Fruto do trabalho de meses, numa oportunidade rara de conhecer e vivenciar os elementos da tradição do Maracatu de Baque-Virado, também conhecido como Maracatu Nação, as crianças do Ateliê de Cultura Popular deram um show em seu cortejo dentro e fora da escola.
Gravaram as vozes e alguns instrumentos da toada Maracatu da Coroa Imperial. Apreciaram as histórias do tempo dos Reis do Congo, seu auto dramático com os principais personagens: Rei, Rainha, Dama do Passo, Batuqueiros, Catitas, Pálios, Calungas e todos os elementos da Corte Real. Confeccionaram coroas, Calungas, Estandarte, Pálio. E, é claro, aprenderam o baque das alfaias (3 e 4 e 1) e do gonguê (“Que é que tem Zé”).
Com uma vontade artística incrível e arrebatados pela beleza e força dessa manifestação popular pernambucana, as crianças de fato foram longe, com muita beleza e verdade.
A turma conheceu a Praça do Bairro Peixoto, em Copacabana. A experiência foi relatada pelo grupo e registrada em texto coletivo, prática que aproxima as crianças da função social da escrita:
A gente saiu da escola e entrou no ônibus. Ele passou pelo túnel velho e chegou em Copacabana. Nós descemos do ônibus e entramos na pracinha do Bairro Peixoto. Lá tinham dois tubos, roda-roda de flor, um balanço laranja gigante, escorrega com ponte, escada de subir e escalar, gangorra, bancos para pular e equilibrar. Usamos orelhas de jumento e dançamos: “Jumento não é, jumento não é o grande malandro da praça…”. Depois nós fizemos um piquenique e brincamos muito!
Os ensaios para a festa de encerramento estão a todo vapor. As crianças estão se dedicando à coreografia, e o repertório já está na ponta da língua.
Envolvidos pela temática dos Saltimbancos, o grupo recebeu a visita da Elisa, mãe do amigo Martin. Elisa, que trabalha como figurinista, veio realizar uma oficina de orelhas de tecido voltada para o personagem Jumento, que será interpretado pelas crianças na festança.
Começamos observando uma imagem real de um jumento e percebendo os detalhes de suas orelhas, como tamanho, formato, pelos e cores. Juntos, cada criança pôde criar uma orelha utilizando tinta, lã e tecido. Um verdadeiro trabalho em equipe!
Concentradas e com muito empenho, as crianças se dedicaram à elaboração de cada orelha, deixando suas próprias marcas — algumas com mais tecido, outras com corações e desenhos. Ao final, o grupo agradeceu e presenteou Elisa com um livro de desenhos coletivo produzido por eles.
As orelhas elaboradas na oficina serão usadas no dia da festa e farão parte do figurino coletivo do grupo. Já, já nossa festa chega! Não percam!
A turma foi conhecer o espaço da Comlurb destinado a recolher materiais reaproveitáveis para serem transformados em objetos de arte. O lugar tem como seu patrono o arquiteto e artista plástico Hélio G. Pellegrino.
Observamos diferentes elementos transformados em Arte, como: roupas, esculturas, objetos de decoração, brinquedos, quadros, bancos, entre outros. O espaço promove exposições, palestras, oficinas de arte e visitas.
Conhecemos o gari Oseia da Matta, que também é artista. Ele nos mostrou as suas obras, como: a estrutura de um guarda-chuva que se transformou em árvore de Natal, e a parte de fora do objeto, que virou uma bolsa. Ele criou uma linda tartaruga a partir de vidros encontrados na praia. Além de um quadro com uma arara feita de lata.
No final da visita, as crianças ganharam cobras feitas com tampas de garrafas.
Envolvida com os assuntos do projeto, a Turma do Cafuné aprofundou a conversa sobre a organização dos livros da Biblioteca da Pereirinha.
Vimos os diferentes gêneros literários do nosso acervo, incluindo as revistas de pesquisa, enciclopédias e dicionários. Observamos que os livros de literatura são identificados com um selinho na capa contendo a primeira letra do sobrenome do autor e organizados em prateleiras sinalizadas em ordem alfabética.
Depois de muita exploração, desafiamos as crianças a buscarem os livros na estante tendo como referência autores brasileiros que estão expostos em imagens na parede da sala. Com atenção as crianças buscavam reconhecer a primeira letra do sobrenome do autor para localizar os livros nas prateleiras. O grupo aproveitou com curiosidade e envolvimento a proposta, observando todas as informações presentes nas capas dos livros, como o título, nome do autor, ilustrador e a editora.
Para deixar a aprendizagem ainda mais significativa, as crianças criaram a capa de um livro com as seguintes informações: a História da Turma do Cafuné, da editora Escola Sá Pereira, com autoria e ilustração da Turma do Cafuné.
A história começou a ser escrita e em breve será divulgada. Aguardem notícias!
Ao observar imagens da Santa Casa de Misericórdia, a turma conheceu o primeiro hospital da cidade do Rio Janeiro. O prédio, fundado no século XVI e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é um importante patrimônio da cidade.
Aproveitamos para conversar sobre os hospitais da cidade que prestam atendimento para a população e conhecemos o SUS, o Sistema Único de Saúde, que atende toda a população e é um dos maiores sistemas do mundo em atendimento público.
Foi uma ótima oportunidade de reflexão sobre o cuidado com a população.