As F3 receberam uma visita muito especial. Nikitta, tia do José Llerena, da F3B, e Siriani, indígena do povo Huni Kuin da Amazônia, vieram conversar sobre as tradições e a cultura deste povo. Depois do encontro, as crianças produziram um texto coletivo.
No dia 8/4/2025 recebemos a visita de Siriani, indígena que vive em um povo originário da Amazônia: os Huni Kuin. Ela entrou na biblioteca falando uma palavra diferente, que significa “oi” e “alegria” na língua de seu povo. Também estavam na visita a Natasha, mãe do José da F3B, e Nikitta, tia do José e Gabi.
Nikitta contou que foi para a Amazônia há três anos. Lá, conheceu Siriani. Ela deixou a gente fazer várias perguntas para Siriani e muita gente queria falar. Uma criança perguntou do que era feito o cocar que ela estava usando, ela disse que era feito com penas de arara amarela, arara vermelha e gavião. Siriani estava com uma roupa de algodão que ela pintou com tinta natural, o vermelho era feito com a tinta do urucum, o amarelo do açafrão, o azul da cica da banana e argila preta, o branco é a cor natural do algodão.
Ela também usava acessórios no pescoço e no braço feitos de miçangas e também usava um brinco de dente de javali. Algumas miçangas eram feitas com sementes. O acessório do pescoço tinha um símbolo de proteção.
Siriani também nos contou que quando eles matam um animal, eles comem a carne para honrar a alma desse animal e ganhar sua força. E depois, eles fazem várias coisas com a pele, penas e dentes dos animais.
Ela tocou dois tipos diferentes de flauta e violão. Ela contou que algumas partes da história que a gente leu eram verdade, como a parte que eles tocavam em volta da samaúma.
No final do encontro, teve uma dança muito legal. A Siriani tocou violão, a Natasha tocou tambor e algumas crianças tocaram caxixi. Fizemos um trem maluco com a Nikitta e Gabi, dançando pela biblioteca. Entregamos flores e docinhos para elas. Foi muito legal!
Reencontros, descobertas e samba marcaram a primeira semana de aula. Aos poucos, retomamos o ritmo, nos reconectamos com o espaço escolar, revisitamos memórias das férias e também do ano anterior, reencontramos velhos amigos e recebemos os novos.
Desde os primeiros dias, as atividades de sensibilização abrem caminhos para a imersão no tema do projeto institucional. Através delas, ampliamos repertórios, exploramos referências e encontramos subsídios que, em breve, auxiliarão as crianças na escolha dos recortes de seus projetos de série. O samba da escola, já presente no cotidiano, também impulsiona reflexões e discussões, lançando pistas sobre possíveis caminhos a serem trilhados ao longo do ano.
Muitas propostas de trabalho em sala de aula se transformam em expressão artística, evidenciando como a arte é um território amplo, capaz de acolher experiências, ideias e descobertas. Seja por meio da música, da pintura, da escrita ou do movimento, a arte nos permite traduzir vivências e dar sentido às nossas histórias.
Aos novos alunos que chegam à Sá Pereira, desejamos uma acolhida calorosa e uma trajetória repleta de encontros significativos.
Damos as boas-vindas também à galera do Ateliê 2025, que chegou com entusiasmo, participando das atividades de meditação, das Oficinas de Construção, do Judô e da Capoeira, das aulas de Inglês e da visita ao Parque Lage. O almoço, delicioso, foi apreciado por todos e marcado pela alegria de estar em grupo.
Que este seja um ano de trocas, aprendizados e criações potentes para todos!
Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.
Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.
O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.
Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.
Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”
É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.
Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:
Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso
No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto
Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.
Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação
Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!
Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.
Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar!
As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia:
Nas aulas de Dança do Fundamental I, iniciamos o ano dialogando com o projeto institucional. Para resgatar as memórias das férias, propusemos que, sem utilizar a fala, as crianças representassem uma lembrança das férias através de uma pose. Caminhando pelo espaço ao ritmo da música, faziam as poses quando o som parava.
Aos poucos, começaram a fazer essas poses para os amigos que encontravam no caminho, e juntos compartilharam memórias e fizeram uma composição coletiva, unindo todas as poses e experiências.
Com a proximidade do nosso bloco, embarcamos no samba da Sá Pereira 2025, composto pela Manoela Marinho. As crianças escutaram o samba com atenção e cada um elegeu uma palavra que ficou em sua cabeça. A partir dessas palavras, criaram movimentos e aqueceram o corpo para o nosso Carnaval!
As turmas do terceiro ano chegaram animadas para a primeira aula com o professor de Arte. Fizeram algumas perguntas, porém o que queriam mesmo saber era: “O que vamos fazer hoje?”. Logo alguns perceberam que havia, espalhadas pelas paredes e móveis da sala, quatro letras coloridas enormes! Em poucos minutos decifraram: “Arte!”.
Divididos em grupos, escolheram uma das letras e levaram para suas respectivas mesas. E nesse momento teve início a brincadeira de pensar palavras relacionadas à arte que começassem com a letra escolhida. Foi divertido acompanhar a conversa, na qual tentavam encontrar as palavras e depois debatiam se tinham a ver com arte ou não. A discussão foi interessante porque ampliou algumas ideias anteriores, por exemplo: “Artes Marciais é arte? Não… é luta! É esporte!”.
As palavras encontradas foram escritas no corpo de cada letra com canetinhas coloridas. Podiam também desenhar.
Assim, iniciamos nossos estudos desse projeto tão inspirador!
Neste ano seremos guiados e inspirados pelo projeto “Arte e Memória: É preciso relembrar o antes para inventar o depois?”.
Iniciando a sensibilização para o tema, as crianças foram incentivadas a responder à seguinte pergunta: “Qual é a música mais antiga que você lembra?”. Muitos trouxeram canções que ouviram quando eram menores, outros canções que sabem ser antigas. Ficaram surpresos ao descobrirem a idade das músicas: “Essa existe há 60 anos. Essa existe há 300 anos! Essa a gente fez no ano passado…”.
Depois, perguntamos às crianças: “Qual o sentimento ao lembrar dessa música?”. Nessa dinâmica conversamos sobre como a música, assim como as outras linguagens artísticas, tem o poder de nos causar emoções.
Em seguida, as crianças foram apresentadas à primeira marcha de Carnaval, “Ô Abre Alas”, composta por Chiquinha Gonzaga em 1899. Depois de aprender a cantar a música e fazer algumas dinâmicas corporais, falamos um pouco sobre a história da compositora, sobre os antigos carnavais e cantamos outras marchinhas que foram lembradas pelas crianças.
Na sequência, nos dedicamos a aprender a cantar e a refletir sobre a letra do samba deste ano, “A arte é a flecha e o arco”.
Surgiram perguntas como: “Será que quem criou com tanta inspiração um dia imaginou por onde iria sua criação?”, “Qual é a relação entre a arte e memória?”, “Por que a arte é a flecha e é o arco?”, “Precisamos conhecer arte, para poder fazer arte?”, “Arte é importante?”.
As perguntas geraram um rico debate entre as crianças, ampliando assim suas percepções e aguçando sua curiosidade sobre o tema.
Começamos o ano de 2025 com exercícios teatrais para nos conhecermos e acolhermos os novos alunos focando no desenvolvimento do espírito de grupo.
Teatro é uma arte coletiva e para tal é necessário escutar mais e falar menos. Saber a hora certa de se colocar, encontrar o seu espaço cênico e colaborar com o todo. Experimentamos a troca de olhares e treinamos a percepção visual, desenvolvendo a memória.
Com dinâmicas teatrais, utilizamos o nome de cada um para experimentarmos o estado presente necessário para a precisão da fala no tempo certo. Exploramos a percepção da expectativa que criamos no público até chegarmos a dinâmicas teatrais de sensibilização para o Carnaval. Usamos alguns adereços e escutamos o samba da escola deste ano.
Aos poucos vamos entrando em contato com a teatralidade que habita em nós.
As F3 voltaram às aulas animadas! Todos se apresentaram para os colegas da turma. Damos as boas-vindas ao Matias, ao Bento, à Giovana e à Alice Abreu, que chegaram à F3A!
Aproveitamos esse momento de apresentação para iniciar as reflexões sobre o tema do projeto deste ano: “Arte e Memória: É preciso relembrar o antes para inventar o depois?”.
Em vez de apenas falarem sobre si mesmos, os alunos tiveram o desafio de se apresentar por meio de um desenho que não fosse um retrato. Além disso, participaram de uma atividade dividida em três etapas, que os ajudou a refletir mais sobre si mesmos:
Na primeira etapa, criaram uma cor que combinasse com suas personalidades. Na segunda, pensaram em si mesmos por meio de formas geométricas, e alguns até representaram suas famílias dessa maneira. Na última etapa, refletiram sobre o quanto podem ser macios, ásperos, pontudos ou enrolados.
As discussões sobre o tema do projeto também surgiram a partir da letra do samba que embalará o bloco da escola e das imagens nas portas das salas de aula.
Estamos apenas começando essa jornada rumo à escolha do projeto da série, construindo, aos poucos, nosso percurso de pesquisa de forma coletiva.
Para as disciplinas de Artes, o projeto “Arte e Memória: É preciso relembrar o antes para inventar o depois” trouxe muitas expectativas! E também muitos questionamentos! Quais caminhos tomar? Nesta vastidão de possibilidades, o que escolher como prioridade para trazer para a sala de aula? Entre muitas outras perguntas.
Essa inquietação foi compartilhada com as turmas: como iniciar as discussões sobre o projeto institucional de 2025? E todas foram unânimes ao responder: “Começa pelo começo!”. “Tudo certo! Mas onde é o começo? Onde a Arte começou?”. E eles, também quase em uníssono, disseram: “Nas pinturas das cavernas!”.
Assim começamos nossas conversas. Foram muitas ideias, muitas hipóteses e muitas trocas. Foi preciso estabelecer uma linha temporal, situar as descobertas dos sítios arqueológicos nesta linha, refletir sobre o que aconteceu antes e depois. E, principalmente, recriar, mentalmente, como era a vida naquele momento. Havia algumas noções distorcidas e um pouco confusas com relação ao números de anos e à coexistência com os dinossauros, por exemplo. Mas tudo foi amplamente conversado e, aos poucos, fomos organizando o pensamento.
Algumas perguntas foram bastante orientadoras para o nosso trabalho de pesquisa: “Eles sabiam que estavam fazendo Arte?”; “Qual era a finalidade dessas pinturas e engraves?”; “Como eles preparavam as tintas?”; “Será que existem cavernas que ainda não foram descobertas?”.
Pensar nas respostas como hipóteses e explorar imagens selecionadas completou essa primeira parte da nossa investigação. Ao apreciarmos as fotos, nos aproximamos das temáticas escolhidas, de como podemos observar a relação desses grupos com o meio ambiente, as noções de caça, coletividade e os objetos presentes nos registros, entre outras. Também foi possível perceber como eles tratavam o desenho com simplicidade no traço mas riqueza na interpretação do movimento e no detalhamento das formas dos animais.
Toda essa preparação foi importante para partirmos para a segunda parte desta aventura: pintar! Aguardem novos relatos nos próximos informes.
Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!
Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.
Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos. “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.
Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.
Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!
Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!
Recebemos novas moradoras em nosso meliponário! Uma colônia de abelhas Jataí (Tetragonisca angustula), que estava em uma isca pet, foi cuidadosamente transferida para uma casinha ornamental preparada especialmente para acolhê-las.
Alguns alunos das F3, que no ano passado acompanharam o nascimento do meliponário, participaram desse processo e agora irão compartilhar a experiência com as outras turmas.
Seguimos aprendendo e reforçando a importância da preservação das abelhas e do meio ambiente!
Todo ano, relembramos o propósito desse encontro semanal e o apresentamos aos novos alunos, explicando para que serve a Tribo.
Os estudantes compartilharam que, na Tribo, aprendem a resolver problemas, a conversar em grupo, a escutar os colegas e a compreender a importância de conhecer e respeitar as regras de convivência da escola.
Além disso, disseram que também aprendem a relaxar e a meditar!
Trouxemos o teatro de sombras, uma das possibilidades de linguagem do teatro, para as aulas de F2 e F3. Eles conheceram a lenda chinesa que conta como essa expressão artística surgiu e começaram a explorá-la com o corpo, e depois utilizando objetos de formatos e tamanhos diferentes, música com climas e atmosferas diversas.
O teatro de sombras é uma ótima ferramenta para ensinar às crianças a consciência corporal e a necessidade de escolher movimentos. Entender o corpo como um pincel que pinta e desenha no ar. Controlar os movimentos involuntários e o excesso de gestos inconscientes é um dos aprendizados da linguagem teatral. Por natureza as crianças se movimentam muito, sem nem perceberem o que fazem com os seus corpos. Ter domínio de seus movimentos é uma tarefa importante para aqueles que estão começando a experimentar a cena teatral.
A sombra encanta as crianças e deixa bem claro a necessidade de se posicionar em cena de forma precisa. Se ficarem muito longe do pano, a sombra fica grande demais e a gente não compreende o que está acontecendo.
As F3 foram desafiadas a refletir sobre quais memórias gostariam de materializar por meio da arte, em uma atividade que uniu criatividade, expressão pessoal e trabalho manual. Para isso, tiveram a oportunidade de escolher entre três materiais: argila de diversas cores, arame flexível e tecidos com variadas texturas. Cada material foi selecionado para estimular a exploração de suas possibilidades e desafios, incentivando a experimentação e o pensamento crítico.
Ao enfrentar os desafios técnicos de cada material, as crianças precisaram elaborar estratégias para solucionar problemas, desenvolvendo habilidades como planejamento, paciência e adaptabilidade.
Durante a atividade, os alunos foram incentivados a resgatar lembranças e transformá-las em obras únicas. Algumas crianças criaram elementos que remetiam a viagens inesquecíveis, enquanto outras optaram por representar objetos de grande valor afetivo, como brinquedos queridos ou presentes especiais. Essa diversidade de escolhas permitiu que cada um expressasse sua individualidade e sua conexão com experiências pessoais, criando um repertório rico e significativo.
A experiência mostrou como a arte pode ser uma ferramenta poderosa para materializar memórias e emoções, além de contribuir para o desenvolvimento integral das crianças, unindo técnica, expressão e reflexão.
As F3 conheceram alguns livros do autor Ricardo Azevedo na roda de biblioteca. Folhearam suas obras e aproveitaram para relembrar as funções da capa, contracapa e sumário.
Descobriram que este escritor é um importante pesquisador da cultura popular brasileira. Aprenderam que, em seus livros, ele registra histórias que são contadas oralmente e transmitidas de geração em geração.
Depois de apresentarmos às crianças Ricardo Azevedo, iniciamos o trabalho com um dos livros que adotamos de sua autoria, Cultura da Terra. As crianças analisaram o sumário e perceberam que algumas palavras se repetiam em todos os capítulos: quadrinhas, adivinhas, ditados e receitas. Decidimos, então, pesquisar sobre cada um desses termos.
Começamos investigando os ditados populares. Procuramos no dicionário os significados de “ditado” e “provérbio”, anotando as definições no caderno de Língua Portuguesa. Em grupos, as crianças exploraram os ditados de cada região do Brasil apresentados no livro, escolheram seus preferidos e, coletivamente, discutiram sobre seus significados. Como tarefa de casa, conversaram com suas famílias e registraram ditados conhecidos por elas.
Nos cadernos de desenho, as crianças ilustraram alguns ditados populares, representando seus sentidos figurados.
Interpretar ditados populares foi uma tarefa desafiadora, mas, com a colaboração dos colegas e das pesquisas realizadas, já é possível começar a compreender a diferença entre sentido literal e figurado.
As turmas entraram em contato com a arte cinética a partir do artista Alexander Calder. Apreciaram vídeos com a trajetória de Calder e suas obras, que têm o movimento como um elemento marcante. Conversamos sobre os recursos utilizados por ele para levar esse movimento para os obras, e percebemos que ele criava móbiles através de um jogo de peso, contrapeso e equilíbrio.
Para começar, falamos das articulações: fizemos um aquecimento articular para entender as dobras do nosso corpo, e depois propusemos que as crianças experimentassem no corpo o equilíbrio através do peso e do contrapeso, em duplas.
Em um segundo momento, as crianças viraram móbiles e começaram a ser lideradas pelo amigo através de toques leves nas articulações. Onde recebiam o toque, o corpo precisava continuar o movimento sugerido. Foi uma experiência enriquecedora.
Durante as apreciações das pinturas rupestres, foi possível perceber, em algumas (poucas) imagens, formas inusitadas sobre a cabeça de figuras retratadas. Essas formas chamaram a atenção dos alunos, que levantaram várias hipóteses:
“Será que eles usavam cocar como os indígenas?”
“Podem ser galhos de árvores sobre a cabeça? Para assustar os animais durante a caça?”
Essas e outras perguntas foram surgindo, aumentando a curiosidade e o espírito investigativo da criançada. Mas, ao contornar com a caneta de quadro a figura, ficou mais fácil identificar e chegaram a uma conclusão unânime: “Parece uma máscara feita da cabeça de um animal!”.
E foi este momento que deu início à nossa pesquisa sobre máscaras! As máscaras, artefatos que vêm sendo usados desde os tempos mais remotos até os dias de hoje, inundaram as aulas de Arte com todas as suas formas, cores e diversas utilizações ao longo da história da humanidade.
Novo ano escolar. As crianças cresceram, novas aprendizagens estão à vista, e muitas possibilidades e expectativas surgem nas amizades e na aprendizagem.
Paramos para pensar, fechamos os olhos e ouvimos nossos corações sobre o que cada um espera deste ano: na aprendizagem, na convivência, nas emoções e nos projetos.
As crianças escreveram seus desejos em um papel que ficará guardado até a última Tribo, quando o abrirão para relembrar tudo o que viveram e como cresceram juntas ao longo do ano.
Nas aulas de Artes, os grupos deram continuidade à pesquisa sobre as máscaras. Porém cada qual tomou caminhos bem distintos!
As F3, encantadas pelos formatos e cores, fizeram, com a ajuda de papéis coloridos, tesouras e cola, várias formas divertidas!
O quarto ano demonstrou interesse pelas máscaras usadas no teatro, tema que também surgiu nas aulas de Teatro com a professora Biá. As expressões exageradas nas peças em cerâmica usadas no teatro grego e a beleza das que são usadas no Teatro Noh, no Japão, trouxeram curiosidade e inspiração: “Elas expressam tantas emoções!”. Na sequência, prepararam dois desenhos, cada um representando uma emoção, que foram sobrepostos e transformados em uma brincadeira divertida. Ao fazermos um corte no desenho posicionado por cima, era possível revezar os olhares e os formatos das bocas, surgindo assim novas expressões! A diversão aumentou ainda mais ao tentaram encaixar as suas máscaras com as de outros amigos da turma.
Já o quinto ano desenvolveu um pouco mais o trabalho de pesquisa. Com a ajuda dos notebooks e divididos em grupos, descobriram curiosidades sobre a influência das máscaras nas mais diversas culturas pelo mundo. O resultado deste trabalho foi registrado em apresentações contendo imagens e algumas curiosidades de interesse de todos.
Iniciamos o processo de montagem da peça O guardador de memórias, uma adaptação para o teatro do livro homônimo de Denise Guilherme, realizada pela professora Beatriz Napolitani.
As crianças leram junto com a professora de sala o livro original e depois o texto adaptado para o teatro. Pudemos explorar e conversar sobre as diferenças entre um texto literário e um texto dramático.
Após a leitura do texto teatral, cada criança escreveu em um papel três opções de personagens que gostaria de representar. Na semana seguinte, receberam a informação sobre a escalação do elenco. Esse é um momento sempre delicado, que requer muita atenção para perceber as crianças que não ficaram satisfeitas com seus papéis e pensar em estratégias para que todos fiquem contentes. De forma generosa conseguimos fazer algumas trocas de personagens, deixando todos animados com o próximo desafio.
Para a montagem, é muito importante estudar o texto em casa. Contamos com a parceria das famílias para estimular e estudar o texto com seus filhos. Esse momento para o terceiro ano é muito importante: a estreia no teatro! Contamos com vocês!
Iniciamos o ano letivo fortalecendo os vínculos afetivos em sala e resgatando vocabulários de inglês que nossos alunos já conheciam! Nas primeiras semanas, revisamos e ampliamos o vocabulário relacionado a materiais escolares, e mais recentemente começamos a explorar a temática do nosso projeto institucional, Arte e Memória, através da vida e obra da artista Frida Kahlo.
A introdução de Frida em nossas aulas veio acompanhada do aprendizado de diversas profissões, destacando duas que ela exerceu: pintora e professora.
Seguimos juntos com aulas dinâmicas, acolhedoras e que aproximam a língua inglesa do cotidiano de todos!
As F3 estão refletindo sobre as diferentes estratégias nos cálculos de multiplicação e divisão. Para ajudar a resolver os problemas, cada criança recebeu 24 tampinhas e criou estratégias para distribuí-las e formar grupos.
Esse desafio provocou boas discussões, permitindo que as crianças compartilhassem suas experiências e métodos para realizar a multiplicação e a divisão. Algumas crianças trouxeram a ideia de distribuir as tampinhas em grupos iguais, enquanto outras preferiram contar de um em um até alcançar o resultado. O uso de um material concreto auxiliou nesse processo.
Aos poucos, as turmas se aproximam desses conceitos matemáticos e reconhecem o quanto essas operações fazem parte do nosso dia a dia.
O aprendizado da flauta doce segue seu curso. As crianças já aprenderam as cinco notas da mão esquerda (sol, lá, si, dó e ré). Aprenderam a postura correta do corpo e das mãos, a emissão certa do sopro e também sobre qual a melhor intensidade para se soprar. Esses aprendizados são consolidados com jogos de improvisação e de memorização. Com as notas aprendidas já conseguimos tocar algumas músicas.
Nessa semana as crianças receberam uma apostila com as informações trabalhadas até aqui e sobre iniciação à notação musical formal. Aprender sobre os elementos da escrita musical os preparará para receber a sua primeira partitura.
As F3 participaram de uma atividade investigativa no laboratório de Ciências da escola. Com a ajuda do Henrique, professor de Ciências, as crianças analisaram cinco tipos de tecidos: algodão, elástico, voal, cetim e juta.
A análise foi realizada por meio de testes que permitiram identificar as características de cada material, considerando propriedades como elasticidade, resistência, absorção de água e opacidade. As crianças adoraram descobrir qual tecido esticava mais, qual absorvia mais água e qual era o mais resistente.
Os experimentos e os resultados observados foram registrados em relatórios.
A experiência mostrou que ciência também se faz com as mãos!
Dialogando com o Projeto, as F2 e F3 iniciaram o semestre conhecendo algumas figuras geométricas. Divididas em grupos, foram desafiadas a escolher um jogo ou brincadeira e representá-la graficamente utilizando apenas as figuras apresentadas.
Depois, tentamos adivinhar qual atividade cada grupo havia representado e, a partir do repertório sugerido nos desenhos, demos início a uma sequência de práticas, explorando as possibilidades de movimento de cada atividade.
Posteriormente, conheceram e apreciaram os estudos do artista Kandinsky sobre a dança da bailarina Gret Palucca, observando como ele expressava suas impressões por meio de linhas retas e curvas.
Em duplas e trios, foram convidados a escolher uma atividade e, com criatividade, representá-la corporalmente para que o colega a desenhasse utilizando apenas linhas.
Entre curvas, retas e gestos, esporte e arte se entrelaçaram.