“Aqui nesse mundão ninguém faz nada sozinho, se alguém te dá a mão fica mais fácil o caminho”
A chegada ao Primeiro Ano é um marco especial para muitas crianças e suas famílias. Curiosidade, medo, alegria e aquele conhecido frio na barriga fazem parte desse momento.
Cuidamos da chegada com carinho e alegria e aos pouquinhos vamos nos conhecer melhor, fortalecer vínculos de afeto e confiança.
A ilustração da agenda e o samba da escola proporcionaram boas conversas sobre o tema do projeto. Aproveitamos para fazer um tour, conhecendo os espaços e as tantas pessoas queridas que ajudam a cuidar da escola.
Que nesse ano que se inicia o cuidado esteja presente em todas relações e que tenhamos fartura de escuta, colo, cafuné, amizade verdadeira, beijo e abraço. Como diz nosso samba: quem não quer?
Após o recesso de Carnaval, vamos dar continuidade às atividades de sensibilização em torno do tema do projeto, entender os interesses das crianças e buscar nosso recorte de pesquisa.
Às vésperas do carnaval demos início às nossas aulas de Música, recebendo também várias crianças recém-chegadas à escola.
Brincando com as sílabas dos nomes fizemos nossa apresentação, batendo palmas e contando quantas batidas (sílabas) estavam contidas em cada nome.
A silabação é um recurso utilizado em muitas culturas para o ensino musical. A ideia é abrir caminho com essa atividade para a exploração do ritmo binário do samba, onde cada instrumento da batucada utiliza seu nome para definir sua função rítmica: Sur-do, Tam-bo-rim e Pan-dei-ro.
Ainda nesse primeiro encontro conhecemos e conversamos sobre o samba De semente em semente a gente planta uma floresta, que embalou o Bloco da Sá Pereira e foi composto pela também professora de Música da escola Manoela Marinho. Alô, bateria!
O que é um calendário? Pra que serve?
Com essas perguntas iniciamos nossa conversa e também o uso do calendário, esse instrumento importante para a inserção da Matemática no cotidiano das F1.
As crianças compartilharam conhecimentos prévios e aos poucos vão se apropriando do seu uso. Os calendários de Janeiro e Fevereiro foram para o caderno junto com um desafio: descobrir os números que faltavam.
Aproveitamos para marcar as datas importantes de cada mês e construímos juntos também um mural de aniversários na sala.
Demos início à sensibilização para o projeto institucional de 2024 buscando entender o significado de cada palavra que o compõe.
As crianças sugeriram hipóteses e, em seguida, após apreciar um pequeno trecho da São Paulo Cia de Dança, brincamos de rua e avenida, dançando entre os colegas.
Também exploramos gestos relacionados ao cuidado, transformando-os em dança numa alegre brincadeira de estátua.
A construção do alfabeto ilustrado nas turmas de F1 é uma atividade muito significativa.
Iniciamos sua construção sequenciando as letras do alfabeto e depois separamos as fichas com os nomes das crianças e professoras de acordo com sua letra inicial.
Fotografamos a turma, reunindo as crianças que começam com a mesma letra, um momento sempre divertido, e colamos as fotografias nas letras identificadas.
Em seguida, preenchemos as letras que ficaram sem nome com outras palavras do interesse delas e buscamos imagens para representá-las.
O alfabeto pronto irá para o mural da sala e se tornará uma fonte de consulta importante nas atividades de escrita e leitura na escola.
Aproveitamos a atividade para enviar um alfabeto para cada criança, de forma a auxiliá-las durante a tarefa de casa. Pedimos que seja plastificado e que fique na pasta das crianças.
As turmas de F1 receberam caixas surpresas durante toda a semana.
Dentro delas, poesia, artes visuais, música e fotografias que instigaram conversas sobre o tema do Projeto Institucional.
Uma das atividades de sensibilização foi preparar uma caixa para presentear a outra turma com a escrita de palavras relacionadas ao cuidado.
Todo esse processo enriqueceu nosso momento de escolha dos nomes das turmas. A votação envolveu, além de muita euforia, contagens e também a construção de um gráfico. Qual o nome mais votado? E o menos? Quantos votos a mais o vencedor recebeu? Com os nomes escolhidos, faremos relações com o tema do projeto. As crianças trarão seus conhecimentos prévios e formularemos perguntas sobre o que desejamos conhecer juntos.
Agora é F1M é a Turma do Afeto, a F1TA é turma dos Amigos e a F1TB é a Turma do Cuidado.
A entrada no primeiro ano traz um monte de novidades para o cotidiano das crianças.
O uso de estojo, cadernos e tarefas estão entre algumas delas e, aos poucos, nossos pequenos vão se familiarizando com os novos procedimentos e rotina.
Inauguramos o uso da apostila “Quem Sou Eu”, com propostas de escrita que possibilitam desdobramentos instigantes sobre a nossa Língua, assim como um troca-troca de informações sobre eles próprios.
Além da vivência da escrita, é uma maneira de as crianças se conhecerem melhor, descobrindo gostos, afinidades e fortalecendo a identidade do grupo.
Nas aulas de Dança, após apreciarem obras de diversos artistas presentes nas placas de sinalização da nossa escola, as crianças de F1 foram convidadas a refletir sobre a sua relação com o movimento.
Em seguida, ganharam o espaço do salão, explorando possibilidades de expansão e recolhimento do corpo e seus segmentos, espirais, giros, movimentos circulares e curvos com auxílio de uma bolinha, ampliando seu repertório corporal.
Depois da escolha dos nomes das turmas, as F1 buscaram relações entre esses nomes e as mãos, elemento presente em muitas conversas interessantes sobre o projeto.
Como as mãos podem cuidar? E demonstrar afeto por um amigo?
Os livros Minhas mãos, de Nejib, e A quatro mãos, de Marilda Castanha, ajudaram a ampliar essa conversa.
O que sabemos sobre as mãos? O que queremos descobrir?
“Mãos que cuidam, brincam, lavam, fazem carinho, jogam, desenham, pintam, escrevem, leem…”
Vamos de mãos dadas nessa nova investigação!
“É um tema para toda a escola. A gente pensa numa coisa que tem a ver com esse tema.”
“É algo que decidimos que queremos estudar e depois pesquisamos.”
“Um projeto precisa de planejamento.”
“É uma coisa que as pessoas usam para conseguir construir alguma coisa.”
“Projeto serve para organizar as ideias.”
Essa conversa trouxe significado para o que está nascendo nas F1: um projeto!
Nossos caminhos de pesquisa estão se definindo a partir de comentários, dúvidas e questionamentos que foram surgindo sobre mãos e cuidado:
Como as mãos se mexem? Tem uma cordinha que as liga ao cérebro? Precisamos lavar as mãos pra não pegar Covid. Quem não enxerga descobre as coisas do mundo pelas mãos…
Questões relacionadas a anatomia, higiene, tato e o uso das mãos na comunicação estão entre os assuntos de interesse.
Materiais que possam contribuir com as pesquisas são bem-vindos.
Nas turmas de F1 exploramos os nomes das frutas e seus sabores na língua inglesa. Em uma roda de conversa listamos as frutas preferidas das crianças e assim criamos um registro no caderno, com ilustrações reforçando os nomes aprendidos em inglês. Depois fizemos um gráfico das frutas favoritas da turma.
Mas quais são os nomes dos sabores de todas essas frutas deliciosas? Começamos então a aprender os sabores: Sweet, Sour and Bitter. Ao longo da atividade, os pequenos foram incentivados a verbalizar os nomes dos sabores de determinadas frutas: What is the taste of an apple? An apple is sweet! What is the taste of a lemon? A lemon is sour!
Com as ilustrações feitas por eles, construímos um jogo da memória, que servirá para as crianças se divertirem e, ao mesmo tempo, praticarem o vocabulário em inglês com muita ludicidade.
Para encerrar esse primeiro projeto de F1, fizemos um passeio à Cobal para comprar fruits! Coletivamente, montamos um supermarket list com as frutas e as suas quantidades. O dia do passeio foi uma diversão só! Com as listas de compras em mãos, exploraram as estantes do mercado, observando cores, cheiros e aparência dos alimentos, para que as escolhas fossem de qualidade.
Na aula seguinte ao passeio, fizemos uma deliciosa fruit salad, que foi saboreada por todos.
Nos projetos das F1, destaca-se o papel das mãos no cuidar. Com isso, para além da importância das mãos no fazer musical, seja tocando instrumentos seja explorando os recursos sonoros corporais, conversamos sobre a figura do maestro, do mestre, do “professor” que em sua regência ajuda a orquestra, a banda, a bateria da escola de samba a tocar melhor, com mais segurança, interpretação e atenção.
O maestro e sua batuta propõem uma série de gestos e marcações que pontuam alguns parâmetros musicais para seus músicos, como andamento, dinâmica, interpretação, entradas e saídas dos instrumentos para que soem os arranjos da melhor forma possível.
O gestual consegue ser mais incisivo do que qualquer tentativa de aviso sonoro, pois de certa forma o que enxergamos está na velocidade da luz e o que ouvimos está na velocidade do som. E qual é mais veloz? A luz, o gestual, conferindo mais precisão à marcação do tempo e uma resposta mais rápida dos músicos aos comandos por ele proposto. Fizemos uma comparação com o raio numa tempestade: quase sempre vemos o relâmpago primeiro, e contamos às vezes vários segundos até ouvirmos o trovão.
Para complementar a ideia, trouxemos impressos em cartões alguns emojis que utilizamos em nosso dia-a-dia no celular, para mostrar que nós podemos criar nossos próprios comandos usando imagens previamente combinadas com as crianças, como uma forma alternativa de regência.
A ideia é aprendermos um pouco mais sobre a regência, a marcação dos tempos e compassos feita com a batuta e toda a expressividade e interpretação musical sugerida pelo maestro, bem como criarmos nossos próprios gestos ou alternativas que possam fazer quem está no papel de maestro comandar quem está tocando e até mesmo, com tais recursos, fazer uma composição instantânea.
As turmas de primeiro ano foram ao MAM para brincar nos jardins. As mãos, foco do nosso projeto, foram protagonistas em algumas brincadeiras que divertiram as crianças. A bola passou de mão em mão na estafeta, as mãos precisavam se tocar na corrida de revezamento e ainda teve espaço para adoleta, guerra de dedão, batata-quente, pedra, papel e tesoura e muito mais.
Ao longo da caminhada até o Píer de Pedra, muitas risadas, conversas, abraços, alegria e mãos dadas estiveram presentes, fortalecendo a amizade e certamente gerando memórias que ficarão no coração da criançada.
Brincar com os amigos é bom demais!
Dialogando com o projeto institucional, refletimos sobre as obras apreciadas no período de sensibilização, e sobre que partes do corpo algumas delas retratam em comum.
As crianças foram rápidas em responder: “As mãos!”.
Observamos a estrutura deste segmento corporal conhecendo suas partes e estabelecendo sua relação com o ato de cuidar.
Em seguida apreciamos alguns vídeos nos quais o foco das sequências coreográficas são as mãos. Os movimentos sugeridos no vídeo “Magia das Mãos”, do grupo Palavra Cantada, nos auxiliaram na concentração e sensibilização das nossas mãos para a composição da “Nossa Dança das Mãos”.
Atentas, as crianças se desafiaram nesta outra forma de dança e expressão.
Nas investigações sobre as mãos, sua anatomia ganhou a atenção das crianças.
O que temos nas mãos?
“Unha, veia, sangue, ossos, músculos, linhas e digitais” foram algumas das respostas das F1.
Quantos ossos as compõem?
Primeiro, as crianças fizeram uma estimativa, em seguida observaram as próprias mãos, apalparam e chegaram a números bem diferentes.
Com a réplica de um esqueleto dessa parte do corpo, fizeram a contagem e descobriram que a mão é composta por 27 ossos, divididos em 3 grupos.
A brincadeira ganhou registro no caderno de Matemática e abriu mais espaço para conversa:
O que faz a mão se mexer?
O que mais tem por dentro, além dos ossos?
Nossas investigações estão só começando!
Em 1982, foi criado pelo Comitê Internacional da Dança da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) o Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril. A data foi escolhida por ser o dia de nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), importante mestre de balé francês que deixou contribuição significativa para a história da dança.
Para comemorar, as turmas de primeiro ano tiveram uma aula diferente: fomos à praça do Largo dos Leões, onde aquecemos nosso corpo e dançamos ao ar livre. Utilizamos tecidos coloridos que estabeleceram conexão entre duplas e até trios, buscando explorar as diferentes possibilidades de movimento. Também exploramos nos deslocar pelo espaço e criar pequenas sequências de movimentações em grupo.
As turmas da tarde receberam a visita do Gustavo, médico radiologista e pai do Pedro J., da Turma dos Amigos.
Gustavo trouxe radiografias de mãos e também a réplica de um esqueleto dessa parte do corpo para ajudar a esclarecer dúvidas e curiosidades das crianças sobre como nossas mãos são por dentro.
Por que temos linhas nas mãos?
Por que conseguimos mexer as mãos?
Como abrimos e fechamos a mão?
Os gêmeos têm digitais iguais?
Quantas coisas diferentes tem dentro da mão?
Gustavo respondeu a essas e outras perguntas das turmas e, no final, foi convidado para um desafio: aprender duas brincadeiras com as mãos — soco-bate-vira e peito-estala-bate.
O encontro enriquecedor terminou de um jeito bem divertido e as turmas, certamente, mais sabidas.
As F1 colocaram a mão na massa para preparar deliciosos bolos, afinal, cozinhar também é uma forma de cuidado.
O que uma receita precisa ter? A conversa nos levou às medidas e ao passo a passo.
Todos participaram de alguma etapa. Ajudaram a medir, misturar e também a untar a forma
No caderno de Matemática, registraram os ingredientes, suas quantidades e o modo de preparo. O registro também ganhou uma ilustração desse momento divertido e delicioso .
O contato com esse gênero textual ajuda a ampliar a experiência das crianças com a Língua e também com a Matemática.
Acreditamos que as aprendizagens se dão na troca, na interação e, por isso, trabalhar coletivamente é um recurso rico e importante nas turmas de primeiro ano.
As brincadeiras com as mãos estão fazendo muito sucesso nas turmas e aproveitamos o envolvimento das crianças para registrar as músicas que acompanham muitas delas.
A ideia é criar um mural com esse repertório afetivo que atravessa gerações: babalu, adoleta, nós quatro, pico picolé, entre outras.
As crianças trabalharam em duplas, nas quais uma era o escriba e a outra, com mais recurso, a auxiliava propondo reflexões e sugestões sobre a escrita.
Soletrar, perceber sons e sílabas, pensar sobre a ortografia permitiram conversas ricas que ajudam a ampliar recursos e a experiência com a nossa língua.
Exercitar a cooperação, a atenção e a escuta também foram pontos importantes desse trabalho em equipe. Uma beleza de ver!
Os jogos fazem parte da rotina das turmas de primeiro ano e, além de estimular o raciocínio lógico, trazem desafios interessantes, que ajudam no reconhecimento dos números, na ampliação do campo numérico e na percepção das regularidades do nosso sistema de contagem.
O jogo de trilha fez sucesso entre as turmas. Inicialmente brincaram com trilhas feitas por turmas de anos anteriores e depois experimentaram elaborar uma pequena trilha no caderno, pensando na estrutura do jogo e escolhendo um tema livre.
Em breve prepararão coletivamente uma trilha sobre a temática do projeto, criando obstáculos e avanços com situações relacionadas às nossas pesquisas.
As turmas do primeiro ano estão conhecendo mais o ritmo da ciranda e aprendendo a linda composição “Ciranda das Mãos”, da Manoela Marinho, também professora de Música da escola.
A ciranda é um brinquedo popular de roda de Pernambuco, cuja dança é marcada com uma pisada à frente no primeiro tempo do compasso ao mesmo tempo em que todos levantam as mãos dadas, sugerindo o movimento do mar que quebra na praia e o vai-e-vem das ondas. Por isso se diz: “A ciranda é praieira”.
Essa movimentação das pernas em sua dança também inspirou metodologias de aprendizagem rítmica e musical como o Método do Passo, do professor Lucas Ciavatta. O objetivo desse método é a compreensão corporal do pulso e do compasso para incorporar tempos e executar os sons com instrumentos ou com o corpo em conjunto.
Inicialmente, escutamos a gravação atentos à letra e à melodia. Depois, iniciamos com os tambores surdos a marcação do tempo forte, no caso o primeiro tempo do compasso. Os ganzás faziam a marcação de todos os quatro tempos do compasso e às vezes dobravam esses tempos. Entre esses timbres graves e agudos está a caixa tocada por mim, a fim de garantir o molho da levada e indicar com suas acentuações o ataque dos surdos na cabeça. Juntando tudo, fomos percebendo em quais palavras ou sílabas da melodia e da letra caíam os tempos fortes.
A fim de compormos uma intervenção rítmica, utilizando os sons corporais que havíamos explorado em aulas passadas, cada turma está criando um trecho de sons corporais que acompanham a canção.
Ao mesmo tempo, estamos imbuídos em esmiuçar os passos da dança. Frente, trás, abriu, cruzou, fazendo a roda girar no sentido anti-horário com precisão. Detalhe: ao darmos as mãos, a mão esquerda com a palma para cima recebe e a mão direita com a palma para baixo, fazendo a energia e a roda girar.
Salve a grande mestra da ciranda, Lia de Itamaracá! Botando o Mundo pra Girar!
As F1 foram apresentadas à obra de Eva Furnari de um jeito muito gostoso.
Nossa bibliotecária Paula veio até à Biblioteca da Pereirinha, preparou o espaço com muito carinho e, de forma instigante, apresentou personagens e histórias.
Os nomes tão originais, os traços inusitados e os enredos divertidos criados por Eva Furnari começaram a fazer parte da nossa rotina. Drufs, livro da autora ilustrado com dedinhos, já se tornou sucesso nas turmas.
Em breve vamos ler juntos o livro adotado, Você Troca?
Para quem ainda não trouxe: é importante fazê-lo até a próxima semana.
Após a leitura, as crianças criarão suas próprias trocas, brincando com rimas.
Muitas histórias virão por aí! Estamos só começando a nos deliciar com esse convite para brincar com as palavras.
As turmas de F1 conheceram um pouco sobre a bailarina e coreógrafa alemã Pina Bausch, falecida em 2009. Seu trabalho unia de forma bastante original as linguagens da dança e do teatro, valorizando a participação ativa dos atores-bailarinos no processo criativo.
Apreciaram a um trecho da dança de “Marcha das Estações”, do filme Pina (Wim Wender) e, inspirados pela movimentação dos bailarinos, foram convidadas a criar, em pequenos grupos, gestos que representassem Cuidado, Afeto e Amizade, fazendo relação com os nomes das turmas.
Em seguida, montamos uma sequência que pudesse ser repetida em looping como no filme.
Após esse momento, buscamos explorar nas aulas alguns elementos da linguagem específica da dança, como a direção e o tempo, que irão nos auxiliar no processo de construção coreográfica para a nossa Festa Julina.
As turmas de F1 tiveram uma aula especial com a Mari, auxiliar da Turma dos Amigos.
Mari estuda Pedagogia no INES, Instituto Nacional de Educação de Surdos, e conhece muito bem a Língua Brasileira de Sinais.
Ela falou sobre a importância das mãos nessa comunicação com quem não escuta, ensinou o alfabeto, os números e algumas palavras em LIBRAS.
Complementando esse conhecimento, o Jean, professor de Música, ensinou à criançada a cantar a Ciranda das mãos, utilizando a linguagem de sinais.
Os grupos têm experimentado se comunicar em algumas situações e estão empolgados com a nova forma de cantar essa ciranda, que entrou para o repertório das turmas.
F1
As turmas de F1 receberam a visita da Jade, diretora da escola, para um bate-papo com direito a experimentos de Ciências.
Na chegada ao encontro, Jade cumprimentou as crianças com as mãos pintadas com marca-texto e, depois de uma conversa na roda, convidou-as para olhar as próprias mãos com a luz negra. Para surpresa de todos, as mãos estavam manchadas e ninguém percebeu.
Falamos sobre a importância de lavar as mãos quando vamos ao banheiro, antes das refeições e quando voltamos da rua, pois constatamos que as manchas do marca-texto, assim como as impurezas e a sujeira, estarão em nossas mãos sem percebermos a olho nu.
Outro experimento que Jade propôs foi colocar salsa seca em um pratinho com água e jogar uma gota de sabão. A salsa representa a sujeira, e vimos o sabão afastando a sujeira como acontece quando lavamos as mãos.
A conversa foi instigante e abriu novas possibilidades de pesquisa: toda sujeira é ruim? Existem bactérias boas e ruins?
Ainda teremos muitas pesquisas pela frente!
As turmas de F1 conheceram o livro Minha mão é uma régua, de Kim Seong Eun.
No enredo, a menina está crescendo e precisa de roupas maiores. Quando sua mãe planeja tricotar um vestido novo, usa a própria mão para medir a largura dos ombros e o comprimento de seus braços. É assim que a menina descobre que pode usar diferentes partes do corpo como parâmetro para medir as coisas à sua volta, objetos e ambientes da sua casa.
Palmo, pé, passo, braçada e polegadas foram algumas medidas exploradas na história.
Aproveitamos o interesse das crianças e as desafiamos a usar o corpo também para medir os objetos da sala, em especial o palmo, já que a mão é o nosso foco de pesquisa.
Outros instrumentos tradicionais de medida acabaram entrando na conversa, como a trena, a fita métrica e a régua.
Por que medimos as coisas? Qual instrumento pode ser mais eficiente quando vamos medir coisas grandes? E pequenas?
Depois de explorar as medidas no ambiente, as crianças registraram suas descobertas no caderno de matemática.
Foi uma atividade vivenciada com muita diversão e envolvimento.
As turmas do primeiro ano tiveram um encontro divertido com as famílias para compartilhar os jogos produzidos por elas: trilha, sequências, jogo de dados, memória, cruzadinha e bingo.
As crianças ensinaram as regras para seus responsáveis e se divertiram juntos em partidas animadas.
O bingo sobre o projeto fechou o encontro, as imagens e as palavras mostraram as pesquisas que surgiram ao longo do semestre, com o tema das mãos e o cuidado.
Seguimos acreditando na força desses encontros, que geram memórias e representam a culminância de processos vividos pelas crianças na escola.
A partir das investigações sobre o tato, as turmas de F1 estão explorando formas, texturas e até temperaturas em diferentes atividades. Fiezram desenhos sobre suportes com texturas diversas, pintura com guache congelada e até uma brincadeira de adivinhação usando somente o sentido do tato para desvendar os objetos escondidos na sacola.
“Quem não enxerga descobre as coisas do mundo com as mãos.”
Essa frase, de uma das crianças do primeiro ano, abriu a oportunidade de conhecermos o braille e falarmos sobre acessibilidade, esse direito e cuidado tão importantes.
O semestre está terminando e muitas possibilidades de pesquisa estão por vir.
Daremos continuidade depois das férias!
Nas aulas de Dança e Música, os preparativos para o nosso Arraial estão a todo o vapor!
Animadas, as crianças têm se familiarizado com o repertório que fará parte da festa: Xote, Ciranda e Boi são alguns dos ritmos que vêm sendo vivenciados em nossas movimentações coletivas.
Esperamos vocês no dia 13/07!
Viva o Arraial da Sá Pereira! Viva a Cultura Popular!
F1
“Pra se dançar ciranda, juntamos mãos com mãos…”
Embaladas pelos versos cantados por Lia de Itamaracá, as turmas de F1 finalizam o primeiro semestre com a alegria dos festejos juninos.
Assim, de mãos dadas, seguiremos nosso projeto após as férias, cuidando uns dos outros e desvendando juntos tantos caminhos possíveis de pesquisa que ainda estão por vir.
Nas turmas de F1, iniciamos o processo de montagem do nosso espetáculo de fim de ano: “Os Saltimbancos”, peça de teatro musical inspirada no conto “Os Músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm. Na peça original, em italiano, as canções têm letra de Sergio Bardotti e música de Luis Enríquez Bacalov. A versão em português teve adaptação, tradução e ganhou canções adicionais por Chico Buarque.
A história e suas canções têm envolvido as crianças, e para sensibilizá-las e inspirá-las, apresentamos algumas montagens deste espetáculo, observamos a movimentação de animais e assistimos ao ensaio de uma das coreografias do musical Cats.
Em seguida, demos início à pesquisa de movimentos, e a partir de algumas sugestões das crianças começamos a construir nossas sequências coreográficas, fazendo com que se sintam também autoras neste processo.