A Festa Junina da Sá Pereira é muito mais do que uma comemoração: é um ato pedagógico, afetivo e cultural. Celebrar esse festejo popular é reconhecer a força da memória coletiva, da oralidade, da música e da dança como formas legítimas de produção de conhecimento.
Ao valorizar as tradições nordestinas, as narrativas do povo do campo, os ritmos afro-indígenas e as expressões regionais, a festa se alinha profundamente ao nosso projeto institucional de 2025 — “Arte e Memória: é preciso relembrar o antes para inventar o depois?”
Nesse encontro entre o ancestral e o contemporâneo, promovemos o pertencimento, a escuta, o respeito às culturas populares e a valorização das raízes que nos formam enquanto sujeitos e enquanto escola.
Brincar é memória viva, arte é pertencimento.

O reencontro das nossas crianças e jovens foi marcado por muito afeto e alegria. Nesta primeira semana, compartilharam viagens, histórias e, aos poucos, foram retomando a rotina escolar.
Mais do que rever amigos, este momento reafirma a importância de estar em grupo, de aprender e crescer no coletivo, construindo laços que fortalecem a experiência escolar.
Nas próximas semanas, estarão envolvidos com novos projetos de pesquisa, o evento literário de F2 ao Ensino Médio, a mostra de artes da Pereirinha e muitas outras vivências que nos esperam.
Aguardem!
Fundamental II e Ensino Médio
A Festa Junina do Fundamental II e Ensino Médio foi repleta de cultura, musicalidade e crítica sensível. Mais do que um momento de celebração, foi a culminância de processos de pesquisa, investigação artística e conexão com as raízes populares que atravessam a história e a diversidade brasileira e latino-americana.
As F9 abriram a festa com um cortejo musical no qual cantaram e tocaram Asa Branca, Baião de Ninar e Batucada, costurados pela escala mixolídia. Em seguida, as F6 dançaram calango e partido alto, exaltando os saberes da roça. As F7 cruzaram a cúmbia e o carimbó com a canção El Pescador, e as F8 dançaram o auto do boi em roda com matracas.
Já o Ensino Médio encerrou a festa com uma coreografia potente de Homem com H, de Ney Matogrosso, abordando identidade e liberdade de expressão.
Na volta às aulas de Teatro, os alunos foram convidados a experienciar jogos e improvisos teatrais inspirados nas práticas de Viola Spolin, Augusto Boal e Jean-Pierre Ryngaert.
A proposta marcou o início do semestre com leveza e criatividade, promovendo o reencontro entre os colegas e fortalecendo os vínculos do grupo.
Os jogos trabalharam, também, aspectos fundamentais da preparação do ator, como projeção de voz, expressão corporal, escuta ativa, concentração e pensamento criativo. De forma lúdica e colaborativa, os alunos foram estimulados a estar presentes em cena, reagir com prontidão e construir coletivamente o saber teatral.
Voltamos das férias já com uma missão especial: criar uma instalação artística para dar as boas-vindas aos visitantes da nossa próxima Feira Literária.
A proposta é montar uma grande “nuvem de palavras” formada pelas respostas de todos os estudantes da escola à pergunta: “O que vem à sua mente quando ouve a palavra memória?”
Depois de refletirem e trocarem ideias com os colegas, cada aluno escolheu uma única palavra para representar seu significado de memória — e ilustrou essa palavra, de forma simbólica ou literal. A atividade despertou conversas ricas, repletas de histórias e lembranças, e nos revelou diferentes formas de olhar para o tema.
O resultado promete ser um painel coletivo cheio de sensibilidade e criatividade, que vai receber o público da feira com muito afeto.
F6/F7/F8/F9
Estamos nos aproximando da 4ª Feira Literária da Sá Pereira, um evento que celebra a formação leitora de nossos estudantes e de toda a comunidade escolar.
Neste ano, damos as boas-vindas ao Ensino Fundamental 1, que passa a integrar essa grande comemoração.
Em diálogo com nosso projeto institucional, o tema desta edição será:
“Palavra-memória: tecendo histórias com a arte de contar.”
Preparamos um dia inteiro repleto de atividades dedicadas à celebração da literatura: exposições, rodas de conversa sobre livros, oficinas literárias, encenações, saraus poéticos, lançamentos de obras e bate-papo com autores e autoras de nossa comunidade.
Todos estão convidados para esse dia de confraternização e encontro!
No terraço, teremos mais uma edição da nossa Feira de Livros.


Nas aulas de Teatro, lemos com os nonos anos o texto da Festa de Encerramento. A peça Liberdade é palavra que dança, escrita por Janaina Russeff e Roberta Porto, abriu espaço para que nossos alunos compartilhassem as impressões da leitura:
“Eu fico impressionada com a quantidade de referências que vocês trazem pra gente. O quanto essa escola alarga o nosso conhecimento, a quantidade de músicas, de obras de arte, de citações que eu conheci porque estou aqui.” — Nina (F9C)
“Vocês conseguiram juntar nesse texto todos os desejos dos três nonos anos! Tá tudo aí! Acho que é a festa mais bonita que vocês já escreveram.” — Vicente (F9A)
“Eu sempre sonhei com esse momento, desde pequeno. A gente sabia que no nono ano ia levar a festa, e esse momento chegou… Chegou com essa peça que tá poética, tá muito bonita.” — Manoel (F9C)
“Incrível como, lendo, a gente faz conexões com o que estamos vendo em Geografia e em outras disciplinas. Isso é muito maneiro.” — Bruna (F9C)
“Eu achei a peça muito legal. Já sei até qual personagem eu quero fazer. A gente já vai escolher?” — Nina (F9B)
Foi assim, animados e cheios de entusiasmo, que nossos alunos escreveram nesta semana quais personagens desejam interpretar. Na próxima aula, daremos início à montagem do espetáculo de fim de ano, em que arte e memória caminharão de mãos dadas.
F6/F7/F8/F9
A Feira Literária de 2025 foi aberta com a presença marcante da multiartista Elisa Lucinda. Com sua fala intensa, espirituosa e poética, ela destacou a importância da palavra em nossas vidas. Entre versos e relatos de sua trajetória pessoal, Elisa cativou o público e manteve a atenção de todos por mais de duas horas, em uma conversa vibrante e inspiradora.
Este foi mais um capítulo histórico de nossa Feira Literária, que já contou com nomes como Conceição Evaristo, Márcia Kambeba e Otávio Júnior. Hoje, a Feira é parte do calendário pedagógico da escola e reafirma o lugar central que a literatura ocupa em nossa formação e em nossa comunidade escolar.
A Feira Literária da Sá Pereira é também um espaço de celebração e exposição das produções criativas de nossos estudantes ao longo do ano, aprofundando a experiência da leitura e da escrita em nossa escola.
Entre as publicações literárias, tivemos os livros de crônicas e o “minidicionário de antigamente” das turmas de F6, os livros de poesia das F7 e a adaptação de Becos da Memória, de Conceição Evaristo, apresentada em uma emocionante leitura dramatizada pelas F8.
As salas se transformaram em verdadeiras galerias, repletas de instalações, produções artísticas e textuais, que mostraram as diferentes leituras e gêneros trabalhados no cotidiano escolar. No Cine Pereira, por exemplo, o público se divertiu com as dublagens e remakes produzidos em Inglês.
A interdisciplinaridade também esteve presente: nas escadas, as F6 apresentaram um Diário de Bordo em História, com relatos das viagens dos exploradores em busca de novos mundos; em Geografia, o Circuito das Artes convidou a percorrer as diferentes regiões do Brasil; em Ciências, as F8 trouxeram reflexões inspiradas no livro Sapiens: Uma breve história da humanidade.
Foi uma manhã inspiradora, em que nossa comunidade pôde vivenciar de perto a potência criativa de nossos estudantes e a formação humana que orienta o trabalho da Sá Pereira.

F6/F7/F8/F9
Uma das grandes novidades desta edição da Feira Literária foi a presença de autores de nossa própria comunidade escolar, que tiveram a oportunidade de apresentar suas publicações. Foram 16 participantes, cada um compartilhando suas criações e trajetórias literárias.
É uma alegria imensa descobrir quantos escritores e escritoras fazem parte da nossa comunidade — um sinal claro de que a vocação da Sá Pereira para o universo literário se fortalece a cada ano.
Que venham mais livros e mais vozes! Já estamos animados e curiosos para conhecer as próximas publicações que surgirão até a nossa próxima Feira.
Os Estudantes da Alegria, versão 2025, fizeram sua estreia na nossa Feira Literária! O grupo de palhaçaria, criado no ano passado junto ao projeto institucional sobre saúde, ganhou novos integrantes e segue firme em sua missão: espalhar alegria por onde passa.
Crianças pequenas e grandes se divertiram com os quadros apresentados, todos criados e roteirizados pelos próprios estudantes, com a orientação especial do palhaço Loui, mestre e “chefe da trupe”.
Mais do que risadas, o grupo mostrou como a criatividade, o humor e o espírito coletivo também são parte essencial da formação em nossa escola.
Na sexta-feira, 05/09, vivemos uma noite muito especial na escola: o tão aguardado Sarau reuniu estudantes de F6 ao Ensino Médio em uma sequência de apresentações musicais ensaiadas de forma independente, além da participação de funcionários e ex-alunos.
O evento foi marcado pela alegria e pelo entusiasmo dos alunos, que saíram felizes e orgulhosos de suas produções. As F8 brilharam na organização: cuidaram da divulgação, das inscrições, da assistência de palco e da decoração. Escolheram o tema Anos 2000, e na entrada do teatro uma verdadeira máquina do tempo impressionava todos que chegavam.
Os alunos do Fundamental II estão desenvolvendo um jogo sobre História da Arte. O desafio é criar uma linha do tempo com principais movimentos artísticos mundiais, em um jogo de cartas interativo e educativo.
Cada turma ficou responsável por um período da história e, divididos em grupos, os estudantes estão pesquisando estilos, artistas e obras marcantes do período. A próxima etapa é a criação das releituras, que vão ilustrar as cartas do jogo.
Com a pesquisa completa e a releitura pronta, cada grupo criará uma carta com informações sobre os movimentos estudados e imagens das releituras, formando a base do nosso jogo.
Esse projeto tem sido uma oportunidade de aprender de forma criativa e colaborativa. As turmas já estão ansiosas para ver o resultado final para poderem colocar o jogo em prática.
F9 – Projeto
Na primeira quinzena de setembro, as turmas de F9 vivenciaram um momento importante no percurso de seus projetos de pesquisa: a apresentação dos resultados parciais.
Cada grupo compartilhou suas descobertas e reflexões para a turma e para convidados, mobilizando não apenas os conteúdos estudados, mas também estratégias de comunicação. Os temas foram variados, desde registros visuais da ditadura militar até estudos sobre globalização, cultura pop, mudanças climáticas, deslocamentos humanos e a relação entre rios e urbanização.
Alguns poucos grupos demonstraram dificuldades de organização ou de comprometimento. Mas o que chamou a atenção da equipe de professores foi a densidade acadêmica da maior parte das apresentações, somada ao uso criativo de recursos visuais, artísticos e narrativos.
Esse primeiro teste funcionou como um ensaio para a consolidação das pesquisas, permitindo que os estudantes recebessem devolutivas e ajustassem seus percursos para o trabalho final a ser apresentado na Feira Moderna.
Mais do que um exercício avaliativo, a experiência se revelou um espaço de trocas, valorização da autoria e fortalecimento da dimensão investigativa que marca o projeto pedagógico da Sá Pereira.
Nos últimos meses do 2º trimestre, as turmas de F9 aprofundaram seus conhecimentos sobre a estrutura do átomo e as ferramentas que utilizamos na Química para descrever sua constituição.
Para isso, estudamos os átomos e os relacionamos com suas múltiplas aplicações no cotidiano. A fim de ampliarmos esse conhecimento, construímos uma tabela periódica em papel kraft, inspirados na obra “Educação para Adultos”, do artista alagoano Jonathas de Andrade. Dentro de cada quadrado, um mundo e uma possibilidade de detectar, ao nosso redor, os elementos químicos.
O mais interessante desse processo não foi o produto produzido, mas seu processo: encontros cercados de discussões entre os conhecimentos científicos e a colaboração dos estudantes para a elaboração de ferramentas científicas singulares, como uma simples tabela periódica.
O nono ano conduz a Festa de Encerramento costurando dança, música, teatro e reflexão crítica. Cada apresentação surge inserida em um contexto maior, dialogando com a narrativa da peça Liberdade é Palavra que Dança, escrita por Janaína Russeff e Roberta Porto.
Ao mergulharmos na leitura desse texto, compreendemos o significado de cada coreografia e, a partir daí, iniciamos nosso processo criativo.
A F9A e a F9C apresentam coreografia homônima à peça, celebrando a liberdade de criar, imaginar e refletir. Já a F9B, inspirada no livro Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, encena a cegueira da sociedade que insiste em abrir mão da reflexão sobre comportamentos, silenciamentos e injustiças.
Esse percurso está sendo construído coletivamente, garantindo espaço real de autoria para nossos alunos. Assim, a Festa de Encerramento se torna mais do que uma apresentação: é a afirmação do protagonismo estudantil e do sentimento de pertencimento, elementos fundamentais para que a aprendizagem se torne viva, significativa e transformadora.
Um momento essencial no processo de construção dos projetos aconteceu no Seminário de Pesquisa, realizado no início deste mês.
Nessa ocasião, os grupos apresentaram, pela primeira vez, os resultados parciais de seus trabalhos para outras turmas, exercitando a comunicação e a troca de conhecimentos.
Após cada apresentação, os colegas foram convidados a compartilhar comentários e sugestões, contribuindo para o aprimoramento das pesquisas. As professoras orientadoras também acompanharam o processo, avaliando o andamento dos projetos e já projetando os próximos passos rumo à Feira Moderna.
Foi uma semana intensa e muito enriquecedora, em que diferentes temas relevantes para a sociedade ganharam espaço de reflexão, debate e aprofundamento dentro da nossa comunidade escolar.
Para encerrar o ciclo do fundamental 2, estamos lendo no 9º ano os textos não-ficcionais, isto é, livros informativos, científicos, filosóficos, ensaísticos, biográficos, entre outros gêneros que exploram o que chamamos de “realidade” e abordam fatos da nossa sociedade e do mundo em que vivemos. Nas últimas aulas de biblioteca, a professora Laíza levou um carrinho com dezenas de livros não ficcionais para os alunos conhecerem. Alguns se interessaram tanto pelos títulos, que já fizeram empréstimos com a professora.
Esses gêneros são fundamentais para compor o chamado repertório sociocultural, tão importante para a escrita da dissertação argumentativa, gênero textual que já está sendo estudado nas aulas de redação. Ao longo do trimestre, os alunos farão, no mínimo, três dissertações argumentativas, cujos temas serão divididos em três eixos: filosófico, sociológico e científico-ambiental. Nas últimas aulas, os alunos foram incentivados a recolher citações variadas para usar nessas produções textuais, as quais serão todas avaliativas.
Além disso, essas leituras nos prepararam para o livro deste terceiro trimestre, “Futuro ancestral”, de Ailton Krenak, que também é não-ficcional. Trata-se de uma coletânea de ensaios sobre o meio ambiente, a força das cosmovisões indígenas, o capitalismo e a organização das cidades. Já começamos a discutir os primeiros textos do livro, e a cada semana haverá uma produção textual relacionada a ele. Teremos um trimestre com foco na escrita dissertativo-argumentativa!
F6 a F9 – Matemática
Nossos campeões da Gincana de Matemática do EF2 puderam celebrar a conquista de uma forma deliciosa: com o já tradicional lanche na praça do Santa Marta!
Entre pastéis, caldo de cana e muitas risadas, o grupo comemorou o resultado da gincana, que uniu raciocínio lógico, criatividade e trabalho em equipe.
Confira alguns registros desse momento saboroso e cheio de alegria!
No dia 1º de novembro, celebramos mais uma edição da Feira Moderna do EF2 em nossa escola. Este evento pedagógico marca a culminância do trabalho anual de Projeto, no qual os grupos de estudantes se aprofundam em temas que articulam Ciências e Humanidades, sempre em diálogo com o projeto institucional da escola.
Neste ano, vivenciamos intensamente o tema “Arte e memória: é preciso relembrar o antes para inventar o depois?”, um eixo que traduz a própria essência da Sá Pereira, onde a arte ocupa um lugar central na formação integral de nossos estudantes.
Ao longo da manhã, a comunidade escolar pôde mergulhar em diferentes perspectivas, reflexões e experiências sensíveis. Cada apresentação revelou olhares únicos sobre memória, criação, identidade e história — um convite à escuta, ao diálogo e ao pensamento crítico.
Saímos desta Feira Moderna com nosso repertório cultural ampliado, o coração tocado e a certeza renovada de que a arte é fundamental para a construção de uma humanidade mais reflexiva, sensível e justa. Uma celebração da aprendizagem, da criatividade e da potência dos nossos estudantes.