilhamos abaixo o trecho de um dos textos, produzido pela aluna Lina Murat Mariani, da F7B: 

“O clipe musical retrata a resistência na América Latina. Há falas como ‘Um povo sem perna, mas que caminha (…) Vamos caminhando, no pranto e na dor (…) Esse povo não se afoga com o marulho. E se derruba, eu o reconstruo; ‘Perdoo, mas nunca me esqueço, aqui a Terra não tem preço, não se vende. Vamos caminhando!/ Aqui se respira luta/ Vozes de um só coração; Aqui estamos de pé. Eu canto porque se escuta (…) Não podes comprar minha vida.” 

Todas elas são falas de resistência. Tudo isto diz que você pode tentar nos derrubar, afogar, estrangular, mas nós vamos continuar caminhando. Nós sobrevivemos à exploração e à violência continua. Nós fomos desconsiderados, objetificados e trancados em apenas mãos de obra para o seu consumo. E nós ainda estamos aqui. Nós ainda estamos de pé, nós ainda estamos caminhando. Vozes de um só coração, vozes da América Latina, que ainda ecoam as violências do passado, que ainda as retratam, que perdoam, mas nunca esqueçam.

Há uma metáfora contínua sobre um coração plantado na terra, mas que continua batendo. Esse é o coração da luta, que, escondido, continua batendo. Ele não pode ser vendido, ele não pode ser trocado, e ele nunca vai ser silenciado. Esses versos, e a metáfora do coração na terra, falam sobre como apesar de toda opressão, nós vamos continuar aqui. Nós vamos continuar lutando para um futuro onde o passado não se repete, onde nós, os latinos americanos, não somos explorados.

Finalmente, o clipe retrata a felicidade que resiste e (re)existe na América Latina. Retrata a vida de várias pessoas diferentes, como crianças correndo, brincando, caminhando, trabalhando, fazendo refeições e famílias unidas. Pessoas tocando música. E rostos. Centenas de rostos, de tons de pele, de formatos do olhos, de vidas. Todas estas vidas, tão diferentes e tão parecidas, nos fazem felizes pela diversidade. Nos fazem felizes por sermos Latino-americanos. Que nós devemos celebrar nossa cultura bela e vivida. E que não podemos parar de lutar por um futuro mais justo e aberto para os latino-americanos. Nós precisamos continuar caminhando.”

Lina Murat Mariani (F7B)

And The Oscar Goes To…

Inglês – F7

Ao explorar o tema “O que é Arte?”, conectamos teoria e prática como parte dos nossos estudos dentro do subtema do trimestre: Cinema Brasileiro e Latino-Americano. Aproveitamos a recente conquista do Oscar pelo Brasil com o filme Ainda Estou Aqui / I’m still here, feito que nos oferece a oportunidade de aprofundar nosso entendimento sobre o cinema brasileiro e refletir sobre a sua importância no contexto artístico global.

Além disso, estamos praticando a oralidade e a escrita em inglês, com atividades de resenhas de filmes e debates nas quais produzimos pequenos e médios textos enquanto identificamos os gêneros utilizados em diferentes contextos cinematográficos: propagandas, reviews, documents e outros. Isso nos ajuda a explorar como o cinema se comunica e transmite mensagens de maneira singular.

Essa é uma oportunidade incrível para conectar os conceitos que estamos aprendendo em sala de aula na língua inglesa com as conquistas atuais do cinema brasileiro. Vamos aproveitar ao máximo essa experiência para expandir nosso entendimento sobre arte e cultura! Action! 

Bingo! 

Matemática – F7

Após uma rápida conversa de boas vindas e para relembrar as regras de funcionamento das aulas de Matemática, as F7 começaram o ano jogando um bingo onde os números sorteados estavam escritos na forma de expressões ou frases envolvendo conteúdos estudados no sexto ano, como potências e raízes quadradas. Para montar suas cartelas, cada aluno fez uma tabela no caderno e escreveu seis números de 1 a 20 de sua escolha. Foi muito divertido!

Na sequência, inauguramos o caderno com exercícios para “desenferrujar”. O objetivo era revisar os conteúdos de fração estudados no final do sexto ano e que são nosso ponto de partida em 2025. Os exercícios contemplavam o cálculo da fração de um total que, carinhosamente chamamos de método borboleta, números mistos, porcentagem e frações equivalentes.

Algo Antigo

Português – F7

Iniciamos a leitura do livro Algo Antigo, de Arnaldo Antunes, pelo poema que dá nome à obra. Nele, há uma metáfora com a guarda de lembranças e memórias representadas por objetos antigos. O duplo sentido estabelecido entre o que ficou para trás e o que é atemporal inspirou as perguntas feitas aos alunos da F7 para a ampliação da leitura decodificativa e a transformação para a leitura significativa.

Em uma dinâmica de leitura circular, os estudantes foram perguntados se ainda têm o hábito de guardar as lembranças-objetos, seja em uma caixa de recordações, seja em retratos, podendo refletir sobre o que é atemporal e o que deve ser renovado porque ecoa o presente. Ao explorar essas reflexões, os alunos desenvolvem a habilidade de depreender a leitura, de se apropriar da poética do eu lírico e também de notar as lembranças como um processo inspirativo para a reflexão e para a escrita do poema.

A Força das Palavras, as Faces do Eu Lírico

Português – F7

Musicalidade, ritmo e rima compõem a dança das palavras no poema. A poesia, assim, torna-se a melodia dos sentimentos, e a rima, a batida que conduz cada verso como se fosse uma pulsação. Nessa dança, ao explorar temas como o amor, a dor e a arte do eu lírico, durante as aulas de Português, os alunos são convidados a sentir os mais profundos e íntimos sentimentos que a palavra pode despertar em quem lê. 

Através dessas sensibilizações, as últimas aulas têm sido conduzidas para despertar a vontade de ler e escrever poemas que expressam os sentimentos de quem está escrevendo. Têm sido aulas de interpretações de pressupostos, de subentendidos, de subjetividades e também do não dito. Os alunos são provocados a perceber em cada verso, estrofe e rima as composições de eu líricos que declamam poesias que continuam a ser cantadas mesmo após a leitura. 

Nesta semana, lemos Mariana Felix e Manoel de Barros para inspirar a construção de versos que buscam representar um eu lírico de voz forte, que brada, que grita em palavras uma melodia que vem de dentro. A autenticidade da voz que expressa e a coragem de falar são intenções para provocar uma escrita inspirada e criativa, que pode representar as faces de um eu lírico, uma extensão do próprio ser, um reflexo do que pulsa, do que sente e pensa o poeta.

Morfologia: A Arte de Construir Palavras

Português – F8

O estudo da morfologia é como um ateliê de palavras. Nesse vasto campo de estudos, as palavras se transformam, se agrupam e se expandem. Cada morfema se adapta criando novas formas e significados para palavras, cada prefixo e sufixo adornam bases comuns para enriquecer as raízes que constituem a essência das palavras. É por isso que, nas primeiras aulas de Estudos da Língua, as F8 iniciaram os estudos sobre a formação e a estrutura de palavras.

Uma das atividades propostas para a turma em vista de aprofundar esse conhecimento foi a análise morfológica das palavras-chave do tema institucional — memória e arte —, desmembrando-as em seus morfemas essenciais: a raiz, os prefixos, os sufixos e as desinências. A partir desse exercício, os alunos puderam visualizar de forma clara como palavras aparentemente simples são compostas e como suas formas podem ser modificadas para expressar diferentes conceitos. 

Esse processo é não só uma análise morfológica, mas um verdadeiro exercício de criatividade, em que se nota a língua se modificando para expressar ideias de forma precisa e variada. É justamente por essa razão que a morfologia se apresenta não só como um campo técnico de estudo, mas como uma verdadeira arte de construir palavras.

Letramento Racial

Português – F8

Para adotar posturas antirracistas é necessário refletir de forma crítica sobre o racismo estrutural, reconhecer privilégios, valorizar identidades negras e ouvir vozes silenciadas. Esses são alguns dos assuntos tratados no livro Pequeno Manual Antirracista, da autora Djamila Riberio, e também durante as aulas de Biblioteca, momento em que as F8 leem e dialogam, de forma crítica, sobre quais podem ser as ações práticas para desconstruir preconceitos e combater a discriminação. 

O livro de Djamila Ribeiro não apenas esclarece conceitos essenciais, mas também oferece ferramentas práticas para que cada indivíduo se comprometa com a transformação social. A cada momento de pausa na leitura feita em esquema de roda, os alunos expressaram os seus posicionamentos em vista de reconhecer como as atitudes cotidianas e as posturas conscientes são importantes para o enfrentamento do racismo, e como o silêncio e a omissão reforçam desigualdades.

Outro momento significativo das aulas foi a abordagem comparativa utilizada para introduzir conceitos sobre o letramento racial. O livro lido nessas aulas foi o Pequeno Glossário de Letramento Racial, de Luisa Cela, uma ferramenta didática e educativa para conversar sobre os termos que identificam o racismo em instâncias institucionais e sociais, tais como: letramento racial, racismo, raça, mestiçagem, desigualdades raciais, racismo estrutural e racismo institucional. Todos esses termos foram lidos, definidos e exemplificados para as turmas de forma a reforçar a importância de ser antirracista como um compromisso pessoal que busca a transformação coletiva

Behind The Scenes

Inglês – F8

Na exploração do fascinante universo cinematográfico, estamos pesquisando sobre as funções e papéis de cada pessoa envolvida na produção de um filme — do roteirista ao diretor, do elenco à equipe técnica.

Ao longo dessa jornada, discutimos questões importantes sobre o que é arte e para que serve, refletindo sobre quem decide o que é arte e como isso se relaciona com a cultura e a sociedade. Entenderemos como o cinema se encaixa nesses pontos, especialmente ao explorar os gêneros cinematográficos, as fases de produção e a criação de um storyboard. Falaremos sobre as etapas de produção, o lançamento, como os filmes chegam ao público e qual linguagem é utilizada para ampliar o alcance popular.

Para enriquecer nosso aprendizado, aproveitando o Oscar conquistado pelo Brasil com o filme Ainda Estou Aqui / I’m still here, vamos discutir e trabalhar com a teoria e a prática, conceitos e gramática, com foco nos modal verbs, verbos modais, linking words e preposições, que são essenciais para a construção de frases claras e eficazes, tanto na oralidade quanto na escrita.

Vamos aproveitar essa oportunidade para entender melhor o impacto da arte no cinema e como diferentes profissões contribuem para a criação de uma obra cinematográfica.

Diário Gráfico

F9 – Artes

No primeiro projeto de Artes Visuais do 9º ano, estamos explorando o uso de diários gráficos como forma de expressão artística, registro de memórias e construção da identidade.
Para começar, os alunos foram apresentados ao universo dos diários gráficos, conhecendo diários de artistas icônicos como Frida Kahlo, Leonardo da Vinci e Picasso, além de referências contemporâneas.

Ao conversarmos sobre os cadernos apresentados, percebemos que o diário gráfico é muito mais que uma prática de desenho – é uma ferramenta de autoconhecimento, reflexão, aprendizado, capaz de registrar tanto memórias individuais quanto coletivas.
Também debatemos sobre a importância de registrar o cotidiano em um mundo acelerado, digital e globalizado, preservando histórias que, muitas vezes, correm o risco de serem apagadas.

Na parte prática, cada estudante começou por criar seu próprio caderno do zero: a partir de diferentes tipos e cores de papeis, aprenderam a fazer uma encadernação com costura simples, produzindo cadernos exclusivos para a atividade.

Finalizados os cadernos, os estudantes os levarão para casa, com orientações para que continuem preenchendo-os de forma pessoal e criativa — através de desenhos, colagens e textos — refletindo sobre suas rotinas, sonhos, inquietações, deslumbramentos e ideias.

Esse exercício estimula o desenvolvimento da habilidade de observação e a prática do desenho, e, principalmente, convida a pensar criticamente sobre suas trajetórias, referências e o mundo ao seu redor, fortalecendo o sentimento de identidade e estimulando a construção de memória de forma ativa.

História Mundial e do Brasil no Século XX

História – F9

Neste início de ano letivo, nossas aulas de História foram dedicadas a compreender o que estudaremos ao longo dos próximos meses. O foco será a história mundial e do Brasil no século XX.

Para organizar nosso percurso, listamos os principais conteúdos do primeiro trimestre: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Nazifascismo e Segunda Guerra Mundial.

Nosso estudo sobre a Primeira Guerra Mundial ocorreu ao longo de três semanas, guiado por três questões norteadoras, cada uma abordada semanalmente:

  1. Como era o mundo antes da Primeira Guerra e quais fatores levaram ao conflito?
  2. Quais foram os principais acontecimentos, processos e personagens da guerra?
  3. Quais foram as consequências e os impactos desse conflito?

Com o encerramento deste tema, avançaremos para a Revolução Russa. Nossos estudos buscarão compreender o processo revolucionário, sua importância para a história do século XX e suas influências nos dias atuais.

Ações Passadas

Inglês – F9

A sensibilização para o tema do ano ocorreu por meio de diversas formas de representação de nossas histórias e características individuais, como números, datas e a criação de um logo pessoal.

Esse processo de reflexão sobre nossa trajetória até o presente fundamenta e se conecta ao trabalho linguístico proposto para o trimestre. Nele, exploraremos um novo objeto de aprendizagem: o tempo verbal utilizado para ações passadas que, de diferentes maneiras, mantêm relevância no presente.

Assim foi a Reunião com as Famílias

Coordenação – F9

No encontro com as famílias, a coordenação e a orientação promoveram reflexões sobre os desafios que marcam o fim do ciclo escolar.

A F9 é um período de transição, repleto de expectativas e novas responsabilidades, especialmente para aqueles que estão chegando à Sá Pereira, onde encontrarão uma dinâmica diferente, com disciplinas organizadas de outra forma e um trabalho de Artes e de projetos que incentiva a autonomia e a pesquisa.

Falamos também sobre a importância de encerrar bem o ano letivo. Construir uma base sólida agora é essencial para que os estudantes ingressem no ensino médio com mais segurança e confiança. Nesse contexto, apresentamos o Projeto Teia, uma oportunidade valiosa para ampliar repertórios e desenvolver habilidades importantes para essa nova etapa. Durante o ano, os nossos jovens terão diversas oportunidades formativas com oficinas de 100 minutos.

Outro ponto de atenção foi a proibição do uso de celulares na escola, uma medida que busca melhorar a concentração e a qualidade da convivência. Além disso, abordamos o sistema de avaliação, reforçando que a reprovação ocorre caso o estudante tenha mais de dois conceitos C ao longo do ano, o que reforça a necessidade de um acompanhamento atento ao desempenho acadêmico.

As famílias pontuaram também sobre a necessidade de trazer mais temas sobre a emergência climática para a discussão com os estudantes e se colocaram à disposição para contribuir para o debate.

Esse diálogo aberto com as famílias é fundamental para garantir um ano produtivo e um processo de transição mais tranquilo para todos e todas.