Vivenciamos um momento muito especial com as apresentações da Gincana das Fontes Históricas, atividade desenvolvida ao longo das últimas semanas nas aulas de História.
As turmas foram divididas em grupos e, como verdadeiros detetives do tempo, cada equipe teve o desafio de identificar, registrar e apresentar diferentes tipos de fontes históricas — como fotografias, cartas, objetos pessoais, registros orais, entre outras. Cada grupo recebeu um caderno de registros, com fichas próprias para documentar as fontes encontradas e refletir sobre seu contexto, função e valor histórico.
Essa atividade foi pensada para aprofundar a compreensão do conceito de fonte histórica — tudo aquilo que, de alguma forma, nos permite acessar informações sobre o passado. Ao se envolverem com a busca ativa por fontes reais e próximas de suas vivências, os estudantes passaram a perceber que a história não é feita apenas por grandes acontecimentos, mas também por fragmentos do cotidiano, que ajudam a construir uma narrativa mais ampla e plural sobre o que vivemos enquanto sociedade.
Foram muitos os desafios enfrentados pelos nossos investigadores, e o resultado foi uma aula divertida, participativa e cheia de descobertas, em que cada grupo apresentou suas fontes para a turma, compartilhando reflexões e novos olhares sobre o passado.
Começamos oficialmente os preparativos para a OBMEP 2025, uma das maiores competições estudantis do país. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas tem como objetivo estimular o estudo da Matemática, revelar talentos e promover a valorização da disciplina entre estudantes e professores.
Nossos jovens matemáticos já estão participando de aulas preparatórias, resolvendo e debatendo questões de edições anteriores da prova — um processo que estimula o raciocínio lógico, a persistência e o trabalho colaborativo.
Neste ano, quase 100 estudantes da escola demonstraram interesse em participar, o que revela o crescimento e a força desse projeto em nossa comunidade escolar.
Mais do que uma competição, a OBMEP é uma porta de entrada para uma relação mais curiosa, desafiadora e significativa com a matemática. O trabalho desenvolvido ao longo da preparação aproxima os alunos de situações-problema do cotidiano, desenvolve habilidades analíticas e promove a autoconfiança diante de desafios intelectuais. Celebramos não apenas os resultados, mas todo o caminho trilhado rumo ao conhecimento.
Demos mais um passo importante no projeto de Matemática das turmas de F7, “Quanto custa uma casa?”. A iniciativa convida os estudantes a refletirem sobre temas como padrão de consumo, custo de vida e desigualdades sociais, aproximando a matemática de situações reais do cotidiano, muitas vezes invisibilizadas pela correria do dia a dia.
Após a produção de infográficos com os dados de consumo de eletricidade nos quartos dos próprios estudantes, chegou o momento de planejar, em grupo, os custos mensais de uma casa completa. Para isso, organizamos uma gincana temática, que definirá o orçamento disponível para cada grupo.
Durante a gincana, os estudantes resolveram problemas matemáticos que envolviam conceitos como classes sociais, composição da cesta básica, salário mínimo, impostos e planejamento financeiro. Cada desafio solucionado representava mais recursos para montar o orçamento familiar fictício de seu grupo.
Mais do que trabalhar com operações e cálculos, o projeto tem como foco desenvolver a consciência crítica sobre a realidade econômica que nos cerca, explorando como a matemática está diretamente relacionada às decisões que tomamos no dia a dia.
Nas últimas semanas, as turmas de 7º ano vêm explorando a arte urbana como uma forma de registrar memórias e valorizar a história do Rio de Janeiro. A partir de debates, os estudantes refletiram sobre como murais e intervenções podem embelezar a cidade, mas também questionar estruturas de poder e manter vivas narrativas coletivas e individuais.
Até o momento, eles foram apresentados a exemplos de arte de rua encontrada no Rio, desde protestos visuais até homenagens a marcos cariocas, e trouxeram para a sala suas próprias lembranças e histórias.
Em seguida, divididos em grupos, escolheram símbolos, cores e palavras-chave que representam aspectos únicos do nosso cotidiano: da Lapa ao Carnaval, das praias ao patrimônio histórico, tudo isso sob o olhar dos próprios alunos. Esse processo inicial de pesquisa e esboço propiciou um diálogo sobre identidade urbana e pertencimento, fortalecendo o vínculo deles com a cidade onde vivem.
Nesta semana, damos continuidade ao trabalho: os estudantes já estão passando os esboços “a limpo” e iniciarão a pintura dos painéis de grandes dimensões. Os grupos estão entusiasmados e comprometidos, mesmo diante dos desafios técnicos de trabalhar em escala ampliada. É gratificante ver como cada um contribui com ideias e força criativa para construir, em conjunto, uma grande homenagem à memória carioca.
F6/F7/F8/F9
Ao longo do primeiro trimestre, vivemos descobertas, desafios, conversas e aprendizagens que marcaram o início do nosso ano letivo. Para iniciar o novo trimestre com mais consciência e propósito, realizamos o “Ponto de Virada”, um momento simbólico que abre novos caminhos dentro do nosso projeto institucional.
A primeira atividade do dia foi marcada pela presença da equipe Sumô Rio, que nos apresentou essa arte marcial milenar de origem japonesa, pouco conhecida — e até mesmo alvo de preconceitos — no mundo ocidental. Após a demonstração, nossos estudantes foram convidados a participar de uma atividade prática, experimentando na pele os movimentos e valores que envolvem essa prática corporal.
A ação foi organizada pela equipe de Educação Física da escola, que, em diálogo com o tema institucional, promoverá ao longo do ano um mergulho no universo das artes marciais orientais. A proposta é ampliar o olhar dos estudantes sobre essas práticas, compreendendo-as não apenas como formas de combate, mas como expressões artísticas, culturais e filosóficas, repletas de simbolismo, história e ancestralidade.
Começamos com o Sumô, e a manhã foi marcada por muita curiosidade, respeito e envolvimento dos estudantes, que se mostraram abertos a aprender com uma cultura muitas vezes distante do seu cotidiano, mas cheia de ensinamentos sobre disciplina, equilíbrio, concentração e honra.
Essa experiência é o primeiro passo de uma jornada que convida todos a “se orientar” no tempo, no espaço e nas tradições, construindo novas conexões entre o corpo, a cultura e o conhecimento.
F6/F7/F8/F9
Na segunda metade da nossa manhã, tivemos a alegria de receber a ex-aluna da escola e atriz Valentina Herszage, que interpretou a personagem Veroca no premiado filme Ainda estou aqui, para uma conversa especial com nossos estudantes sobre Cinema, Arte e Memória.
O encontro foi uma oportunidade preciosa para refletirmos sobre o papel do cinema na preservação de histórias e afetos. O filme, inspirado em vivências reais, aborda temas como ausência, luto, identidade e ancestralidade, mostrando como a linguagem cinematográfica é capaz de transformar lembranças em obra de arte — e de tocar profundamente quem assiste.
Durante a conversa, discutimos como o cinema pode funcionar como um arquivo vivo da memória coletiva, sendo também um meio de expressão artística que conecta o íntimo ao universal. Valentina compartilhou sua trajetória como atriz, falou sobre os bastidores do filme e trouxe reflexões sensíveis sobre o processo de dar vida a uma personagem com tanta carga emocional.
A conversa foi enriquecida pelas perguntas instigantes dos alunos, que participaram ativamente e demonstraram grande interesse pelo tema. Ao final da atividade, nossos estudantes aproveitaram para registrar o momento com fotos ao lado da atriz.
Foi uma manhã inspiradora, em que arte, história e afeto se entrelaçaram — e deixaram em todos nós a certeza de que a memória, quando cuidada e partilhada, pode ser transformadora.
Como já é tradição em nossa escola, as turmas de F8 participaram de mais uma visita ao Morro Santa Marta, uma vivência que faz parte do nosso projeto de construção da biblioteca comunitária. Desde o início dessa iniciativa, temos buscado aproximar nossos estudantes da realidade local, para que compreendam o valor da escuta, da presença e da colaboração na construção de um mundo mais justo e coletivo.
Antes da visita, tivemos uma conversa muito especial com Gilson, ativista comunitário e morador do Santa Marta, que compartilhou com os estudantes sua trajetória, suas lutas e conquistas. Ele também nos guiou no percurso pela comunidade, enriquecendo a caminhada com histórias e reflexões.
Durante a visita, conhecemos diferentes espaços do morro, trocamos com moradores, jogamos futebol na quadra e, acima de tudo, aprendemos com a potência de uma comunidade viva, resistente e organizada.
Essa experiência é fundamental para que os alunos desenvolvam empatia, consciência social e pertencimento ao território em que vivem. Ao entrar em contato com realidades diferentes das suas, os estudantes ampliam sua visão de mundo, compreendem desigualdades estruturais e são convidados a se engajar de forma crítica e ativa em projetos que buscam transformação social.
Voltamos com a certeza de que ainda temos muito a aprender — e muito a contribuir.
As turmas de nono ano continuaram a navegar pelas águas das escalas musicais. Mergulhando mais fundo nos chamados modos “gregos” dórico, jônico e mixolídio, pescamos novas melodias, dessa vez em criações coletivas.
Debatemos sobre estados emocionais, a partir da percepção subjetiva das reações internas às combinações de sons girando em torno de uma nota principal. Cada modo musical sugere um clima diferente, cada combinação das notas pinta uma paisagem sonora.
Aproveitamos essa viagem pelos rios da música para compor a trilha sonora da peça que nossos alunos estão montando nas aulas de Teatro e Dança (A Barca). Criamos letras que encaixassem nos trechos inventados por eles, em acordo com o contexto teatral, e juntamos as melodias criadas pelas três turmas em duas pequenas canções. Em um jogo de encaixe sonoro, sobrepusemos ritmo e acompanhamento harmônico e criamos nosso arranjo.