As primeiras semanas de aula nas F4 foram um convite ao reencontro, ao acolhimento dos novos amigos e sensibilização para o tema do projeto.
Recebemos Benjamin e Maria Clara na F4M; Aymê na F4TA; e Clara Losekann, que voltou para a F4TB.
Entre os sons das risadas e conversas de retorno das férias, um outro som se destacou: o de samba! Cantamos e dançamos ao som de “Brasil!”, música vencedora do concurso deste ano.
A letra do samba, como acontece todos os anos, dispara muitas conversas e discussões. Por isso, depois de sentir no corpo a música, começamos a pensar sobre sua letra.
“Quais são os sons que saem das matas?”
“Na música fala de uma avó que conta histórias. Minha avó também adora contar histórias antigas!”
“Tem uma parte que fala de cicatrizes, cicatriz vem depois do machucado, o que será que machucou o Brasil?”
Descobrimos que algumas das palavras presentes na letra do samba não eram conhecidas por todos. Brincamos, então, de supor seus significados. Criamos hipóteses para elas a partir das palavras que conhecíamos e do contexto em que estavam inseridas. Em seguida, procuramos os significados no dicionário e os comparamos com as nossas hipóteses.
E assim, ao som do samba, começamos nossa viagem rumo aos Brasis, em busca de respostas (e mais perguntas). Afinal, o Brasil é feito de quê?
As conversas sobre o carnaval invadiram as aulas de dança de F2 a F5. Começamos com uma brincadeira rítmica com bexigas na qual, seguindo o andamento musical, as crianças precisavam passar as bexigas de mão em mão sem deixar cair ou perder o ritmo. Esse desafio coletivo se intensificava conforme os comandos eram dados: a música acelerava, as bexigas se multiplicavam.
Ao final, as turmas estouraram as bexigas e encontraram papéis com as palavras Maracatu, Frevo, Samba e Afoxé. O que essas palavras diziam para as crianças? Rapidamente as danças populares brasileiras surgiram na conversa e, claro, o Carnaval também.
Aproveitamos para experimentar no corpo essas manifestações culturais através de suas características principais e passos marcantes. Assim, começamos nossa sensibilização para o projeto institucional “Brasil: é feito de quê? Cantos, contos e encontros”.
As turmas de F3, F4 e F5 começaram o ano brincando com as obras do artista plástico e compositor Heitor dos Prazeres.
Depois de apreciarem algumas criações do artista que representam o Carnaval, os alunos foram convidados a jogar um bingo diferente: um bingo de desenho.
Cada mesa sorteou uma imagem e cada aluno recebeu uma folha A4. Pequenos recortes de papel contendo elementos que aparecem nas composições coloridas e animadas de Heitor dos Prazeres foram sendo sorteados pelos próprios alunos.
As crianças precisavam ouvir, procurá-lo e, caso o encontrassem na sua imagem, deveriam desenhá-lo na folha A4.
Aos poucos as crianças foram se entusiasmando, torcendo e vibrando muito! Foi uma ótima maneira de fazer com que observassem os detalhes de cada obra e se interessassem pelas cenas propostas pelo artista. Bingo!
O mapa do Brasil que ilustra a capa da nossa agenda está dando o que falar. Aproveitamos para utilizá-lo nas atividades de sensibilização para o projeto.
O primeiro desafio enfrentado com animação pelas F4 foi a montagem do mapa dividido em regiões. As crianças observaram o tamanho e o formato das regiões e, partindo de seu conhecimento prévio, especularam sobre os estados que as compõem e também trouxeram informações sobre suas viagens pelo país.
Em seguida registraram seus conhecimentos e hipóteses sobre cada região. As próximas pesquisas têm a intenção de confirmar essas hipóteses. Aguardem as novidades!
Iniciamos o ano ouvindo a marcha de carnaval “Zé Pereira”, o canto krenak “Po Hamek” e o ijexá “Patuscada”.
Conversamos sobre as origens destas músicas e dos povos ligados a elas (portugueses, krenaks e afro-brasileiros).
Cantamos e dançamos a música krenak batendo palma e pés de acordo com a letra da canção.
Dando continuidade à sensibilização para o projeto “Brasil: é feito de quê?”, as turmas cantaram a música “Pedrinha miudinha”, ao mesmo tempo em que batiam palma e passavam uma bola de pano (pedrinha) de mão em mão, respeitando o pulso musical e brincando com as mudanças do andamento.
Conhecemos a banda de pífanos Irmãos Aniceto, que existe há mais de 200 anos na região do Cariri, uma genuína tradição brasileira de flautas de bambu que mistura música, danças e dramaturgia.
Inspirados nos pífanos, partimos para o “Jogo do Eco”, no qual brincamos com poucas notas musicais, imitando e inventando pequenas melodias na flauta doce. Em seguida as crianças se dividiram em grupos e inventaram movimentos para cada musiqueta criada. O resultado foi bem divertido!
Com o retorno do coral, dedicamos as primeiras aulas para avaliação (observação da região em que se sentem mais confortáveis cantando) e acolhimento das crianças que estão chegando – as de F4 e as novas das F5.
Todas ficaram ansiosas para saber se estariam na voz 1 (região aguda) ou voz 2 (região grave), o que foi enfim revelado na semana passada.
Nesses dias muitas crianças tiveram seu primeiro contato com a prática de canto coral, algumas mais tímidas, outras bastante entusiasmadas.
Fizeram os primeiros vocalises, compreenderam por que devemos aquecer o corpo e a voz para cantar, conheceram a primeira música do repertório desse ano (“Banana”, de Joyce Moreno) e foram estimuladas a perceber alguns ajustes que realizamos no trato vocal para produzirmos as diferentes vogais – posição da língua, forma dos lábios… Tudo foi realizado com muita brincadeira e alegria!
No ano passado levamos alguns meses cantando com máscaras, vivendo todos os desafios que isso impunha aos pequenos coralistas. Este ano começa bem diferente, prometendo uma linda experiência a partir do tema tão rico para a nossa área: os cantos do nosso Brasil!
A construção dos conceitos matemáticos se dá por meio da partilha de estratégias e do constante retorno às conclusões coletivas que surgem a partir das situações-problema. Durante o processo, e depois de muitas reflexões, aos poucos alguns conceitos vão sendo consolidados.
Em relação às quatro operações o processo não é diferente. Ao longo dos anos anteriores, as turmas experimentaram diferentes formas de resolver situações-problema utilizando estratégias pessoais. Aos poucos, descobriram que, além dessas estratégias, existem mecanismos que ajudam na hora de resolver algumas contas, como os algoritmos.
Para relembrar o funcionamento deles, as F4 foram convidadas a se desafiarem em cálculos de adição e subtração em um jogo de bingo. Em vez dos números, foram sorteadas contas para serem resolvidas. Se o resultado final estivesse na cartela, o número era marcado. A brincadeira ajudou a relembrar os conceitos importantes do nosso sistema de numeração decimal, que estão presentes nas contas de adição e subtração.
Ao final, aproveitamos para compartilhar as estratégias, bem como relembrar os procedimentos de resolução da conta armada.
O que é importante para dançar?
As turmas conversaram sobre os elementos estruturantes da dança, então a palavra direção surgiu na roda e engajou as crianças. Começamos explorando as direções Frente, Trás, Direita e Esquerda com o jogo Rua e Avenida, no qual, ao mudar a direção do corpo, mudam também os caminhos abertos para os colegas passarem, ora horizontais ora verticais.
Seguimos nossas conversas conhecendo a Kinesfera de Laban, uma “bolha imaginária” que delimita o limite natural do espaço pessoal no entorno do corpo e nos mostra seu tamanho a partir da extensão de nossas movimentações.
As crianças exploraram se mover projetando as diferentes partes do corpo em muitas direções e utilizando os planos baixo, médio e alto, experimentando ainda mais as possibilidades corporais de cada um.
Com as F3, F4 e F5 iniciamos o ano nas aulas de teatro com um improviso cênico guiado para desenvolver o controle corporal, a memória e a capacidade de se organizar em grupo.
O objetivo era representar o bloco de carnaval da Sá Pereira, utilizando-se do samba-enredo desse ano.
Transitamos entre a experiência coletiva e a individual. Cada aluno sorteava dois papéis: o nome do seu personagem e a sua função no bloco.
Os nomes escritos não eram comuns, para desafiar a memória do aluno que lia e em seguida devolvia o papel para a professora. As funções se dividiam em quatro opções: organizadores do bloco, músicos, vendedores ambulantes e foliões.
O bloco tinha como objetivo andar de um lado a outro do palco. O improviso se iniciava com todos em cena ao mesmo tempo, e toda vez que a música parava e a luz mudava os integrantes do bloco deviam congelar a cena. Apenas um aluno de cada vez se dirigia para debaixo do foco de luz e dizia em voz alta o nome de seu personagem, o que estava fazendo naquele bloco e de qual região do Brasil vinha.
Em seguida todos deviam observar esse personagem. Algo de teatral deveria acontecer com ele. Após o sinal da professora o foco se dissipava. Durante o exercício foi importante observar a necessidade de lideranças dentro de cada grupo.
Nesse improviso teatral, ficou claro para as turmas que o desejo individual muitas vezes precisou ser sublimado em prol do coletivo. Qual ação escolher para ajudar na construção cênica? O que eu tenho vontade de fazer em cena? Observar mais e fazer menos: esse foi o grande desafio.
As F4 retomaram a prática da escrita de narrativas. Inspiradas em imagens previamente selecionadas por cada professora, as crianças debruçaram-se sobre a escrita do texto.
Em grupo, lembraram dos aprendizados sobre a estrutura deste tipo de texto e suas características. Para auxiliar a organização dos elementos da narrativa – enredo, tempo, espaço, personagens e narrador – cada uma preparou o seu roteiro. Essa atividade, que se repete em vários formatos ao longo do ano, favorece a autoria, a criatividade, o aprendizado das formalidades da língua escrita e o desenvolvimento da autoestima.
Para finalizar a proposta de atividade, foi feita uma roda de narração das histórias criadas, na qual foram partilhadas as produções.
Nas aulas de artes visuais das F4, uma das observações que surgiram durante a apreciação das obras do artista Heitor dos Prazeres foi com relação à composição.
Os alunos perceberam que, ao organizar os elementos na cena retratada, o artista coloca algumas figuras “na frente”, outras “no meio” e outras “lá no fundo” do desenho.
Esse foi o gancho perfeito para falarmos sobre planos. Quais elementos estão em primeiro plano? Quantos planos podemos observar nesta cena? Essas e outras questões foram elaboradas com o objetivo de fazê-los ter uma percepção mais consciente com relação à construção de uma composição imagética.
Depois de jogarem o Bingo de Imagens, foi proposto aos grupos que desenhassem uma cena do cotidiano contendo elementos visuais do jogo, em contexto livre. Porém havia algo importante e inédito nesta proposta: a organização em planos!
A tarefa foi desafiadora e trouxe resultados muito interessantes!
A poesia está em toda parte: num quadro de Van Gogh, no voo das andorinhas, nos movimentos do corpo, na melodia de uma canção.
E qual é a diferença entre poema e poesia?
As F4 foram surpreendidas pela pergunta e, depois de compartilhar opiniões, chegaram à conclusão de que um poema, assim como uma obra de arte, um trecho de filme, de música ou de dança podem ser poesia! Porque poesia é tudo o que toca a gente!
E assim preparamos uma invasão poética pela escola em homenagem ao Dia Mundial da Poesia, comemorado em 21 de março. Teve quem se arriscou na preparação de uma poesia autoral, mas o livro “Poesia Fora da Estante” pôde ajudar a criançada nessa escolha. As turmas se organizaram e invadiram os espaços da escola para recitar poesias.
Foi assim, com a poesia contagiando a todos, tocando nossos corações, que homenageamos esse dia tão especial.
Continuando com nossa investigação sobre as Bandas de Pífanos Nordestinas, ouvimos a Banda de Pífanos de Caruaru e assistimos à Orquestra de Pífanos de Mozart Vieira tocando o clássico “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
As crianças puderam conhecer de perto o instrumento feito de bambu, manuseando o pífano que o professor trouxe para a sala de música.
Curtimos também o desenho animado feito pelo artista Marcelo Marão para o sucesso do Rei do Baião e gravado pelo grupo Cordão do Boitatá. A maioria das crianças já conhecia a canção e cantou junto com a animação. Debatemos a letra, falamos sobre o sertão nordestino, as consequências da seca e até sobre “o verde dos seus olhos se espalhar na plantação”.
Em seguida, já com as flautas em mãos, começamos a ensaiar a música “Asa Branca” com o professor pulando dentro de bambolês coloridos associados às notas da melodia.
Conferimos as posições dos dedos na flauta para tocar corretamente as notas Sol, Lá, Si, Dó e Ré, e começamos a tocar. Depois das primeiras tentativas, algumas crianças se arriscaram a saltar nas notas-bambolês e conferiram se memorizaram a melodia corretamente. Após tocar bastante, as crianças receberam a partitura de “Asa Branca” e guardaram na pasta de Coral/Música.
A partir de agora, as crianças flautistas devem sempre lembrar de levar a flauta doce e a pasta de partituras para as aulas de música.
As turmas visitaram a exposição do fotógrafo Walter Firmo, no CCBB, que retrata principalmente pessoas negras com realce para as cores e sentimentos. Descobrimos que ele começou a sua carreira como fotojornalista muito cedo, entre 15 e 17 anos.
O instrutor que guiou a visita da F4M contou que existem três tipos de fotógrafos: o “ladrão”, que “rouba” a cena; o “arquiteto”, que monta a cena para fotografar; e o “invisível”, que fotografa o cotidiano das pessoas sem ser visto. Walter Firmo era os três tipos, dependendo da situação.
O objetivo do nosso passeio, além de apreciar a obra do artista, foi procurar fotografias que retratassem a cultura brasileira. Encontramos muitas imagens de festas, tradições e rituais da nossa cultura. Essas imagens complementaram as pesquisas que fizemos em sala.
Ao longo da exposição registramos no papel algumas informações importantes sobre as imagens. O que mais chamou a nossa atenção foram as cores, as flores, as festas, os sentimentos e as pessoas retratadas.
Reparamos que algumas das fotografias tinham uma versão para deficientes visuais. Era como uma maquete que podíamos tocar, sentir a textura e assim identificar os personagens das fotos.
Nós, da F4TA e F4TB, tivemos uma bela surpresa: encontramos o próprio Walter Firmo. Ele é muito simpático! Ficamos muito felizes em poder falar com ele e até apertamos sua mão e o abraçamos! Nós adoramos!
Voltamos para a escola inspirados para novas pesquisas.
Texto coletivo – F4M, F4TA e F4TB
As turmas pesquisaram sobre as regiões do Brasil. Os tópicos pesquisados foram organizados e giraram em torno de aspectos geográficos, ambientais e culturais. Durante a busca de informações, o interesse das turmas foi principalmente em saber dos aspectos culturais do Brasil: comidas, festas, danças, músicas…
Nas discussões coletivas, conversamos sobre os possíveis caminhos do nosso projeto a partir desses temas. As festas populares se apresentaram como um “fio encantador” capaz de costurar os interesses diversos e nos conduzir a uma viagem pelo país através de seus festejos.
Decidido o caminho, como atividade de sensibilização as crianças foram convidadas a uma experiência de sentidos: através de texturas, sabores, cheiros e sons, os grupos acessaram memórias pessoais e coletivas. Experimentaram milho e paçoca e sentiram os confetes em suas mãos.
“Cheiro e gosto de milho e de paçoca me lembram festa junina.”
“O confete me lembrou o bloco de carnaval da escola!”
Conversamos sobre o que seriam memórias coletivas e percebemos que as festas populares unem as memórias da turma em torno do Carnaval, da Festa Junina e do Natal. Mas será que as memórias coletivas são exatamente iguais em todo o Brasil? O Carnaval de outro estado é igual ao daqui? E quanto ao Natal, comemoram todos da mesma forma Brasil afora? Essas são perguntas que orientarão nossas próximas pesquisas.
Depois de muito trabalho e dedicação, os alunos finalizaram as maquetes inspiradas nas obras do artista Heitor dos Prazeres.
Alguns encontraram certa dificuldade ao transpor o desenho bidimensional para o espaço 3D, questões com relação a perspectiva, ordem das figuras no espaço, entre outras.
A proposta tinha exatamente esse objetivo. Porém, todo o percurso foi enfrentado como um desafio e, aos poucos, as soluções apareceram e tornaram tudo mais divertido. Os resultados agradaram a todos!
(…) Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos. (…)
(Carlos Drummond de Andrade)
Desde o início do ano as crianças vêm conhecendo, escrevendo e declamando poemas. Penetraram no reino das palavras e buscaram lá muitos poemas à espera de serem escritos. Presentearam turmas, amigos e funcionários da escola.
Se a poesia contagiou as crianças, chegou o dia de deixar transbordar o encantamento no Sarau de Poesias. Nesse encontro banhado de afeto e poesia, pais, mães, avós e irmãos escolheram poemas que tocam seus corações para ler para as turmas. Drummond, Quintana, Cecília Meireles, Manoel de Barros, Marinas, Fernandas, Claudias, Veras, Terezas, Leonardos, Carolinas, Renatas e muitos outros queridos e queridas de nosso convívio estiveram presentes.
Percebemos que ler poemas cabe em qualquer hora ou lugar, cai bem em tempo bom ou ruim e tem o poder de transformar o nosso estado de espírito. Agradecemos a presença de todos que estiveram conosco!
O trabalho com projeto é sempre uma construção coletiva. Depois de um longo caminho de sensibilização, definimos o objeto de pesquisa: as festas populares brasileiras!
Era hora, então, de pensar nos caminhos de estudo. As turmas listaram o que já sabiam sobre o tema. Em seguida, pensaram o que gostariam de saber, elaborando perguntas. Surgiram muitas:
“Qual é a origem do Carnaval?”
“De onde surgiram as histórias contadas nas festas?”
“Qual é a relação entre o clima dos lugares e as festas dali?”
“Que outras festividades brasileiras existem que não conhecemos?”
As perguntas das três turmas foram agrupadas. O próximo passo será definir por onde começaremos e como se desenhará o caminho das pesquisas.
Para não perdermos de vista as curiosidades que conduzirão nosso trabalho, as turmas produzirão um mural com as perguntas, intitulado “Queremos Saber”.
Após o período de sensibilização para o projeto institucional, as turmas se envolveram ainda mais na cultura popular através das festas populares brasileiras.
Aproveitamos para conhecer o coco, dança popular brasileira com origem na região Nordeste, e o carimbó, com origem na região Norte. A pisada indígena do coco e o rodado das saias de carimbó empolgaram as crianças e deram oportunidade para observarmos as diferentes qualidades de movimento presentes nas manifestações populares.
Ao longo de abril começamos a aprender o arranjo de Chegança, música de Antônio Nóbrega e Wilson Freire que narra o encontro dos indígenas com os portugueses e a relação dos povos originários com a sua terra.
De forma sintética, utilizando breves retratos cantados, os compositores apresentam de forma poética a atmosfera da invasão, sendo apropriada ao quarto e quinto anos do coral. Foi realizada uma sensibilização para a letra (parte da dinâmica do coral em todas as canções) e refletimos sobre aquilo que estávamos cantando.
O arranjo enfatiza ou amplia algumas passagens, buscando contribuir com a narrativa, e destaca células rítmicas e sonoridades do caboclinho (ou cabocolinho), gênero musical, dança e festa de Pernambuco no qual observamos elementos de algumas culturas indígenas: a preaca (instrumento musical de arco e flecha que caracteriza bem a sua sonoridade), a maraca e a flauta. Além desses, também integram a formação o tarol e o surdo ou bombo.
Seu ritmo é chamado de macumba (ou macumbinha) de índio. Além de Chegança, o coral vem trabalhando como vocalise algumas brincadeiras e cantos tradicionais do Brasil, integrados a movimentos, percussão corporal e dança.
O projeto de Inglês deste ano nas turmas dos quartos anos foi construído coletivamente com os alunos. Será sobre a viagem de uma família americana, natural de Los Angeles, que rodará por alguns lugares do Brasil. A família, criada pelas crianças, é formada pelo pai, Hopper, pela mãe, Sky, e por dois filhos gêmeos de 13 anos, Kate e Mike.
Começamos a pensar no que eles levariam na suitcase e na backpack.
A partir daí, iniciamos o trabalho com o vocabulário relacionado a itens de vestuário e acessórios, tais como pants, T-shirt, dress, sunglasses, scarf, socks…
Em outro momento os alunos desenharam e coloriram seis figuras desse vocabulário, cada desenho com cores diferentes: white socks, green sneakears, black sunglasses…
Depois brincamos de BINGO, com o desafio das crianças associarem cores e palavras.
As crianças torceram muito e vibraram quando bingavam!
Inspirados nas comemorações festivas que encantam nosso Brasil, as turmas estão brincando de conhecer mais sobre a Festa do Boi.
Assistiram a uma apresentação do Google e apreciaram vários “bois” de diferentes regiões. Como são ricos os seus bordados e enfeites! Quanta história e criatividade registradas nesses animais enfeitiçados pela cantoria e pela dança do nosso povo.
Toda essa beleza está sendo registrada em desenhos coloridos, composições em recorte e colagem e, como culminância deste projeto, cada turma está preparando um Boi em tamanho real! Todos estão envolvidos e se divertindo com esses trabalhos!
O que é preciso para se ter uma boa história? As turmas já sabem que início, meio e fim não podem faltar.
Para aprimorar e enriquecer suas narrativas, estão praticando a descrição de personagens e cenários, atentos às suas características.
As turmas têm apreciado e analisado como referências contos que apresentem esses elementos e a estrutura narrativa de forma clara.
Sabemos que um bom texto não nasce pronto, exige dedicação e tempo de busca das palavras que melhor podem fisgar o leitor, cativando-o para a leitura.
Trata-se, portanto, de um trabalho de aprimoramento que se dará durante todo o ano.
As aulas de música do quarto ano mantêm a prática da flauta doce como atividade central, praticando em todos encontros o baião de Luiz Gonzaga (Asa Branca), artista muito identificado com as festas juninas e a região Nordeste, cantando e tocando na flauta e nos xilofones.
Sem sair do cancioneiro nordestino, ouvimos a música Cavalo Marinho, do grupo Quinteto Violado, que conta um pouco sobre o folguedo Cavalo Marinho, sensibilizando a turma para a montagem teatral que será apresentada pelas crianças na Mostra de Artes.
Esta música sugere em sua letra diversas dancinhas, que foram logo incorporadas pelas crianças e ajudaram na memorização da letra.
Ouvimos também a toada de cavalo marinho É Fulô, de autoria de Mestre Salustiano. Identificamos os instrumentos da bandinha que ocupa lugar central neste tipo de festa popular: a rabeca (espécie de violino popular), o pandeiro, a báge (reco reco feito de bambu), o ganzá (da família dos chocalhos) e o triângulo.
As palavras desconhecidas que aparecem nas letras das músicas trabalhadas nos levaram a debater os regionalismos, os sotaques e os contextos locais na origem dessa festa que é originariamente associada ao período natalino.
Aproveitando a toada, começamos a montar e ensaiar as músicas presentes na nossa versão adaptada dessa festa popular tão singular do Nordeste, transpondo para flauta doce as melodias da rabeca, cantando toadas para as cenas e praticando os ritmos do coco e do baião nos instrumentos de percussão que compõem a pequena orquestra do Cavalo Marinho: o Banco dos Músicos.
As turmas fizeram o exercício de refletir sobre as aprendizagens adquiridas no trimestre.
Os estudantes experimentaram avaliações individuais, que estão entre os recursos utilizados para essa reflexão.
Debateram a função das avaliações e perceberam que é essencial a descoberta do que cada um “já sabe fazer sozinho”.
Refletindo sobre a própria aprendizagem, as crianças perceberam que o mais importante não é o resultado final, mas sim todo o processo vivido até o momento.
Nosso projeto começou com uma brincadeira que envolve várias linguagens artísticas e muita diversão: o Cavalo Marinho!
O folguedo popular, originário da Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi chegando devagar nas aulas de Dança, Música e Teatro, e tomou conta também das aulas de Projeto.
Com sua energia contagiante, essa festa bonita que acontece no ciclo dos festejos natalinos encantou a meninada, que deu boas gargalhadas e tem se aproximado dessa história e de seus inúmeros personagens.
Seguimos com nossas pesquisas e registros em torno de algumas perguntas que estão no radar:
“Qual é a origem do Cavalo Marinho?”
“Por que a brincadeira tem esse nome?”
“Só tem Cavalo Marinho em Pernambuco?”
As turmas deram continuidade ao projeto de Inglês, que consiste na viagem de uma família norte-americana pelo Brasil.
Começamos a descrever cada membro da família. A descrição incluiu, primeiramente, características físicas, tais como cor dos olhos e dos cabelos; tipos de cabelos; cores da pele; entre outras. O vocabulário da língua inglesa foi, assim, ampliado.
A partir de uma lista de adjetivos, as crianças votaram em como serão, fisicamente, os viajantes. Em seguida fizeram o registro de cada personagem no caderno, respeitando a votação da turma.
As turmas viajaram para Pernambuco e aprofundaram seus estudos sobre o festejo Cavalo Marinho. Durante a passagem por terras pernambucanas, descobriram um tipo de poesia que nasceu por lá: o cordel.
Por meio de vídeos e leituras, apreciaram diferentes cordéis e começaram a reparar em sua estrutura:
“Esse tipo de poesia tem um ritmo!”
Mas o que será que produz esse efeito?
“As rimas”; “O número de sílabas”. Coletivamente, as crianças foram percebendo semelhanças entre a estrutura dos cordéis e observaram características específicas deste estilo de poesia, como a rima, a métrica e o ritmo.
O passo seguinte será experimentar a escrita de cordéis. Quantos versos e rimas será que vêm por aí?
Estamos na reta final dos ensaios do Cavalo Marinho, uma festa popular de Pernambuco que mistura música, dança e encenação.
No começo a curiosidade era grande para entender o enredo e o porquê de cada expressão tão diferente que sai da boca dos personagens, ou melhor, das figuras, como se refere o texto.
Aos poucos os alunos foram aprendendo e percebendo que nessa festa popular o mais importante é o brincar, o dançar, o tocar e o se divertir. O nome não mente: é uma festa! Para cada personagem novo temos uma música para anunciar sua chegada.
A turma foi dividida em três grupos. Os personagens, ou melhor, as figuras, que desenvolvem a encenação, os músicos que tocam fixos no banco, e os galantes que executam a dança dos arcos. Temos até um capitão para liderar a festa, que é representado por três atores.
Nessa apresentação vocês vão encontrar humor, brincadeira, um corpo não cotidiano e muita diversão. Sempre tem uma figura que surge para atrapalhar a festa. Quem será?!
Lembrando que decorar o texto é uma tarefa que precisa ser feita em casa. Contamos com a ajuda e parceria de vocês! Em breve vocês verão o resultado na Mostra de Artes.
As crianças apreciaram a arte em barro de alguns ceramistas do Nordeste do Brasil.
Ao observarem cada trabalho, foram se encantando com os detalhes das peças de Sil da Capela e com o tamanho das esculturas de João de Alagoas. Porém foi a obra do Mestre Vitalino que serviu como inspiração para as obras que os pequenos artistas criaram.
Trabalhar com argila é sempre uma alegria para as crianças, porém não é uma tarefa fácil! Preparar a massa para não ter bolhas, cuidar para não exagerar na água, modelar buscando a tridimensionalidade da peça são algumas das preocupações.
Todas essas etapas são desafiadoras e exigem dedicação e cuidado. Mas foram enfrentadas com coragem e muita animação! Viva o artista brasileiro!
Depois de ter visitado as F4 da tarde, chegou a vez da F4M receber a visita de Maria de Moraes, filha caçula do grande poeta e compositor brasileiro Vinicius de Moraes.
Envolvidos com a rima e a poesia, conheceram um pouco sobre a vida desse grande artista e, inspirados nele, arriscaram-se criando seus próprios versos para surpreender e presentear a nossa visitante.
Foi um momento recheado de histórias e muitas perguntas sobre o poeta. Tivemos uma troca muito gostosa, de grandes emoções e que rendeu muito autógrafo em livros e cadernos!
Obrigada pela visita, Maria!
Seguimos nos dedicando aos textos descritivos. Em grupos, as crianças receberam imagens de pessoas para descrever. Construíram esse texto no caderno de Inglês a partir do vocabulário que já conhecem e também contaram com novas palavras que surgiram durante o trabalho, ampliando assim o repertório.
A atividade foi desafiadora e comprovou que em grupo aprende-se mais!
No último sábado, compartilhamos com toda a comunidade escolar, em nossa Mostra de Artes, as experiências proporcionadas pelo trabalho de Projeto, através de diferentes linguagens artísticas.
Acreditamos que esse encontro entre as linguagens artísticas e o Projeto amplia a leitura de mundo e o sentido do conhecimento que se produz na escola; auxilia que nossas crianças e adolescentes desenvolvam seu potencial criativo, sua sensibilidade, a capacidade de se conectar e de relacionar diferentes saberes.
Ficamos muito felizes em receber as famílias e seus convidados e esperamos que todos tenham saído sensibilizados pelas vivências artísticas.
Agradecemos imensamente a parceria e a presença de todos e já estamos ansiosos para nosso próximo encontro, dia 8 de julho, em nossa Festa Junina! Na próxima semana enviaremos o horário da festança!
Fotos:
https://drive.google.com/drive/folders/15TslsTY3RsuKdUNnVw5y2Ua0m5VHtZuF
Ao longo do semestre, a Matemática trouxe alguns desafios. Depois de compor, decompor, ler e escrever números cada vez maiores, de somar e subtrair analisando problemas e algoritmos, chegou a hora de avançarmos um pouco mais e nos dedicarmos aos estudos da multiplicação.
Através da configuração retangular as crianças brincaram de construir “muros retos” com a folha quadriculada, explorando algumas possibilidades de representar uma multiplicação e, desde já, compreendendo o papel dos fatores dessa multiplicação.
Assim como essa, outras atividades que estão por vir ajudarão no desenvolvimento do conceito da multiplicação, antes de chegarmos ao seu algoritmo, aprendizagem tão esperada por todos.
As turmas de F4 seguem suas pesquisas sobre as Festas Populares Brasileiras. Conheceram algumas danças populares que fazem parte de diferentes manifestações e se envolveram em especial com o Cavalo Marinho, folguedo tradicional do Nordeste do que envolve performances dramáticas, dança e música, e que foi apresentado na Mostra de Artes.
Nas aulas de Dança exploraram as movimentações da Dança dos Arcos, coreografia típica dessa brincadeira. Aos poucos, as crianças estão se apropriando dessa dança e se preparando para a nossa festa junina, onde poderão apresentar todo o caminho percorrido.
No sábado, 17 de junho, reunimos toda a comunidade escolar no prédio da rua da Matriz para a Mostra de Artes do Fundamental I.
Cada espaço da escola foi preenchido com bastante cor e muita criatividade!
Foi o artista Heitor dos Prazeres que deu o pontapé inicial durante os momentos de sensibilização para o projeto “Brasil: é feito de quê?”. Do primeiro ao quinto ano, os alunos apreciaram e criaram trabalhos inspirados por suas temáticas bem cariocas e carnavalescas.
Dando continuidade aos estudos, cada turma seguiu um caminho buscando seus interesses dentro da riqueza desse projeto. E o resultado foi apresentado nos espaços de cada turma.
A sala do terceiro ano, muito colorida e divertida, convidava os visitantes a brincar com jogos de tabuleiro e outros produzidos pelos próprios alunos. Foi bonito ver pais, avós e crianças brincando e se divertindo ao longo do dia! Também foram homenageados dois artesãos de mão cheia: Getúlio Damado, mineiro bem carioca que tem seu ateliê em Santa Teresa, e o Mestre Jasson, alagoano, que com suas carrancas divertiu e inspirou os grupos.
O quarto ano trouxe as cores e a música dos festejos brasileiros! Mestre Vitalino nos emprestou seu talento para que os alunos se expressassem através da matéria argila. O boi bumbá estava bem representado em todo seu esplendor em 3D e em pequenos recortes de papel e chita. Os bois feitos pelas turmas ora estavam em repouso na sala, ora desciam para participar dos festejos do Cavalo Marinho.
A areia e as ondas do mar embalaram as salas do quinto ano com movimento, luz e muita reflexão: “O mar é feito de quê?”, indagaram os grupos sobre a poluição marítima. E a Mata Atlântica, sua fauna e flora, serviram de inspiração para os pequenos artistas elaborarem padrões gráficos orientados pela grandiosidade dos padrões da etnia Asurini. Foram meses de trabalho, dedicação e muita arte!
Foi lindo!
Este ano os pais e alunos do Fundamental I foram convidados para uma atividade de interação e criação com as professoras de Artes.
Essas oficinas aconteceram no mesmo dia da Mostra de Artes e tinham como objetivo a elaboração de cartazes para enfeitar a Festa Junina da Escola Sá Pereira, que acontecerá no dia 8 de julho.
As famílias que se inscreveram para participar desses encontros se divertiram bastante desenhando e pintando em grupo. Três artistas pernambucanos foram apreciados e serviram de inspiração durante o processo. Foram eles: J. Borges, Gilvan Samico e Derlon.
Observar o trabalho desses artistas e perceber suas similaridades e diferenças impulsionou a todos com uma dose extra de criatividade. Os integrantes das famílias se dividiram em funções e conseguiram finalizar seus projetos com muita dedicação e capricho!
Os trabalhos estarão expostos na Festa Junina. Até lá!
As turmas descobriram que as origens de muitas festas populares pelo mundo estão ligadas aos solstícios. Depois de aprofundarem os estudos sobre esse fenômeno, perceberam que ele era um importante marco em sociedades antigas, pois tem profunda relação com a agricultura. Muitos povos comemoravam a chegada de uma nova estação pedindo que a colheita fosse boa.
Mas afinal, o que isso tem a ver com as festas populares brasileiras?
Muitas festas populares no Brasil estão diretamente relacionadas ao ciclo agrícola, celebrando as colheitas, as estações do ano e as tradições ligadas ao trabalho no campo. O Cavalo Marinho, por exemplo, surgiu no cenário rural, com os trabalhadores do corte de cana, o que tem nos encaminhado para pesquisas que envolvem diversas áreas do conhecimento, para que as crianças compreendam o contexto desse festejo e tudo o que ele envolve.
Outro exemplo é a Festa Junina, que ocorre em diversas regiões do país. Nessa festividade, há uma forte representação da cultura agrícola, com danças, comidas e decorações que remetem às plantações, à colheita de milho e aos elementos do campo.
Seguimos nossas pesquisas buscando compreender os contextos e as dimensões desses festejos que tanto nos alegram!
A galerinha do quarto ano teve um primeiro semestre muito produtivo nas aulas de Música! As crianças se apropriaram da festa popular do Cavalo Marinho e se divertiram muito na apresentação da Mostra de Artes.
Durante as aulas, o processo de aprendizagem das músicas e dos ensaios fluiu de forma muito prazerosa. A técnica da flauta se desenvolveu naturalmente a partir do repertório, juntamente com o canto, o ritmo e a dança.
Agora é chegada a hora e pular fogueira na Festa Julina da Sá Pereira, tocando na flauta e cantando Asa Branca, um dos maiores sucessos de Luiz Gonzaga! Conhecemos um pouco da história dessa canção composta por Humberto Teixeira e Gonzagão, debatendo o tema da migração associada à seca no sertão nordestino.
Organizamos a batucada do ritmo do baião com os instrumentos: triângulo, zabumba, pandeiro e ganzá.
Até lá!
“Escreva, minha filha, escreva. Quando estiver entediada, nostálgica, desocupada, neutra, escreva. Escreva mesmo bobagens, palavras soltas, experimente fazer versos, artigos, pensamentos soltos, descreva como exercício o degrau da escada de seu edifício (saiu em verso sem querer), escreva sempre, mesmo para não publicar e principalmente para não publicar.”
(Carlos Drummond de Andrade,
Carta à sua filha Maria Julieta, 7 de fevereiro de 1950)
Quando lemos um livro que nos encanta, é prazeroso escrever sobre ele, contar para os amigos, indicar a leitura. Com o auxílio da Paula, bibliotecária da escola, as turmas fizeram uma ciranda de livros. Cada turma elencou as temáticas que despertam seu interesse e criou categorias. Cada categoria contou com alguns livros, que circularam pela turma ao longo de cinco semanas. As crianças criaram sinopses para os livros lidos e justificaram suas indicações.
Foi uma oportunidade para fomentar o comportamento leitor, exercitar a escrita, refletir sobre os textos literários e debater sobre temas presentes em nosso cotidiano.
Os alunos do terceiro e quarto anos fizeram estandartes e bandeirinhas para serem usados como ornamentos na Festa Junina realizada no último sábado, 8 de julho.
Os temas típicos das festas juninas, como quadrilha, comidas tradicionais, fogueira, brincadeiras, entre outros, estavam presentes nas composições que foram finalizadas com técnicas diferentes. Alguns alunos pintaram com guache ou aquarela, outros fizeram recorte e colagem usando muito papel colorido, fitas e até pedaços de chitão.
Essa produção mobilizou as crianças, que trabalharam com muita dedicação e criatividade, e ficaram orgulhosas quando chegaram ao evento junino e encontraram seus trabalhos contribuindo para a alegria e o encantamento da festa!
Viva São Pedro! Viva São João! Viva a Sá Pereira!!
No último sábado, celebramos juntos a nossa Festa Junina, evento tão importante no calendário brasileiro e que diz tanto sobre nossa identidade cultural.
Cada série dançou um ritmo diferente, que também dialogava com os recortes de projeto escolhidos por eles. Ao final das apresentações, dançamos todos juntos: frevo, ciranda e o nosso hino, Olha pro céu!
Foi um dia de muita alegria para todos nós da equipe e esperamos que tenha sido igualmente alegre para todos vocês.
Agradecemos a parceria e a colaboração na construção de nosso arraiá, já ansiosos para a festa do ano que vem!
Para finalizar o segundo trimestre fizemos uma retrospectiva de todos os exercícios e aprendizados trabalhados até aqui.
Avaliamos a apresentação do Cavalo Marinho e conversamos sobre o processo de ensaio. Ficamos muito felizes com o resultado!
Nas últimas semanas de aula, as turmas escolheram exercícios diferentes: o do papel, o da rua e ruela, o dos bichos, o do quadrado e o da escada. O do papel é um exercício individual no qual cada aluno chamado tem a tarefa de pegar um papel que é jogado para o alto.
O mais importante desse treino, além de trabalhar foco e concentração, é o desenvolvimento do espírito de grupo. Se uma pessoa perde, o papel é cortado na metade, dificultando o exercício para todos, e se um aluno acerta o papel aumenta de tamanho, facilitando o desafio para todo o grupo.
Nos exercícios da rua e ruela e dos bichos treinamos a precisão de mudança corporal no tempo certo. Já no do quadrado, além de treinar o improviso, é necessário lembrar de onde a cena foi interrompida para finalizar a história, estimulando assim a memória. No da escada é necessário ter a capacidade de ser generoso em cena, abrindo mão do seu desejo individual para perceber o que a cena pede. Estar em cena precisa ser um ato de generosidade para com o outro. Observar e escutar antes de agir.
Boas férias!
A ocasião da Festa Junina abriu os caminhos para novos estudos em Projeto. Aproveitamos para direcionar as pesquisas para esse ciclo de festejos que cruzam o país inteiro.
As comemorações que de imediato nos fazem lembrar Santo Antônio, São João e São Pedro remontam a tempos imemoriais e têm relação com o solstício e com as colheitas.
As crianças elaboraram perguntas e hipóteses acerca das festas juninas e começaram as investigações. Descobriram que muitos elementos do festejo como conhecemos hoje têm origens muito antigas, como as fogueiras.
Além disso, perceberam a relação entre a agricultura brasileira e as comidas da festa. E ainda puderam degustar tudo isso em um sábado repleto de bolo de milho, dança, música e muita alegria!