Faça Sua Alma Crescer

Fundamental II

Na volta às aulas, acolhemos e reunimos nossos estudantes de Ensino Fundamental 2, antigos e novos, no teatro para a abertura do ano letivo.

Na ocasião, apresentamos um vídeo chamado “Faça sua alma crescer”. Em 2006, um ano antes de morrer, o escritor Kurt Vonnegut recebeu envelopes contendo convites de cinco alunos da Xavier High School de Nova York que eram um dever de casa: os estudantes deveriam escrever para seu autor favorito e convencê-lo a fazer uma apresentação na escola apenas com uma carta. Kurt não pode ir devido à idade, mas deixou seu recado na carta que enviou de volta à escola.

A carta de Kurt Vonnegut é uma resposta calorosa e bem-humorada a estudantes e professores que lhe escreveram. Ele incentiva todos a praticarem arte – seja música, dança, escrita ou qualquer outra forma de expressão – não para buscar sucesso ou reconhecimento, mas para experimentar crescimento pessoal e alimentar a alma. De forma descontraída, sugere pequenas atividades criativas, como desenhar ou dançar, e propõe um exercício secreto: escrever um poema, destruí-lo e sentir a recompensa interna desse ato. Com isso, Vonnegut transmite sua crença na arte como um meio transformador e essencial para a vida.

Ao longo da semana, nossos professores têm se dedicado às atividades de sensibilização do tema institucional, relacionando as diferentes disciplinas ao tema proposto. 

“Arte e memória” é uma oportunidade de revisitarmos a essência de nossa escola, que tem a arte como protagonista no processo educativo, e instrumento de formação pessoal, de crítica e transformação individual e coletiva.

Segue o link para quem quiser assistir o vídeo: Faça sua alma crescer

 

Arte e Memória: é Preciso Relembrar o Antes para Inventar o Depois?

Projeto Institucional

Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.

Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.

O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.

Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.

 

 Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”

Você Já Ouviu Falar Sobre a Gincana de Projeto?

É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.

Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:

Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso

No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto

Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar  para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.

Bloco da Sá Pereira

Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação

Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!

Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.

Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar! 

As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia: 

Letra do Samba 2025

 

Arte, Memória e Carnaval

F6 a F9 – Dança

Começamos o ano conversando sobre as dimensões da Memória e a imensidão do conceito Arte, com o intuito de ampliar as discussões e fazer nossos alunos refletirem sobre a pergunta: Existe arte sem memória?

Em seguida, criamos uma pequena sequência coreográfica usando gestos que nos dão identidade. Ao finalizar essa atividade discutimos que qualquer coisa — sejam gestos, objetos, ações cotidianos etc. — pode servir de inspiração no fazer artístico.

Na semana seguinte continuamos conversando sobre arte e memória, mas em relação ao Carnaval. Ouvimos e dançamos o samba da escola ansiosos pelo bloco da Sá Pereira! Até lá!

A Arte é a Flecha e o Arco

F6 a F9 – Música

O samba “A Arte é a Flecha e o Arco”, composto pela professora Manoela Marinho para o carnaval da Sá Pereira de 2025, foi o pontapé inicial para as aulas de música do fundamental 2.

Analisar e interpretar a letra da canção nos iniciou nas possibilidades de pesquisa que surgem da intercessão entre Arte e Memória. Resistência, cultura, emoção, passado, presente e futuro foram sentidos encontrados na poesia da Manu.

Para começarmos a trabalhar a memória, tentamos cantar a música sem ler a letra e afinamos nosso coro para a nossa festa de carnaval, no sábado dia 22/02.

Viva o Zé e a Sá Pereira!

Encontros e Reencontros

F6 a F9 – Teatro

O início das aulas de Teatro do Fundamental 2 marcou mais do que um simples retorno: foi a retomada de um espaço de expressão, criação e troca. Alunos e alunas se reencontraram para reviver uma prática que vai além das técnicas teatrais, valorizando a escuta, a atenção, o pensamento coletivo e a criatividade.

Nos primeiros encontros, jogos e exercícios teatrais ajudaram a restabelecer a dinâmica do grupo. Atividades voltadas para a escuta ativa e a concentração, aliadas a dinâmicas colaborativas, reforçaram a importância da construção coletiva e da cooperação em cena.

Mais do que um retorno à rotina, a volta às aulas foi um momento de reconexão. Cada participante pôde se apresentar, conhecer o outro e integrar-se ao coletivo, explorando não apenas a arte teatral, mas também a si mesmos e suas relações com os demais.

Arte “De Memória”

F6 a F9 – Artes

Na primeira semana de aulas de Artes Visuais, após receber com saudade os alunos antigos e conhecer os novos colegas do Ensino Fundamental 2, iniciamos uma conversa sobre o tema do ano: “Arte e Memória: é preciso relembrar o antes para inventar o depois?”. Os alunos foram convidados a expressar suas primeiras impressões e o que imaginavam sobre esse tema, o que rendeu boas reflexões.

Em seguida, foi proposta uma atividade prática e desafiadora. Cada turma foi apresentada a uma das obras que fazem parte da sinalização da escola em 2025. Durante essa apresentação fizemos uma análise da obra, discutimos o autor, o período em que foi realizada e os aspectos formais que a caracterizam. Depois, a projeção da obra foi apagada e os alunos receberam o desafio de desenhar, “de memória”, a obra que havíamos acabado de conhecer.

Embora a tarefa tenha parecido difícil à primeira vista, aos poucos os alunos se soltaram e começaram a elaborar suas próprias “releituras”. Quando a obra original foi novamente projetada, pudemos comparar os desenhos com a referência inicial e, como esperado, ninguém conseguiu desenhar exatamente igual à obra original.

Essa comparação despertou uma nova discussão, riquíssima, sobre como a memória funciona, sobre a importância dos registros para construirmos memória e o papel da arte como uma forma de documentação histórica que reflete o seu tempo e também as vivências e referências do próprio artista.

De forma leve e dinâmica, já começamos o ano com grandes reflexões!

Por Que Ler Este Livro?

Português F6/F7/F8

Iniciamos nosso ano na Biblioteca com a atividade “Por que ler este livro?”, na qual os estudantes escolheram um título já lido do nosso acervo para recomendá-lo aos colegas.

As indicações serão anexadas aos livros, permitindo que futuros leitores conheçam as opiniões de outros estudantes antes de realizar o empréstimo. Dessa forma, incentivamos a troca de experiências, ampliamos o interesse pela leitura e fortalecemos o senso de comunidade dentro da biblioteca escolar.

Essa iniciativa faz parte da nossa proposta pedagógica de estimular a autonomia na escolha de leituras, promover o protagonismo dos estudantes e valorizar a formação de leitores críticos e engajados.

OBMEP 2025

Matemática F6/F7/F8/F9

Já estão abertas as inscrições para a 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática. O evento foi criado em 2005 para estimular o estudo da Matemática e identificar talentos na área.

Acreditamos que a participação de nossos estudantes traz uma dimensão lúdica e desafiante da Matemática, e mobiliza um grupo de alunos que gostam da disciplina.

Estamos incentivando nossos alunos a se inscreverem na OBMEP, entrando nas salas e explicando como funciona o projeto.

Para realizar a inscrição, acesse o link abaixo:

https://forms.gle/LHRRnn3QkfGkYd5d8

Cinema and Memory: Exploring Artistic Expression and Cultural Heritage

Inglês – F8

Ao longo das primeiras semanas de aula, os estudantes do 8º ano vêm explorando a relação de proximidade entre Arte e Memória, tema do projeto institucional.

O cinema foi escolhido como subtema para o projeto do 8º ano, considerando a importância das produções cinematográficas para a preservação das memórias da cultura e dos aspectos históricos e sociais, em diversas partes do mundo. Essa abordagem tem incentivado os alunos a desenvolver um olhar mais crítico, analítico e reflexivo sobre a influência do cinema na construção da memória individual, coletiva e na expressão artística global. 

Com base nessas conversas, os alunos iniciaram seu processo de criação de ideias para a Mostra de Artes deste ano, onde terão a oportunidade de apresentar suas interpretações e trabalhos inspirados no Cinema. Esse processo estimula a criatividade e a expressão, reforçando a importância do trabalho em grupo, do diálogo e da colaboração, promovendo um espaço mais acolhedor e dinâmico para a produção e execução de suas ideias. 

B(ecos) da Memória: a Arte de Escrever para Lembrar do Apagamento

Português – F8

Transformar a memória em literatura, experimentar a escrita da própria história. Cada memória pode ser um resquício de algo que de certa forma nos constitui, ou que foi deixado pelo caminho. Escrever a memória é, por essa razão, criar um refúgio para o que foi esquecido, dando voz àquilo que não tem mais lugar no discurso oficial. É um ato de resistência, um grito contra o esquecimento. 

Escrever a partir do lugar da vivência, de quem experimentou, sentiu e resistiu, é não só uma proposta de constituir uma narrativa da vida, mas também uma criação literária. Nesse contexto, estamos propondo aos alunos um fazer literário que dá a possibilidade de se narrar a própria história, partindo da própria verdade. Oferecemos a literatura como forma de memória, de autoafirmação e resistência. Nos (b)ecos da memória, ressoarão palavras sentidas, vividas e escritas para serem lembradas.

Oficina de criação de personagens

Imaginar, desenvolver e dar vida a personagens. Isso é o que as F8 fizeram nas primeiras semanas de aula. A oficina de criação de personagens foi uma forma de aquecimento criativo para as próximas aulas, em que os alunos irão escrever peças teatrais. A partir da apresentação de alguns conceitos fundamentais — tipos e perfis de personagens, desenvolvimento psicológico e motivações — a turma ganhou uma nova perspectiva sobre como criar personas fictícias com muita criatividade.

A primeira proposta de criação foi construir um autopersonagem que espelhasse as memórias e elementos de sua própria vida para construir uma identidade fictícia. Há, portanto, um certo distanciamento do autor, pois se trata de uma atividade de autoexploração que permite se reinventar e se reimaginar através da narrativa.

Ouroboros – De Onde Viemos? Para Onde Vamos?

Projeto F6/F7/F8

A disciplina de projeto na escola Sá Pereira compõe um dos pilares da formação dos estudantes do Fundamental II: a aprendizagem através da pesquisa em projetos orientados por professores de Ciências, Geografia e História, sempre relacionando o conteúdo curricular com o projeto do ano.

A chegada de um novo ano abre, portanto, a possibilidade de novos trabalhos interdisciplinares, e para instigar os alunos, nós, professores de Ciências e Humanidades, elaboramos uma atividade de sensibilização comum. Partimos do pressuposto de que curiosidade faz parte do cerne do ser humano e move a produção de conhecimento. Refletimos sobre questões fundamentais que permeiam diferentes culturas, embora produzam respostas distintas: De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos?  

A partir destas perguntas apresentamos como a humanidade em diferentes culturas e tempos produziu suas respostas através da arte. Apresentamos obras de Gustav Klint ao Ouroboros (símbolo mitológico presente em diversas culturas antigas), além de expressões artísticas contemporâneas de povos originários do Brasil. Inspirados pelas obras apresentadas, os alunos  escolheram uma das perguntas fundamentais para produzir uma obra em argila.

O barro foi escolhido como material para que sentissem o seu tempo, e também por ser, simbolicamente, a matéria presente em diferentes cosmovisões da origem de nosso corpo e seu fim.

O trabalho foi intenso, mas as produções ficaram sensíveis, criativas e belas! 

Carnaval

F6 a F9 – Dança

Nas aulas de Dança, de F6 a F9, encerramos a fase de diálogo entre o Projeto e o Carnaval trazendo diferentes obras de arte que retratam essa festa. De Édouard Manet a Heitor dos Prazeres, ficaram claras para os nossos alunos as transformações que o Carnaval sofreu ao longo do tempo.

Para chegar a essa conclusão, dividimos as turmas em grupos e cada grupo recebeu uma obra de arte diferente. Precisaram pesquisar sobre o quadro, sobre o contexto histórico da época,  sobre o estilo de dança representado, personagens, etc. Em seguida, montaram um quadro vivo: ao sinal da professora, o quadro se movimentava, dançando e festejando, dando vida e corpo à obra do artista.

Cada grupo apresentou o resultado de suas pesquisas e seu quadro vivo nos fazendo refletir sobre a pergunta que nos fizemos em nosso primeiro encontro do ano: existe arte sem memória? Até o momento estamos entendendo que não. Será que ao longo do ano mudaremos de opinião?

 

Morfologia: A Arte de Construir Palavras

Português – F8

O estudo da morfologia é como um ateliê de palavras. Nesse vasto campo de estudos, as palavras se transformam, se agrupam e se expandem. Cada morfema se adapta criando novas formas e significados para palavras, cada prefixo e sufixo adornam bases comuns para enriquecer as raízes que constituem a essência das palavras. É por isso que, nas primeiras aulas de Estudos da Língua, as F8 iniciaram os estudos sobre a formação e a estrutura de palavras.

Uma das atividades propostas para a turma em vista de aprofundar esse conhecimento foi a análise morfológica das palavras-chave do tema institucional — memória e arte —, desmembrando-as em seus morfemas essenciais: a raiz, os prefixos, os sufixos e as desinências. A partir desse exercício, os alunos puderam visualizar de forma clara como palavras aparentemente simples são compostas e como suas formas podem ser modificadas para expressar diferentes conceitos. 

Esse processo é não só uma análise morfológica, mas um verdadeiro exercício de criatividade, em que se nota a língua se modificando para expressar ideias de forma precisa e variada. É justamente por essa razão que a morfologia se apresenta não só como um campo técnico de estudo, mas como uma verdadeira arte de construir palavras.

Letramento Racial

Português – F8

Para adotar posturas antirracistas é necessário refletir de forma crítica sobre o racismo estrutural, reconhecer privilégios, valorizar identidades negras e ouvir vozes silenciadas. Esses são alguns dos assuntos tratados no livro Pequeno Manual Antirracista, da autora Djamila Riberio, e também durante as aulas de Biblioteca, momento em que as F8 leem e dialogam, de forma crítica, sobre quais podem ser as ações práticas para desconstruir preconceitos e combater a discriminação. 

O livro de Djamila Ribeiro não apenas esclarece conceitos essenciais, mas também oferece ferramentas práticas para que cada indivíduo se comprometa com a transformação social. A cada momento de pausa na leitura feita em esquema de roda, os alunos expressaram os seus posicionamentos em vista de reconhecer como as atitudes cotidianas e as posturas conscientes são importantes para o enfrentamento do racismo, e como o silêncio e a omissão reforçam desigualdades.

Outro momento significativo das aulas foi a abordagem comparativa utilizada para introduzir conceitos sobre o letramento racial. O livro lido nessas aulas foi o Pequeno Glossário de Letramento Racial, de Luisa Cela, uma ferramenta didática e educativa para conversar sobre os termos que identificam o racismo em instâncias institucionais e sociais, tais como: letramento racial, racismo, raça, mestiçagem, desigualdades raciais, racismo estrutural e racismo institucional. Todos esses termos foram lidos, definidos e exemplificados para as turmas de forma a reforçar a importância de ser antirracista como um compromisso pessoal que busca a transformação coletiva

Behind The Scenes

Inglês – F8

Na exploração do fascinante universo cinematográfico, estamos pesquisando sobre as funções e papéis de cada pessoa envolvida na produção de um filme — do roteirista ao diretor, do elenco à equipe técnica.

Ao longo dessa jornada, discutimos questões importantes sobre o que é arte e para que serve, refletindo sobre quem decide o que é arte e como isso se relaciona com a cultura e a sociedade. Entenderemos como o cinema se encaixa nesses pontos, especialmente ao explorar os gêneros cinematográficos, as fases de produção e a criação de um storyboard. Falaremos sobre as etapas de produção, o lançamento, como os filmes chegam ao público e qual linguagem é utilizada para ampliar o alcance popular.

Para enriquecer nosso aprendizado, aproveitando o Oscar conquistado pelo Brasil com o filme Ainda Estou Aqui / I’m still here, vamos discutir e trabalhar com a teoria e a prática, conceitos e gramática, com foco nos modal verbs, verbos modais, linking words e preposições, que são essenciais para a construção de frases claras e eficazes, tanto na oralidade quanto na escrita.

Vamos aproveitar essa oportunidade para entender melhor o impacto da arte no cinema e como diferentes profissões contribuem para a criação de uma obra cinematográfica.

Bloco da Sá Pereira

Para todos

Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!

Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.

Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos.  “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.

Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.

Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!

Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!

Investigando o Palco de Arena

F8 – Teatro

Nas aulas de Teatro, as F8 foram apresentadas ao conceito de palco de arena e à sua dinâmica cênica. Os alunos exploraram a interpretação exagerada, utilizando gestos amplos e expressivos inspirados em personagens arquetípicos, fundamentais para esse tipo de espaço.

Por meio de jogos e improvisos, experimentaram a expressão corporal e a projeção vocal necessárias para se comunicar com o público em todas as direções. Essa sensibilização marcou o início do processo de montagem da Mostra de Arte, que trará o “Auto do Bumba Meu Boi” em palco de arena.

Lights, Camera, Learning! Cinema, Memory, and Grammar

F8 – Inglês

Nas últimas semanas, exploramos o mundo do cinema e sua importância na sociedade. Discutimos as diversas funções e profissões envolvidas na produção cinematográfica, desde diretores e roteiristas até figurinistas e editores, compreendendo como cada profissional contribui para a construção de um filme.

Refletimos sobre a função social e histórica do cinema na composição da memória pessoal e coletiva, em uma discussão sobre a origem do cinema e nomes importantes como Muybridge, Edison e os irmãos Lumière. Observamos como os filmes podem influenciar nossa percepção do mundo, registrar momentos históricos e até mesmo moldar identidades culturais.

Para aprofundar nossa compreensão sobre os filmes, estudamos o uso das WH question words (What, Who, Where, When, Why, How), que nos ajudam a entender o contexto de uma obra, sua narrativa e estrutura. Essas perguntas foram essenciais também na análise de sinopses e na composição de movie reviews, permitindo-nos interpretar e avaliar filmes de forma mais crítica.

No campo da gramática, trabalhamos as linking words e os relative pronouns (who, which, that, whose, whom), entendendo como essas palavras ajudam a conectar ideias dentro de uma frase e enriquecem a escrita e a oralidade. Também aprendemos novas palavras e expressões, ampliando nosso vocabulário para discutir temas relacionados a histórias e tramas cinematográficas.

Nosso estudo continua! Em breve, daremos sequência às atividades com novas reflexões e práticas. 

Arte e Memória

F8 – Português

Os estudantes participaram de uma atividade especial, na qual escreveram sobre uma memória importante para eles. O objetivo foi desenvolver habilidades de escrita e expressão, além de estimular a reflexão sobre momentos marcantes de suas vidas.

Após a produção dos textos, realizamos um momento de compartilhamento em sala de aula. As crianças tiveram a oportunidade de ler suas histórias para os colegas e apresentar produções artísticas e não verbais inspiradas em seus textos, como desenhos, colagens, pinturas, músicas, fotografias e até uma caixa com ilustrações que giravam durante a leitura do texto. As crianças foram muito criativas e arrasaram, mostrando dedicação e engajamento nas produções.

Essa atividade permitiu que cada estudante valorizasse suas próprias experiências e compreendesse a importância das linguagens como ferramenta para registrar e comunicar vivências. Enfim, Arte e Memória caminharam juntas nesta grande celebração da criatividade. 

Esportes Radicais e Futebol

F8 – Educação Física

As turmas F8A e F8B estão se movimentando com diferentes modalidades. A F8A optou pelo patins e skate, aprimorando equilíbrio, coordenação e controle nos deslocamentos. Já a F8B escolheu o futebol, trabalhando fundamentos como passes, finalizações e táticas coletivas.

Ambas as turmas têm mostrado muita dedicação e entusiasmo, tornando as aulas ainda mais dinâmicas e desafiadoras.

Currículo de Procedimento

F6, F7 e F8 – Projeto

Nesta semana, realizamos a avaliação dos diferentes procedimentos de pesquisa.

Cada série tem um foco específico:

  • F6 – Fichamento

  • F7 – Elaboração de resumos

  • F8 – Elaboração de sínteses orais

Esses procedimentos são trabalhados ao longo do processo de sensibilização para o tema institucional e serão fundamentais para a construção da pesquisa anual.

Nas próximas semanas, os grupos de pesquisa serão anunciados e formados, dando início à elaboração do plano de pesquisa.

Carvão em Movimento

F8 – Dança

Buscando ampliar o conceito de dança, trouxemos o trabalho da artista Heather Hanse para apreciação e discussão.

Percebemos que seus quadros ganham forma através do movimento feito pela artista, e que o recurso da repetição, muitas vezes usados em composições coreográficas contemporâneas, está presente no trabalho de Hansen.

Em seguida, convidamos nossos alunos a criarem uma obra coletiva inspirados nas obras da artista. Além de buscar um movimento que criasse linhas e formas no papel, eles também precisaram pensar na composição do quadro, buscando equilibrá-lo. O resultado desta vivência estará exposto na Mostra de Artes, dia 14 de junho.

 

Pandeiro

F8 – Música

O projeto em torno do binômio Arte e Memória se manifesta, nas aulas de Música do 8º ano, predominantemente no pandeiro, instrumento de estudo coletivo.

Ao introduzir a história do instrumento no planeta, aprendemos que diversas culturas muito antigas já utilizavam algum tipo de tambor “emoldurado”. A influência árabe na península ibérica trouxe o pandeiro para as Américas e em especial para o Brasil.

Aqui no Rio de Janeiro, o samba e o choro desenvolveram sua técnica através de grandes mestres como João da Baiana, Jorginho do Pandeiro e Marcos Suzano. Lá no Maranhão, outro tipo de pandeiro brilha nas festas populares do Boi Bumbá: o Pandeirão!

Essa festa, que também se traduz de diversas maneiras no Brasil inteiro, vai inspirar o espetáculo teatral das turmas de oitavo: o Auto do Boi Bumbá. Músicas tradicionais, do Grupo Quinteto Violado e do Mestre Papete, irão compor a trilha sonora deste folguedo popular, onde o pandeiro e a voz ocuparão lugar de destaque.

Proporcionalidade Direta e Inversa

F8 – Matemática

Retornamos ao tópico de proporcionalidade visto no sétimo ano. O uso das “borboletas” voltou a ser enfatizado, porém elas podem ter de voar um pouco diferente este ano. 

Proporcionalidade inversa apareceu e situações em que uma grandeza cresce e outra decresce passaram a ser usuais, trazendo a necessidade de algum ajuste no procedimento da resolução dos problemas de proporcionalidade.

Em breve, veremos problemas de proporcionalidade entre mais de duas grandezas. Então aparecerá a regra de três como alternativa para a resolução dos problemas, mas isso é papo para o próximo informe…

Carnaval e as Memórias Afro-Diaspóricas

F8 – Geografia

O que sabemos sobre África? Que memórias ancestrais o Carnaval nos traz de lá? Que memórias (re)criamos para (re)contar e cantar a história do povo negro brasileiro? Muitas questões surgiram a partir de um questionário inicial sobre África, cultura afro-brasileira e racialidade.

Um primeiro incômodo surgiu: da África conhecemos muito pouco, apenas estereótipos das mídias e parte da história da escravidão no Brasil. Sabemos que África é muito mais do que isso e do seu papel na formação da nossa cultura. Assim, nossa investigação sobre arte e memória partiu do adinkra sankofa, símbolo de origem africana, que nos convida a refletir sobre a importância e o reconhecimento da ancestralidade em nossas vidas, honrando e aprendendo com o passado e com aqueles que vieram antes de nós para que pudéssemos chegar até aqui, onde estamos e como vivemos hoje.

No mês que antecedeu o carnaval, estudamos a origem do samba, a história do carnaval no Rio de Janeiro e a região da Pequena África, parte importante da memória ancestral da cidade. Convidamos a estagiária e pós-graduanda Giovana, pesquisadora da diáspora africana, para contar como a arte e a memória do povo negro se expressam a partir da afirmação cultural e do resgate de heranças africanas. Nessa aula, Giovana trouxe alguns exemplos de desfiles de escolas de samba e analisou a simbologia trazida nos carros alegóricos, o samba-enredo e as palavras relacionadas ao universo cultural afro-brasileiro.

Para Luiz Antônio Simas e Nei Lopes, o samba é muito mais do que um gênero musical: ele é um território simbólico de afirmação identitária, resistência e construção de memória coletiva. Isso se manifesta com força especial nos desfiles das escolas de samba, que se tornaram, ao longo do tempo, plataformas de disputa por memória e representação.

Dois exemplos recentes são emblemáticos: em 2024, a Viradouro trouxe o enredo “Arroboboi, Dangbé”, que mergulhou no universo do mito da serpente sagrada da tradição fon, associada aos voduns e às forças femininas da criação; em 2025, a Mangueira apresentou um enredo que reverenciou a herança Banto na construção simbólica e material do país, reafirmando a importância de suas línguas, mitologias e práticas culturais. Esses enredos demonstram a dimensão política e pedagógica do samba. Ao ocupar a avenida com histórias apagadas pelos discursos hegemônicos, o samba reafirma sua missão: cantar para lembrar, dançar para resistir, desfilar para transformar.

Entre Becos, Silêncios e Reflexões

F8 – Português

Em Becos da Memória, de Conceição Evaristo, é possível notar, a partir de uma escrita filosófica, personagens que enfrentam a pobreza e a exclusão social em um contexto que marginaliza aqueles que habitam os becos. A trama nos conduz por um labirinto de reflexões sobre as feridas invisíveis da sociedade, onde a pobreza não é apenas a falta do material, mas um amálgama da ausência e da impossibilidade que marcam a alma, desumanizando indivíduos. Dosando o simbólico e o realismo, a trama retrata as consequências da pobreza, a invisibilidade social e o processo de desfavelamento, em que uma comunidade inteira sofre a ameaça de um deslocamento de suas casas em nome de uma “melhoria urbana” que não é benéfica para os moradores. São os que habitam os becos da cidade, longe dos olhares que enxergam apenas o centro, que protagonizam as tramas da memória.

Foi a partir dessa contextualização que discutimos, nas aulas de Biblioteca, a pobreza, não apenas como carência material, mas como condição existencial que desumaniza os indivíduos. Muitos alunos apontaram como a narrativa conta a história de personagens que seriam invisíveis aos olhos das classes dominantes, assunto que nos deu margem para falar sobre a desigualdade social no Brasil. Os alunos, ao discutirem esses temas durante a roda de leitura, conseguiram compreender as complexas relações entre marginalização, pobreza e políticas públicas, além de perceberem a resistência silenciosa que, apesar de tudo, persiste nesses espaços.

A Volta Dos Que Não Foram

F6/F7/F8 – Estudantes da Alegria

Esta semana recebemos a nova geração de voluntários para o nosso grupo Estudantes da Alegria.

Desde o ano passado, temos nos preparado para diversas apresentações em diferentes momentos, e já começamos a planejar a nossa primeira aparição na Mostra de Artes da escola.

O grupo é conduzido pelo professor Felipe, ou melhor, pelo palhaço Luí, que junto aos alunos escreve e ensaia os nossos queridos palhaços.

Para Ficar na Memória

F8 – Português

A cada página de Becos da Memória, de Conceição Evaristo, somos convidados a pensar sobre como a resistência e a identidade são expressões que podem ser perpetuadas no tempo. A partir de uma escrita simples e ao mesmo tempo subversiva, contrária à paragrafação regular, as metáforas e imagens forjadas pelas palavras do texto trazem à tona as dores e trazem à memória a ancestralidade que resiste ao tempo, que reluta em ser apagada.

Em todas as aulas de leitura desse livro, sabíamos que a escrita não se limita a ser uma mera reprodução do passado: é sim uma reconstrução do tempo, um resgate do que foi perdido, apagado, esquecido. E é exatamente essa forma de escrita que propõe outras maneiras de contar histórias, que permitem que memórias sejam reorganizadas e reconstituídas como um ciclo, tal como é a vida.

Nesse processo de leitura, ao falar sobre negritude, ancestralidade e sobretudo identidade, os alunos podem se apropriar de reflexões e vivências, como se as palavras de Conceição Evaristo se tornassem ecos para ficar nas nossas memórias. Foram esses ecos que inspiraram a atividade desenvolvida nos últimos dias. Propusemos aos alunos a reinvenção dessas memórias: que criassem cenas sobre o livro e se transportassem para o presente, com vozes que lutam por espaço, por justiça, por pertencimento.

Em dinâmica de grupos, a turma construiu cenas sobre a narrativa de Becos da Memória, propondo reinterpretações e recriando momentos do contexto contemporâneo, ao abordar questões sobre o racismo estrutural, as desigualdades sociais e a luta por direitos. Mais do que usar uma linguagem artístico-literária, foi oferecido aos alunos que pudessem desenvolver a interpretação crítica a partir da fala, inspirando-se nos diálogos e ações dos personagens.

Essa atividade foi um importante exercício de reinvenção de uma memória coletiva para a construção de uma leitura crítica sobre o novo, sobre o que ecoa agora.

Memória, Identidade e Resistência

F8 – Artes

Nossos alunos do oitavo ano estão conhecendo a trajetória de Abdias do Nascimento, artista, intelectual e ativista que teve um papel fundamental na luta pelos direitos dos negros e na valorização da cultura afro-brasileira. Juntos, estamos conhecendo sua trajetória, entendendo como sua obra no Teatro Experimental do Negro, seu trabalho como artista visual e sua militância ajudaram a preservar memórias e resistir ao apagamento histórico da herança cultural africana.

Após apresentar o artista, imagens dos seus trabalhos e discutirmos um pouco sobre sua vida, obra e sua imensa contribuição cultural, promovemos um debate no qual os alunos refletiram sobre como suas próprias identidades são moldadas por memórias e histórias familiares. Questões como “Quais memórias vocês gostariam de guardar?” e “Que símbolos e cores representam suas histórias?” geraram conversas significativas, permitindo que cada um compartilhasse suas experiências.

Após essa reflexão, os alunos foram convidados a criar um autorretrato simbólico, inspirado na estética de Abdias. A ideia é utilizar cores e criar símbolos que representem suas emoções, vivências e identidades, resultando em obras que reflitam quem são, conectando-se com suas próprias histórias e raízes. E que, assim como Abdias, usem a arte como ferramenta de valorização das suas origens e de criação e conservação de memória.

Hora de Preparar o Boi

F8 – Música

As aulas têm se concentrado em ensaiar a trilha sonora do Auto do Boi Bumbá, que será apresentado pelos estudantes na Mostra de Artes, dia 14 de junho.

“Boi da Lua”, do mestre maranhense Papete, “Cavalo Marinho”, interpretada pelo grupo Quinteto Violado, e “Meu Boi Morreu”, o lamento tradicional do cancioneiro popular, são as obras que integram o espetáculo.

O pandeiro, a voz, a flauta, os instrumentos de cordas, a percussão e a escaleta são instrumentos que compõem a bandinha itinerante das crianças e que exigem alguma dedicação para o desenvolvimento técnico. Os ritmos do maxixe, do xote e do baião, trabalhados na iniciação ao pandeiro, vão ser aproveitados nos arranjos.

Alguns arquivos de materiais para estudo individual estão sendo compartilhados no Classroom de Música do oitavo ano para auxiliar no estudo em casa. Vamos praticar!

Regra de Três Composta e Inequação

F8 – Matemática

Os enunciados das questões de proporcionalidade foram ficando mais complexos. Diante disso, como alternativa para a resolução dos problemas utilizando “borboletas”, conhecemos e utilizamos a técnica de regra de três composta. Uma ferramenta que resolve problemas complexos de maneira simples.

Estudamos, ainda, inequação. Este tópico correu suave e foi ensinado como se fosse um apêndice da matéria antiga: equação.

Projetos de Pesquisa: Investigação e Construção de Conhecimento

F6/F7/F8 – Projeto

Encerramos o primeiro trimestre com os grupos de trabalho dos projetos de pesquisa a todo vapor e com os objetivos de aprendizagem plenamente alcançados. Os estudantes vêm demonstrando envolvimento, curiosidade e crescimento nas habilidades investigativas, conforme o previsto em nosso currículo de procedimentos de pesquisa.

Desde o início, cada série foi orientada a se apropriar de uma etapa específica do processo de pesquisa:

  • F6: introdução ao fichamento, como forma de registrar e organizar informações;

  • F7: elaboração de resumos, com foco na seleção e reescrita das ideias principais;

  • F8: prática da síntese oral, desenvolvendo a capacidade de comunicar, com clareza e coesão, o conteúdo pesquisado.

Após essa preparação, os grupos foram organizados e os temas de interesse definidos. Cada grupo construiu seu próprio plano de pesquisa, contendo a justificativa do projeto, o objetivo geral, a questão central da investigação e possíveis hipóteses relacionadas a essa questão.

A seguir, apresentamos os temas escolhidos por série e disciplina, que refletem tanto os interesses dos estudantes quanto os desafios propostos por cada área do conhecimento:

Daiara Tukano: Arte, Memória Ancestral e Transformação

F6/F7/F8 – Geografia

Nas últimas aulas, mergulhamos no universo de Daiara Tukano, artista, educadora e ativista indígena. Refletimos sobre a forma como sua obra dialoga com temas que já vínhamos explorando desde o início do ano em nossas aulas de Projeto, especialmente o simbolismo da cobra como força de transformação e renovação em diversas culturas ao redor do mundo.

Entre as reflexões propostas, destacaram-se questões como: De que forma o símbolo do Ouroboros, da tradição ocidental, se aproxima da Grande Cobra Canoa do povo Tukano? Quais são as diferenças entre o conceito de arte nas culturas ocidentais e a arte vivida cotidianamente pelos povos indígenas? Qual é o papel político da arte indígena na atualidade?

Assistimos a vídeos de duas exposições marcantes da artista: “Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação”, realizada no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e “Pamuri Pati: Mundo de Transformação”, no Museu de Arte do Rio. A partir da análise de suas obras e das técnicas utilizadas, os estudantes, organizados em grupos, construíram um roteiro de perguntas sobre arte, ancestralidade e o fazer artístico indígena.

O ponto alto do trabalho foi a conversa com Daiara Tukano, que tivemos a honra de receber nesta quinta-feira. Durante o encontro, a artista compartilhou não apenas suas experiências como criadora e pesquisadora, mas também memórias ancestrais de seu povo e de sua trajetória pessoal, revelando o profundo entrelaçamento entre arte, espiritualidade, território e identidade indígena.

Daiara também nos contou sobre a importância simbólica e histórica do Rio de Janeiro para o povo Tukano, que, apesar de viver na região amazônica do Alto Rio Negro, reconhece a Baía de Guanabara como um território ancestral. Monumentos naturais como a Pedra da Gávea e o Pão de Açúcar são considerados, dentro de sua cosmologia, sítios sagrados conectados à origem e à memória de seu povo.

Foi um momento profundamente rico de escuta e aprendizado, que reafirma a potência do encontro com outras formas de conhecimento e o papel da escola na valorização das culturas originárias.

Sapiens: Uma Jornada Gráfica pela História da Humanidade

F8 – Ciências

Demos início ao estudo da evolução humana em Ciências com a leitura do primeiro volume da HQ Sapiens – Uma história gráfica: O nascimento da humanidade, adaptação em quadrinhos da obra de Yuval Noah Harari. Este material será utilizado como livro paradidático ao longo do trimestre, com mediação da disciplina de Ciências.

Na primeira parte da história, os estudantes acompanham de forma acessível e visualmente envolvente a trajetória dos primeiros hominídeos até o surgimento do Homo sapiens, refletindo sobre o que nos torna humanos, as interações entre diferentes espécies do gênero Homo e os impactos das revoluções cognitivas no desenvolvimento da sociedade.

A linguagem gráfica permite uma leitura dinâmica, que alia conhecimento científico a ilustrações criativas, tornando os conceitos mais tangíveis e significativos para os estudantes. A leitura será feita em etapas, acompanhada de discussões em sala, atividades de aprofundamento e conexões com outros conteúdos curriculares.

O objetivo é desenvolver uma compreensão crítica sobre a trajetória da espécie humana, seus modos de vida, escolhas e consequências para o planeta — um convite à reflexão sobre o passado para pensar o presente e o futuro.

De Volta ao Santa Marta: Aprendizados que Transformam

F8

Como já é tradição em nossa escola, as turmas de F8 participaram de mais uma visita ao Morro Santa Marta, uma vivência que faz parte do nosso projeto de construção da biblioteca comunitária. Desde o início dessa iniciativa, temos buscado aproximar nossos estudantes da realidade local, para que compreendam o valor da escuta, da presença e da colaboração na construção de um mundo mais justo e coletivo.

Antes da visita, tivemos uma conversa muito especial com Gilson, ativista comunitário e morador do Santa Marta, que compartilhou com os estudantes sua trajetória, suas lutas e conquistas. Ele também nos guiou no percurso pela comunidade, enriquecendo a caminhada com histórias e reflexões.

Durante a visita, conhecemos diferentes espaços do morro, trocamos com moradores, jogamos futebol na quadra e, acima de tudo, aprendemos com a potência de uma comunidade viva, resistente e organizada.

Essa experiência é fundamental para que os alunos desenvolvam empatia, consciência social e pertencimento ao território em que vivem. Ao entrar em contato com realidades diferentes das suas, os estudantes ampliam sua visão de mundo, compreendem desigualdades estruturais e são convidados a se engajar de forma crítica e ativa em projetos que buscam transformação social.

Voltamos com a certeza de que ainda temos muito a aprender — e muito a contribuir.

Oriente-se: O Mundo das Artes Marciais Orientais

F6/F7/F8/F9

Ao longo do primeiro trimestre, vivemos descobertas, desafios, conversas e aprendizagens que marcaram o início do nosso ano letivo. Para iniciar o novo trimestre com mais consciência e propósito, realizamos o “Ponto de Virada”, um momento simbólico que abre novos caminhos dentro do nosso projeto institucional.

A primeira atividade do dia foi marcada pela presença da equipe Sumô Rio, que nos apresentou essa arte marcial milenar de origem japonesa, pouco conhecida — e até mesmo alvo de preconceitos — no mundo ocidental. Após a demonstração, nossos estudantes foram convidados a participar de uma atividade prática, experimentando na pele os movimentos e valores que envolvem essa prática corporal.

A ação foi organizada pela equipe de Educação Física da escola, que, em diálogo com o tema institucional, promoverá ao longo do ano um mergulho no universo das artes marciais orientais. A proposta é ampliar o olhar dos estudantes sobre essas práticas, compreendendo-as não apenas como formas de combate, mas como expressões artísticas, culturais e filosóficas, repletas de simbolismo, história e ancestralidade.

Começamos com o Sumô, e a manhã foi marcada por muita curiosidade, respeito e envolvimento dos estudantes, que se mostraram abertos a aprender com uma cultura muitas vezes distante do seu cotidiano, mas cheia de ensinamentos sobre disciplina, equilíbrio, concentração e honra.

Essa experiência é o primeiro passo de uma jornada que convida todos a “se orientar” no tempo, no espaço e nas tradições, construindo novas conexões entre o corpo, a cultura e o conhecimento.

Cinema, Arte e Memória: um Encontro com Valentina Herszage

F6/F7/F8/F9

Na segunda metade da nossa manhã, tivemos a alegria de receber a ex-aluna da escola e atriz Valentina Herszage, que interpretou a personagem Veroca no premiado filme Ainda estou aqui, para uma conversa especial com nossos estudantes sobre Cinema, Arte e Memória.

O encontro foi uma oportunidade preciosa para refletirmos sobre o papel do cinema na preservação de histórias e afetos. O filme, inspirado em vivências reais, aborda temas como ausência, luto, identidade e ancestralidade, mostrando como a linguagem cinematográfica é capaz de transformar lembranças em obra de arte — e de tocar profundamente quem assiste.

Durante a conversa, discutimos como o cinema pode funcionar como um arquivo vivo da memória coletiva, sendo também um meio de expressão artística que conecta o íntimo ao universal. Valentina compartilhou sua trajetória como atriz, falou sobre os bastidores do filme e trouxe reflexões sensíveis sobre o processo de dar vida a uma personagem com tanta carga emocional.

A conversa foi enriquecida pelas perguntas instigantes dos alunos, que participaram ativamente e demonstraram grande interesse pelo tema. Ao final da atividade, nossos estudantes aproveitaram para registrar o momento com fotos ao lado da atriz.

Foi uma manhã inspiradora, em que arte, história e afeto se entrelaçaram — e deixaram em todos nós a certeza de que a memória, quando cuidada e partilhada, pode ser transformadora.

Foi Dada a Largada: OBMEP 2025!

F6/F7/F8/F9 – Matemática

Começamos oficialmente os preparativos para a OBMEP 2025, uma das maiores competições estudantis do país. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas tem como objetivo estimular o estudo da Matemática, revelar talentos e promover a valorização da disciplina entre estudantes e professores.

Nossos jovens matemáticos já estão participando de aulas preparatórias, resolvendo e debatendo questões de edições anteriores da prova — um processo que estimula o raciocínio lógico, a persistência e o trabalho colaborativo.

Neste ano, quase 100 estudantes da escola demonstraram interesse em participar, o que revela o crescimento e a força desse projeto em nossa comunidade escolar.

Mais do que uma competição, a OBMEP é uma porta de entrada para uma relação mais curiosa, desafiadora e significativa com a matemática. O trabalho desenvolvido ao longo da preparação aproxima os alunos de situações-problema do cotidiano, desenvolve habilidades analíticas e promove a autoconfiança diante de desafios intelectuais. Celebramos não apenas os resultados, mas todo o caminho trilhado rumo ao conhecimento.

Ensaios Gerais

F8 e F9 – Música, Teatro e Dança

As turmas do oitavo ano apresentaram o Auto do Boi, folguedo popular que mistura música, dança e teatro, tendo como público os colegas do sexto e nono ano. Já as turmas de nono ano encenaram entre si A Barca da Cultura, uma criação de teatro contemporâneo que também reúne múltiplas linguagens artísticas.

Mais do que um ensaio, esse encontro foi um momento de troca e escuta. As turmas conversaram sobre seus processos criativos, deram sugestões umas às outras com respeito e generosidade, e compartilharam os sentimentos que antecedem a estreia — medos, expectativas e alegrias.

É emocionante acompanhar a trajetória de cada grupo: da escolha do projeto à criação coletiva e individual, das dificuldades superadas ao amadurecimento que todo processo artístico exige.

Estamos cheios de expectativa!
No dia 14 de junho, será a vez de dividir com toda a comunidade o que vivemos e criamos até aqui.

Operações na Álgebra

F8 – Matemática

Adição, subtração, multiplicação, divisão… A propriedade distributiva finalmente encontrou mais aplicabilidade, inclusive em Geometria!

O estudo de monômios e polinômios nos habilita a maiores ousadias no universo matemático, preparando terreno para os Produtos Notáveis e Fatoração Algébrica.

Muito material de estudo no Classroom e no caderno. Foco é a palavra do momento!

Lights, Camera, Nostalgia! 

F8 – Inglês

Ainda envolvido nos preparativos da Mostra de Artes de 2025, o 8º ano já deu o pontapé inicial para a Feira Literária com um projeto que une cinema, arte e linguagem — uma proposta pensada para aproximar o aprendizado do inglês às memórias e experiências pessoais dos alunos.

Os alunos escolheram filmes importantes para eles e que fazem parte de suas histórias e de seu repertório cultural. A partir dessa curadoria afetiva, organizaram seus grupos de trabalho, reconhecendo as diversas funções envolvidas em uma produção cinematográfica e refletindo sobre os bastidores da sétima arte.

Como base para a discussão e aprofundamento, trabalhamos com um material especial sobre Arte e Cinema, elaborado pela nossa coordenadora de Artes, Roberta Porto — material esse que nos guiou por reflexões sobre linguagem visual, narrativa e expressão artística.

Paralelamente, seguimos praticando intensamente a oralidade e a escrita, habilidades centrais do primeiro trimestre, revisando conteúdos importantes do 7º ano, fundamentais para o avanço nos próximos ciclos.

As aulas têm sido espaço de estudo, mas também de leveza: brincamos de Adedanha (Stop) e ouvimos e cantamos como em um musical, aproveitando nosso tema do trimestre: Movie Genres.  

Ainda Evoluímos?

F8 – Ciências

Os jovens do oitavo ano, com base nas teorias evolutivas aprendidas no primeiro trimestre, terão um aprofundamento nos caminhos da evolução humana.

O tema suscita grande curiosidade e amplo debate sobre o passado de nossos ancestrais e as perspectivas de futuro da nossa espécie. Entramos no assunto usando diferentes recursos, como vídeos, textos de divulgação científica e o livro Sapiens em quadrinhos.

Nos Bastidores da Notícia: Visita a O Globo

F8 – Português

As F8 deram início a uma nova editoria de estudos: os textos da esfera jornalística. Entre lides e manchetes, as turmas apuraram as características dos gêneros de texto notícia e reportagem para compreender como a linguagem jornalística busca informar com clareza e objetividade.

Uma das atividades mais interessantes das aulas foi a experiência de conhecimento de jargões e expressões utilizadas nesse meio. A leitura do  “glossário de redação” possibilitou conhecimentos sobre termos como “fechar a matéria”, “subir o texto”, “dar o furo”, “off”, “pauta fria” e “barriga”, palavras que passaram a fazer parte do vocabulário da turma. Até porque escrever uma boa notícia vai muito além de relatar um fato: é também conhecer os bastidores da linguagem jornalística e o modo como os profissionais da área se comunicam entre si.

Outro estudo foi em torno dos diferentes tons da linguagem — da objetividade informativa à subjetividade opinativa — e do processo de edição que faz uma pauta virar texto.

Para tornar essa experiência ainda mais significativa, saímos da teoria e fomos direto à fonte: visitamos a redação do jornal O Globo. Lá, conhecemos de perto como é o dia a dia de um veículo de comunicação e observamos como a informação circula e se transforma em matéria. A visita foi como entrar na primeira página de um jornal em tempo real: cada setor, profissional e processo revelava uma nova página em busca de novas aprendizagens.

Voltamos com a “pauta quente” para nossas produções e com a certeza de que ler e escrever sobre o mundo é também uma forma de participar dele.