Em nossas primeiras aulas com o Moleque Mateiro, as turmas do Ateliê foram apresentadas a diferentes materiais com elementos da natureza.
Para apurar os nossos sentidos, observamos suas texturas e cheiros. Usando folhas, tintas naturais e argila, nossas professoras, Mari e Lorrane, organizaram propostas de artes para resignificarmos esses elementos em nossas mãos.
Durante as atividades, conceitos sobre a ecologia foram introduzidos para as crianças de forma lúdica, trazendo mais familiaridade com a natureza, o que as ajuda a construir a concepção do cuidado e do respeito com o meio ambiente.
Em toda última quarta-feira do mês, visitamos o Parque Lage junto às meninas mateiras, ampliando a nossa relação com os espaços verdes para além da escola.
As turmas da tarde receberam a visita do Gustavo, médico radiologista e pai do Pedro J., da Turma dos Amigos.
Gustavo trouxe radiografias de mãos e também a réplica de um esqueleto dessa parte do corpo para ajudar a esclarecer dúvidas e curiosidades das crianças sobre como nossas mãos são por dentro.
Por que temos linhas nas mãos?
Por que conseguimos mexer as mãos?
Como abrimos e fechamos a mão?
Os gêmeos têm digitais iguais?
Quantas coisas diferentes tem dentro da mão?
Gustavo respondeu a essas e outras perguntas das turmas e, no final, foi convidado para um desafio: aprender duas brincadeiras com as mãos — soco-bate-vira e peito-estala-bate.
O encontro enriquecedor terminou de um jeito bem divertido e as turmas, certamente, mais sabidas.
As F1 colocaram a mão na massa para preparar deliciosos bolos, afinal, cozinhar também é uma forma de cuidado.
O que uma receita precisa ter? A conversa nos levou às medidas e ao passo a passo.
Todos participaram de alguma etapa. Ajudaram a medir, misturar e também a untar a forma
No caderno de Matemática, registraram os ingredientes, suas quantidades e o modo de preparo. O registro também ganhou uma ilustração desse momento divertido e delicioso .
O contato com esse gênero textual ajuda a ampliar a experiência das crianças com a Língua e também com a Matemática.
A turma vem apreciando diferentes formas de colo na literatura e nas artes. A partir das impressões dos pequenos, seguimos nossa trajetória de pesquisa com o enfoque no cuidado físico e emocional que um colo proporciona.
Para enriquecer os aprendizados do grupo, recebemos uma visita especial. Mariana, professora do Ateliê, apresentou o sling e o canguru, explicando esses jeitos seguros e aconchegantes de transportar os bebês. Ela relatou as experiências com seu filho Dante, ensinando amarrações, posições e conexões proporcionadas nesses momentos. Mari comparou essa relação com alguns seres marsupiais, como o gambá e o canguru, que carregam os filhotes em bolsas de pele localizadas no ventre das fêmeas.
Empolgadas, as crianças experimentaram ser transportadas. Uma diversão só!
A turma teve a oportunidade de conhecer a história “O Sorriso de Luiz”, de Ziraldo. Essa narrativa faz parte da coleção “Corpim”, que explora de forma rimada as diferentes partes do corpo humano.
Após a história, levantamos algumas perguntas: Como cuidamos dos nossos sorrisos? Qual é o profissional responsável pela saúde dos nossos dentes? Além dos dentes, o que mais temos em nossa boca? E quantos dentes as crianças e os adultos têm?
Juntos, e com a ajuda do espelho, nos dedicamos a contar quantos dentes temos e, após uma pesquisa, descobrimos que, em média, as crianças possuem cerca de 20 dentes, enquanto os adultos podem chegar a 32. Lembramos também dos cuidados diários que devemos ter com nossa boca, como escovar os dentes e usar o fio dental. As crianças que participam do Ateliê mostraram seus kits de higiene, que usam após o almoço na escola. O grupo compartilhou também experiências sobre visitas ao dentista e comentou a importância desse profissional na manutenção da saúde bucal.
Aproveitando o interesse, assistimos à animação do ratinho do Castelo Rá-Tim-Bum. Durante o vídeo, o ratinho enfrenta as temidas cáries e ensina como evitá-las pela escovação diária.
Na sala de Artes, realizamos um desafio divertido: usar a boca para pintar. Entre risadas, as crianças desenvolveram estratégias para segurar o pincel, previamente higienizado, com a boca e aplicar a tinta no papel com cuidado e precisão.
Ao longo das últimas semanas a turma vivenciou momentos muito importantes para o projeto.
O primeiro deles foi a visita da Marcella, mãe da amiga Eduarda. Ela compartilhou com as crianças fotografias que transmitiam o cuidado a partir da perspectiva dos povos quilombolas. Por meio de uma brincadeira chamada Boi de Pedra, também trazida por Marcella, os pequenos, além de se divertirem, puderam exercer diferentes tipos de cuidado. Ao finalizar a visita, assistimos a uma animação sobre a lenda Ubuntu, de origem africana, que a turma pôde apreciar, observando que o cuidado está ligado à generosidade, à amizade e ao respeito entre as pessoas. Agradecemos a Marcella por sua disponibilidade e contribuição!
Nos últimos dias, as crianças foram surpreendidas por uma caixa misteriosa. Curiosas, tentaram adivinhar o que estaria dentro dela e quem a teria colocado ali para a nossa turma. Depois de muito chacoalhar, perceberam que era um objeto muito leve. Para surpresa de todos, era um livro: Sapo Comilão, de Stela Barbieri. Trata-se de um sapo danado que, cansado de comer sempre a mesma coisa, resolve experimentar novas comidas. Depois de muitas risadas, algumas crianças teceram seus comentários:
“Eu gosto de legumes e verduras.” (Nikko)
“Sorvete não é saudável, só pode ser se for de fruta.” (Laura)
“Tem que cuidar do que come quando é bebê, criança grande e até adulto.” (Sol)
“Minha mãe cuida da comida, ela sabe o que é bom, ela vem visitar nossa turma.” (Vicente)
“Na minha casa, tem alguém que ajuda a fazer comidas gostosas, ela podia vir aqui na escola um dia.” (Maria)
“Sapo só gosta mesmo de insetos e os humanos de frutas!” (Nina)
A leitura dessa história levou a turma a uma importante pergunta: “Quem cuida dos alimentos que fazem bem para o nosso corpo?”. Seguimos com as investigações em torno do cuidado com os alimentos e o corpo.
As crianças da Turma do Cafuné compartilharam com o grupo as fotografias delas em momentos alegres com amigos e familiares nas áreas verdes da cidade do Rio de Janeiro. Pracinhas e parques foram destaques nas imagens. Interessados, todos observavam as fotos dos amigos, criando um clima de curiosidade e satisfação entre as crianças.
Para as famílias que ainda não enviaram as fotografias, ainda dá tempo! Com essas imagens a turma criará um mural, tornando os estudos ainda mais significativos.
A partir das pesquisas sobre as áreas verdes, o grupo vem percebendo que os seres vivos interagem entre si e colaboram para a harmonia ou desarmonia do ambiente. Neste contexto, descobriram a importância das abelhas e dos passarinhos, fundamentais para a manutenção e o desenvolvimento da biodiversidade.
Para avançar na aprendizagem, conheceram o livro Cocô de passarinho, de Eva Furnari, que narra a história de uma pacata cidade na qual nada acontecia… até que um dia um vendedor ambulante surge com uma carroça de flores e sementes. E o resultado foi o brotar de muitas plantas nas cabeças dos moradores. Mas como teriam germinado? Com os cocôs dos passarinhos, é claro!
A divertida história serviu para inspirar as crianças em nossas conversas, e algumas perguntas surgiram: “Passarinhos são jardineiros do céu?”, “Quem rega as sementes que os passarinhos plantam?”, “Se não tiver passarinhos não terá árvores?”. Essas curiosidades vão criando um ambiente provocador, colaborando ainda mais para a ampliação dos conhecimentos das crianças.
A turma foi visitar o Parque Guinle para conhecer os animais que lá vivem e descobrir quem são os seus cuidadores.
As crianças se empenharam em relatar essa incrível experiência, atentas às sequências dos acontecimentos. Desta forma, aproximamos a turma da nossa língua e de sua função social:
“A Turma da Amizade foi ao Parque Guinle para pesquisar sobre os animais e ver se eles estavam sendo bem cuidados. Seguimos por uma trilha e vimos no lago patos, gansos, tartarugas, peixes gigantes, carpas e um lindo cisne. Fomos caminhando pelo parque para encontrar o cuidador desses animais. Passamos por uma casinha e conhecemos o Joelton, que era amigo do Alexandre e trabalhava na limpeza do espaço. Joelton nos disse que quem cuidava dos animais era a Rita e que ela estava passeando com seus dois cachorros, um preto e um branco. Continuamos caminhando e depois de um tempo encontramos com ela. Rita nos contou sobre a enfermaria do parque, onde os animais são cuidados quando se machucam, e se fosse um machucado muito sério eles chamavam a patrulha ambiental que levava os bichos. Disse também que monitorava o nascimento dos tucanos e que eles precisavam de três dias sendo alimentados por seus pais. Vimos também uma tartaruga atravessando uma das trilhas para escolher um lugar para colocar seus ovinhos, ficamos em cocorinha e em silêncio observando ela passar. Depois tiramos uma foto com ela e conversamos com o Joelton, ele nos contou que limpava o espelho d’água, e para limpar o fundo do lago eles chamavam a Águas do Rio. Tiramos uma foto com ele e fomos lanchar. No final, brincamos um pouquinho e vimos mais uma vez os patinhos e percebemos que eles tinham uma pulseirinha nas patinhas. Fomos embora cantando a música dos Saltimbancos. Achamos o passeio muito especial, divertido e legal.”
(Texto Coletivo)
Em 1982, foi criado, pelo Comitê Internacional da Dança da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Dia Internacional da Dança, com o intuito de reconhecer e promover a arte da dança como forma de expressão.
A data escolhida, 29 de abril, celebra o nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), importante mestre de balé francês que deixou contribuições significativas para a história da dança.
Para comemorar, as turmas da Educação Infantil tiveram uma aula diferente. Fomos à praça do Largo dos Leões, onde aquecemos nosso corpo e dançamos. Dialogando com o projeto institucional, utilizamos tecidos coloridos que estabeleceram conexões entre as duplas e os trios de crianças, buscando explorar as diferentes possibilidades de elementos parceiros para a dança.