Faça Sua Alma Crescer

Fundamental II

Na volta às aulas, acolhemos e reunimos nossos estudantes de Ensino Fundamental 2, antigos e novos, no teatro para a abertura do ano letivo.

Na ocasião, apresentamos um vídeo chamado “Faça sua alma crescer”. Em 2006, um ano antes de morrer, o escritor Kurt Vonnegut recebeu envelopes contendo convites de cinco alunos da Xavier High School de Nova York que eram um dever de casa: os estudantes deveriam escrever para seu autor favorito e convencê-lo a fazer uma apresentação na escola apenas com uma carta. Kurt não pode ir devido à idade, mas deixou seu recado na carta que enviou de volta à escola.

A carta de Kurt Vonnegut é uma resposta calorosa e bem-humorada a estudantes e professores que lhe escreveram. Ele incentiva todos a praticarem arte – seja música, dança, escrita ou qualquer outra forma de expressão – não para buscar sucesso ou reconhecimento, mas para experimentar crescimento pessoal e alimentar a alma. De forma descontraída, sugere pequenas atividades criativas, como desenhar ou dançar, e propõe um exercício secreto: escrever um poema, destruí-lo e sentir a recompensa interna desse ato. Com isso, Vonnegut transmite sua crença na arte como um meio transformador e essencial para a vida.

Ao longo da semana, nossos professores têm se dedicado às atividades de sensibilização do tema institucional, relacionando as diferentes disciplinas ao tema proposto. 

“Arte e memória” é uma oportunidade de revisitarmos a essência de nossa escola, que tem a arte como protagonista no processo educativo, e instrumento de formação pessoal, de crítica e transformação individual e coletiva.

Segue o link para quem quiser assistir o vídeo: Faça sua alma crescer

 

Arte e Memória: é Preciso Relembrar o Antes para Inventar o Depois?

Projeto Institucional

Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.

Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.

O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.

Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.

 

 Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”

Você Já Ouviu Falar Sobre a Gincana de Projeto?

É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.

Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:

Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso

No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto

Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar  para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.

Bloco da Sá Pereira

Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação

Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!

Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.

Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar! 

As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia: 

Letra do Samba 2025

 

Arte, Memória e Carnaval

F6 a F9 – Dança

Começamos o ano conversando sobre as dimensões da Memória e a imensidão do conceito Arte, com o intuito de ampliar as discussões e fazer nossos alunos refletirem sobre a pergunta: Existe arte sem memória?

Em seguida, criamos uma pequena sequência coreográfica usando gestos que nos dão identidade. Ao finalizar essa atividade discutimos que qualquer coisa — sejam gestos, objetos, ações cotidianos etc. — pode servir de inspiração no fazer artístico.

Na semana seguinte continuamos conversando sobre arte e memória, mas em relação ao Carnaval. Ouvimos e dançamos o samba da escola ansiosos pelo bloco da Sá Pereira! Até lá!

A Arte é a Flecha e o Arco

F6 a F9 – Música

O samba “A Arte é a Flecha e o Arco”, composto pela professora Manoela Marinho para o carnaval da Sá Pereira de 2025, foi o pontapé inicial para as aulas de música do fundamental 2.

Analisar e interpretar a letra da canção nos iniciou nas possibilidades de pesquisa que surgem da intercessão entre Arte e Memória. Resistência, cultura, emoção, passado, presente e futuro foram sentidos encontrados na poesia da Manu.

Para começarmos a trabalhar a memória, tentamos cantar a música sem ler a letra e afinamos nosso coro para a nossa festa de carnaval, no sábado dia 22/02.

Viva o Zé e a Sá Pereira!

Encontros e Reencontros

F6 a F9 – Teatro

O início das aulas de Teatro do Fundamental 2 marcou mais do que um simples retorno: foi a retomada de um espaço de expressão, criação e troca. Alunos e alunas se reencontraram para reviver uma prática que vai além das técnicas teatrais, valorizando a escuta, a atenção, o pensamento coletivo e a criatividade.

Nos primeiros encontros, jogos e exercícios teatrais ajudaram a restabelecer a dinâmica do grupo. Atividades voltadas para a escuta ativa e a concentração, aliadas a dinâmicas colaborativas, reforçaram a importância da construção coletiva e da cooperação em cena.

Mais do que um retorno à rotina, a volta às aulas foi um momento de reconexão. Cada participante pôde se apresentar, conhecer o outro e integrar-se ao coletivo, explorando não apenas a arte teatral, mas também a si mesmos e suas relações com os demais.

Arte “De Memória”

F6 a F9 – Artes

Na primeira semana de aulas de Artes Visuais, após receber com saudade os alunos antigos e conhecer os novos colegas do Ensino Fundamental 2, iniciamos uma conversa sobre o tema do ano: “Arte e Memória: é preciso relembrar o antes para inventar o depois?”. Os alunos foram convidados a expressar suas primeiras impressões e o que imaginavam sobre esse tema, o que rendeu boas reflexões.

Em seguida, foi proposta uma atividade prática e desafiadora. Cada turma foi apresentada a uma das obras que fazem parte da sinalização da escola em 2025. Durante essa apresentação fizemos uma análise da obra, discutimos o autor, o período em que foi realizada e os aspectos formais que a caracterizam. Depois, a projeção da obra foi apagada e os alunos receberam o desafio de desenhar, “de memória”, a obra que havíamos acabado de conhecer.

Embora a tarefa tenha parecido difícil à primeira vista, aos poucos os alunos se soltaram e começaram a elaborar suas próprias “releituras”. Quando a obra original foi novamente projetada, pudemos comparar os desenhos com a referência inicial e, como esperado, ninguém conseguiu desenhar exatamente igual à obra original.

Essa comparação despertou uma nova discussão, riquíssima, sobre como a memória funciona, sobre a importância dos registros para construirmos memória e o papel da arte como uma forma de documentação histórica que reflete o seu tempo e também as vivências e referências do próprio artista.

De forma leve e dinâmica, já começamos o ano com grandes reflexões!

Por Que Ler Este Livro?

Português F6/F7/F8

Iniciamos nosso ano na Biblioteca com a atividade “Por que ler este livro?”, na qual os estudantes escolheram um título já lido do nosso acervo para recomendá-lo aos colegas.

As indicações serão anexadas aos livros, permitindo que futuros leitores conheçam as opiniões de outros estudantes antes de realizar o empréstimo. Dessa forma, incentivamos a troca de experiências, ampliamos o interesse pela leitura e fortalecemos o senso de comunidade dentro da biblioteca escolar.

Essa iniciativa faz parte da nossa proposta pedagógica de estimular a autonomia na escolha de leituras, promover o protagonismo dos estudantes e valorizar a formação de leitores críticos e engajados.

OBMEP 2025

Matemática F6/F7/F8/F9

Já estão abertas as inscrições para a 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática. O evento foi criado em 2005 para estimular o estudo da Matemática e identificar talentos na área.

Acreditamos que a participação de nossos estudantes traz uma dimensão lúdica e desafiante da Matemática, e mobiliza um grupo de alunos que gostam da disciplina.

Estamos incentivando nossos alunos a se inscreverem na OBMEP, entrando nas salas e explicando como funciona o projeto.

Para realizar a inscrição, acesse o link abaixo:

https://forms.gle/LHRRnn3QkfGkYd5d8

Exploring Art and Memory: Cinema, Language, and Personal Stories

Inglês – F6

As primeiras semanas de aula do sexto ano foram marcadas por reflexões acerca do tema institucional “Arte e Memória” e do subtema escolhido: Cinema. Discutimos a importância dos filmes e dos gêneros cinematográficos na realidade dos alunos e também no aprendizado da Língua Inglesa, bem como sua influência na linguagem, nas artes e no processo de formação da memória pessoal e coletiva. 

A partir desses debates, o 6º ano iniciou um processo de organização e estruturação de ideias para as futuras produções da Mostra de Artes 2025, que irão explorar suas experiências pessoais e o universo cinematográfico. 

Além do cinema, trabalhamos questões fundamentais sobre Arte e Memória, debatendo sobre o que se considera Arte, o que a define, para quem se produz e onde encontramos arte diariamente. Essas discussões auxiliaram os alunos a pensar sobre a preservação das memórias e a importância da arte.

No aspecto linguístico, revisamos o classroom vocabulary, expressões de rotina e celebramos o Valentine’s Day escrevendo cartões de gratidão e amizade. 

Formação Google

F6

As ferramentas Google fazem parte do cotidiano dos estudantes, facilitando a organização de tarefas, o armazenamento de arquivos e a comunicação entre alunos e professores.

Com isso em mente, organizamos, em parceria com a Inicie, uma formação sobre o uso das ferramentas Google para os estudantes das F6.

Durante a formação, as turmas aprofundaram seus conhecimentos sobre o uso do e-mail institucional, Google Drive, Chrome e outras plataformas essenciais para a rotina escolar.

Acreditamos que essa iniciativa contribuirá significativamente para a autonomia e o desenvolvimento acadêmico dos alunos, preparando-os para os desafios da vida escolar e futura.

Ouroboros – De Onde Viemos? Para Onde Vamos?

Projeto F6/F7/F8

A disciplina de projeto na escola Sá Pereira compõe um dos pilares da formação dos estudantes do Fundamental II: a aprendizagem através da pesquisa em projetos orientados por professores de Ciências, Geografia e História, sempre relacionando o conteúdo curricular com o projeto do ano.

A chegada de um novo ano abre, portanto, a possibilidade de novos trabalhos interdisciplinares, e para instigar os alunos, nós, professores de Ciências e Humanidades, elaboramos uma atividade de sensibilização comum. Partimos do pressuposto de que curiosidade faz parte do cerne do ser humano e move a produção de conhecimento. Refletimos sobre questões fundamentais que permeiam diferentes culturas, embora produzam respostas distintas: De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos?  

A partir destas perguntas apresentamos como a humanidade em diferentes culturas e tempos produziu suas respostas através da arte. Apresentamos obras de Gustav Klint ao Ouroboros (símbolo mitológico presente em diversas culturas antigas), além de expressões artísticas contemporâneas de povos originários do Brasil. Inspirados pelas obras apresentadas, os alunos  escolheram uma das perguntas fundamentais para produzir uma obra em argila.

O barro foi escolhido como material para que sentissem o seu tempo, e também por ser, simbolicamente, a matéria presente em diferentes cosmovisões da origem de nosso corpo e seu fim.

O trabalho foi intenso, mas as produções ficaram sensíveis, criativas e belas! 

Carnaval

F6 a F9 – Dança

Nas aulas de Dança, de F6 a F9, encerramos a fase de diálogo entre o Projeto e o Carnaval trazendo diferentes obras de arte que retratam essa festa. De Édouard Manet a Heitor dos Prazeres, ficaram claras para os nossos alunos as transformações que o Carnaval sofreu ao longo do tempo.

Para chegar a essa conclusão, dividimos as turmas em grupos e cada grupo recebeu uma obra de arte diferente. Precisaram pesquisar sobre o quadro, sobre o contexto histórico da época,  sobre o estilo de dança representado, personagens, etc. Em seguida, montaram um quadro vivo: ao sinal da professora, o quadro se movimentava, dançando e festejando, dando vida e corpo à obra do artista.

Cada grupo apresentou o resultado de suas pesquisas e seu quadro vivo nos fazendo refletir sobre a pergunta que nos fizemos em nosso primeiro encontro do ano: existe arte sem memória? Até o momento estamos entendendo que não. Será que ao longo do ano mudaremos de opinião?

 

Sobre Substantivos

Português – F6

Recentemente, as F6 se engajaram em atividades sobre classes gramaticais, com foco especial nos substantivos. Foi o momento de descobrir suas classificações, usos e importância na construção do significado dos textos.

As atividades incluíram exercícios práticos, leitura de imagens e desafios que incentivam a reflexão sobre a língua de forma participativa. O envolvimento dos estudantes foi muito positivo e ao conversar sobre palavras do dia a dia valorizamos o conteúdo das aulas. 

E você? Já havia pensado em substantivo como algo substancial? 

Bring Us The Oscar!

Inglês – F6

Nas últimas semanas, foi marcante o interesse e animação da torcida dos alunos para Fernanda Torres na cerimônia do Oscar realizada nos Estados Unidos, e pelo filme  Ainda estou aqui / I’m still here, dirigido por Walter Salles, que venceu na categoria de melhor filme internacional.

Aproveitando esse clima, as turmas do 6º ano se dedicaram a uma série de atividades de pesquisa sobre movie genres (gêneros cinematográficos), retomando alguns vocabulários práticos do 5º ano e introduzindo novas palavras relacionadas ao universo do cinema — subtema escolhido para nosso primeiro trimestre. 

Nossas pesquisas envolveram reflexões e debates sobre a arte, explorando The 7 types of Art e o papel do cinema nesse contexto. Discutimos sobre a arte, para quem e para que é produzida, se é possível defini-la e se há alguém que possa fazê-lo. Além disso, assistimos a short movies e discutimos a presença da Inteligência Artificial na preservação da memória cultural, linguística e histórica dos países ao longo do tempo.

Nossa conversa se estendeu para a percepção da memória em diferentes culturas e civilizações, conectando esses conceitos ao vocabulário específico de cinema e movie genres. Discutimos filmes, séries e programas de TV (TV shows), praticando a oralidade ao expressar nossos gêneros favoritos e as razões de nossas preferências. Compartilhamos opiniões coletivamente, o que nos permitiu praticar habilidades de Speaking, Listening, Writing e Reading de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR), um padrão internacionalmente reconhecido para descrever a proficiência em um idioma.

Nossos dias têm sido envolventes e repletos de descobertas sobre o universo cinematográfico e sua relação com a linguagem e a cultura. Action! 

O Perigo de Uma História Única

História – F6

Estimulados pela exibição do “TED Talk” de Chimamanda Adichie sobre seu livro O Perigo de uma história única, partimos de uma discussão decolonial, antirracista e feminista pensando a perspectiva dos povos originários do continente americano, suas memórias e narrativas para além dos estereótipos e demais reducionismos.

Ao serem questionados com perguntas disparadoras tais como “O que é História?” e “Qual é a importância da Memória no Brasil?”, os alunos compartilharam suas respostas pessoais acerca do tema abordado. 

Na segunda aula, praticamos a dinâmica “Baú da Memória”, promovendo o contato dos estudantes com artefatos entendidos como fontes históricas através de um rápido catálogo dos mesmos. 

Bloco da Sá Pereira

Para todos

Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!

Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.

Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos.  “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.

Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.

Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!

Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!

Como o Carnaval Transforma o Espaço?

Geografia – F6

Nas primeiras semanas de aula, começamos a pensar juntos sobre a importância da Geografia, o que é e o que estuda.

Onde e como a Geografia está presente em nossas vidas? Conversamos sobre a relação entre a ciência geográfica, a arte e a memória. Discutimos as categorias de território e espaço geográfico como uma das primeiras formas de compreender o mundo em que vivemos e como ele se organiza. Conversamos sobre a organização dos estudos da Geografia em três áreas da ciência: Física, Humana e a Cartografia, apresentada como a arte de representação do espaço, revelando uma visão de mundo e interesses estratégicos.

Representar o espaço envolve apresentar uma narrativa e memórias sobre um território específico e pode, também, se configurar em uma prática artística, do ponto de vista técnico. Pensando nisso, foi proposta uma atividade de reflexão para o recesso do Carnaval, com o objetivo de observar como o evento transforma o espaço geográfico através da arte e da memória. Partindo desta questão, cada aluno trouxe uma perspectiva diferente a partir das vivências que já experimentou. Compartilhamos algumas delas:  

“O Carnaval transforma o espaço através da arte e da memória com as fantasias, as músicas e o bloco em si. O Carnaval está aqui no mundo há muitos anos e, quando vamos a um bloco, nossa memória e nostalgia nos afetam pela arte, pelas cores, músicas, fantasias e brincadeiras como serpentinas, confetes e máscaras. O espírito das pessoas durante um bloco é uma coisa que ninguém pode domar.”  (Malu Villela) 

“Apesar de não gostar tanto do Carnaval, acho bem divertido me arrumar e é claro que eu amo o feriado, pois ele tem muitos dias. Essa festa fala de muitos enredos e histórias diferentes, transforma o espaço de um jeito que podemos nos divertir e observar as artes e os desfiles. Com o glitter, serpentina, confete e emoção. Carnaval é uma forma de liberdade, de se sentir à vontade, se expressar e contar histórias antigas, perdidas ou esquecidas na memória.” (Ana Ferreira)

“O Carnaval ocupa o espaço de uma forma alegre e, ao mesmo tempo, reflexiva. Acho que todos sabem que o samba tem uma origem afro, certo? E o samba-enredo geralmente conta histórias muito interessantes. Este ano, fiquei bem ligada nos sambas e tiveram alguns trechos que me surpreenderam, como um do samba da Unidos de Padre Miguel: ‘Vovó dizia, sangue de preto é mais forte que a travessia’. Ou o trecho da Mangueira, que era assim: ‘O alvo que a bala insiste em acertar lamento informar um sobrevivente/ Meu som, por você criticado, sempre censurado pela burguesia/ Tomou a cidade de assalto e hoje no asfalto, a moda é ser cria’. E é assim que o carnaval ocupa o espaço com o samba-enredo.” (Clara Galeão)

“O carnaval existe há muito tempo no Brasil e no mundo, cada um com a sua cultura. Exemplo, os africanos usam máscaras e roupas específicas para, segundo eles, invocar deuses e afastar maus espíritos. Os europeus têm um carnaval parecido com o do Brasil, já que foram eles que trouxeram a tradição de usar máscaras e fantasias. Foram os africanos que trouxeram para o Brasil os tambores que tocam os sambas e, com isso, as pessoas começaram a gostar mais desse outro carnaval, africanizado com batuques: assim nasceu o carnaval que todos conhecemos no Brasil. Agora vamos ao que interessa: eu acho que o carnaval tem muito a ver com arte: os desfiles de escolas de samba, as roupas confeccionadas e os carros alegóricos, todos decorados. Porém, não é só isso!  As fantasias e máscaras que têm nos blocos de rua também são arte. E as memórias que ficam do carnaval são boas e legais, como ir a um desfile de escolas de samba, participar de um bloco de rua, que assim como os sambas-enredos e as fantasias, são difíceis de esquecer”. (Carolina Gaglione)

A Matemática no Fundamental II

Matemática – F6

As primeiras semanas de aula de Matemática com as F6 foram de muita conversa. Começamos nos conhecendo, e cada aluno contou em qual série ingressou na escola, qual a sua relação com a matemática e uma curiosidade sobre si. Depois, foi a vez da professora se apresentar e explicar o funcionamento das aulas de Matemática no Fundamental II.

Conversamos sobre os materiais usados, a importância do dever de casa, os carimbo de falta de dever e de material, a organização da pasta e do caderno. Como primeira atividade, jogamos “Eu tenho… Quem tem…?”, jogo com o objetivo coletivo de fechar um ciclo. Cada aluno tinha uma carta com uma frase do tipo “Eu tenho o 9. Quem tem o meu triplo?”. Em seguida, o responsável pela resposta deveria se identificar e ler a próxima frase, e assim sucessivamente, até que a última carta tivesse como resposta o número do aluno que começou. Nesse jogo, apareceram diversos termos trabalhados no Fundamental I, como antecessor, sucessor, par, ímpar, primo, dobro, triplo, sêxtuplo, metade, terça parte e outros.

Clementina de Jesus

F6 – Música

Aproveitando a passagem do dia 8 de março, abordamos a vida e a obra da grande Clementina de Jesus.

Os pontos de partida foram sua voz única e a memória ancestral guardada por “Quelé” dos cantos dos escravizados, das religiões católicas e de matriz africana. A tradição oral, tão marcante na arte desta diva, se materializou na prática musical com as crianças cantando Marinheiro Só, sucesso na voz de Clementina.

Outra sabedoria marcante da cantora foi destacada nas aulas: a arte de improvisar versos no samba de partido alto. Ouvimos e assistimos grandes “partideiros”, comparamos essa arte ao rap, repente e coco de improviso.

Agora queremos criar nossos versos também!

Dança e Artes Plásticas

F6 – Dança

Com o intuito de ampliar as discussões sobre o que é dança, trouxemos o coreógrafo americano William Forsythe, que criou um método de improvisação baseado nas linhas que se formam no ar enquanto nos movimentamos. Para ele, não há como dançar sem ter consciência das linhas e das formas que são criadas enquanto dançamos.

Em duplas, um aluno criava um movimento enquanto o outro desenhava as linhas que percebia na ação do colega. Em seguida, inverteram os papéis. 

Para concluir, as duplas viraram quartetos e os desenhos feitos por elas foram combinados, criando um quadro coletivo inspirado na obra Insula dulcamara, do artista Paul Klee. 

What’s Your Favorite Movie Genre?

F6 – Inglês

Nas últimas duas semanas, os alunos do 6º ano exploraram o universo do cinema em nossas aulas de Inglês. Trabalhamos com gêneros cinematográficos identificando e discutindo diferentes categorias, como comedy, action, horror, sci-fi, entre outros. Também analisamos a relação entre os títulos originais dos filmes em inglês e suas traduções para o português brasileiro, refletindo sobre como essas adaptações podem alterar o significado e a percepção do público de acordo com culturas diferentes.

No aspecto gramatical, aprofundamos o estudo dos subject and object pronouns (I, you, he, she, it, we, they / me, you, him, her, it, us, them), aplicando-os em frases e diálogos inspirados no cinema. Além disso, trabalhamos com os adjectives e características para descrever personagens, cenários e filmes, ampliando o vocabulário e a capacidade de expressão dos alunos tanto na forma escrita quanto oral.

Com essas atividades, os sextos anos puderam desenvolver habilidades para expressar opiniões sobre seus filmes e gêneros cinematográficos favoritos, utilizando textos curtos e construções simples com mais clareza e confiança, agregando significado à aprendizagem do inglês.

Cestaria Guarani

F6 – Artes

Nossos alunos estão finalizando uma sequência de aulas que os aproximou das tradições e da memória cultural dos povos indígenas por meio da arte da cestaria Guarani.

Através de um curta documental, os estudantes conheceram um pouquinho da produção de cestos guaranis — da colheita da fibra usada como matéria-prima aos objetos prontos. O vídeo também ajudou a ilustrar como os grafismos funcionam como uma linguagem não verbal, repleta de mensagens, que conecta o povo aos ensinamentos dos seus ancestrais. Em seguida, discutimos como esses grafismos presentes nos artefatos carregam significados que vão muito além dos padrões geométricos, e refletimos sobre a importância da cestaria para os povos indígenas – uma técnica passada de geração para geração de forma oral e comunitária, que de objeto utilitário se transforma em registro de sua história e visão de mundo.

Inspirados pela técnica tradicional da cestaria, criamos composições visuais utilizando tiras de papel colorido, simulando o entrelaçamento das fibras e a harmonia dos grafismos guarani. Enquanto trabalhamos com o contraste, o ritmo visual e a repetição, pudemos explorar o fazer artístico guarani, destacando a importância da memória para a identidade dos povos indígenas e como a arte pode ser um elo entre o passado e o presente.

O Enigma do Infinito

F6 – Português e Matemática

Nossa primeira leitura do ano foi o livro O enigma do infinito, do escritor Jaques Fux. Ao longo desta jornada, conversamos sobre os possíveis diálogos entre Português e Matemática.

O que veio primeiro, os números ou as letras?
Matemática é uma linguagem?
É possível escrever fazendo uso de regras matemáticas?
Será que a matemática já inspirou escritores e escritoras?

Descobrimos um grupo de escritores que levou essas questões muito a sério, e fundou um movimento literário chamado Oulipo. Surgida na França em 1960, a Oulipo nasceu de um encontro entre escritores e matemáticos. Seus principais autores são Raymond Queneau, François Le Lionnais, Italo Calvino e Georges Perec. Esses e outros autores tiveram a ideia de juntar fórmulas matemáticas e literatura.

A prática consiste em utilizar construções matemáticas como “limitadores” na construção de textos, como num jogo. O que a princípio parece uma limitação na verdade funciona como um potencializador da criatividade, pois desafia o autor a lidar com as condições impostas.

Juntamos as duas turmas para a leitura do livro na biblioteca nas aulas de Matemática e Português, e depois realizamos algumas dessas oficinas, como o “lipograma”, o “acróstico” e a “bola de neve”.

No dia 14 de abril, receberemos o escritor Jaques Fux para uma conversa online.

Currículo de Procedimento

F6, F7 e F8 – Projeto

Nesta semana, realizamos a avaliação dos diferentes procedimentos de pesquisa.

Cada série tem um foco específico:

  • F6 – Fichamento

  • F7 – Elaboração de resumos

  • F8 – Elaboração de sínteses orais

Esses procedimentos são trabalhados ao longo do processo de sensibilização para o tema institucional e serão fundamentais para a construção da pesquisa anual.

Nas próximas semanas, os grupos de pesquisa serão anunciados e formados, dando início à elaboração do plano de pesquisa.

Arte e Memória na Cartografia

F6 – Geografia

Nas últimas aulas conversamos sobre a importância da Cartografia, como um campo artístico de representação geográfica.

Refletimos sobre a relação entre a arte e o domínio de técnicas, como o uso de artefatos na produção de mapas se transformou ao longo do tempo e analisamos brevemente a história da cartografia através de uma coleção de mapas, antigos e atuais, elaborados a partir do sensoriamento remoto e imagens de satélite.

Pesquisamos diferentes instrumentos de orientação espacial em um dever de casa e, para contribuir com a turma, alguns alunos trouxeram bússolas para observarmos de pertinho como funcionam. Uma das alunas, Emília, trouxe dois objetos antigos: um sextante e um teodolito do seu pai, o professor Henrique, que trabalha na escola. Nós o convidamos para participar da aula para mostrar como cada um dos instrumentos funciona.

Também aprendemos sobre como podemos nos orientar no espaço a partir das constelações e da rosa dos ventos. Além dos registros no caderno, cada um foi desafiado a criar sua própria rosa dos ventos de forma artística.

Começamos as Novidades

F6 – Matemática

As F6 passaram os primeiros dois meses de aulas revisando assuntos de Matemática já estudados. Mais precisamente, fizemos uma recapitulação dos números naturais e suas operações. Trabalhamos bastante com as operações inversas, resolvendo muitos probleminhas e expressões numéricas. Também resolvemos desafios! 

Agora, passada a primeira avaliação, estamos começando com novidades e a primeira delas é a inserção de novos sinais de associação nas expressões numéricas. Os colchetes e as chaves chegaram para se juntar aos parênteses. Os estudantes estão percebendo que, em consequência desses novos símbolos, chegam também expressões numéricas mais compridas e trabalhosas. Em sala, já conversamos muito sobre a importância da organização dos desenvolvimentos nas expressões numéricas e o quanto, nesse momento, isso será de suma relevância. 

Assim que estivermos craques, vamos passar para o estudo das potências. 

A Volta Dos Que Não Foram

F6/F7/F8 – Estudantes da Alegria

Esta semana recebemos a nova geração de voluntários para o nosso grupo Estudantes da Alegria.

Desde o ano passado, temos nos preparado para diversas apresentações em diferentes momentos, e já começamos a planejar a nossa primeira aparição na Mostra de Artes da escola.

O grupo é conduzido pelo professor Felipe, ou melhor, pelo palhaço Luí, que junto aos alunos escreve e ensaia os nossos queridos palhaços.

Matemática e Literatura: Encontro Possível, e Instigante

F6 – Matemática e Literatura

Encerramos com entusiasmo o nosso projeto interdisciplinar de Matemática e Literatura, que teve como ponto de partida a leitura do livro O Enigma do Infinito, do escritor Jacques Fux. Ao longo do projeto, os estudantes foram convidados a explorar as conexões inesperadas — e fascinantes — entre lógica, linguagem, criatividade e pensamento abstrato.

O ponto alto foi o encontro virtual com o próprio autor, que respondeu às perguntas dos alunos com atenção e generosidade. A curiosidade dos estudantes ficou evidente: quiseram saber sobre a trajetória de Jacques Fux, como surgiu seu interesse por temas tão distintos e ao mesmo tempo tão conectados, e o que o motivou a escrever sobre a relação entre Matemática e Literatura.

Durante a conversa, Jacques compartilhou inspirações literárias, como o poeta Jorge Luís Borges, e surpreendeu a turma com histórias curiosas, como a do escritor Georges Perec, que escreveu um romance inteiro em francês sem utilizar a letra “e” — a mais comum do idioma!

Esse encontro final foi muito mais do que um desfecho: serviu como um convite à reflexão sobre os limites entre as áreas do conhecimento e sobre o papel da escola em estimular olhares mais integradores e criativos. Os estudantes saíram provocados a pensar além das disciplinas, reconhecendo que a arte de lidar com números e com palavras pode (e deve!) caminhar lado a lado.

Vai Encarar? Lógica, Leitura e Diversão

F6 – Matemática

Nas turmas de F6, o diálogo entre áreas do conhecimento tem sido o motor de um projeto inovador e envolvente, conduzido em parceria pelos professores de Português e Matemática. O ponto de partida foi o livro O Enigma do Infinito, de Jacques Fux, que tem servido como fio condutor para conversas instigantes sobre linguagem, raciocínio e criatividade.

Uma das etapas marcantes do projeto foi a leitura coletiva de capítulos selecionados na biblioteca, reunindo as duas turmas e os dois professores em um mesmo espaço de escuta e troca. Entre os capítulos discutidos, destacou-se “Lógica ou diversão?”, que levantou reflexões sobre o prazer intelectual que pode surgir da resolução de problemas desafiadores.

Essa conversa foi levada para a sala de aula de Matemática, onde os estudantes receberam uma ficha especial de exercícios de lógica — intitulada com provocação: Vai Encarar?!. A proposta foi elaborada pensando no contexto da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas), que se aproxima e para a qual muitos alunos do 6º ano já estão inscritos.

O entusiasmo foi imediato. Os estudantes se lançaram nos desafios com concentração e leveza, descobrindo na prática que lógica e diversão podem, sim, caminhar juntas. O projeto continua nos mostrando como o conhecimento ganha potência quando as disciplinas dialogam — e quando o aprendizado é vivido de forma integrada e prazerosa.

Contar, Criar e Animar

F6 – Teatro

As turmas foram convidadas a explorar o teatro narrativo, com destaque para o teatro de formas animadas — gênero que utiliza bonecos, objetos, formas e sombras na construção de histórias.

O processo iniciou-se com a apresentação dos griots, guardiões da tradição oral africana. Por meio de jogos teatrais, os estudantes desenvolveram habilidades de expressão e escuta ativa, contando e reinterpretando histórias.

Em seguida, conheceram o trabalho da contadora de histórias Bia Bedran e, inspirados por sua arte, criaram narrativas coletivas animando objetos cotidianos. A investigação prosseguiu com a imersão no teatro de sombras, quando experimentaram diferentes formas de narrar por meio da luz e das silhuetas.

Na etapa final, os alunos criaram suas próprias histórias utilizando silhuetas fornecidas pela professora, explorando a expressividade da sombra como recurso cênico.

CiênciArte

F6 – Dança

Começamos as aulas de Dança das F6 perguntando aos nossos alunos: Ciências e arte são áreas opostas? A maioria disse que são áreas que se complementam, mas que muita gente acha que são áreas opostas.

E a partir dessa conversa apresentamos o conceito de CiênciArte, tema criado por Anunciata Cristina Marins Braz Sawada, Tania Cremonini de Araújo, Jorge (FOC) e Francisco Romão Ferreira da UERJ, cientistas que defendem que a relação entre ciência e arte é de extrema importância para a educação e para o desenvolvimento social. Os autores argumentam que a combinação de arte e ciência pode enriquecer o ensino, promovendo novas compreensões e intuições.

Em seguida, assistimos a um projeto da revista americana Science chamado “Dance your PhD”. A ideia é que cientistas dancem suas teses, criando coreografias para explicá-las. Passada essa fase de sensibilização e discussão, dividimos a turma em grupos e cada grupo elencou conteúdos estudados nas aulas de Ciências para criar uma pequena sequência coreográfica: o conceito da gravidade, o nascimento das estrelas, os movimentos de translação, etc.

Começamos assim nosso processo de criação, pesquisando movimentos que pudessem representar os conteúdos estudados integrando ciência e arte. O resultado deste trabalho será apresentado em nossa Mostra de Artes, dia 14 de junho.

Projetos de Pesquisa: Investigação e Construção de Conhecimento

F6/F7/F8 – Projeto

Encerramos o primeiro trimestre com os grupos de trabalho dos projetos de pesquisa a todo vapor e com os objetivos de aprendizagem plenamente alcançados. Os estudantes vêm demonstrando envolvimento, curiosidade e crescimento nas habilidades investigativas, conforme o previsto em nosso currículo de procedimentos de pesquisa.

Desde o início, cada série foi orientada a se apropriar de uma etapa específica do processo de pesquisa:

  • F6: introdução ao fichamento, como forma de registrar e organizar informações;

  • F7: elaboração de resumos, com foco na seleção e reescrita das ideias principais;

  • F8: prática da síntese oral, desenvolvendo a capacidade de comunicar, com clareza e coesão, o conteúdo pesquisado.

Após essa preparação, os grupos foram organizados e os temas de interesse definidos. Cada grupo construiu seu próprio plano de pesquisa, contendo a justificativa do projeto, o objetivo geral, a questão central da investigação e possíveis hipóteses relacionadas a essa questão.

A seguir, apresentamos os temas escolhidos por série e disciplina, que refletem tanto os interesses dos estudantes quanto os desafios propostos por cada área do conhecimento:

Daiara Tukano: Arte, Memória Ancestral e Transformação

F6/F7/F8 – Geografia

Nas últimas aulas, mergulhamos no universo de Daiara Tukano, artista, educadora e ativista indígena. Refletimos sobre a forma como sua obra dialoga com temas que já vínhamos explorando desde o início do ano em nossas aulas de Projeto, especialmente o simbolismo da cobra como força de transformação e renovação em diversas culturas ao redor do mundo.

Entre as reflexões propostas, destacaram-se questões como: De que forma o símbolo do Ouroboros, da tradição ocidental, se aproxima da Grande Cobra Canoa do povo Tukano? Quais são as diferenças entre o conceito de arte nas culturas ocidentais e a arte vivida cotidianamente pelos povos indígenas? Qual é o papel político da arte indígena na atualidade?

Assistimos a vídeos de duas exposições marcantes da artista: “Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação”, realizada no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e “Pamuri Pati: Mundo de Transformação”, no Museu de Arte do Rio. A partir da análise de suas obras e das técnicas utilizadas, os estudantes, organizados em grupos, construíram um roteiro de perguntas sobre arte, ancestralidade e o fazer artístico indígena.

O ponto alto do trabalho foi a conversa com Daiara Tukano, que tivemos a honra de receber nesta quinta-feira. Durante o encontro, a artista compartilhou não apenas suas experiências como criadora e pesquisadora, mas também memórias ancestrais de seu povo e de sua trajetória pessoal, revelando o profundo entrelaçamento entre arte, espiritualidade, território e identidade indígena.

Daiara também nos contou sobre a importância simbólica e histórica do Rio de Janeiro para o povo Tukano, que, apesar de viver na região amazônica do Alto Rio Negro, reconhece a Baía de Guanabara como um território ancestral. Monumentos naturais como a Pedra da Gávea e o Pão de Açúcar são considerados, dentro de sua cosmologia, sítios sagrados conectados à origem e à memória de seu povo.

Foi um momento profundamente rico de escuta e aprendizado, que reafirma a potência do encontro com outras formas de conhecimento e o papel da escola na valorização das culturas originárias.

Jornada Canva: Criação Digital e Expressão Criativa

F6

Dando continuidade ao nosso planejamento de atividades voltadas à formação tecnológica dos estudantes, realizamos mais uma oficina com o professor Doug Alvoroçado, desta vez focada no uso da plataforma Canva — uma ferramenta de design gráfico online, intuitiva e acessível, que permite a criação de apresentações, cartazes, infográficos, vídeos e outros materiais visuais.

O Canva será cada vez mais integrado às atividades pedagógicas, por seu potencial de estimular a criatividade, a organização de ideias e a comunicação visual — competências fundamentais no mundo digital. Nossos estudantes já têm acesso ao plano Pro da ferramenta, por meio de suas contas institucionais de e-mail fornecidas pela escola.

Nosso primeiro projeto com o Canva será desenvolvido na disciplina de Inglês: cada aluno criará um pôster de um filme de sua escolha utilizando os recursos gráficos da plataforma para combinar imagem, texto e elementos visuais em inglês.

Os trabalhos serão apresentados na Mostra de Artes.

Oriente-se: O Mundo das Artes Marciais Orientais

F6/F7/F8/F9

Ao longo do primeiro trimestre, vivemos descobertas, desafios, conversas e aprendizagens que marcaram o início do nosso ano letivo. Para iniciar o novo trimestre com mais consciência e propósito, realizamos o “Ponto de Virada”, um momento simbólico que abre novos caminhos dentro do nosso projeto institucional.

A primeira atividade do dia foi marcada pela presença da equipe Sumô Rio, que nos apresentou essa arte marcial milenar de origem japonesa, pouco conhecida — e até mesmo alvo de preconceitos — no mundo ocidental. Após a demonstração, nossos estudantes foram convidados a participar de uma atividade prática, experimentando na pele os movimentos e valores que envolvem essa prática corporal.

A ação foi organizada pela equipe de Educação Física da escola, que, em diálogo com o tema institucional, promoverá ao longo do ano um mergulho no universo das artes marciais orientais. A proposta é ampliar o olhar dos estudantes sobre essas práticas, compreendendo-as não apenas como formas de combate, mas como expressões artísticas, culturais e filosóficas, repletas de simbolismo, história e ancestralidade.

Começamos com o Sumô, e a manhã foi marcada por muita curiosidade, respeito e envolvimento dos estudantes, que se mostraram abertos a aprender com uma cultura muitas vezes distante do seu cotidiano, mas cheia de ensinamentos sobre disciplina, equilíbrio, concentração e honra.

Essa experiência é o primeiro passo de uma jornada que convida todos a “se orientar” no tempo, no espaço e nas tradições, construindo novas conexões entre o corpo, a cultura e o conhecimento.

Cinema, Arte e Memória: um Encontro com Valentina Herszage

F6/F7/F8/F9

Na segunda metade da nossa manhã, tivemos a alegria de receber a ex-aluna da escola e atriz Valentina Herszage, que interpretou a personagem Veroca no premiado filme Ainda estou aqui, para uma conversa especial com nossos estudantes sobre Cinema, Arte e Memória.

O encontro foi uma oportunidade preciosa para refletirmos sobre o papel do cinema na preservação de histórias e afetos. O filme, inspirado em vivências reais, aborda temas como ausência, luto, identidade e ancestralidade, mostrando como a linguagem cinematográfica é capaz de transformar lembranças em obra de arte — e de tocar profundamente quem assiste.

Durante a conversa, discutimos como o cinema pode funcionar como um arquivo vivo da memória coletiva, sendo também um meio de expressão artística que conecta o íntimo ao universal. Valentina compartilhou sua trajetória como atriz, falou sobre os bastidores do filme e trouxe reflexões sensíveis sobre o processo de dar vida a uma personagem com tanta carga emocional.

A conversa foi enriquecida pelas perguntas instigantes dos alunos, que participaram ativamente e demonstraram grande interesse pelo tema. Ao final da atividade, nossos estudantes aproveitaram para registrar o momento com fotos ao lado da atriz.

Foi uma manhã inspiradora, em que arte, história e afeto se entrelaçaram — e deixaram em todos nós a certeza de que a memória, quando cuidada e partilhada, pode ser transformadora.

Foi Dada a Largada: OBMEP 2025!

F6/F7/F8/F9 – Matemática

Começamos oficialmente os preparativos para a OBMEP 2025, uma das maiores competições estudantis do país. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas tem como objetivo estimular o estudo da Matemática, revelar talentos e promover a valorização da disciplina entre estudantes e professores.

Nossos jovens matemáticos já estão participando de aulas preparatórias, resolvendo e debatendo questões de edições anteriores da prova — um processo que estimula o raciocínio lógico, a persistência e o trabalho colaborativo.

Neste ano, quase 100 estudantes da escola demonstraram interesse em participar, o que revela o crescimento e a força desse projeto em nossa comunidade escolar.

Mais do que uma competição, a OBMEP é uma porta de entrada para uma relação mais curiosa, desafiadora e significativa com a matemática. O trabalho desenvolvido ao longo da preparação aproxima os alunos de situações-problema do cotidiano, desenvolve habilidades analíticas e promove a autoconfiança diante de desafios intelectuais. Celebramos não apenas os resultados, mas todo o caminho trilhado rumo ao conhecimento.

Detetives da História

F6 – História

Vivenciamos um momento muito especial com as apresentações da Gincana das Fontes Históricas, atividade desenvolvida ao longo das últimas semanas nas aulas de História.

As turmas foram divididas em grupos e, como verdadeiros detetives do tempo, cada equipe teve o desafio de identificar, registrar e apresentar diferentes tipos de fontes históricas — como fotografias, cartas, objetos pessoais, registros orais, entre outras. Cada grupo recebeu um caderno de registros, com fichas próprias para documentar as fontes encontradas e refletir sobre seu contexto, função e valor histórico.

Essa atividade foi pensada para aprofundar a compreensão do conceito de fonte histórica — tudo aquilo que, de alguma forma, nos permite acessar informações sobre o passado. Ao se envolverem com a busca ativa por fontes reais e próximas de suas vivências, os estudantes passaram a perceber que a história não é feita apenas por grandes acontecimentos, mas também por fragmentos do cotidiano, que ajudam a construir uma narrativa mais ampla e plural sobre o que vivemos enquanto sociedade.

Foram muitos os desafios enfrentados pelos nossos investigadores, e o resultado foi uma aula divertida, participativa e cheia de descobertas, em que cada grupo apresentou suas fontes para a turma, compartilhando reflexões e novos olhares sobre o passado.

English in Action! 

F6 – Inglês

O sexto ano embarcou em uma jornada divertida e cheia de aprendizado no universo dos adjetivos e dos filmes em inglês. Explorando palavras que descrevem características físicas e de personalidade por meio de atividades dinâmicas e criativas, reconhecemos alguns filmes e brincamos em desafios com tempo cronometrado e uso do dicionário físico, que estimulou bastante o pensamento rápido e o uso espontâneo do novo vocabulário. 

O português foi um aliado importante nesse processo, servindo de apoio para compreender melhor os significados e usos no novo idioma, assim como as associações com os opposites

Nossa aprendizagem também passou pelas telas: analisamos filmes e gêneros cinematográficos, observando como os adjetivos ajudam a construir personagens e histórias.

Para fechar esse ciclo com chave de ouro, finalizamos as produções dos Movie Posters que farão parte da nossa Mostra de Artes, unindo a Língua Inglesa à Arte.

Ecologia

F6 – Ciências

O sexto ano começou o segundo trimestre com uma mudança de perspectiva: enquanto no primeiro trimestre olhamos a realidade de fora do planeta buscando entender os mistérios do Cosmos, neste momento passamos a olhar para nossas paisagens, e os mistérios da natureza.

O tema Ecologia sempre aguça a curiosidade dos alunos e possibilita que tragam suas experiências pessoais para sala de aula. O concreto se apresenta a partir da análise do mundo que vemos ao nosso redor, em nossa cidade, mas os estudantes ainda precisarão compreender algumas categorias próprias desta ciência.

Teremos um segundo trimestre com atividades teóricas em sala, vídeos apresentando biomas do Brasil, atividades no laboratório para criar um modelo de ecossistema e visita a um ecossistema do bioma Mata Atlântica.

Mãos que Contam Histórias

F6 – História

Este projeto de arte para os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental propõe uma imersão no universo da arte rupestre, especificamente as pinturas da Cueva de las Manos, localizada na Patagônia, Argentina. Ao explorar essa manifestação artística ancestral, os alunos terão a oportunidade de compreender a importância da arte como forma de registro histórico, expressão cultural e comunicação através do tempo.

A escolha da técnica de arte urbana, utilizando utensílios que simulem a tinta spray + o decalque das mãos (stencil), visa estabelecer uma ponte entre o passado e o presente. Ao mesmo tempo em que reproduzem as marcas de mãos de povos antigos, os alunos experimentarão uma linguagem artística contemporânea e acessível, presente em seu cotidiano. Essa abordagem prática e dinâmica estimula a experimentação, a criatividade e o desenvolvimento de habilidades técnicas relacionadas à pintura e ao stencil.

O trabalho com o decalque das próprias mãos promove uma conexão pessoal e significativa com a obra original, permitindo que os alunos se sintam parte dessa história da arte. A utilização da tinta guache, por sua vez, introduz um elemento presente na arte urbana, incentivando a exploração de diferentes texturas, camadas e a compreensão da estética do graffiti de forma segura e controlada.