Voltamos! Nosso reencontro foi marcado por beijos, abraços e saudade. Compartilhamos novidades, viagens e as aventuras das férias. Conhecemos os novos amigos, ampliando nosso grupo, apresentando cada espaço da Pereirinha.
A semana foi repleta de atividades. Na Capoeira, Cigano trouxe a roda de canções ao som do berimbau. O Jean nos animou com marchinhas e a história do “Zé Pereira”. Com a Renata, lembramos a importância de relaxar o corpo e a mente na Ioga. Recebemos com carinho Vinícius e Maria Antonia, os novos professores do grupo Moleque Mateiro.
Que 2025 seja um ano leve, repleto de brincadeiras e diversão! Viva!
As turmas do Ateliê da Pereirinha visitaram o Parque Lage em seu primeiro passeio do ano junto ao Moleque Mateiro. Bem conhecido por uns e novidade para outros, passeamos pelo parque analisando as diferentes palmeiras que encontrávamos pelo caminho. Em contato com o espaço verde, apuramos os nossos sentidos; percebemos as texturas das plantas, sentimos o cheiro das jacas, ouvimos o som dos pássaros e avistamos alguns tucanos e macacos-pregos nas árvores. Sensibilizando nosso corpo àquele ambiente, exploramos sua natureza, aprendendo sobre os cuidados essenciais para sua preservação.
“Chama o bombeiro
que isso aqui vai pegar fogo!”
Depois do Carnaval, o professor Cigano preparou uma aula bem animada!
Para aquecer o corpo, as crianças participaram de uma corrida de revezamento usando os instrumentos reco-reco e caxixi. Desafiaram o corpo executando uma bananeira, apoiando os pés na parede.
O professor testou o reflexo dos pequenos: propôs que desviassem de uma barra de madeira e em seguida realizassem os movimentos do Au e do Urso de costas.
Finalizamos a aula com um salto e uma batida no pandeiro. Que divertido!
Nas aulas de Ioga, as crianças têm experimentado diferentes posturas (ásanas), conhecendo o corpo, explorando suas possibilidades e limites, desafiando a concentração e o equilíbrio.
Brincadeiras como chuva de asteroides e estátua iogue têm feito a alegria das crianças nas nossas manhãs e tardes.
Em nossos relaxamentos, voltamos a atenção para a respiração, acalmando mente, corpo e emoções.
Começamos o ano em meio à maior festa popular que temos no nosso calendário, o Carnaval. Uma festa de origem pagã em tempos remotos que foi incorporada ao calendário religioso, pois seu término dá início à quaresma, seguida pela Páscoa.
Entre as inúmeras histórias, personagens e fantasias, escolhemos falar das máscaras presentes na brincadeira. Por que usar máscara? De onde veio essa tradição e costume? Quais os principais personagens do Carnaval que usam máscaras ou o rosto pintado?
Vimos que as máscaras ou pinturas no rosto de personagens cantados em muitas marchinhas, como Pierrot, Colombina e Arlequim, remetem à Comédia Dell’arte e à Europa, onde esses personagens eram usados por artistas de rua, e na época dos castelos os bailes de máscara faziam parte da cultura e tradição das altas cortes.
A máscara está presente também na África e na cultura oriental como um todo, e exercem muita presença no Carnaval do nosso país. Como diz Luiz Antônio Simas, não foi o Brasil quem inventou o Carnaval, foi o Carnaval quem inventou um Brasil possível.
Além de conhecermos marchinhas como Pierrot Apaixonado, de Heitor dos Prazeres, as crianças experimentaram a menor máscara do mundo, o nariz de palhaço, e conheceram uma pequena coleção de máscaras de Bate-bolas que as deixou fascinadas. A máscara de Bate-bola possui uma tela onde são impressas as feições dos personagens e que permite ver tudo ao redor, enquanto ninguém consegue ver o rosto de quem a veste. As músicas Máscara Negra (Zé Kéti) e Noite dos Mascarados (Chico Buarque) também ilustraram bem toda nossa pesquisa. Desenhamos e recortamos máscaras próprias com papel-cartão de formatos e coloridos diversos.
Agora, passado o Carnaval, estamos começando a conhecer o universo do Bumba meu Boi. Essa brincadeira popular se espalhou pelo Brasil inteiro, com uma diversidade enorme de gêneros musicais, ritmos, sotaques, instrumentação, personagens, formas estéticas, autos e de manejo — Boi Pintadinho, Boi de Mamão, Boi de Parintins, Cavalo Marinho, entre outros. Um universo repleto de histórias e lendas que estão deixando todos de “queixo caído”. Estamos falando sobre a origem da brincadeira com o Boizinho de São João. E dessa forma vamos em direção à montagem do nosso próprio boi.
Nos meses de fevereiro e março, nossos encontros focaram na consolidação de vocabulários importantes para o cotidiano escolar das crianças, incluindo termos relacionados à rotina escolar, números de 1 a 10, cores e, mais recentemente, o tema “Pets”.
Começamos com a revisão de vocabulários ligados às atividades diárias na escola, como “wake up“, “brush my teeth“, “go to school“, entre outros. Essas palavras foram trabalhadas de maneira visual e interativa, por meio de cartões e imagens, ajudando as crianças a relacionarem o vocabulário com suas próprias experiências na escola.
Em seguida, o vocabulário de cores foi explorado com atividades práticas, como a identificação de cores nos materiais escolares e objetos presentes em sala de aula. Durante brincadeiras como “Simon Says”, as crianças procuravam por itens específicos dentro do seu material pessoal em resposta a comandos, o que tornou a atividade divertida e envolvente.
O tema “Pets” foi introduzido com o uso do material da Kiddie, apresentando nomes de animais de estimação como “dog“, “cat“, “fish” e “bird“. Realizamos uma pesquisa com as crianças da turma para que cada uma compartilhasse se tinha um pet e o nome dele em inglês. As crianças começaram a utilizar frases simples, como “I have a dog” e “I have a cat“, para se expressarem oralmente de maneira leve e interativa.
Para contribuir com os festejos do Carnaval, apresentamos o livro O rei que amava música: um conto de fadas do Rio de Janeiro, de Ana Luiza Badaró, que conta a história de um rei que amava dançar, sua filha desajeitada e um bruxo muito esperto.
A narrativa explica a origem de algumas montanhas da nossa cidade, como o Morro Dois Irmãos, o Corcovado e a Pedra da Gávea. Envolvidas com a temática, as crianças quiseram saber se esses montes sempre foram assim. Para sanar a curiosidade, viajamos virtualmente pelo Instituto Moreira Salles e conhecemos algumas fotografias de Marc Ferrez e Augusto Malta que retratam a antiga paisagem da cidade. Observando as imagens, os pequenos reconheceram os personagens e constataram que elas sempre estiveram aqui.
Depois, foi a vez do livro Piraiaguara, de Bia Hetzel. Na leitura desse texto, as crianças ouviram sobre a importância da preservação da fauna e flora cariocas, além de descobrirem outra lenda, a do Gigante Adormecido. Depois de muito pesquisar e reler o conto, decidimos através de uma votação gravar um filme para compartilhar com toda a escola a história de Ana Luiza. E as gravações já começaram! Aguardem!
Ginga legal,
Ginga legal,
Capoeira, ginga legal!
Quantos desafios cabem no corpo? Cigano preparou um circuito muito legal para explorarmos nossas habilidades. Usamos os instrumentos numa divertida corrida de revezamento, pulamos cordas em diferentes alturas, plantamos bananeiras e com ajuda do nosso professor praticamos cambalhotas! Para finalizar, saltamos para bater no pandeiro! Ufa! Que animação!
Nas aulas de Ioga, as crianças têm acompanhado com atenção a leitura das Aventuras do Menino Iogue, de Antônio Tigre.
Curiosas, embarcaram nessa aventura rumo às montanhas do Himalaia, aprendendo e experimentando jogos e brincadeiras propostos ao longo da história, que de forma lúdica os aproximam ainda mais dessa prática milenar.
Os brincantes de Boi quando reunidos formam o Batalhão. O Boi pode assumir forma de cortejo, de roda brincante, mas também é um auto popular, com cenas improváveis de seus personagens interagindo diretamente com o público. Esse brincante, além de dançar, tocar, cantar, ainda performa. Tudo isso ao mesmo tempo.
Experimentamos a movimentação, que primeiramente é feita em roda, girando dois tempos para um lado, dois tempos para o outro, com um chutezinho pra cada lado, enquanto tocávamos duas baquetas como se fossem as matracas, tacos de madeira usados como instrumentos.
Aprendemos também o toque de marcação do tambor como um surdo reforçando o caráter binário do ritmo. Porém, para cada um existe uma subdivisão do ritmo em três. Dessa forma, dizemos que o Boi é um binário composto, 6/8. A organicidade é a tônica desse ritmo. Em vídeo observamos outros instrumentos, como o tambor-onça, espécie de cuicão grave.
O Boi enquanto brincadeira possui um ciclo anual de nascimento e morte. Batizado e reconstrução. Dessa forma, estamos construindo o nosso próprio Boi. Escolhemos materiais duráveis para aproveitarmos a estrutura por um bom tempo. Na verdade, os grupos de Boi acrescentam ou refazem toda a parte do couro do Boi, ou seja, o veludo bordado em canutilhos que formam imagens e é uma verdadeira obra-prima em termos de arte.
O resultado? Quem sabe ele estará brincando com todos no nosso arraial deste ano?
No Ateliê de Inglês da turma do F1, temos explorado o universo dos animais com muita curiosidade e entusiasmo!
Através do material da Kiddie, as crianças já conheceram os pets (animais de estimação), os urban animals (que vivem na cidade) e os farm animals (da fazenda). Agora, seguimos nossa jornada descobrindo os wild animals (selvagens), ampliando o vocabulário e o encantamento por diferentes habitats e espécies.
Através de leituras, jogos, atividades estruturadas e brincadeiras, as crianças têm aprendido de forma divertida e significativa. Cada proposta é pensada para ampliar o vocabulário, estimular a escuta e promover o uso da língua inglesa de maneira natural, respeitando o tempo e o interesse do grupo.
Após unirmos forças e coletarmos algumas sucatas que possivelmente iriam poluir a casa de Piraiaguara, ficamos com uma pergunta: O que faremos com todos esses materiais?
O Ateliê da F1 decidiu escrever uma carta e pedir ajuda para o Ateliê da Educação Infantil, que está imerso em uma pesquisa sobre as sombras. Então as turmas se encontraram e a Educação Infantil compartilhou uma nova descoberta nas artes: Sue Webster e Tim Noble, artistas plásticos que produzem esculturas a partir de materiais que podem ser reciclados, modificando suas utilidades e brincando com imagem, projeção de luz, sombra e as possibilidades de significados, gerados a partir do que se observa.
Em grupos, os pequenos soltaram a imaginação e criaram, coletivamente, suas esculturas com os materiais recolhidos, projetaram as sombras com lanternas e observaram com o que se pareciam! Foi uma farra só!
E a brincadeira ainda não acabou! Continuamos aceitando sucatas, limpas e lavadas.
O que é o Berimbau?
O que é o Berimbau?
É a cabaça, arame e um pedaço de pau
A música é um recurso fundamental nas Aulas de Capoeira. Tão importante que sempre iniciamos nossos encontros cantando e tocando diferentes instrumentos. Mas além do berimbau, agogô, pandeiro e caxixi, o que podemos usar?
Cigano, que além de professor de capoeira é músico e um incrível artesão, construiu um protótipo do instrumento que é conhecido como tambor de língua ou tambor de fenda. É inspirado no teponaztli, instrumento pré-colombiano maia e espécie de xilofone ancestral. Ele recebe esse nome pelo formato do local que se percorre para tirar o som, vibrando ao entrar em contato com o corpo do bambu. Para tocá-lo, podemos utilizar tanto baquetas como as mãos.
Ele também nos contou que, como tudo de música e movimento tem origem ancestral, o tambor de fenda também pode ser encontrado em diversas culturas de países africanos, através do nome balafons. “O tambor de língua com o sisal é o último modelo que fiz, mas este instrumento de uma forma geral existe de diversos tamanhos, notas e formatos! E como tudo na capoeira é som, como diria mestre Pastinha ‘a capoeira é tudo que a boca come’. Entendo que tudo faz parte!”.