“Compreendemos a avaliação como o momento de tomada de consciência de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Ela é realizada de maneira contínua, através da observação de diferentes atividades individuais e de grupo. Buscamos também valorizar no estudante a construção da postura comprometida com o seu processo de aprendizagem, com a comunidade e com o espaço escolar. Com esse enfoque, estruturamos a avaliação de forma que o aluno saiba o que os professores estão avaliando e em que aspectos precisa de maior investimento.”Proposta Pedagógica Escola Sá Pereira
Nas últimas tribos, nos debruçamos sobre o documento de avaliação da escola e refletimos sobre o assunto. Essa conversa foi de extrema importância para os estudantes novos, mas também para quem já fazia parte da escola.
Fund II – História
Quando refletimos sobre a diversidade e a formação do Brasil devemos pensar também nas diferentes culturas que aportaram em nosso território, e em como elas ajudaram a construir o nosso país.
Foram muitos os motivos para que essas comunidades chegassem ao Brasil, e, na maioria dos casos, essa imigração não foi por escolha própria, nem tampouco pacífica. O Brasil é, portanto, local de diferentes diásporas.
O caso mais emblemático é, sem dúvida, a diáspora forçada africana, que ao longo de mais de 300 anos fez do Rio de Janeiro, nossa cidade, o lugar que mais recebeu escravizados da América. Essa história foi alvo de apagamento constante e precisa ser a todo momento relembrada, pois o racismo estrutural ainda persiste e está intimamente ligado a essa trajetória.
Mas que outras diásporas também ajudaram a construir nosso país?
Com base nesta pergunta, no primeiro trimestre convidaremos nossos estudantes do Fundamental II a estudar a história e as características dessas comunidades. Cada série será responsável por pesquisar a contribuição destas diferentes culturas em áreas como festividades, personalidades, culinária, linguagem, artes/ciência etc.
O Brasil é tão grande, tão rico, que mergulhar nesse universo será uma das chaves para conhecermos melhor a nós mesmos.
Nas aulas de Dança de F6 a F9, trabalhamos o conceito de ritmo e diversidade, apresentando uma sequência rítmica e criando diferentes movimentos para ela. Juntos, discutimos o quão nosso país é diverso, em ritmos, cores, sabores, gentes, etc.
Para encerrar nosso encontro, lemos juntos a definição de Luiz Antônio Simas para diversidade:”Divertido vem de divertere, virar em diferentes direções, de dis-, ‘para o lado’, mais vertere, ‘virar’. Diversidade também vem daí. Divertido, diverso, diversão, diversidade: a possibilidade de vivenciar as coisas de outras formas.”
F6 e F7 – Música
As aulas de música da F6 e F7 e iniciaram abordando as visões de Brasil presentes na letra de três sambas-enredos diferentes: “Aquarela Brasileira”, de Silas de Oliveira (Império Serrano – 1964); “História pra Ninar Gente Grande”, de Manu da Cuica (Mangueira – 2019); e “Brasil!”, de Gustavo Albuquerque (Sá Pereira – 2023).
O ponto de partida para nossa discussão foi destacar os anos de criação dos sambas e entender o contexto histórico de cada período. As turmas notaram a abordagem de “cartão postal” para turista ver (“vendendo” as belezas regionais do nosso país) presente no sucesso do Império Serrano, em contraste com a visão crítica da história oficial do Brasil cantada no samba mangueirense de 2019. A “aquarela” de cores leves imperiana (composta nos anos de chumbo) em contraponto com a história escrita com “sangue retinto e pisado” da Mangueira (criada após a morte da vereadora Marielle Franco, alfinetando o governo da época).
A partir daí as crianças situaram o Samba da Sá Pereira como um meio termo entre as duas visões anteriores, levando em consideração a retomada após a quarentena, a pandemia e a turbulência na política, evocando a união e a diversidade, impregnada de otimismo.
Palavras desconhecidas encontradas nos três sambas nos levaram a uma breve pesquisa para conhecer melhor Luiza Mahin, Leci Brandão, Jamelão, Castro Alves, piás, guris, frevo e maracatu.
Que diversidade existe na Sá Pereira? Quando comparamos o universo da Sá Pereira com o universo brasileiro que diferenças encontramos? Como a matemática pode nos ajudar a entender essas questões?
Essas são as perguntas que neste começo de ano estamos debatendo com os estudantes em nossa semana de sensibilização para o projeto institucional. Fizemos uma dinâmica na qual os alunos precisavam se juntar em diferentes grupos de acordo com as categorias que íamos sugerindo.
Nos países em geral, uma das ferramentas para orientar políticas públicas vem de uma pesquisa conhecida como Censo. A palavra vem do latim census e quer dizer “conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação“. O Censo é a única pesquisa que procura visitar todos os domicílios brasileiros (cerca de 58 milhões espalhados por 8.514.876,599 km²). O Censo no Brasil é realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa pesquisa é feita no Brasil de 10 em 10 anos, tendo sido o último Censo realizado com dois anos de atraso, em 2022, por conta da pandemia e por cortes orçamentários. Nos últimos anos a própria realização do censo vem sendo criticada por questões políticas, gerando debates sobre a sua importância. Afinal de contas, como podemos desenvolver políticas públicas se não temos informações sobre a população?
Em 2023, fundaremos juntos o ISPE (Instituto Sá Pereira de Estatística), pelo qual pesquisaremos informações sobre o corpo discente do EF2/EM e sobre o nosso corpo docente. Essa será a nossa amostragem.
Durante o processo, vamos entender como se constrói um censo, desenvolveremos questionários, construiremos gráficos/tabelas e trataremos essas informações.
Ao final do ano, chegaremos a conclusões acerca da diversidade que constitui a nossa escola.
O desafio está lançado.
Durante as aulas de Teatro do Ensino Fundamental II, os alunos foram convidados a experimentar a riqueza cultural do Carnaval por meio de jogos teatrais.
As aulas incentivaram os alunos a explorar a complexidade do Carnaval de forma lúdica e dinâmica, utilizando adereços carnavalescos – fundamentais para a identificação das diferentes manifestações culturais presentes no Carnaval: desde as fantasias coloridas dos foliões em blocos de rua até os adereços utilizados pelos integrantes das escolas de samba nos desfiles do sambódromo.
Para que pudessem compreender como os adereços se relacionam com as tradições e os símbolos culturais do Carnaval, os alunos foram convidados a criar pequenos fragmentos cênicos com os adereços e situações carnavalescas trazidas por eles.
A atividade aproximou os alunos da cultura do Carnaval, despertando neles o interesse em conhecer e valorizar diferentes manifestações culturais do nosso país.
Nas aulas de Artes do Fundamental II, os alunos foram desafiados a criar uma fantasia de Carnaval para o Bloco da Sá Pereira.
A partir da apreciação das obras de Debret e Heitor dos Prazeres que retratam o Carnaval, começamos falando sobre a origem dessa festa e como ela foi se transformando até chegar nas diferentes manifestações que temos hoje.
Depois, observando fotos dos desfiles das escolas de samba do Rio, conversamos sobre como elas planejam os desfiles e os diferentes trabalhadores necessários para que o espetáculo aconteça.
Em seguida todos receberam uma base de croqui para que criassem fantasias para o Bloco da Sá Pereira, inspirados pelo samba campeão de 2023. Muitas figuras do folclore brasileiro, seres mágicos e protetores das florestas, animais da nossa fauna, e claro, jogadores de futebol foram lembrados e criados nesta atividade.
As F6 iniciaram o estudo de História do Fundamental II formulando hipóteses a partir das questões: “O que é História?”, “Por que estudar História?”.
As hipóteses de cada turma foram armazenadas em cápsulas do tempo construídas pelos alunos a partir da observação das imagens de sinalização que estão espalhadas por toda a escola. Cada turma construiu de maneira coletiva e com colagens uma cápsula do tempo que durante este ano abrigará todos os seus anseios, desejos e hipóteses de como ocorrerá esse estudo ao longo do ano.
A caixa será revisitada no último encontro de História, quando discutiremos sobre como se deu o estudo de História ao longo de 2023.
Para este trimestre temos como objetivos definir e discutir sobre a importância do estudo de História, além de compreender como se inicia a formação do Brasil, conhecendo como se deu a ocupação do continente americano, quais os povos que aqui um dia habitaram e quais ainda estavam presentes quando começaram a ocorrer os primeiros encontros entre diferentes povos e culturas neste território, que viria a se formar futuramente como Brasil.
Nas primeiras semanas de aula, nos conhecemos e reconhecemos através de apresentações, dinâmicas e debates acerca do tema do nosso projeto institucional “Brasil: é feito de quê?”.
Os alunos contaram sobre suas origens através de seus sobrenomes e de histórias de família, além de pesquisarem sobre as diásporas que contribuíram para a formação do povo brasileiro (que resultou em um mind map sobre “O que é Brasil?”) e conversarem sobre as culturas, semelhanças e diversidade entre idiomas, principalmente entre o Inglês e o Português.
No meio desse território tão nosso – o Carnaval – também foram trabalhados: brincadeiras relacionadas às traduções dos nomes dos blocos, debates, apresentações e exercícios sobre o tema baseados na obra de Aydano Motta “Blocos de Rua do Carnaval do Rio de Janeiro”.
Já estão abertas as inscrições para a 18ª OBMEP, e mais uma vez nossa escola participará deste evento tão especial.
Ao longo da semana estamos entrando nas salas e recolhendo os nomes de nossos candidatos.
Assim como no ano passado, estaremos agendando encontros de preparação para o projeto. Mais notícias nos próximos informes.
Depois de observamos, por meio do mapa do Brasil, a quantidade de ritmos e danças que existem nas cinco regiões do nosso país, começamos a estudar o Afoxé, dança do ritmo Ijexá, da região Nordeste. Lemos sobre sua origem e sua história, assistimos a vídeos e aprendemos alguns movimentos de uma sequência coreográfica.
Para encerrar, os alunos compartilharam suas impressões sobre a dança:
“A batida do tambor é impossível de ficar parado”
“Eu achei muito difícil de dançar, mas divertido”
“Você poderia falar mais sobre os orixás? Eu achei muito interessante”
Então dividimos as turmas em pequenos grupos. Cada grupo ficou responsável por uma região brasileira e com a tarefa de escolher uma dança popular para pesquisar referências históricas, vídeos e aprender alguns passos para ensinar aos colegas da turma. Para ajudá-los nessa pesquisa, sugerimos o documentário Danças Brasileiras, de Antônio Nóbrega e Rosane Almeida, e os sites do Instituto Brincante e do Itaú Cultural, ambos com excelentes referências das danças populares brasileiras.
Na próxima semana, cada grupo irá a apresentar sua pesquisa e ensinar aos colegas o que aprenderam.
As turmas estão discutindo sobre como a cartografia artística pode nos ajudar a pensar o conceito de diversidade no Brasil.
Inicialmente, foram apresentadas a diversas obras de arte que têm em comum o uso de mapas na sua criação. Conversamos sobre as obras apresentadas e sobre o que cada artista quis comunicar. Concluímos que, assim como os mapas “tradicionais”, a arte cartográfica também nos ajuda a entender determinado espaço, porém utilizando parâmetros completamente distintos daqueles utilizados na interpretação de um mapa tecnicamente perfeito: parâmetros mais ligados à subjetividade e à diversidade dos significados que o espaço pode adquirir na vida das pessoas.
A partir desse entendimento, a proposta foi pensar como cada um poderia representar o Brasil e toda sua diversidade usando o mapa como base.
Cada aluno escolheu um tema/objeto que, no seu ponto de vista, representava o Brasil, preparou seu material e nesta semana começaram a produzir seu mapa artístico.
F6M – Handebol
F6T – Handebol
F7M – Flag Football
F7T – Futebol
F8MA – Futebol
F8MB – Handebol
F9MA – Handebol
F9MB – Futevôlei
O Recreio Feliz é uma iniciativa da escola no sentido de promover diferentes espaços de integração na hora do intervalo e, é claro, sair um pouco do celular.
Estão programadas atividades como “The Voice Sá Pereira”, xadrez, “Just Dance”, Recreio Literário e Jam Sessions na sala de música.
Durante os encontros de xadrez, por exemplo, estamos recebendo a visita do aluno Theo Iglezias (M2), que nos ensinou alguns conceitos básicos do jogo.
Muita surpresas ainda estão por vir, e o nosso recreio está cada vez mais feliz e diversificado. Confira um pouco do que aconteceu nas primeiras semanas…
Começamos o ano nos questionando “O Brasil é feito de quê?”, e inicialmente construímos um mapa mental no quadro com as respostas dadas pelas crianças. Em seguida, inspirados em imagens de diferentes fotógrafos e artistas plásticos que poderiam dar uma resposta a tal pergunta, em grupos os estudantes formularam respostas utilizando diferentes linguagens, como desenho, poesia, dança, mapa mental e música. Foram produzidas lindas respostas e socializadas na aula seguinte.
O início das aulas da F6 inaugura também um novo segmento, e com ele o reconhecimento mais sistematizado da área das Ciências. Por isso, é importante questioná-los sobre o que é Ciência e o que esperam aprender nesta disciplina ao longo do Fundamental II. A partir das respostas podemos abrir discussões e pequenas explicações.
Na sequência foi apresentado o Método Científico como a estrutura formal por meio da qual o fazer científico se dá. Os estudantes são estimulados a compreender o contexto em que a Ciência nasce e a estrutura de organização que define o que é e o que não é Ciência, sem desprezar outras formas de conhecimento, mas identificando as diferenças.
Os alunos compartilharam com seus colegas o resultado de suas pesquisas sobre as danças brasileiras por regiões. Contextualizaram as danças populares e mostraram em vídeos um pouco de cada uma delas, ensinando passos aos amigos e se apropriando do tripé de Ana Mae Barbosa: contextualizar, apreciar e fazer. Ana Mae é psicopedagoga, especialista em arte educação e fonte de referência para nosso trabalho na escola.
Ao final das apresentações, avaliamos essa atividade coletivamente, o que nos possibilitou ótimas discussões sobre diferentes temas, como a dificuldade de alguns grupos em encontrar os passos de determinada dança em algumas regiões.
“Não tem quem ensine isso na internet, Roberta!”
O que abriu a o oportunidade de nos questionarmos: Por que será? Como essas danças acontecem? Em que contexto? Se não há quem ensine, como podemos aprender?
Com essa atividade finalizamos a fase de sensibilização ao tema do projeto institucional, ansiosos para dialogar com os conteúdos que serão trabalhados nas disciplinas de cada turma.
Ao longo do primeiro semestre, conheceremos os diferentes povos que vivem em nosso país e aprenderemos a ler mapas que apresentam essa diversidade. Aprenderemos o que são povos tradicionais, sua importância para a cultura brasileira, sua relação com o meio ambiente e os principais desafios que enfrentam para manterem seu meio de vida e suas tradições nos dias de hoje. Aprenderemos os fundamentos da cartografia para analisar a localização e a distribuição dos povos indígenas e quilombolas, assim como para compreender a diversidade natural do Brasil em que eles se encontram.
Em nosso primeiro encontro deste ano, realizamos uma dinâmica em que a turma foi dividida em dois grupos com o objetivo de montar um quebra-cabeça do mapa das regiões do Brasil. Após esse desafio, apresentamos a regionalização do IBGE e cada aluno participou dizendo alguma curiosidade que conhecia sobre uma das regiões.
Estamos revisando as quatro operações básicas, com dois objetivos em especial.
O primeiro deles, entendendo que a matemática é também uma linguagem, é estender nosso vocabulário para que possamos estar prontos para a leitura e compreensão de textos um pouco mais formais que vão aparecer, a partir de agora, em livros, fichas e atividades. Para isso, temos resolvido vários problemas envolvendo palavras como parcela, soma, fator, produto, minuendo, subtraendo, diferença, quociente etc.
O segundo objetivo é trabalhar bastante com as operações inversas, que serão de grande importância para estudos futuros, inclusive para conteúdos que virão em anos posteriores, como equação.
Recebemos em nossa escola o artista e cientista político Matheus Ribs, que traz em suas obras temáticas políticas e socioambientais, denunciando conflitos de terra e violações de direitos humanos e tendo como personagens centrais os povos originários e populações afro-brasileiras.
De forma generosa, Ribs compartilhou conosco um pouco da sua história, do seu trabalho e do seu processo criativo. Durante uma hora e meia, respondeu às perguntas dos alunos, nos ajudando a refletir sobre a pergunta que norteia nosso projeto institucional: “Brasil: é feito de quê?”.
Agradecemos à Tatiana, mãe de nossa aluna Martina, por ter sido a ponte desse encontro, e ao Matheus por todo o conhecimento compartilhado. Estamos certos de que essa conversa renderá bons frutos!
Para quem ainda não conhece o trabalho do artista, segue a página dele no Instagram: @o.ribs.
Começamos a dialogar com as disciplinas de História e Português, que têm estudado sobre os povos originários, e aproveitamos para trazer a dança indígena para nossas aulas.
Será que os indígenas têm a mesma relação com a dança que nós? Em que momentos nós dançamos? E eles? Não foi preciso nenhuma pesquisa para responder a essas perguntas. Nossos alunos trouxeram de primeira que os indígenas têm a dança como algo sagrado, que faz parte da identidade cultural e está presente nas suas atividades diárias, que não há a figura do professor de dança, que as danças são aprendidas através da vivência.
Juntos assistimos a algumas danças e em seguida nos desafiamos a fazer, em roda, alguns passos, tentando perceber o outro, atentos ao coletivo para que a roda não perdesse seu tamanho inicial.
De forma atenta e respeitosa, ambas as turmas conseguiram manter a roda e, ao final da aula, entenderam o quanto a concentração e o olhar atento para o outro nos ajuda nas atividades coletivas.
As turmas estão aprofundando seus conhecimentos a respeito dos grafismos e padronagens criados pelos diversos grupos indígenas do Brasil.
A partir da apresentação de trabalhos do artista uruguaio Joaquín Torres-Garcia, iniciamos uma conversa sobre como o lugar de origem do artista pode influenciar seu trabalho, e também sobre grafismos, símbolos e simplificações. Vimos que o artista acreditava que devemos nos orientar a partir da nossa própria cultura antes de olhar para outras, como uma forma de afirmar seu lugar no mundo e valorizar suas raízes.
Quando comparamos o painel Pachamama, de Torres Garcia, com com uma pintura Kusiwa – arte gráfica do povo Wajãpi, grupo indígena que vive no Amapá – eles perceberam a inspiração e semelhanças com a arte de povos originários: a simplificação, os grafismos, a repetição. Com esse entendimento iniciamos um mergulho na arte Kusiwa, patrimônio cultural brasileiro: seus simbolismos e suas diversas aplicações. Aprendemos que essa forma de se expressar tem a ver com a maneira como vivem e percebem o mundo, de acordo com seus mitos e tradições ancestrais. Depois as turmas brincaram de adivinhar qual bicho os diversos grafismos wajãpi simbolizavam.
Na aula seguinte continuamos nossa pesquisa, e vimos que cada grupo indígena brasileiro tem nos grafismos sua própria forma de se representar o mundo, resultando numa diversidade imensa de símbolos, significados, padronagens e aplicações para essa arte. Inspirada nessa forma de representar o que nos rodeia, a turma criou grafismos e padronagens com elementos da própria sala de artes.
Ainda temos bastante trabalho pela frente: nas próximas aulas vamos conhecer o trabalho da artista indígena contemporânea Jaguatirika, desenvolver uma arte cartográfica para homenagear os diversos povos originários do Brasil e, por fim, será realizada uma oficina de pulseiras de miçangas.
Após conhecermos a canção de boas vindas “Po Hamek”, de origem Krenak, começamos a transpor uma versão nossa da música com os instrumentos da sala de aula (violões, ukulelê, canos musicais, flautas, escaletas, teclado, vibrafones e uma variedade de instrumentos de percussão).
Curiosos pela cultura krenak, assistimos a um pronunciamento de Ailton Krenak no Congresso Nacional e a um trecho do documentário sobre a história do povo Krenak (Bororo) e ficamos impactados com a visão de mundo tão diferente da nossa e o tamanho da opressão e devastação provocada pelo homem branco.
Ouvimos os sons da região do Rio Doce, habitada por muitos pássaros, tentamos imaginar a linha do tempo Krenak contada pelos sons ambientes e iniciamos a criação de uma Paisagem Sonora que representasse essa história: as guerras, o massacre, os navios, a ferrovia e seus sons invasivos, mas também a natureza e os cantos bororos.
Exploramos as sonoridades dos instrumentos musicais, exercitando sensibilidade e expressão, e também ampliamos nossa indignação e empatia.
Rumo ao fim de trimestre as turmas apresentaram seus trabalhos oficialmente, com o tema “The World Diasporas“, tendo como base o projeto institucional “Brasil: é feito de quê?” e suas pesquisas ao longo do trimestre sobre a formação plural do povo brasileiro.
Com a presença de convidados especiais, nossos coordenadores Rafael Bronz e Roberta Porto, os alunos deram um show de habilidades tecnológicas, linguísticas, sociais e culturais.
E não para por aí! Esta semana as turmas estão fazendo as avaliações finais do trimestre de uma forma bem diferente: online! Com o uso da plataforma Nearpod os alunos podem responder às questões através da gamificação e também de gravações de voz, vídeos, anexando itens e links importantes e fazendo seus próprios memes. Cool!
We can’t wait for the next quarter! See you!
As turmas fizeram uma atividade utilizando tampinhas de garrafa pet. Em grupos, deviam montar quadrados (completamente preenchidos) usando as tampinhas e preencher uma tabela que associava a quantidade de tampinhas em cada lado dos quadrados com a quantidade de tampinhas utilizadas para montar o quadrado todo.
No entanto, havia um desafio: a tabela tinha de ser preenchida até o final (quadrado de 20 por 20 tampinhas) e, em algum momento, as tampinhas não eram mais suficientes para continuar a fazer quadrados maiores.
Assim, os estudantes tiveram de encontrar um padrão para continuar completando a tabela até o final. Posteriormente, foi discutido sobre esta ser uma sequência muito importante na matemática: a sequência dos números quadrados (1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, …).
Conversamos sobre o uso do nome quadrado e seu motivo. Desta maneira, os alunos foram apresentados ao novo conteúdo a ser estudado: a potenciação.
Dando continuidade às nossas pesquisas sobre a dança indígena, trouxemos o Kuarup, um ritual de passagem realizado por diferentes povos indígenas, no qual os mortos são celebrados.
Depois de lermos sobre o ritual, assistimos a alguns trechos de documentários, observando os movimentos e atentos ao que poderíamos aprender para nossa coreografia.
Em seguida, assistimos ao espetáculo Kuarup, do balé Stagium, companhia de dança de São Paulo. A obra de Décio Otero e Marika Gidalgi estreou em 1977 e segue atual nos dias de hoje. É símbolo da repressão, da resistência e da força violenta que foi e continua sendo aplicada sobre os povos originários.
Nas conversas que surgiram dessa apreciação os estudantes trouxeram muitas referências das aulas de história e geografia, que só engrandeceram nossos questionamentos:
“A gente viu na aula de história que a relação deles com a dança, com a natureza, com a vida, é muito diferente da nossa.”
“Pra gente fazer essa coreografia, a gente precisa ter muito respeito com a cultura deles.”
“Eles estavam aqui muito antes do Brasil existir. Acho que o espetáculo fala um pouco disso através da dança, né?”
Começamos então a esboçar nossa coreografia, trazendo um pouco do que aprendemos, homenageando esses povos tão importantes em nossa identidade cultural.
Dando continuidade às nossas pesquisas sobre a dança indígena, trouxemos o Kuarup, um ritual de passagem, realizado por diferentes povos indígenas, no qual os mortos são celebrados.
Depois de lermos sobre o ritual, assistimos a alguns trechos de documentários, observando os movimentos e atentos ao que poderíamos aprender para nossa coreografia.
Em seguida, assistimos ao espetáculo Kuarup, do balé Stagium, companhia de dança de São Paulo. A obra de Décio Otero e Marika Gidalgi estreou em 1977 e segue atual nos dias de hoje. É símbolo da repressão, da resistência e da força violenta que foi e continua sendo aplicada sobre os povos originários.
Nas conversas que sugeriram dessa apreciação os estudantes trouxeram muitas referências das aulas de história e geografia, que engrandeceram nossa aula.
“A relação que eles têm com a dança é muito diferente da nossa.”
“A gente viu que eles fazerem a dança, o artesanato e tal como parte da vida deles não tem esse lugar de arte, sabe?”
“Acho que o espetáculo, além da crítica que o coreógrafo fala, faz uma homenagem também, já que na nossa sociedade os indígenas não são valorizados.”
Começamos então a esboçar nossa coreografia, trazendo um pouco do que aprendemos, homenageando esses povos tão importantes em nossa identidade cultural.
Finalizando o primeiro trimestre deste ano, nas duas últimas semanas os alunos fizeram as avaliações finais de uma forma bem diferente: online! Com o uso da plataforma nearpod os alunos puderam responder questões através da gamificação e também de gravações de voz, vídeos, anexando itens e links importantes, além de fazerem seus próprios memes.
E, dando início ao segundo trimestre de 2023 a todo vapor, as turmas de sexto e sétimo ano iniciam suas produções para a Mostra de Artes 2023 com pesquisas e desenvolvimento de rascunhos e croquis de suas ideias principais considerando o tema do projeto institucional, e o subtema “World Diasporas”.
Cada turma está subdividida em grupos, temas e as diásporas escolhidas por eles, que trarão de maneira artística – seja por esculturas, fotografia, grafite, pintura, tecnologia ou o que a criatividade permitir – a influência das diásporas na formação do povo brasileiro, valorizando identidades, culturas e diversos aspectos relevantes para a nossa história.
So, hands on!
Com muita frequência, os alunos recém-ingressados no sexto ano perguntam: “Quando vamos aprender a raiz quadrada?”. Pronto, o momento tão aguardado chegou!
Depois de se aprofundarem no estudo das potências e dos números quadrados, as F6 fizeram alguns exercícios do tipo: “Que número elevado ao quadrado resulta em 81? E em 121?”.
Esses questionamentos pareciam trazer o pensamento inverso ao de se calcular potências, pois deviam pensar em que base gera tal número que é um número quadrado. Assim, entenderam que estavam prontos para discutir a operação inversa da potenciação: a radiciação!
Concluímos, então, que essas perguntas têm o mesmo significado de: “Qual a raiz quadrada de 81? E a raiz quadrada de 121?”.
Neste primeiro momento, vamos focar nosso estudo nas raízes quadradas. Ainda este ano, mais à frente, conversaremos sobre as raízes cúbicas, quartas, quintas etc.
Matemática – F6, F7, F8, F9
Finalmente, aconteceu a tão esperada e tradicional Gincana de Matemática, na segunda-feira, 22 de maio.
Organizados em grupos não seriados, nossos estudantes foram desafiados a resolver um “teste de Einstein”, seguido de uma caça ao tesouro, problemas de lógica e um quiz matemático.
Foi uma festa, e todos se divertiram no clima da disciplina.
Aos vencedores, um delicioso lanche na “praça de alimentação” do Santa Marta, onde poderão optar entre um delicioso pastel com caldo de cana ou um saboroso e nutritivo açaí. Fotos na semana que vem!
Matemática – F6, F7, F8, F9
Esta semana recebemos dois profissionais do IBGE, João e Renata, para conhecer um pouco sobre o trabalho do instituto e do Censo que será divulgado em breve.
Conversamos sobre os objetivos do instituto e a metodologia usada na construção da maior pesquisa do país, essencial para o entendimento da sociedade brasileira e para o planejamento de políticas públicas coerentes com as nossas necessidades.
A partir de agora, será o momento de desenvolver nosso Censo, que pesquisará a diversidade na Sá Pereira, como parte do diálogo da matemática com o projeto institucional.
Nossos próximos passos estarão registrados nos informes.
As turmas foram convidadas a investigar os contos indígenas de Daniel Muduruku, a fim de compreender a musicalidade e a expressividade intrínsecas a essas narrativas.
Imersos nas histórias, os alunos mergulharam em cada elemento e detalhe, buscando trazer à tona a essência cultural dos contos indígenas.
A sonoridade dos contos recebeu uma atenção especial, explorando-se a utilização de instrumentos musicais e objetos improvisados para criar uma trilha sonora única e envolvente.
O resultado desse processo poderá ser apreciado durante a Mostra de Arte. As turmas estão ansiosas para transmitir não apenas as histórias, mas também a importância de preservar e valorizar a riqueza cultural dos povos indígenas, promovendo em suas apresentações o respeito e a valorização da diversidade.
F6, F7, F8 e F9 – Matemática
Foi realizada a 1ª fase da OBMEP em nossa escola. Após semanas de preparação e estudo, finalmente chegou o grande dia.
Foram 63 participantes representando a Sá Pereira. Dentre eles, 8 se classificaram para a 2ª fase da Olimpíada. Quatro na categoria F6/F7, dois na categoria F8/F9 e dois na categoria Ensino Médio (foto).
Durante o anúncio dos classificados, nossa aluna Sofia Dias Campos Carvalho recebeu o diploma de menção honrosa da OBMEP 2022.
Estamos orgulhosos de nossos estudantes que se envolveram de corpo e alma a essa inciativa, valorizando o trabalho de matemática em nossa escola.
Que venha a segunda fase…
A F6M escolheu experimentar o flag football, esporte de introdução ao futebol americano. Nele temos uma adaptação que substitui o equipamento de segurança e proíbe o tackle, ato de derrubar o jogador para parar a jogada. No lugar, temos duas fitas penduradas na cintura na lateral do corpo, e para parar a jogada basta retirar a bandeira de quem está com a bola.
Dodgeball é jogado entre duas equipes e o objetivo é eliminar todos os integrantes da equipe adversária. Isso ocorre de duas formas: acertando o adversário em qualquer parte do corpo abaixo da linha do ombro, ou segurando um arremesso antes que ele toque o chão.
Pareceu familiar? Sim, esse esporte se assemelha muito ao nosso queimado, sendo muito popular nos Estados Unidos, onde há campeonatos e uma federação que organiza o esporte.
Na F6T vamos praticar esse jogo, que exige muita agilidade e concentração.
Um dia para ficar guardado na nossa memória… Pés cortados, aventura no mangue, pequenas alergias, e, é claro, muita amizade. Assim foi nosso passeio a Guaratiba com as turmas F6.
Começamos o dia bem cedinho e pegamos um ônibus em direção ao nosso destino. Chegamos lá e percebemos que a maré ainda estava baixa, portanto, como é a maré quem manda, tivemos que esperar o rio encher para começarmos nosso standup. Enquanto isso, lanchamos e nos divertimos juntos, brincando e catando pequenos siris do mangue que iríamos explorar em breve.
Maré enchendo, pegamos nossas pranchas e caiaques e começamos a remar até um banco de areia, uma praia que aparece e some conforme a maré. Hora de aproveitar, nadar e tirar lindas fotos.
Voltamos para nossa base e nos trocamos para um delicioso almoço em um restaurante próximo. A fome era grande.
Na volta de nossa jornada, depois de uma pequena parada na praia do Recreio, nos deparamos com o homem-aranha, que com sua simpatia característica encerrou nosso passeio.
Estamos felizes com a adesão em massa da série nessa atividade, e temos certeza de que este encontro entre os dois turnos, manhã e tarde, é apenas o início de novas amizades.
Até a próxima…
As turmas estão aprendendo sobre a injunção, mais especificamente sobre a tipologia textual de gêneros de texto instrutivos, tais como receitas, manuais, bulas, etc.
Como parte do projeto do estudo desses gêneros, é realizada uma atividade de conscientização de como se deve usar os espaços da Escola Sá Pereira: os alunos do sexto ano elaboram um material instrucional escrito e ilustrativo de formas adequadas para utilizar e zelar pelos espaços da escola.
É bem provável que quaisquer pessoas que venham à escola notem os cartazes com as recomendações de como devemos cuidar desse espaço que é tão amado pelos “saperers”.
No último sábado, compartilhamos com toda a comunidade escolar, em nossa Mostra de Artes, as experiências proporcionadas pelo trabalho de Projeto, através de diferentes linguagens artísticas.
Acreditamos que esse encontro entre as linguagens artísticas e o Projeto amplia a leitura de mundo e o sentido do conhecimento que se produz na escola; auxilia que nossos adolescentes desenvolvam seu potencial criativo, sua sensibilidade, a capacidade de se conectar e relacionar diferentes saberes.
Ficamos muito felizes em receber as famílias e seus convidados e esperamos que todos tenham saído daqui sensibilizados pelas vivências artísticas.
Agradecemos imensamente a parceria e a presença de todos e já estamos ansiosos para nosso próximo encontro, dia 8 de julho, em nossa Festa Junina!
O horário da festa de Fundamental II será das 17h às 18h30.
Contamos com a presença e alegria de todos!
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/15aBB4OaEKRFMB79pcWakrSjW6aE2kzDk
Aproveitando as pesquisas realizadas em dança ao longo do semestre, começamos a estruturar o que cada turma irá apresentar na Festa Junina.
As turmas de sexto ano vão juntas dançar Chegança, de Antonio Nóbrega, usando a pesquisa que fizeram sobre as danças indígenas. As F7 vão apresentar o Maculelê, ritmo que estudaram para a montagem teatral de Romeu e Julieta. O oitavo ano vai coreografar a música Bisavô Madalena, usando passos de diferentes ritmos que aparecem na letra, e as F9 o folguedo Mineiro Pau.
Além disso, teremos a quadrilha do Fundamental II, coreografada pelas turmas de nono ano: cirandas, forrós, xotes e baião.
Até lá!
Os sextos anos foram ao Museu de Astronomia no bairro de São Cristóvão como parte do processo de ensino integrado da equipe de Ciências e Humanidades. Lá, tiveram a oportunidade de apreciar a recente exposição sobre o bicentenário da independência do Brasil e entender como foram produzidos mapas do nosso país ainda no início do século XX. Além disso, para descontrair, os estudantes brincaram de pique-planeta onde percorreram o Sistema Solar, em escala, na área externa do Museu. Para finalizar, um lanche coletivo ao ar livre.
Na exposição permanente, divididos em dois grupos, visitaram a área sobre fenômenos celestes e meteorológicos apoiados em modelos interativos, e puderam relacionar o desenvolvimento da Astronomia e as Grandes Navegações, conhecendo alguns instrumentos antigos. Foi uma experiência de grandes aprendizados e diversão!
Os alunos do Fundamental II desempenharam um papel importante na decoração da Festa Junina.
Para enriquecer essa experiência, as turmas foram introduzidas ao trabalho dos artistas pernambucanos J. Borges, Samico e Derlon.
Inicialmente, exploramos em conjunto as características estilísticas presentes em suas obras, como o uso das cores, as formas e os temas recorrentes. Além disso, foi apresentado aos estudantes o conceito de xilogravura, uma técnica de gravura em madeira amplamente utilizada na ilustração dos folhetos de cordel, inclusive por J. Borges e Samico, e na qual Derlon se inspira para criar seus murais.
Com base nesse conhecimento e nas inspirações adquiridas, os alunos foram incentivados a trabalhar em grupos para criar cartazes que seriam usados na decoração da festa junina. A proposta era combinar a estética da literatura de cordel e da xilogravura com os temas típicos das festas juninas, como quadrilha, comidas tradicionais, fogueira, brincadeiras, entre outros.
O resultado final desse processo criativo foi apreciado na nossa festa junina, onde os cartazes foram expostos, contribuindo para a beleza e o encanto do evento.