Nas primeiras aulas de retorno do recesso, relembramos os principais momentos do primeiro semestre com jogos divertidos e matamos a saudade do Parque Lage por meio de uma atividade especial que uniu arte e natureza.
A partir daí, seguimos nosso caminho de aprendizado refletindo juntos em sala sobre questões essenciais: O que precisamos para viver bem? Quais são as nossas necessidades? Essas perguntas têm guiado nossas conversas e nos ajudado a aprender novos vocabulários e estruturas do idioma de forma significativa.
Os alunos mais velhos têm se aprofundado em temas como alimentação saudável, parte importante da nossa rotina diária, o clima e o papel fundamental da água na vida humana e animal. Ouvimos músicas relacionadas a esses temas e realizamos atividades de listening, que ampliam nosso vocabulário e nos expõem a diferentes sotaques do inglês ao redor do mundo.
Além disso, iniciamos produções artísticas inspiradas em poemas concretos, criados coletivamente a partir de palavras, sensações e vivências no Parque Lage. Estamos revisitando conteúdos como as partes das plantas e o ciclo da água, refletindo sobre sua influência nas relações humanas e sua importância para a sobrevivência de todos os seres vivos. Esse é apenas o começo de um semestre que promete ser repleto de aprendizados, descobertas e experiências inesquecíveis!
Nestes últimos meses, as crianças mergulharam no universo dos jogos Yoté, de origem africana, e no Pique-Bandeira. Ambos repletos de estratégia, atenção e, claro, muita diversão.
A proposta foi recebida com grande empolgação pelas turmas, que logo demonstraram interesse em conhecer as regras e começar a jogar.
Inicialmente, as crianças exploraram os jogos em duplas e pequenos grupos. Esses momentos foram marcados por trocas de ideias, cooperação, respeito ao tempo do outro e muito raciocínio lógico.
Foi bonito observar como cada jogada se transformava em uma oportunidade de aprender com os colegas e colocar em prática habilidades importantes, como concentração, tomada de decisões e resolução de problemas.
Dando continuidade à atividade, as crianças agora vivenciam uma nova e empolgante etapa: o registro das experiências vividas.
Como parte fundamental do processo de aprendizagem, estão mergulhadas na produção de um fanzine especial, no qual compartilham, de forma criativa, as regras e estratégias dos jogos que aprenderam.
Esse percurso tem revelado o quanto o brincar pode ser uma poderosa ferramenta de aprendizagem. Estamos muito felizes com o envolvimento das turmas e na expectativa de compartilhar com vocês o resultado final dessa construção coletiva.
Começamos a produzir, na Oficina de Construção, material sobre a composteira. Retornamos a essa etapa porque, após a sua construção em 2024, precisávamos retirar o resíduo que agora já estava transformado em composto, selá-lo e fazer a análise do seu estado.
Trabalhando em equipe, as turmas espalharam o material sobre uma lona e observaram o que havia ali. Retornaram as minhocas para a composteira, pois queremos que elas continuem fazendo o seu trabalho, e deixamos esse composto para secagem.
Após uma semana, com o material já mais seco, começamos a etapa de triturá-lo e peneirá-lo para fazer o armazenamento adequado. Nossa ideia é, a partir de agora, dar uso a esse material e transformar a composteira em um projeto da escola toda, e não mais somente do Ateliê.
Na última semana, conhecemos o trabalho de Ana Primavesi, pioneira no estudo sobre agrofloresta. Assistimos à sua animação A vida do solo (1963-1968), na qual entendemos o papel de cada um dos microrganismos, dos íons e da microfauna que existe no solo.
Com esse estudo, poderemos construir um sistema de canteiros autoirrigáveis, garantindo a sobrevivência dos vegetais durante as férias escolares e o crescimento de algumas culturas que selecionaremos para, de forma orgânica, podermos nos alimentar.
Nas nossas aulas de Judô, seguimos no aprendizado e no aprimoramento das técnicas. O professor Eduardo tem destacado sempre a importância do cuidado com os movimentos do corpo, explicando que, se o gesto não for bem ajustado, o golpe não pode ser concluído com eficiência.
As crianças têm praticado duas quedas importantes: Tai-Otoshi (queda por projeção de corpo), em que o judoca usa o braço e a perna para projetar o parceiro ao chão, exigindo coordenação e precisão, e Harai Goshi (varrida de quadril), uma das quedas mais clássicas do judô, em que o quadril serve como apoio e a perna faz a varrida, derrubando o parceiro com fluidez.
Além disso, as crianças com faixa cinza foram convidadas a demonstrar para os colegas de faixa branca algumas posições e estratégias, mostrando como aplicar as técnicas. Depois das demonstrações, todos tiveram a oportunidade de experimentar os ensinamentos em atividades práticas, treinando a base, a força e os movimentos corporais também durante o sumô.
Aproveitamos os momentos finais da Oficina de Judô para reforçar a importância do cuidado com os materiais usados nas aulas. Cada criança dobrou e guardou o próprio quimono, aprendendo que o cuidado com o material faz parte da disciplina do judoca.
As turmas de F2 e F3 do Ateliê seguem viajando pelos biomas do mundo!
Depois de explorarem a floresta tropical, as crianças embarcaram em uma aventura pela Savana Africana, onde conheceram seus animais e se encantaram com a arte vibrante de Edward Tingatinga, artista da Tanzânia.
Tingatinga retratava a vida selvagem com cores fortes, formas simples e olhos grandes, criando obras cheias de imaginação e alegria. Após muitos aprendizados, a viagem continua e, juntos, aterrissamos na Austrália, onde o outback e as woodlands nos esperam!
Enquanto isso, as crianças do quarto e quinto anos vêm participando de uma jornada de descobertas ao redor do mundo, em especial pelo fascinante universo da rainforest (floresta tropical). Elas exploram seus animais, o clima e as características desse bioma, além de refletirem sobre como podemos cuidar melhor do nosso planeta.
Nesse processo, têm se mostrado muito atentas ao papel do ser humano na destruição dos ecossistemas e na extinção dos animais, compreendendo a importância de agir com responsabilidade para a conservação e proteção do meio ambiente.
Além disso, o vocabulário científico em inglês vem sendo ampliado com termos específicos relacionados à ecologia, biomas, clima, proteção e conservação, estimulando a aprendizagem com foco em Ciências.
Nossas crianças já avançaram para uma nova etapa na Capoeira.
Primeiro trabalhamos de forma lúdica aspectos como lateralidade, coordenação, estabilidade e a descoberta do próprio corpo. Agora seguimos para um estágio intermediário, em que os movimentos passam a ser treinados de maneira mais estruturada, ampliando a consciência corporal e o domínio do espaço, desenvolvendo a visão periférica, aprimorando o ritmo e a interpretação dos diferentes tempos da música e introduzindo acrobacias de forma progressiva, explorando movimentos um pouco mais complexos.
Tudo isso é feito sempre em sintonia com os movimentos da capoeira, para que as crianças compreendam que o corpo e o ritmo caminham juntos.
Seguimos nesse processo com muita dedicação para que cada criança se desenvolva de forma integral, fortalecendo não só o físico, mas também a concentração, a escuta e a expressão corporal.
Nossas idas ao Parque Lage têm nos permitido estreitar os laços de afeto com cada espaço desse lugar especial. Temos explorado o Parque através de nossas caminhadas e brincadeiras, despertando a curiosidade e o olhar atento para os detalhes de composição da natureza.
Durante os percursos, encontramos espaços ideais para alongamentos e momentos de meditação, nos quais exercitamos a atenção aos sons, cheiros e sensações do ambiente.
A Gruta, por exemplo, nos proporciona experiências de silêncio e escuta: o som dos passos, os elementos do chão, a luz baixa que, por vezes, provoca sustos e risos, fortalecendo também a amizade entre o grupo. Já as passagens pela Ilha do Coreto, em busca de galhos e folhas, se tornaram parte da nossa rotina de exploração.
Toda essa vivência coletiva, em um cenário rodeado de árvores, flores e animais, é um verdadeiro privilégio. A cada sexta-feira, fica registrada em nossas experiências a importância da educação ambiental que cultivamos no Ateliê.
Participamos de evento realizado na Casa Firjan reunindo diversas escolas do bairro de Botafogo. As crianças do Ateliê viveram um momento muito especial ao compartilhar com suas famílias o lançamento do fanzine produzido por elas na oficina de Jogos e Brincadeiras.
Também realizamos nossa terceira roda de Capoeira, conduzida pelo professor Leandro, seu mestre e o grupo Senzala, núcleo Família Agulhas Negras. Entre músicas, gingas e muitas brincadeiras, a manhã foi embalada pela energia contagiante dessa cultura tão importante para nossa identidade.
Foi um momento de alegria e partilha, em que crianças, famílias e escola se encontraram em torno da arte, do movimento e do aprendizado coletivo.
As turmas deram um pulo no Outback Australiano e tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura e biodiversidade da Austrália por meio da arte Warlpiri, produzida pelos povos aborígenes australianos, um dos grupos nativos mais antigos do mundo.
Essa arte, conhecida por seus padrões circulares, cores e tons terrosos além de símbolos muito representativos interliga histórias, trajetórias e conexões espirituais com a natureza, com os animais e com o cotidiano australiano no Outback, uma região árida de solo vermelho que abriga paisagens marcantes e uma fauna única, diversa e instigante!
As crianças conheceram e reconheceram animais característicos presentes no país e no continente como cangurus, coalas, emus e o demônio da Tasmânia, compreendendo a importância dessas espécies para o equilíbrio ambiental e principalmente para a arte Warlpiri.
Além disso, ampliaram seu vocabulário em inglês com temas como Austrália, The Outback e seus animais, praticando descrições e comparações (the tallest, more than, furry, thin). Revisaram também o vocabulário de clima e roupas (hot, boots, hat), exploraram cores e rastros dos animais, aprofundando o aprendizado de forma lúdica e significativa.
As crianças do Ateliê iniciaram o campeonato de Yoté, jogo que conhecemos e jogamos bastante durante este ano. Organizamos o campeonato em seis grupos, definidos por meio de um sorteio com uma roleta. O momento foi de empolgação e torcida!
As crianças estão acompanhando as pontuações e todo o processo dos jogos através de uma tabela coletiva, exposta nas salas do Ateliê. Serão três fases, com rodadas cheias de diversão, estratégias e desafios.
Elas estão entusiasmadas para jogar, colocar em prática as estratégias do Yoté e descobrir, com curiosidade e suspense, quais serão os resultados do campeonato!
As turmas do Ateliê avançaram na montagem do canteiro autoirrigável (SIP). Depois de escolher os caixotes e realizar as medições necessárias, iniciaram o corte e a furação dos tubos que formarão o reservatório de água.
Além disso, o Grupo 1 construiu um protótipo com garrafas PET de 2 litros, para entender como a água sobe pelo conjunto de fios de algodão e irriga o solo de baixo para cima. Essa experiência retomou um experimento feito no início do ano sobre capilaridade com papel-toalha, e as próprias crianças identificaram a relação entre os dois projetos.
As turmas têm se mostrado muito envolvidas, testando diferentes formas de encaixe e observando o funcionamento do sistema. Nas próximas etapas, vamos ajustar os barbantes de ligação e preparar o substrato para iniciar o plantio no canteiro definitivo.
Depois de viverem a experiência de participar de um campeonato, as crianças do judô do Ateliê agora se preparam para outro momento muito especial: a cerimônia de troca de faixa!
Como o próprio professor Eduardo gosta de lembrar, trocar de faixa vai muito além de receber uma nova cor no cinturão. É um símbolo de tudo o que foi aprendido, dos desafios superados e, principalmente, da dedicação ao longo do ano.
Nos últimos encontros, os pequenos judocas têm se dedicado às técnicas do Nage-Waza, cujo objetivo é desequilibrar e arremessar o oponente no chão, um conjunto de movimentos de projeção que inclui o Te-Waza, técnicas de braço, Koshi-Waza (de quadril) e o Ashi-Waza (de pernas e pés). Tudo isso tem sido trabalhado de forma leve e lúdica, com brincadeiras e repetições que fazem corpo e mente atuarem em harmonia.
A cada treino, as crianças aprimoram não apenas as técnicas, mas também o autoconhecimento e a compreensão do verdadeiro significado do respeito, dentro e fora do tatame.
O Ateliê vivenciou um momento muito especial na Oficina de Jogos e Brincadeiras: a entrega das medalhas.
Nosso primeiro campeonato de Yoté foi marcado pelo envolvimento das crianças, pela aprendizagem significativa e pelo espírito esportivo.
Ao longo das partidas, as crianças exercitaram a atenção, o raciocínio lógico, a tomada de decisão, além de desenvolverem atitudes de cooperação, respeito e autocontrole.
Durante a entrega das medalhas, percebemos o orgulho e a alegria das crianças diante das conquistas individuais e coletivas. Esse momento celebrou o processo de aprendizagem que se constrói no brincar, no desafiar-se e no aprender com o outro.
As crianças do Ateliê vivenciaram uma etapa de maior liberdade nos movimentos.
Elas já demonstram consciência sobre o nome e a execução de cada gesto, o que nos permitiu orientar mais pela fala do que pela demonstração.
Quando o professor Leandro pediu para fazerem uma “meia-lua de frente” ou “meia-lua de compasso”, por exemplo, elas já compreenderam e realizaram com autonomia, sem precisar que ele repetisse constantemente os movimentos.
Aos poucos, inserimos mais complexidade nas acrobacias, nos floreios, como chamamos na capoeira, que são movimentos que unem técnica, leveza e beleza, expressando a criatividade e o estilo de quem joga. Fizemos o “palhacinho”, que é um meio salto mortal com apoio das mãos, sempre realizado com segurança e acompanhamento do professor.
Também fizemos um jogo da memória com os movimentos da capoeira, em que cada criança fazia um movimento e outras precisavam repetir e fazer outro diferente. Os exercícios trouxeram a consciência do corpo, desafiando a memória numa brincadeira divertida recheada de aprendizado.
Ateliê Fundamental I – Oficina de Construção
Na Oficina de Construção, temos trabalhado em conjunto com o professor João Santos, da Oficina de Marcenaria, na elaboração e montagem do nosso canteiro sub-irrigável móvel. Trata-se de um projeto que abrange desde a produção de húmus a partir dos resíduos orgânicos gerados na escola, utilizando a composteira desenvolvida no ano passado, até o cultivo de vegetais orgânicos.
Na sala de Marcenaria, inicialmente elaboramos o desenho do projeto, para que todos soubessem quais seriam suas funções. Em seguida, apresentamos os equipamentos às crianças, reforçando as medidas de segurança e explicando o que fazer em caso de dúvidas.
Os equipamentos utilizados neste projeto foram: serra de meia, esquadria, serrote, furadeira de bancada, furadeira manual, parafusadeira, grampos tipo “C” e “barra T”, além de diferentes tipos de brocas adequadas a cada uso.
Sempre acompanhadas por um adulto, as crianças cortaram peças de madeira, juntaram bordas, fizeram furos e parafusaram, de modo que todos os suportes e a caixa principal do canteiro fossem montados. Foi um verdadeiro trabalho de marcenaria, alinhando ciência e engenharia. As tubulações de irrigação também foram marcadas e devidamente perfuradas, garantindo um bom fluxo de água.
Foi uma tarefa de alta complexidade, que as crianças executaram com muita habilidade, cuidado e concentração. Assim, concluímos a etapa de montagem da estrutura do canteiro e do seu sistema de irrigação subterrânea.
Agora, seguiremos para a fase de preparação do solo, plantio e adubação orgânica dos nossos canteiros.