Jongo e Coco Ararinha

F2 a F4

As F3 tocaram Asa Branca na flauta, abrindo caminho para músicas como Santa Bárbara, o Jongo e o coco Ararinha, dançado com alegria pelas F2, F3 e F4.

As pernas de pau, os bonecos gigantes e a presença de Dona Mariquinha deram um toque de encantamento cênico à festa, que uniu tradição e imaginação em cada detalhe.

Foi uma tarde de brincadeiras, cantos e encontros que reafirmou a força da infância como território de criação cultural. Através do corpo, da música e do coletivo, as crianças do Fundamental I nos lembraram que tradição e invenção andam de mãos dadas, e que a arte pulsa onde há espaço para brincar com liberdade.

Encontro de Corais

F4 e F5

As turmas de F4 e F5  abriram os festejos emocionando a todos os presentes com a junção dos Corais de nossa escola. Reunimos as 150 vozes infantis mais 30 vozes adultas que integram o Coral Sá Maior, formado pela comunidade escolar (educadoras, mães, pais e avós da escola). O coral Sá Maior cantou Baião, de Luiz Gonzaga, e em seguida cantou junto ao coral das crianças Onça Juca do Bolo, do boi maranhense.

Parece que inauguramos mais uma tradição no calendário dos corais, reunindo crianças e adultos para brincarem no São João, enchendo nossos corações de amor por meio do canto coletivo e da alegria contagiante! Memórias que ficarão para sempre em nós… “Olelê São João! Me valha Sá Pereira! De onça eu tenho medo!
O canto dos Corais chamou o Boi e abriu espaço para a tradicional quadrilha das turmas de F5.

 

Reencontro

O reencontro das nossas crianças e jovens foi marcado por muito afeto e alegria. Nesta primeira semana, compartilharam viagens, histórias e, aos poucos, foram retomando a rotina escolar.

Mais do que rever amigos, este momento reafirma a importância de estar em grupo, de aprender e crescer no coletivo, construindo laços que fortalecem a experiência escolar.

Nas próximas semanas, estarão envolvidos com novos projetos de pesquisa, o evento literário de F2 ao Ensino Médio, a mostra de artes da Pereirinha e muitas outras vivências que nos esperam.

Aguardem!

Festa Julina

A  Festa Junina da Sá Pereira é muito mais do que uma comemoração: é um ato pedagógico, afetivo e cultural. Celebrar esse festejo popular é reconhecer a força da memória coletiva, da oralidade, da música e da dança como formas legítimas de produção de conhecimento.

Ao valorizar as tradições nordestinas, as narrativas do povo do campo, os ritmos afro-indígenas e as expressões regionais, a festa se alinha profundamente ao nosso projeto institucional de 2025 — “Arte e Memória: é preciso relembrar o antes para inventar o depois?”
Nesse encontro entre o ancestral e o contemporâneo, promovemos o pertencimento, a escuta, o respeito às culturas populares e a valorização das raízes que nos formam enquanto sujeitos e enquanto escola.

Brincar é memória viva, arte é pertencimento.

Escutando a Cidade

F4 – Projeto

As F4 realizaram uma experiência sensível e investigativa: observaram, com atenção, o som. Após conversas sobre esse fenômeno já explorado ao longo do Projeto, as crianças foram convidadas a escutar de forma mais consciente os sons do cotidiano.

Lançamos a proposta de investigar os sons presentes no trajeto da escola até suas casas e também no ambiente doméstico. A cidade fala, pulsa e vibra. Mas será que todos ouvimos o mesmo? Que sons o Rio de Janeiro emite? Eles são altos, baixos, confusos? O que conseguimos perceber e o que passa despercebido?

Esse exercício de escuta atenta rendeu conversas potentes. As crianças trouxeram relatos diversos: buzinas, vozes, sons da natureza, máquinas, músicas de vizinhos, o silêncio de certos espaços. Começamos, assim, a olhar para a paisagem sonora de nossa cidade, percebendo como o som influencia nossa experiência urbana.

O tema disparou discussões sobre fenômenos como a poluição sonora, tão comum em grandes centros urbanos. A conversa é apenas o início de novas investigações, em que a sensibilização para o som se conecta com o projeto das F4, atravessando arte, ambiente e memória.

Algoritmo da Multiplicação

F4 – Matemática

As F4 estão aprofundando seus estudos no algoritmo da multiplicação. Ao longo do trimestre, a exploração da multiplicação ocorreu por meio de diversas estratégias: primeiro, pelas somas sucessivas; em seguida, pelas contagens na malha quadriculada; até chegarem, por fim, à composição da Tábua de Pitágoras. Nesse percurso, as crianças se debruçaram sobre as muitas formas de construção dos múltiplos e suas associações.

A partir desse entendimento, o algoritmo surgiu como uma técnica prática para aplicar os conceitos recém-aprendidos.

Agora, a ideia é exercitar esta técnica, sempre associando os resultados à Tábua de Pitágoras, que favorece a percepção de padrões e, consequentemente, a agilidade nos cálculos.

 

Saída Poética

F4 – Projeto

As F4 saíram pelas ruas espalhando poesia. Com este ato delicado, provocaram pausas e despertaram o encantamento nas pessoas com que cruzaram pelo caminho.

Essa atividade, já tradicional do 4º ano, é mais do que um simples passeio: é uma oportunidade de vivenciar, na prática, o que a poesia pode fazer e o quanto pode tocar cada pessoa de forma única.

Como parte dos estudos sobre textos poéticos, as crianças mergulharam no livro Poesia na Estante, lendo, ouvindo e conhecendo diversos autores presentes na obra.

Ao longo dos dias, cada criança escolheu um poema que a tocou de forma especial e o reescreveu à mão, caprichando na apresentação.

Em pequenos grupos, os alunos abordaram pessoas desconhecidas nas ruas, leram suas poesias e depois as ofereceram como presente.

Foram várias as pessoas surpreendidas com o gesto das crianças, confirmando que a poesia transforma!

Corpo no Espaço

F4 – Dança

Nas aulas de Dança, as turmas de F4 começaram a explorar as possibilidades do corpo no espaço enquanto dançamos.

Começamos com um aquecimento em roda e, em seguida, caminhamos livremente pela sala, variando o tamanho dos passos e as direções: de frente, de costas, em diagonal e na lateral.

A partir daí, investigamos diferentes imagens: como é caminhar ocupando um espaço gigante? E se estivéssemos em um corredor estreito? Ou em uma caverna bem baixa?

Usamos as cadeiras para delimitar o espaço que ocupamos e, aos poucos, fomos diminuindo essa área, percebendo como o corpo se adapta e encontra novas soluções de movimento.

Finalizamos em roda, conversando sobre o que perceberam e sentiram ao longo da aula e como o espaço muda a forma como a gente se movimenta.

Geometrizando

F4 e F5 – Artes

Os alunos das F4 e F5  iniciaram um estudo sobre geometria e desenho geométrico. Para contextualizar, começamos com uma breve apreciação de alguns movimentos artísticos que, por meio de rupturas e experimentações, conduziram a arte até a abstração e a geometrização das formas.

Falamos, inicialmente, de exemplos do continente europeu, mas deixando claro que se tratava apenas de um recorte da história da arte. Ampliamos então o olhar para outros continentes, destacando que padrões geométricos sempre estiveram presentes em cerâmicas, cestarias, tecidos e até na arquitetura. Encontramos essas manifestações nas Américas, no continente africano e em diversas outras culturas e civilizações.

Num segundo momento, o quarto ano, usando um pedaço de barbante, tesoura e cola, preparou uma página guia na qual exemplificaram algumas das possibilidades de linhas. Ao recortar e manusear o barbante, foram percebendo a linha como uma forma moldável e expressiva. Diante da pergunta sobre o que é a linha, Rafael respondeu: “É um ponto guiado a outro ponto.” Essa resposta faria Kandinsky vibrar!

Já as turmas do quinto ano começaram a se preparar para o uso de algumas ferramentas importantes para o desenho geométrico,  como régua, par de esquadros e transferidor. Para isso, conceituamos ponto, tipos de linha, a linha reta, paralelas e perpendiculares. Aos poucos, os alunos vão percebendo o quanto já sabem na teoria, para depois avançarmos na prática construindo formas geométricas.

Feira Literária

F2 a F5 – Feira Literária

O Fundamental I participará, pela primeira vez, da Feira Literária da Sá Pereira.

Em diálogo com o projeto institucional, o tema desta edição será: “Palavra-memória: tecendo histórias com a arte de contar.”

O evento, que tem como objetivo dar destaque à formação leitora das crianças, contará com um dia de atividades diversas: palestras, oficinas literárias unindo crianças e famílias, contação de histórias, bate-papo com escritores e escritoras de nossa comunidade escolar, saraus poéticos, além da feira de livros no terraço. 

Esperamos por vocês!

Ondas Sonoras em Movimento

F4 – Projeto

As F4 tiveram encontros com o professor de Ciências Henrique para investigar o fenômeno do som.

Partindo de perguntas curiosas das crianças sobre suas características, surgiram questões como: “O som precisa de alguma coisa para acontecer?”; “Pode ou não haver som fora da Terra?”; “O som se espalha em qualquer lugar?”.

Henrique trouxe experimentos práticos para ajudar as crianças a “imaginar modelos” concretos daquilo que não é possível ver, como o deslocamento das moléculas. O interesse geral foi pelo uso da mola de metal, recurso que possibilitou observar o comportamento das ondas sonoras: seus nós, vibrações e a relação com notas musicais e conceitos como frequência e amplitude.

A partir dessas descobertas, as turmas passam a compreender o som não apenas como expressão musical, mas também como um fenômeno físico que nos afeta em todos os sentidos. Assim, a investigação amplia-se para além da música: o som está em nossas experiências cotidianas, na forma como percebemos o mundo e nos relacionamos com os espaços, as pessoas e a própria cidade.

Tradição e Percepção

F4 e F5 – Coral

O Coral voltou das férias iniciando um exercício de percepção novo. Cantando os graus da escala com referência corporal, seguimos algumas etapas até chegarmos à brincadeira do morto-vivo musical.

Sem nenhuma dica, as crianças tiveram que reconhecer a nota do acorde (tríade maior) cantada com uma vogal e, a partir do que era combinado, ficaram em pé ou sentadas, de acordo com a nota que reconheciam (fundamental, terça, ou quinta, duas de cada vez).

A brincadeira virou uma febre entre as turmas, fazendo com que todas as crianças ficassem bastante atentas ao que estavam ouvindo e às relações entre os intervalos. Essa prática aprimora a escuta e a afinação, além de propiciar uma incrível “ginástica cerebral” nas crianças, contribuindo para a prática musical e outras capacidades cognitivas, ativando e aprimorando diferentes habilidades ao mesmo tempo (audição, memória, foco seletivo, raciocínio, atenção sustentada, emoção…).

Além disso, enquanto aguardamos a peça de fim de ano para escolhermos a nova música que ganhará arranjo vocal, trabalhamos com dois jongos e um vissungo, tradições do povo bantu. São eles: “Passarinho cantou, retiniu, ele caiu na folha e sumiu”, “Vovô me disse, papai mandou, dançar o jongo do jeito que ele dançou” — ambas cantadas por mestre Nico, do Caxambu de Santo Antônio de Pádua, um caxambu centenário do Vale do Café — e “Canto do meio-dia” — este foi recolhido por Aires da Mata Filho, e está entre os 65 cantos registrados nessa pesquisa histórica que se transformou no livro O negro e o garimpo em Minas Geras. A maior parte dos vissungos se perderam ao longo do tempo. Eram cantos entoados por africanos escravizados nas lavras de Minas Gerais em diferentes tarefas do dia, por isso tidos como “cantos de trabalho” dessa região específica, porém muitos eram cantos secretos e sagrados, realizados em diferentes liturgias de povos que vieram de Angola, Kongo e Benguela, principalmente.

A língua é uma mistura de kimbundu com outras do tronco bantu, o que se transformou num dialeto chamado crioulo, difícil de ser traduzido, sendo obra de uma “arqueologia musical” decifrar o seu sentido.

Feira Literária

F2 a F5 – Feira Literária

A Feira Literária passou a integrar o calendário de eventos do Fundamental I, do 2º ao 5º ano. A proposta foi incluir esse segmento, que constitui a base da formação do leitor e do escritor, em um espaço de produção e circulação da literatura, marca histórica da Sá Pereira.

As turmas participaram por meio de oficinas que compartilharam com as famílias os gêneros textuais em estudo. As F2 criaram contos de fadas coletivos; as F3 inventaram e descreveram “monstrengos”, dando forma às criaturas; as F4 organizaram um sarau de poesias com leituras de autores diversos e produções próprias; e as F5 exploraram o gênero jornalístico, transformando crônicas em notícias e inventando manchetes.

A participação do Fundamental I evidenciou o percurso de cada série no estudo dos gêneros textuais e mostrou como a leitura e a escrita podem ser vivenciadas em diferentes linguagens, aproximando escola e famílias.

 

 

Elisa Lucinda na Feira Literária

F2 a F5

A Feira Literária de 2025 foi aberta com a presença marcante da multiartista Elisa Lucinda. Com sua fala intensa, espirituosa e poética, ela destacou a importância da palavra em nossas vidas. Entre versos e relatos de sua trajetória pessoal, Elisa cativou o público e manteve a atenção de todos por mais de duas horas, em uma conversa vibrante e inspiradora.

Este foi mais um capítulo histórico de nossa Feira Literária, que já contou com nomes como Conceição Evaristo, Márcia Kambeba e Otávio Júnior. Hoje, a Feira é parte do calendário pedagógico da escola e reafirma o lugar central que a literatura ocupa em nossa formação e em nossa comunidade escolar.

O Som que Vimos e Escutamos

F4 – Projeto

As F4 continuam as investigações sobre o som. Depois da aula com o professor Henrique, de Ciências, chegou a hora de dar corpo e movimento às propriedades sonoras. 

Para isso, fizemos um passeio para o Parque da Ciência da Fiocruz, em Manguinhos. No caminho, já refletimos sobre as diferenças entre as paisagens sonoras da cidade, realizamos momentos de silêncio para perceber sons específicos de cada lugar e conversamos sobre poluição sonora e medição de decibéis. 

No museu, fomos recebidos de forma bilíngue: libras e português, o que ampliou ainda mais nossas discussões. Entre brincadeiras, experiências e descobertas, aprendemos como o corpo escuta e como o som se espalha pelo mundo. 

Em meio a ciência, poesia, passeio de trem e, claro, muita diversão na “célula gigante”, essa saída ficou reverberando (ou seria ecoando?) em todos nós.

Pereirinha, Samba e Reencontros

F4 – Projeto

Quem não gosta de samba,
bom sujeito não é
É ruim da cabeça, ou é doente do pé

(Samba da minha terra, Dorival Caymmi)

As F4 estão muito passeadeiras! 

Foram convidadas a visitar a mostra de artes da Pereirinha, já que as F1 prepararam uma belíssima exposição sobre o samba. Foi um momento de conexão, troca e muita conversa. As crianças também aproveitaram para apreciar todo o trabalho da Educação Infantil. 

As F4 identificaram, nas produções, artistas, compositores e personagens um tanto familiares no mundo do samba. 

A visita se tornou um verdadeiro espaço de reencontro com pessoas queridas, que muitas crianças conheceram na Educação Infantil. Foi um encontro que deu samba!

 

Em Perspectiva

F4 e F5 – Artes

Os quartos e os quintos anos foram apresentados ao “ponto de fuga”.
A ideia de criar um espaço dentro da composição imagética buscando uma perspectiva amadurece ao longo dos anos e começa a surgir nos desenhos de forma natural e espontânea.

Torna-se um assunto recorrente o desejo de fazer objetos e desenhos 3D. Para aproveitar esse desejo, foram apresentadas algumas possibilidades de elaborações gráficas partindo de um ponto de fuga.

O quarto ano partiu de uma linha ondulada e um ponto marcado em algum lugar acima desta linha. Em seguida, eles marcaram pontos importantes ao longo da linha ondulada e, com o auxílio da régua, uniram esses pontos ao ponto fora da linha (ponto de fuga). Alguns logo perceberam o surgimento de um plano e visualizaram o deslocamento da linha inicial sobre esse plano. Outros alunos foram transferindo cada parte da linha inicial para os espaços criados entre as linhas auxiliares, e assim conseguiram criar a ilusão de 3D. E eles ficam maravilhados com essa experiência!

As turmas do quinto ano passaram algumas aulas aprendendo a construir o que eles mesmos denominaram de “quadrado perfeito”! Durante esse processo, aprimoraram o uso da régua, aprenderam a construir linhas paralelas com a ajuda do par de esquadros e a construir um ângulo de 90° usando o transferidor. Todos esses conhecimentos foram usados na construção de um quadrado perfeito!

E foi partindo desse quadrado que fizeram a primeira tentativa de perspectiva exata, que tem como base marcar um ponto de fuga sobre uma linha do horizonte para o qual convergem pontos da forma sugerindo profundidade.

Foram semanas de muito estudo e trabalho, que culminaram com uma representação artística tendo como base uma estrutura geometricamente traçada.

Entre Hashi e Discos de Vinil

F4 – Projeto

As F4 retomaram as discussões sobre os mistérios do som. Para investigar como ele se propaga, realizamos um experimento diferente: morder um hashi e tentar “ouvir o som dentro da cabeça”, usando discos de vinil.

Durante a atividade, surgiram ideias sobre vibrações, volumes e frequências. Muitas crianças perceberam que era possível ouvir o som também sem morder o hashi, dependendo das condições, o que despertou ainda mais curiosidade.

Depois, cada criança comparou o que ouviu com suas hipóteses iniciais e registrou suas descobertas. Também produziram desenhos da vitrola e de suas partes, aprofundando as conversas sobre o tema.

Entre vibrações e descobertas, a turma percebeu que o som é como o samba: viaja, contagia e toca cada um de um jeito único.

Festa de Encerramento

F2 a F5 – Dança

As turmas de Fundamental I iniciaram o processo de sensibilização para a nossa festa de encerramento intitulada Vamos comprar um poeta, adaptação teatral feita por Beatriz Napolitani do livro homônimo de Afonso Cruz, encenada pelas turmas de F5.

Nas aulas de Dança, propusemos investigar corporalmente o uso de alguns objetos presentes na história, como panela, lâmpada e livros, e experimentar formas diferentes de usá-los, exercitando a criatividade e criando novos sentidos para gestos do cotidiano.

Em um segundo momento, trouxemos o desafio de colocar um “óculos da arte” sobre movimentos cotidianos. Gestos rotineiros como sentar, beber água ou abrir uma porta, quando observados por esse outro olhar, podem se transformar em movimento e coreografia, ganhando novas qualidades e significados.

Essas propostas vêm nos ajudando a pensar, junto com as crianças, o processo de criação de uma coreografia e também sobre a ideia central da peça: como a arte pode transformar o jeito como vemos e vivemos o mundo.

Pesquisando o Som e o Silêncio

F4 – Música

O quarto ano iniciou uma pesquisa sobre o som nas aulas de Projeto e Ciências. Nas aulas de Música, esse tema abriu espaço para explorarmos as características acústicas e os parâmetros que definem o som.

As crianças foram convidadas a observar de forma analítica tanto os sons de diferentes instrumentos quanto os do próprio entorno. A partir dessa experiência, passaram a classificá-los segundo critérios como: agudo/grave, alto/baixo, longo/curto, agradável/desagradável, organizado/desorganizado.

Em seguida, foram desafiadas a perceber os sons ao redor e a buscar formas de representá-los graficamente. Esse exercício ampliou o olhar sobre como escutamos o mundo.

Foi nesse contexto que conheceram o conceito de Ecologia Sonora, desenvolvido pelo pesquisador Murray Schafer, que estuda o impacto do som nos ambientes e nos convida a perceber o entorno através da escuta. A discussão se aprofundou com a obra performática 4’33”, de John Cage, que questiona o que é música e provoca o ouvinte a transformar silêncio e ruídos em experiência musical. Na sequência, as turmas tiveram contato com Snowforms, de Murray Schafer, obra que apresenta uma partitura não convencional e expande as possibilidades de escrita musical.

Inspiradas por essas referências, as crianças criaram suas próprias partituras não convencionais. Em grupos, experimentaram diferentes grafias para sons ou buscaram sons que correspondessem às grafias inventadas.

Ao final desse percurso, ampliaram sua compreensão sobre som, silêncio e música — aprendendo que escutar é também criar e que todo ambiente pode se tornar campo de pesquisa sonora.

 

Coral na Firjan

F4 e F5 – Coral

No dia 20, sábado passado, o coral infantil da escola esteve presente no III Festival das Escolas de Botafogo na Casa Firjan, como encerramento do evento. Tivemos a linda oportunidade de reunir os três coros infantis (A, B, C) para cantarem juntos, emocionando o público presente.

No repertório, estavam as músicas Canto do meio-dia (vissungo), Cio da Terra, Pout pourri de sambas de enredo, Tataruê e Onça, que foi cantada junto com o Coral Sá Maior.

Agradecemos a todas as famílias que estiveram ali presentes, fortalecendo o vínculo de suas crianças com o canto coral e com a cultura popular brasileira, semeando boas memórias para o futuro.

 

 

 

“Portela, Eu Nunca Vi Coisa Mais Bela…”

F4 – Projeto

As F4 fizeram uma visita a um dos maiores templos do samba: a Portela.

Cheias de curiosidade e expectativa, as crianças foram recebidas com alegria pelos anfitriões Mauro, Ingrid e Simone. Logo na entrada, em uma grande roda, como as de samba, conheceram a história da escola, que se confunde com a própria história de Madureira, do subúrbio carioca e da migração da população negra que deixou o Centro da cidade. Foi nesse contexto que Paulo da Portela, Antônio Rufino, Dona Esther, Dona Dodô e tantos outros fundaram a agremiação.

A conversa percorreu a quadra histórica, os 22 títulos do Carnaval carioca e mostrou que a Portela é muito mais do que o desfile na avenida: é um espaço de sociabilidade e cultura, com projetos permanentes de educação e arte. Lembramos as palavras do sambista Candeia, que dizia: “O samba não é só música”.

Os anfitriões abriram para nossa visitação até espaços sagrados, como a pequena capela em homenagem a Dona Dodô, uma das grandes fundadoras. As crianças, atentas, fizeram inúmeras perguntas  sobre as cores, o pavilhão, a famosa águia e o grupo mirim Filhos da Águia, onde crianças e famílias participam ativamente da vida da escola.

Entre anotações e olhares atentos, todos perceberam que estavam diante de um patrimônio cultural. A visita terminou com brincadeiras, dicas de samba e um convite para voltarem quando a escola estiver em ensaio.

A Portela e sua águia já fazem parte do imaginário das F4, fortalecendo nosso projeto sobre o samba e mostrando, na prática, a força de uma comunidade sambista.

Novos Giros!

F4 – Projeto

Com o mesmo encanto do primeiro trimestre, a nossa Ciranda de Livros voltou a girar! 

Ao longo das próximas semanas, as crianças levarão para casa diferentes títulos com a finalidade de desenvolver a fluência e a compreensão leitora.

A cada leitura, novas descobertas e boas conversas surgem, dentro e fora da sala de aula. 

Reservar um tempinho para ler com as crianças é um jeito simples de criar boas memórias e fortalecer os vínculos afetivos. Se percebemos o efeito positivo disso na escola, imaginem em casa!

Acreditando nisso, sugerimos a leitura em família, com a criança e para a criança, porque ler é bom demais!

O Grupo Frente e as F4

F4 – Artes

Depois de explorarem conceitos e procedimentos ligados à Geometria e ao Desenho Geométrico, as turmas do quarto ano tiveram a oportunidade de apreciar obras de artistas brasileiros que integraram o Grupo Frente, como Ivan Serpa, Hélio Oiticica e Lygia Clark. Foi uma experiência muito especial ouvir as análises das crianças, que relacionaram as produções desses artistas, realizadas no início do movimento, com os conhecimentos adquiridos em sala sobre formas e composições geométricas.

A partir dessa vivência, os alunos partiram de estudos em lápis grafite para criar colagens com papel-cartão colorido. O desafio foi transformar o traço gráfico, abstrato e geométrico em recortes precisos e remontá-los em novas composições. Recortar, criar moldes, reorganizar e colar foram etapas fundamentais desse processo, que exigiu atenção, paciência e criatividade.

Mais do que o resultado final, o percurso vivido foi altamente significativo, pois proporcionou aos estudantes a compreensão de que a arte também nasce da experimentação, da reconstrução e do diálogo entre técnicas e ideias.

Samba da Utopia

F4 e F5 – Coral

Há três semanas, iniciamos um processo de sensibilização para a nova música do coral, Samba da Utopia, de Jonathan Silva — composta originalmente para a peça Ledores do Breu, da Cia. do Tijolo. Na gravação, além do compositor, participa também a cantora Ceumar.

A escolha dessa canção tem como objetivo dialogar com a peça teatral Vamos Comprar um Poeta, adaptação feita por Beatriz Napolitani a partir do livro homônimo de Afonso Cruz, que encerrará o ano letivo de 2025 das turmas de F2 a F5.

Esse samba convoca a sociedade a usar a arte e outras formas de insubmissão como caminhos para a transformação do mundo, apontando para a possibilidade de realização da utopia.

Com as crianças, realizamos uma escuta atenta da letra, analisando palavra por palavra, refletindo sobre as imagens poéticas e as palavras fortes escolhidas pelo compositor para enfrentar as situações desafiadoras abordadas na canção.

Primeiro, tivemos uma conversa coletiva, frase por frase. Em seguida, as turmas se dividiram em pequenos grupos: cada grupo ficou responsável por uma frase específica, registrando suas reflexões em papel e criando desenhos que sintetizassem as ideias levantadas.

Preparativos Para a Feira Moderna

F4 – Projeto

As F4 iniciaram os preparativos para este grande evento, no qual compartilharão com a comunidade escolar as pesquisas e descobertas realizadas ao longo do ano sobre o samba: a Feira Moderna.

Para isso, é preciso olhar para trás e rever os caminhos percorridos, selecionar o que desejam apresentar e planejar como fazê-lo. Tudo isso sem deixar de lado a criatividade e o cuidado estético.

Neste momento, todos estão na etapa final dos procedimentos de pesquisa e tratamento das informações: a fase de apresentação dos resultados.

Trata-se de um grande desafio, que exige dedicação, olhar coletivo, negociação de interesses e tantas outras habilidades sociais que atravessam o trabalho com projetos, convocando cada criança a contribuir com sua autoria e a desfrutar das conquistas alcançadas.

Que venha a Feira Moderna!

Visita da Turma do Circo

F4 e F5 – Coral

• Quem é a autora de “Tataruê”?
• O que significam as palavras tataruê e tata?
As perguntas foram respondidas em um encontro cheio de afeto e alegria, realizado durante uma das aulas do Coral na sede da Matriz. Foi lindo ver os olhares de admiração dos pequenos voltados para os maiores e o olhar de carinho e cuidado dos maiores com os pequenos, cenas de pura ternura.
Depois de um bate-papo animado e cheio de descobertas, o coral de F4 e F5 apresentou “Tataruê” e outras músicas do repertório para os pequenos, encerrando um momento de verdadeira troca entre as crianças, costurado por curiosidade, escuta e encantamento.

Multiplicação Por Dois Algarismos

F4 – Matemática

A F4 dedicou-se à compreensão da técnica do algoritmo da multiplicação. As crianças compreenderam o significado da multiplicação por dois algarismos, utilizando estratégias informais e consolidando o uso do algoritmo convencional.

O recurso da decomposição mostrou-se eficaz para favorecer a compreensão conceitual, constituindo-se em uma das etapas do processo de resolução das multiplicações por meio do algoritmo.

Perceberam que essa estratégia evidencia o que está por trás da técnica e o quanto o domínio do funcionamento do sistema de numeração decimal é essencial nesse processo.

A prática de realizar estimativas antes de aplicar o algoritmo também se destacou, contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da autonomia.

Seguiremos com a prática dessa técnica, que promete encerrar o ano com as turmas cada vez mais confiantes e seguras na aplicação do algoritmo da multiplicação.

Caminhando com Lygia Clark

F4 – Artes

Dando prosseguimento aos estudos do Concretismo Abstrato, o quarto ano se aprofundou na obra da artista Lygia Clark. Foram feitas apreciações de alguns de seus trabalhos que romperam com o distanciamento entre obra e espectador.

A série “Bichos”, que propõe uma interação direta com o público, chamou a atenção dos alunos. Alguns já conheciam a obra mas mesmo assim questionaram a ideia de chamar o espectador para interagir.

“Mas obra podia ser mexida?”
“Durante a exposição, ela mudava de formato?”
“Quando vamos a um museu, tem sempre aquela linha amarela, separando a gente das obras.”

Foi sugerido aos grupos que, usando a série como inspiração, eles fizessem propostas de esculturas de papel buscando trazer para as construções resistência através de dobraduras e cortes.

Cada aluno recebeu uma folha A4 e se lançou na pesquisa através da experimentação, buscando encontrar uma solução interessante para a proposta.

Os resultados foram os mais diversos, porém o mais importante foi observar o processo baseado na tentativa e erro. Entender que nem sempre a primeira solução será a melhor e que é preciso investir em novas possibilidades.

Em seguida, o trabalho “Caminhando” foi apresentado aos grupos. Eles apreciaram algumas fotos da própria Lygia recortando a fita de Moebius e, num segundo momento, assistiram a um vídeo de como fazer toda a proposta.

Inicialmente, se mostraram um tanto incrédulos e muito agitados, mas aos poucos o desafio foi envolvendo cada um e eles se lançaram de cabeça na atividade. Foi bonito observar!

Como disse Lygia Clark: “Em sendo a obra o ato de fazer, você e ela se tornam totalmente indissociáveis.”

O Samba e a Pequena África

F4 – Projeto

As F4 realizaram uma aula de campo no Centro do Rio de Janeiro, conduzida pela guia Janaina Gentili, com o propósito de aprofundar o projeto desenvolvido em sala sobre o samba e suas raízes na cultura afro-brasileira.

A atividade teve como objetivo promover uma interface entre memórias, música, dança, história e identidade, permitindo que as crianças compreendam o samba como uma expressão cultural afrodiaspórica. A experiência buscou também estimular a imaginação e o olhar investigativo por meio da contação de histórias e da observação atenta do espaço urbano.

Durante o percurso pela região conhecida como Pequena África, território simbólico da resistência negra e do nascimento do samba carioca, as crianças conheceram marcos históricos que revelam a profunda influência dos povos africanos na formação da cidade e do Brasil.

Ao final do passeio, reconheceram que o samba é mais do que um gênero musical: é uma expressão viva de identidade, ancestralidade e resistência.

A saída de campo complementou significativamente as discussões do projeto, reforçando que a produção de conhecimento também acontece para além dos muros da escola.

 

Som Que Se Vê!

F4 – Projeto

As F4 participaram, com o professor Henrique, de uma atividade que uniu ciência e curiosidade: a observação do líquido não newtoniano em ação. A experiência teve como objetivo demonstrar como o som, ao se propagar, provoca vibrações nos materiais ao seu redor, sejam eles o ar, a água ou até mesmo um líquido especial como o utilizado na atividade.

Ao observar o líquido reagindo às vibrações produzidas pela caixa de som, as crianças puderam literalmente “ver” o som, um fenômeno que normalmente não é perceptível. A experiência tornou visível o movimento das ondas sonoras e mostrou, de forma divertida, como diferentes substâncias podem responder às variações de pressão causadas pelo som.

Com essa vivência, os alunos exploraram conceitos de física, percebendo como a ciência está presente em situações simples do cotidiano.

Novos Bólides

F4 – Artes

O artista Hélio Oiticica foi apresentado aos grupos do quarto ano e seus trabalhos foram apreciados e curtidos. Ele fez parte do grupo Frente, que vem sendo objeto de estudo neste semestre.

A série “Bólides” chamou a atenção dos alunos por sua interatividade sensorial com o espectador. Foi observado que ele, Oiticica, e Lygia Clark caminharam na mesma direção para tornar a arte mais próxima e acessível a todos.

Empolgadas com o novo conhecimento, as crianças trouxeram caixas de diversos tamanhos e planejaram muitas possibilidades de envolver os visitantes da feira: cheiros estranhos, “gelecas” e coisas molengas, ásperas e espetadas foram as primeiras ideias!

As caixas foram pintadas, os orifícios foram abertos e aos poucos os Bólides começaram a tomar forma externamente. Na parte interna, foram colocados elementos buscando estimular as sensações e os sentidos.

Preparamos alguns exemplos especialmente para a Feira Moderna, e seguiremos montando novos exemplares na próxima semana.

Feira Moderna e Festa Pedagógica

F2 a F5 – Projeto

Na Sá Pereira, o trabalho com projetos é a estrutura do processo de ensino e aprendizagem.

Partimos do princípio de que o conhecimento se constrói a partir da observação, da análise, da seleção e da síntese crítica das informações. As saídas de campo também alicerçam a construção de conhecimento.

Desta forma, é compreensível que o currículo não se organize em torno de disciplinas estanques, mas sim a partir de procedimentos de pesquisa que pretendem promover a autonomia da criança através do aprender a pesquisar para poder lidar criticamente com o mundo, articulando todas as áreas do conhecimento.

Ao longo do ano, os projetos das turmas se transformam em espaços vivos de experimentação e descoberta. Os registros feitos nos cadernos de Projeto guardam as marcas desse percurso: anotações, desenhos, esquemas, entrevistas, resumos e hipóteses que revelam o modo singular como cada grupo se aproxima do conhecimento. 

À medida que a Feira Moderna se aproxima, esse material se torna objeto de revisão, leitura e reflexão. As crianças retomam seus estudos, selecionam informações, organizam ideias e planejam como apresentar suas pesquisas à comunidade escolar.

A Feira Moderna é, assim, a culminância natural do trabalho com projetos e do currículo de procedimentos de pesquisa. Mais do que uma exposição, ela é um espaço de partilha e autoria, em que as crianças transformam suas descobertas em linguagem, através de maquetes, painéis, textos, apresentações ou experimentos.

Nesse movimento, o que antes era estudo se torna comunicação, e o conhecimento ganha sentido social ao ser partilhado com colegas, famílias e visitantes.

E isso também se aplica à Festa Pedagógica, que representa a culminância dos projetos para as F2. A Festa Pedagógica é um momento de partilha que mantém viva a mesma lógica investigativa e autoral da Feira Moderna.

Esse encontro, que conta com a participação mais próxima e ativa das famílias, constitui um importante passo de transição entre as formas de partilhar o conhecimento nas F1 e nas F2. A Festa Pedagógica é, portanto, uma preparação sensível e significativa para a Feira Moderna, um momento em que o aprendizado se revela como experiência coletiva.

Convidamos todas as famílias a participarem, neste sábado, de mais uma edição da nossa Festa Pedagógica e da Feira Moderna, para que apreciem o entusiasmo, as descobertas e os aprendizados que as crianças vêm construindo ao longo do ano.

 

Divisão por Estimativas

F4 – Matemática

As F4 concluíram mais uma importante etapa na aquisição da linguagem matemática: a apresentação do algoritmo da divisão por estimativa. O processo faz parte do aprofundamento das discussões em torno do pensamento multiplicativo e das possibilidades de resolução de divisões com valores maiores.

Foram muitas as atividades realizadas até esse ponto, e a introdução da técnica da conta armada por estimativa ampliou as estratégias que as crianças podem utilizar para dividir valores, fortalecendo a compreensão do raciocínio envolvido em cada etapa do cálculo.

Os estudos continuam, e as relações com os números, com a Tábua de Pitágoras e com outras representações visuais, como diagramas, seguem ampliando o repertório e o conhecimento matemático das turmas. 

Assim como no projeto sobre o samba, em que ritmo e estrutura caminham juntos, as crianças percebem que a Matemática também tem sua cadência própria, feita de lógica, organização e descobertas.