A chegada a um novo espaço gera sentimentos distintos: alegria, medo, curiosidade… Foi assim, com essa mistura de sentimentos, que as crianças das F1 chegaram à escola. Afeto, acolhimento e uma boa dose de alegria embalaram nossos primeiros dias. O samba da escola e a animação da festa de Carnaval contextualizaram algumas atividades.
Uma caça ao tesouro guiou as crianças por diferentes espaços da escola. Um jeito divertido de conhecer e reconhecer pessoas e lugares que logo se tornarão familiares para elas. As agendas, o tesouro que nos acompanhará por todo ano, instigaram nossas primeiras conversas sobre o tema institucional. Mas afinal, o Brasil é feito de quê?
A partir dos conhecimentos prévios das crianças e atividades de sensibilização vamos aos poucos encontrando nosso recorte de pesquisa.
Nas aulas de dança, as crianças de F1 conheceram um pouco mais sobre o Carnaval. Aproximando-nos do projeto institucional – “Brasil é feito de quê? Cantos, contos e encontros” – demos o pontapé inicial para conhecer esta manifestação da nossa cultura, inspirados pelo samba vencedor do nosso bloco de carnaval.
Em roda, usamos a criatividade para compor movimentos que representassem as palavras selecionadas na letra do samba e colocamos o corpo para dançar.
Na semana seguinte, conversamos sobre as marchinhas e elementos escondidos numa caixa surpresa nos ajudaram a lembrar e cantarolar algumas músicas conhecidas.
“Essa eu conheço!”
“Uma chupeta! Mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar…”
Após aquecer o corpo, experimentamos criar juntos movimentos para dançar ao som de algumas delas. Agora, estamos conhecendo um pouco mais sobre o Maracatu. Aguardem notícias!
Nas aulas de Educação Física, as turmas de F1 e F2 iniciaram o semestre explorando o espaço em atividades nas quais todo o grupo tinha um único objetivo e a cooperação entre os participantes era fator importante. Aos poucos os desafios foram se tornando mais complexos.
A cada conquista, uma vibração!
Conhecemos os novos amigos e conversamos sobre as regras de convivência e uso da quadra/pátio e a importância delas para um deslocamento seguro no espaço e o bom aproveitamento dos jogos e brincadeiras.
As turmas de F1 e F2 se juntaram para uma grande experimentação.
As crianças foram divididas em grupos, nos quais escolheram e participaram de diversas oficinas oferecidas pelas professoras. Artes, contação de histórias, música, jogos e brincadeiras, as oficinas trouxeram algumas brasilidades: cantos, contos e encontros para fazer refletir e encantar a criançada!
A proposta, além de sensibilizar para a escolha do tema do projeto de cada turma, oportunizou diálogos enriquecedores, valorizando e construindo relações entre crianças e professores de salas e séries diferentes.
Na próxima semana, o circuito continua com novas oficinas, encantando e ampliando repertórios para a escolha dos projetos. Aguardem!
O que é um calendário? Para quê serve? Com essas perguntas iniciamos nossa conversa e também o uso do calendário, esse instrumento importante para a inserção da Matemática no cotidiano das F1.
As crianças compartilharam seus conhecimentos prévios e aos poucos vão se apropriando do seu uso. Os calendários de Janeiro, Fevereiro e Março foram para o caderno junto com um desafio: descobrir os números que faltavam.
Aproveitamos para marcar as datas importantes de cada mês e construímos juntos um mural de aniversários na sala.
Recomeçamos as aulas de música das F1, F2 e F3 com a pergunta: Qual é a língua do Brasil? A maioria das respostas foi: “Português!”.
A partir dessa resposta, as crianças ouviram a seguinte pergunta: “Na gram tondon müm gri?”.
A pergunta, que está na língua krenak e significa “Vamos todos cantar juntos?”, nos levou a refletir: O que seria uma língua brasileira? Quem seriam os brasileiros? Por que falamos português?
Com essa provocação inicial, conversamos um pouco sobre quem estava no Brasil quando os portugueses chegaram e sobre quem os portugueses trouxeram para trabalhar nessa terra.
Assim as crianças puderam entender como as culturas indígena, europeia e africana são formadoras da nossa identidade cultural.
Então conheceram e aprenderam a canção de acolhimento “Po Hamek”, das tribos krenak. A canção foi vivenciada com desafios progressivos, somando palmas, pisadas e movimentos ao arranjo e tendo como último desafio a inserção de tubos sonoros. A dinâmica de roda, característica das culturas indígenas, nos possibilitou ressaltar a importância que o coletivo tem para esses povos.
Após nossa vivência com a canção “Po Hamek”, conhecemos a canção africana de boas-vindas “Funga Alafia” e as crianças aprenderam o significado dos gestos de acolhimento.
Inspirada pelo vídeo do grupo Mundo Aflora, a turma foi desafiada a criar uma percussão corporal para acompanhar a canção “Funga Alafia”.
Para entrar no espírito do Carnaval e estabelecer um vínculo com o projeto institucional, as turmas fizeram trabalhos sobre essa festa popular. Aproveitamos o tema para apresentar as cores na língua inglesa e algumas fantasias e acessórios sugeridos pelas crianças.
No caderno, registramos em desenhos o que as crianças apreciaram nos blocos de rua e os apresentamos em uma roda de grupo, chamando atenção para os nomes em inglês.
Fizemos o nosso Carnival Ball, o baile de carnaval dentro da escola. Ouvimos marchas, nos fantasiamos, colocamos acessórios e repetimos o nome de cada elemento que havia sido apresentado nas aulas anteriores.
Para auxiliar no vocabulário das cores, levamos bambolês coloridos para o ambiente da festa. Nomeamos os espaços onde se encontravam os bambolês de cores específicas como se fossem nomes de diferentes blocos de rua. As crianças ficaram atentas à chamada para ir até os blocos, obedecendo os comandos exatos para chegar até eles: “Everyone, march to the Red Bloco!”, “Now, run to the Green Bloco!”, “Walk to the Yellow Bloco!”.
A nossa festa foi muito colorida e animada. Um jeito bem Brazilian!
A construção do alfabeto ilustrado nas turmas de F1 é uma atividade muito significativa e uma fonte de consulta importante nas atividades de escrita e leitura na escola.
Iniciamos sua construção sequenciando as letras do alfabeto e depois separamos os nomes das crianças e professoras de acordo com sua letra inicial. O momento de tirar a foto que irá representar cada letra foi bem divertido.
Em seguida, preenchemos as letras que ficaram sem nome com outras palavras do interesse das crianças, e buscamos imagens para representá-las.
O alfabeto pronto foi para o mural da sala e as crianças receberam também um alfabeto para ficar na pasta e auxiliá-las durante as tarefas de casa.
Após ouvir histórias que tinham como cenário as nossas florestas, as turmas fizeram uma exploração sensorial com elementos naturais: diferentes sementes, folhas, gravetos…
Além de experimentarem formas e texturas, criaram composições com esses materiais e embarcaram numa conversa instigante. O que temos nas nossas florestas? Quem vive nelas? Quais florestas conhecemos?
No Google Earth, fizemos um passeio por algumas delas e vimos belas fotos de diversas florestas do nosso pais.
A atividade foi tão significativa que muitos elementos da floresta foram sugeridos como nomes para as turmas.
Em votação, cada turma elegeu o seu novo nome, movimento importante na construção de identidade desses grupos.
Agora, a F1M é a Turma dos Guardiões da Floresta, a F1TB é a Turma da Pororoca e a F1TA é a Turma da Cachoeira.
Que os encantos, cantos e contos da floresta embalem nossas pesquisas.
As crianças conheceram o Maracatu, dança de influência africana e manifestação da cultura popular de Pernambuco!
Experimentaram acompanhar o ritmo com palmas e dançando livremente.
Apreciaram um Cortejo, buscando observar os personagens, figurinos e movimentos característicos.
Em seguida, aprenderam e dançaram o passo básico, algumas de suas variações e também os passos da corte, da dama do passo e das baianas, explorando os movimentos de pernas, braços e mãos.
Ao ouvirem The Very Hungry Caterpillar, de Eric Carle, as crianças conheceram a história de uma lagarta que, a cada dia da semana, procura uma fruta em quantidade cada vez maior para se alimentar:
Monday – 1 apple
Tuesday – 2 pears
Wednesday –3 plums
Thursday – 4 strawberries
Friday – 5 oranges
No final de tanta comilança, ela faz o seu casulo e vira uma linda borboleta.
Esse trabalho de literatura possibilitou o conhecimento dos nomes das frutas, dos números e dos dias da semana na língua inglesa, oralmente e em registros no caderno.
Para fazer um vínculo com o projeto institucional, provocamos as crianças com a seguinte pergunta: E se esse Caterpillar vivesse no Brasil, quais frutas ela comeria? Vocês conhecem National Fruits?
As crianças falaram o nome de diversas frutas e, para surpresa delas, nenhuma era de fato uma fruta nacional. Explicamos o termo National Fruits e em uma roda de conversa logo chegamos à jabuticaba e à pitanga. Mas será que só essas frutas são brasileiras? Observaram diversas imagens e descobriram genipapo, fisális, cupuaçu, bacuri e açaí.
Como muitas crianças não conheciam essas frutas, resolvemos fazer um passeio à Cobal do Humaitá para procurar frutas bem brasileiras e fazer uma degustação. Encontramos uma riqueza de formas, cores e cheiros. Depois de vasculhar bastante e conversar com os feirantes descobrimos o caju e o abiu. De presente ganhamos o tamarindo, que não é uma fruta brasileira mas despertou a curiosidade da criançada. Em breve traremos notícias da degustação!
As aulas de música das últimas semanas foram dedicadas ao ritmo popular Maracatu. Depois de conhecer um pouco sobre a história desse gênero pernambucano e os instrumentos usados para tocá-lo, chegou o momento de vivenciá-lo cantando e tocando tambores e agogôs. Para isso as crianças aprenderam a toada “Coroa Imperial” (Toada do Maracatu de Baque Virado).
Para aprofundar a contextualização desse ritmo, as crianças assistiram a uma reportagem sobre a história das Calungas. Conheceram as Calungas mais antigas e descobriram que essas bonecas passam por um ritual no terreiro de candomblé para que se tornem “mágicas” e possam proteger os integrantes do Maracatu durante o cortejo.
Em sala, também criamos o nosso ritual mágico com a Calunga, cantando a toada “Pega na Calunga”, na qual, por meio de um jogo rítmico, a boneca vai passando de mão em mão. Esse processo foi somado às aulas de dança, que também estão abordando o Maracatu, e virou um alegre cortejo que percorreu os corredores da escola.
A votação para a escolha dos nomes das turmas é um momento muito esperado pelas crianças. A abertura da urna e a apuração dos votos envolvem, além de muita euforia, contagens e a construção de um gráfico.
Qual o nome mais votado? E o menos? Quantos votos a mais o vencedor recebeu?
Aproveitamos o envolvimento dos grupos para aproximar as crianças de conteúdos matemáticos, como a leitura de gráficos, de um jeito muito significativo.
Com os nomes escolhidos, as crianças trouxeram seus conhecimentos prévios e lançaram perguntas sobre o que desejam conhecer:
A água da cachoeira é gelada. Por quê?
Toda floresta tem cachoeira?
As pororocas têm ondas grandes e pequenas?
Por que a pororoca só acontece na floresta?
Todas as florestas são iguais?
Alguns indígenas moram na floresta. Será que lá também tem outras pessoas que não são indígenas?
O grande dia para experimentar as frutas chegou! As crianças iniciaram a degustação sentindo os aromas das frutas e observando as diferentes formas e texturas. Ao cortar, também observaram as sementes:
This fruit has one big seed, This fruit has one small seed, This fruit has four small seeds.
Na hora de saborear as frutas, algumas crianças ficaram desconfiadas de início, mas aos poucos, com incentivo dos colegas, foram provando e aprovando. Algumas doces, outras mais amargas e azedas. O vocabulário dos sabores vem sendo introduzido na língua inglesa.
As turmas andaram recebendo visitas especiais. Rastros de água, marcas cor de rosa nas paredes e pegadas pelo chão surgiram misteriosamente pela escola.
As crianças acharam que só podia ser magia e logo suspeitaram da visita de seres encantados protetores das águas e das matas: a sereia Iara, o boto e o curupira.
Durante a semana ouviram muitas histórias, criaram desenhos e pinturas inspiradas nessas figuras fascinantes e trocaram cartas e bilhetes.
Uma escrita cheia de significado e afeto, e bons momentos de reflexão sobre a nossa língua e sua função social.
Dialogando com o projeto institucional, as turmas de F1 escolheram seus nomes: Guardiões da Floresta (F1M), Cachoeira (F1TA) e Pororoca (F1TB). Nas aulas de Dança foram desafiados a criar movimentos que representassem o nome de cada turma. Após essa pesquisa, as crianças foram divididas em grupos para construir uma pequena composição coreográfica.
Animadas com os seres que protegem as matas, as turmas dos Guardiões, Cachoeira e Pororoca foram visitar uma das maiores florestas urbanas do mundo: a Floresta da Tijuca.
Antes do tão esperado passeio, as crianças pesquisaram sobre a história desse lugar e descobriram que ela faz parte da Mata Atlântica e é uma das poucas florestas que têm data de nascimento, pois teve a maior parte do seu território praticamente replantado.
As turmas visitaram a Cascatinha Taunay, que é a maior cascata do parque, colocaram os pés na água gelada do seu poço e fizeram uma pequena trilha pela floresta. Curiosas, observaram as árvores e tudo que havia ao nosso redor.
Com esse passeio inauguramos o projeto de pesquisa das turmas do primeiro ano sobre os Biomas Brasileiros. Pretendemos investigar alguns sistemas que caracterizam os biomas desenvolvendo um senso de responsabilidade e consciência sobre o mundo em que vivemos.
O Brasil é um país rico em diversidade e queremos com essas pesquisas levar as crianças a compreender a importância de preservar os biomas para garantir a sobrevivência de várias espécies e manter o equilíbrio ecológico.
Este projeto é uma maneira empolgante e educativa de introduzir as crianças à diversidade natural do Brasil.
Estamos no começo dessa viagem e ainda temos muitas aventuras pela frente.
Estamos visitando diferentes gêneros musicais brasileiros, e o fio narrativo criado coletivamente com as crianças vai contando uma história e trazendo as músicas.
Um cortejo de Maracatu que encontra uma floresta e depois de fugir da abelha Aripuá busca uma cachoeira para se refrescar acaba encontrando mamãe Oxum.
Aproveitando que no dia 23 de abril comemoramos o aniversário de Pixinguinha e o Dia do Choro, as crianças assistiram ao curta-metragem Pedro e o Choro e à animação Alma carioca: um choro de menino. Conversamos sobre os instrumentos que fazem parte desse gênero musical e sobre a história do Pixinguinha.
Acreditamos que as aprendizagens se dão na troca, na interação e, por isso, trabalhar coletivamente é um recurso rico e importante nas turmas de primeiro ano.
A música Mamãe Oxum, aprendida nas aulas de Música e que entrou para o repertório das turmas, foi registrada no caderno de projeto de um jeito muito especial.
As crianças trabalharam em duplas, nas quais uma era o escriba e a outra a auxiliava propondo reflexões e sugestões sobre a escrita.
Sonoridade, ortografia, separação de sílabas e até acentuação surgiram em discussões ricas, ampliando recursos e a experiência com a nossa língua.
Exercitar a cooperação, a atenção e a escuta também foram pontos altos desse trabalho em equipe. Uma beleza de ver!
Iniciamos o semestre com a seguinte pergunta: “Quem conhece a amarelinha?”.
Foi o pontapé inicial para as pesquisas sobre essa brincadeira que auxilia no desenvolvimento da noção espacial e também na organização corporal.
Conversamos sobre a brincadeira e o que era necessário para aproveitá-la.
Algumas das observações feitas pelas crianças:
“Foco, atenção, concentração!”
“Saber os números.”
“Equilíbrio!”
“Força para jogar a almofada, mas também precisa ter leveza.”
“Pular!”
E no salão experimentamos outra possibilidade: a amarelinha africana, na qual o ritmo da música guia a brincadeira.
As turmas estão engajadas nas pesquisas sobre a Mata Atlântica e têm feito descobertas interessantes sobre a interdependência de todos os seres vivos desse bioma: planta, bicho e gente.
A palmeira juçara, as aves e os quilombolas ganharam destaque especial nas pesquisas, deixando clara a importância da preservação para garantir a sobrevivência das espécies e o equilíbrio ecológico.
A palmeira alimenta várias espécies de animais, pois dá fruto o ano todo. As aves, que comem seus frutos, ajudam na dispersão das sementes e no nascimento de novas árvores. Os quilombolas do Vale da Ribeira, com todo o seu conhecimento sobre a floresta, se tornaram coletores de sementes da Mata Atlântica e garantem o replantio de florestas em áreas devastadas.
Uma beleza perceber essa relação! Todo esse conhecimento tem sido registrado no caderno de projeto, coletiva ou individualmente, criando contexto para escritas cheias de significado.
Ao longo do nosso projeto, as crianças foram apresentadas a muitas frutas nacionais, como abiu, cajá e caju. Observamos cores, tamanhos, suas sementes e experimentamos seus sabores, novidades para muitas das crianças.
What taste does it have? Através dessa pergunta iniciamos o aprendizado dos sabores na língua inglesa: bitter, sour, sweet and salty. Com a ajuda de imagens, as crianças revisitaram a nossa degustação de frutas nacionais e em grupo trocamos opiniões sobre seus sabores.
Músicas e jogos movimentaram as aulas com o intuito de ampliar o uso da oralidade de forma divertida.
Nos cadernos, destacamos a escrita em inglês dos sabores aprendidos acompanhada de ilustrações produzidas pelas próprias crianças. Esses registros foram apresentados à turma, abrindo oportunidades para compartilharem ideias e encorajando a autonomia na comunicação.
Os jogos fazem parte da rotina das turmas de primeiro ano. Além de estimular o raciocínio lógico, trazem desafios interessantes: ajudam a ampliar o campo numérico e a perceber as regularidades do nosso sistema numérico, exploram a contagem e o reconhecimento dos números.
O jogo de trilha fez sucesso entre as turmas. Inicialmente brincaram com trilhas feitas por turmas de anos anteriores e depois experimentaram elaborar uma pequena no caderno, pensando na estrutura do jogo e num tema livre.
Em breve prepararão uma trilha coletiva, com a temática do projeto, criando obstáculos e avanços com situações relacionadas às nossas pesquisas.
As conversas sobre a juçara, palmeira tão importante da Mata Atlântica, renderam reflexões interessantes sobre o consumo do seu palmito.
Descobrimos que a extração do palmito quase levou à extinção dessa árvore nas florestas e uma das soluções encontradas para sua preservação foi o plantio de uma outra palmeira, a pupunha, árvore de Amazônia que não morre após a retirada do palmito.
Aproveitamos para provar o palmito pupunha e fazer uma receita com ele.
Atentas, as crianças colocaram a mão na massa, ajudando a cortar e misturar os ingredientes da deliciosa omelete de palmito.
No caderno de Matemática, registraram os ingredientes, suas quantidades e o modo de preparo, além de uma ilustração desse momento divertido e delicioso .
As F1 estão conhecendo outro bioma brasileiro, a Amazônia, e descobriram que lá, junto com o Boto e a Iara, vive o rei das águas, ou gigante da Amazônia, o Pirarucu.
Descobrimos que seu nome tem origem tupi e o significado se relaciona à bela cor vermelha de suas escamas. Mas, sem dúvida, as informações que mais mobilizaram as turmas foram seu tamanho e peso: ele pode chegar a 3 metros e 200 kg.
Fita métrica e balança estiveram presentes em muitas atividades e as crianças puderam explorar outras medidas, comparar e registar números.
Com muita empolgação constataram que era preciso duas crianças e meia deitadas para chegar ao seu comprimento e que, reunindo o peso de todas as crianças da turma, somos mais pesados que o peixe.
Matemática vivenciada com muita diversão e envolvimento!
As crianças conheceram o projeto As árvores somos nós, do artista Daniel Gnatalli. Nele, o artista coloca seu corpo em imagens de árvores, buscando reproduzi-las.
Dialogando com o projeto, as turmas experimentaram representar algumas espécies da Mata Atlântica. Como podemos colocar nosso corpo no espaço para representar uma determinada árvore?
Para finalizar, fomos ao Parque Lage, pedacinho deste bioma no Rio de Janeiro, dançar entre as árvores e realizar a atividade in loco. O resultado desta vivência poderá ser conferido na nossa Mostra de Artes, no dia 17/06.
Até lá!
Iniciamos a leitura do livro Brasil 100 Palavras, de Giles Eduar, adotado para enriquecer as pesquisas do projeto sobre os biomas brasileiros.
Em duplas, os alunos apreciaram as ilustrações do bioma Amazônia, identificaram nomes de bichos e plantas já conhecidos e descobriram tantos outros novos.
As crianças se empenharam e se arriscaram na leitura de palavras e pequenos textos, ampliando a experiência com a língua e entrando em contato com informações interessantes sobre os assuntos pesquisados. Apoiadas no livros, criaram uma lista da fauna e flora amazônica no caderno e ilustraram com desenhos de lápis de cor.
Nessa investigação, vão tomando consciência de suas conquistas e experimentando uma nova maneira de olhar o mundo.
Para quem ainda não trouxe o livro, pedimos que providenciem até a próxima semana.
O livro Tapajós, de Fernando Vilela, ampliou nossas conversas sobre os ribeirinhos da Amazônia, povos que vivem com as condições oferecidas pela natureza, adaptando-se aos períodos de chuva e seca.
As palafitas, o uso do rio como via e os barcos como transporte foram também assuntos explorados nos grupos, assim como seus modos de vida, fundamentais para a manutenção da floresta.
Aproveitando as ilustrações do livro, as crianças criaram legendas que explicam o movimento anual vivido por muitas famílias: mudar-se quando tem início o período das chuvas e suas casas alagam.
No último sábado, compartilhamos com toda a comunidade escolar, em nossa Mostra de Artes, as experiências proporcionadas pelo trabalho de Projeto, através de diferentes linguagens artísticas.
Acreditamos que esse encontro entre as linguagens artísticas e o Projeto amplia a leitura de mundo e o sentido do conhecimento que se produz na escola; auxilia que nossas crianças e adolescentes desenvolvam seu potencial criativo, sua sensibilidade, a capacidade de se conectar e de relacionar diferentes saberes.
Ficamos muito felizes em receber as famílias e seus convidados e esperamos que todos tenham saído sensibilizados pelas vivências artísticas.
Agradecemos imensamente a parceria e a presença de todos e já estamos ansiosos para nosso próximo encontro, dia 8 de julho, em nossa Festa Junina! Na próxima semana enviaremos o horário da festança!
Fotos:
https://drive.google.com/drive/folders/15TslsTY3RsuKdUNnVw5y2Ua0m5VHtZuF
A Catira, dança típica das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, foi vivenciada pelas crianças de F1.
Após apreciarem os Catireiros do Araguaia dançando, aprenderam um pouco sobre a dança, sua estrutura e exploraram sua movimentação.
Na Mostra de Artes, orgulhosos, apresentaram seus conhecimentos e dançaram com suas famílias, numa grande sensibilização para a nossa apresentação na Festa Junina.
Iniciamos o processo de composição, explorando palmeados e sapateados em diferentes desenhos coreográficos.
As turmas foram apresentadas à obra de Eva Furnari de um jeito muito gostoso na Biblioteca.
Nossa bibliotecária Paula preparou o espaço com muito carinho e, de forma instigante, apresentou personagens e histórias.
Os nomes tão originais, os traços inusitados e os enredos divertidos criados pela autora passaram a fazer parte da nossa rotina.
Lemos juntos o livro adotado Você Troca?, e crianças criaram as próprias trocas, brincando com rimas.
Muitas histórias ainda vêm por aí! Continuamos nos deliciando com esse convite para brincar com as palavras.
As turmas conheceram um pouco mais sobre um antigo brinquedo de origem indígena: a peteca.
Aprenderam que seu nome varia entre as diferentes etnias, que pode ser confeccionada com vários materiais (como palha de milho, folha de bananeira e sementes) e que a palavra peteca significa “tapear ou golpear com as mãos”.
Contamos para as crianças que durante os Jogos Olímpicos da Antuérpia (Bélgica), em 1920, os atletas de outros países se encantaram com o brinquedo levado pelos brasileiros para os momentos de lazer. Bem mais tarde, essa brincadeira foi reconhecida como um esporte e as crianças puderam apreciar o trecho de uma final de campeonato. Teve até torcida!
Conversamos sobre quem conhecia e quem já havia feito uma peteca. Em seguida, confeccionamos nossa própria peteca e partimos para a brincadeira. Inicialmente sugerimos que fizessem uma exploração do objeto de forma individual, depois em duplas, e finalmente partimos para uma espécie de queimado com peteca, chamada Tobdaé. A diversão foi garantida!
No sábado, 17 de junho, reunimos toda a comunidade escolar no prédio da rua da Matriz para a Mostra de Artes do Fundamental I.
Cada espaço da escola foi preenchido com bastante cor e muita criatividade!
Foi o artista Heitor dos Prazeres que deu o pontapé inicial durante os momentos de sensibilização para o projeto “Brasil: é feito de quê?”. Do primeiro ao quinto ano, os alunos apreciaram e criaram trabalhos inspirados por suas temáticas bem cariocas e carnavalescas.
Dando continuidade aos estudos, cada turma seguiu um caminho buscando seus interesses dentro da riqueza desse projeto. E o resultado foi apresentado nos espaços de cada turma.
A sala do terceiro ano, muito colorida e divertida, convidava os visitantes a brincar com jogos de tabuleiro e outros produzidos pelos próprios alunos. Foi bonito ver pais, avós e crianças brincando e se divertindo ao longo do dia! Também foram homenageados dois artesãos de mão cheia: Getúlio Damado, mineiro bem carioca que tem seu ateliê em Santa Teresa, e o Mestre Jasson, alagoano, que com suas carrancas divertiu e inspirou os grupos.
O quarto ano trouxe as cores e a música dos festejos brasileiros! Mestre Vitalino nos emprestou seu talento para que os alunos se expressassem através da matéria argila. O boi bumbá estava bem representado em todo seu esplendor em 3D e em pequenos recortes de papel e chita. Os bois feitos pelas turmas ora estavam em repouso na sala, ora desciam para participar dos festejos do Cavalo Marinho.
A areia e as ondas do mar embalaram as salas do quinto ano com movimento, luz e muita reflexão: “O mar é feito de quê?”, indagaram os grupos sobre a poluição marítima. E a Mata Atlântica, sua fauna e flora, serviram de inspiração para os pequenos artistas elaborarem padrões gráficos orientados pela grandiosidade dos padrões da etnia Asurini. Foram meses de trabalho, dedicação e muita arte!
Foi lindo!
Este ano os pais e alunos do Fundamental I foram convidados para uma atividade de interação e criação com as professoras de Artes.
Essas oficinas aconteceram no mesmo dia da Mostra de Artes e tinham como objetivo a elaboração de cartazes para enfeitar a Festa Junina da Escola Sá Pereira, que acontecerá no dia 8 de julho.
As famílias que se inscreveram para participar desses encontros se divertiram bastante desenhando e pintando em grupo. Três artistas pernambucanos foram apreciados e serviram de inspiração durante o processo. Foram eles: J. Borges, Gilvan Samico e Derlon.
Observar o trabalho desses artistas e perceber suas similaridades e diferenças impulsionou a todos com uma dose extra de criatividade. Os integrantes das famílias se dividiram em funções e conseguiram finalizar seus projetos com muita dedicação e capricho!
Os trabalhos estarão expostos na Festa Junina. Até lá!
F1 – Projeto
Entre os vários bichos e plantas do bioma amazônico descobertos pelas crianças, conheceram a castanheira, uma árvore imponente e que convive muito bem com todas as outras da floresta.
Conheceram também o povo Wai-wai, que faz a extração do fruto da castanheira e dele retira a semente conhecida como castanha do Brasil.
Para nos aproximarmos mais desse alimento fizemos uma receita de biscoitos de castanha. Experimentamos a castanha crua, pensamos sobre as medidas de uma receita e colocamos a mão na massa.
Os biscoitos ficaram deliciosos!
Com a proximidade da nossa festa junina, as crianças têm se divertido nas aulas de Educação Física com diferentes brincadeiras típicas dessa festa e suas adaptações. Bola na boca do palhaço, bola na lata, jogos das argolas, bolinha na colher e dança da vassoura foram algumas das modalidades exploradas.
No último sábado, celebramos juntos a nossa Festa Junina, evento tão importante no calendário brasileiro e que diz tanto sobre nossa identidade cultural.
Cada série dançou um ritmo diferente, que também dialogava com os recortes de projeto escolhidos por eles. Ao final das apresentações, dançamos todos juntos: frevo, ciranda e o nosso hino, Olha pro céu!
Foi um dia de muita alegria para todos nós da equipe e esperamos que tenha sido igualmente alegre para todos vocês.
Agradecemos a parceria e a colaboração na construção de nosso arraiá, já ansiosos para a festa do ano que vem!
Fomos convidados pela Laura, mãe do Francisco L. da F1TA, para conhecer a Janaína, sua aluna e contadora de histórias, e visitar o quilombo da Pedra do Sal.
Vejam alguns fragmentos dos textos coletivos produzidos pelos Primeiros Anos:
Janaína, nossa guia, contou a história da Zaila, uma menina que morava no Congo da África. Ela vivia em uma aldeia perto da savana africana e via vários bichos como girafa, elefante, leão, rinoceronte e outros.
Ela foi brincar, a mãe dela a chamou e ela foi dormir. Quando acordou ouviu muitos barulhos estranhos e uma língua que não entendia. Ela se escondeu embaixo da cama. Eles invadiram a casa dela para pegar o pai, a mãe e ela, mas o pai lutou capoeira e derrubou 3 homens. Só que os 3 se juntaram e pegaram o pai e o resto da família. Ela fechou os olhos e foi levada para um navio desconhecido.
(Trecho do texto coletivo da Turma da Pororoca)
Janaína também nos ensinou a fazer uma boneca de pano que se chama abayomi. Depois ela nos levou para conhecer uma árvore especial, o baobá. Essa árvore pode armazenar água no seu tronco para matar a sede das pessoas. O baobá é muito importante para o povo africano. (Trecho do texto coletivo da Turma dos Guardiões da Floresta)
Vimos a estátua da Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra do Theatro Municipal, e subimos a Pedra do Sal. Também vimos pinturas na parede do Heitor dos Prazeres, Tia Ciata, dona Ivone Lara e terminamos o passeio brincando de escorregar na pedra. Foi um dia importante e legal.
(Trecho do texto coletivo da Turma da Cachoeira)