As F2 fizeram o primeiro passeio do ano: visitaram a exposição Geometria Inquieta, de Ascânio MMM, na Casa Roberto Marinho. Divididas em grupos menores, as crianças apreciaram diversas obras, exploraram a geometria presente em cada uma delas e observaram os materiais usados pelo artista.
As crianças se encantaram ao perceber como Ascânio MMM explora as formas geométricas de várias maneiras. Com o olhar atento, notaram que as formas não estavam apenas lado a lado, mas se integravam em um conjunto dando a sensação de movimento. Durante o passeio, começaram a associar o que viam com o que já haviam discutido em sala de aula sobre as formas geométricas e suas composições. A presença do artista na exposição despertou o interesse das crianças em conhecê-lo.
Ao final da visita, o grupo estava cheio de perguntas sobre o processo criativo de Ascânio MMM e como ele transforma conceitos geométricos em experiências visuais tão fascinantes. Para enriquecer ainda mais o momento, o artista conversou com as crianças e respondeu algumas de suas curiosidades. Foi uma tarde de trocas construtivas que contribuirão para o avanço do nosso projeto.
Trouxemos o teatro de sombras, uma das possibilidades de linguagem do teatro, para as aulas de F2 e F3. Eles conheceram a lenda chinesa que conta como essa expressão artística surgiu e começaram a explorá-la com o corpo, e depois utilizando objetos de formatos e tamanhos diferentes, música com climas e atmosferas diversas.
O teatro de sombras é uma ótima ferramenta para ensinar às crianças a consciência corporal e a necessidade de escolher movimentos. Entender o corpo como um pincel que pinta e desenha no ar. Controlar os movimentos involuntários e o excesso de gestos inconscientes é um dos aprendizados da linguagem teatral. Por natureza as crianças se movimentam muito, sem nem perceberem o que fazem com os seus corpos. Ter domínio de seus movimentos é uma tarefa importante para aqueles que estão começando a experimentar a cena teatral.
A sombra encanta as crianças e deixa bem claro a necessidade de se posicionar em cena de forma precisa. Se ficarem muito longe do pano, a sombra fica grande demais e a gente não compreende o que está acontecendo.
A cruzadinha chegou às F2 com uma novidade. A partir de verbetes do dicionário, as crianças exercitaram a leitura e a interpretação de texto, enquanto ampliaram seu repertório de palavras e seu conhecimento sobre a escrita ortográfica. Foi um momento de desafio e diversão!
Em duplas ou pequenos grupos, compartilharam a leitura e desafiaram-se a compreender o verbete sem olhar a resposta.
A organização da cruzadinha proporciona uma escrita autônoma. Os diagramas auxiliam no controle do número de letras das palavras, facilitando a elaboração da escrita. O cruzamento de palavras contribui para esse processo, evidenciando questões ortográficas.
E se a ortografia da palavra ainda for uma dúvida, vale conferir com os amigos, pedir ajuda ou até consultar a seção de respostas. Só não pode desistir!
Os contos de fadas fazem parte do imaginário das crianças desde muito pequenas, encantando-as com sua atmosfera mágica, personagens fascinantes e cenários que dialogam com os mistérios da natureza.
As fórmulas narrativas características do gênero — como os tradicionais “Era uma vez” e “Felizes para sempre” — não apenas estruturam as histórias, mas também se tornam referências importantes nas primeiras produções textuais dos pequenos.
Para dar início às atividades do gênero — que acompanhará as F2 durante o primeiro semestre — as crianças foram apresentadas a uma caixa-surpresa recheada de referências muito conhecidas por elas.
Itens como um espelho, uma rosa vermelha, feijões, uma abóbora e uma cauda de sereia foram identificados pelas crianças, que associaram cada elemento aos contos de fadas clássicos.
A dinâmica, guiada pela pergunta “Que história é essa?”, teve como objetivos despertar a curiosidade, resgatar repertórios conhecidos e introduzir o gênero de forma interativa, preparando os alunos para as próximas etapas do projeto, que incluirão leituras, recontos e a criação de novos finais para as histórias.
As turmas trouxeram para o corpo as obras do artista plástico Ascânio MMM, que conheceram anteriormente na visita à sua exposição. Observamos a obra Fitangular Longo e conversamos sobre que tipo de movimento percebemos nela e como poderíamos trazer esses movimentos para o corpo.
“Tem tipo um caminho, que sobe e desce.”
“É assim: para cima e para baixo.”
“Parece uma pista de carrinho.”
“E faz umas curvas também.”
“Parece que ela está dobrada, a gente consegue dobrar o nosso corpo.”
Para começar, falamos das articulações: fizemos um aquecimento articular para entender as dobras do nosso corpo, e depois propusemos que as crianças experimentassem essas articulações de forma livre. Em um segundo momento, pegamos uma folha de papel e a manipulamos com a mão. As crianças observaram os movimentos feitos no papel e o desafio era passá-los para o corpo, imaginando as articulações do papel e deles. As crianças se divertiram!
As turmas estão explorando a vida e a obra de Frida Kahlo, a renomada pintora mexicana, cuja expressão artística está profundamente ligada à memória pessoal e também nacional mexicana.
Os alunos demonstram grande interesse e já compartilham alguns conhecimentos sobre ela, em uma série de descobertas envolventes.
Neste primeiro momento, estamos trabalhando vocabulário relacionado a família, nacionalidade e profissão, conectando esses temas à biografia e obra da artista. Ao longo das próximas aulas, seguiremos essa jornada inspiradora, mergulhando na genialidade de Frida de forma lúdica e significativa, na conexão entre arte e memória.
Novo ano escolar. As crianças cresceram, novas aprendizagens estão à vista, e muitas possibilidades e expectativas surgem nas amizades e na aprendizagem.
Paramos para pensar, fechamos os olhos e ouvimos nossos corações sobre o que cada um espera deste ano: na aprendizagem, na convivência, nas emoções e nos projetos.
As crianças escreveram seus desejos em um papel que ficará guardado até a última Tribo, quando o abrirão para relembrar tudo o que viveram e como cresceram juntas ao longo do ano.
As F2 foram desafiadas a pensar em diferentes estratégias de contagem e descobrir o número de tampinhas do pote.
Em um primeiro momento, as crianças fizeram uma estimativa apenas observando as quantidades. Depois, em grupos, foram desafiadas a contar as tampinhas da maneira mais prática possível. Alguns preferiram contar de 1 em 1, outros de 5 em 5, mas acabaram perdendo as contas no meio do caminho e tiveram que recomeçar algumas vezes. Até que surgiu a sugestão de contar de 10 em 10.
As crianças logo perceberam que a organização é fundamental na matemática. Ao final do desafio, discutiram as diferentes estratégias exploradas e perceberam que a contagem por agrupamentos, especialmente de base 10, pode facilitar esse processo. Além disso, cada aluno pôde criar sua própria estratégia, desenvolvendo confiança para buscar soluções de maneira independente. Afinal, na matemática, existem vários caminhos para chegar ao mesmo resultado!
As F2 seguiram com as investigações do Projeto e tiveram uma surpresa especial em sala: foram apresentadas a uma série de objetos que despertaram a curiosidade e o olhar atento de todos.
Entre esculturas, pinturas, dobraduras, instrumentos musicais de ritmos dançantes, xilogravuras e alguns livros, cada item parecia carregar uma história a ser contada.
À medida que os objetos eram retirados de uma bolsa, as crianças se empolgavam e começavam a compartilhar suas impressões. Logo as especulações tiveram início:
“São objetos de arte!”
“Cada um deles representa um tipo de arte.”
“Esses objetos fazem parte da cultura de um povo.”
“Cada povo tem uma cultura.”
“A cultura é a memória de um povo.”
Essas e outras reflexões tornaram a conversa cada vez mais animada. Ao refletirem sobre o que já conhecem, as crianças elaboraram uma lista de elementos que consideram parte da cultura brasileira. A lista ficou extensa, com muitas referências que abrangem diversas características da nossa cultura.
Ao final da atividade, as crianças foram desafiadas a pensar sobre o que gostariam de aprender mais, a partir das descobertas feitas.
Muitas perguntas surgiram, e o interesse em explorar mais sobre a arte, a música, as tradições e a história do Brasil ficou evidente. Esse momento de troca e descoberta foi fundamental para ampliar o entendimento das turmas sobre o país em que vivem e fortalecer sua conexão com a cultura brasileira.
Os contos de fadas têm proporcionado grande envolvimento das F2. Às vezes, a empolgação é tanta que as crianças procuram uma história para reler, trazem seus próprios livros e querem aproveitar cada momento dessas narrativas que têm o poder de capturar a atenção.
A escolha pelo conto de fadas está fundamentada no encantamento que essas histórias são capazes de provocar; no fato de despertarem emoções e sentimentos universais; na possibilidade de fruição do imaginário e na clareza dos conflitos e impasses que estruturam suas tramas. Além disso, os contos de fadas oferecem uma riqueza narrativa que permite trabalhar aspectos como personagens, tempo, espaço, enredo e ponto de vista, favorecendo a construção de sentidos e o prazer da leitura.
Dessa forma, vamos introduzindo as crianças nesse universo e provocando-as a se perguntarem: há muitas versões dessas histórias? Qual delas é a verdadeira? Todas começam sempre com “Era uma vez…” e terminam com “…viveram felizes para sempre”? As perguntas não buscam respostas definitivas, mas abrem portas para o pensamento, para o olhar curioso e para a escuta atenta.
Para compartilhar as experiências e descobertas, as crianças estão vivenciando atividades que as ajudam a compreender a estrutura desse gênero, conversando e refletindo sobre os conflitos presentes nas narrativas e os desfechos mirabolantes que acontecem!
Além disso, estão aproveitando os momentos de contação das histórias para produções artísticas, jogos simbólicos e variadas propostas de criação textual.
Dialogando com o Projeto, as F2 e F3 iniciaram o semestre conhecendo algumas figuras geométricas. Divididas em grupos, foram desafiadas a escolher um jogo ou brincadeira e representá-la graficamente utilizando apenas as figuras apresentadas.
Depois, tentamos adivinhar qual atividade cada grupo havia representado e, a partir do repertório sugerido nos desenhos, demos início a uma sequência de práticas, explorando as possibilidades de movimento de cada atividade.
Posteriormente, conheceram e apreciaram os estudos do artista Kandinsky sobre a dança da bailarina Gret Palucca, observando como ele expressava suas impressões por meio de linhas retas e curvas.
Em duplas e trios, foram convidados a escolher uma atividade e, com criatividade, representá-la corporalmente para que o colega a desenhasse utilizando apenas linhas.
Entre curvas, retas e gestos, esporte e arte se entrelaçaram.