Jackson Pollock (1912-1956) foi um pintor norte-americano que se tornou referência do movimento do expressionismo abstrato e ficou conhecido por seu estilo único de pintura por gotejamento (do inglês “dripping“).
Para isso, o artista coloca a tela no chão, caminha sobre ela e, assim, desloca o centro de ação que produz a pintura: da concentração no punho e dedos para uma gestualidade que inclui o corpo inteiro, tornando a expressão ampla e a movimentação do corpo como dinâmica de produção. Em suma, uma dança cujo resultado é uma pintura.
Depois de conhecerem um pouco da obra e da vida de Pollock, convidamos os nonos anos a criarem uma pintura coletiva inspirada em suas produções. Ao som de Sebastian Bach, nossos alunos foram individualmente experimentando movimentos que eram impressos em rajadas de tintas na tela em branco. Além da experimentação corporal, também precisaram estar atentos à composição do quadro, ao equilíbrio das cores, etc. Ao fim da vivência, escreveram pequenos textos trazendo suas percepções sobre a atividade.
Os textos e as obras produzidas serão expostos em nossa Mostra de Artes. Mas como o dia 14/06 ainda está um pouquinho distante, vamos deixar um spoiler aqui:
“Com trabalhos inspirados na obra de Jackson Pollock, nós percebemos que a dança e as artes plásticas nesse contexto não são tão distantes. Os movimentos que fizemos no espaço imprimiram coisas diferentes. Então nos expressamos de duas maneiras: no papel e pela dança. Além disso, a música que ouvimos influenciou nos movimentos e na pintura, favorecendo ainda mais a comunicação entre as artes.”
Sophia, Maria Flor, Tom, Gabriel, Heloisa, Antonia e Vicente (F9A)
“Cada ação que deu colaborou para a criação da pintura, foi uma experiência única para cada indivíduo, assim como em cada movimento, nós sentimos coisas diversas com intenção ou não de demonstrar algo. Gostamos de usar cores diferentes, pois no contexto da obra, produzimos um complexo de sentidos, cada cor diferente pode ser também uma forma de expressão, sendo algo profundo ou uma escolha por simples preferência, isso que gostamos na obra abstrata, a incerteza de uma opinião certa e sim a liberdade de interpretarmos como quisermos. “
Maria Azevedo, Isis Amorim, Miguel Falcão, Jay, Ana Julia, Valentina Vetymemy (F9C)
Na volta às aulas, acolhemos e reunimos nossos estudantes de Ensino Fundamental 2, antigos e novos, no teatro para a abertura do ano letivo.
Na ocasião, apresentamos um vídeo chamado “Faça sua alma crescer”. Em 2006, um ano antes de morrer, o escritor Kurt Vonnegut recebeu envelopes contendo convites de cinco alunos da Xavier High School de Nova York que eram um dever de casa: os estudantes deveriam escrever para seu autor favorito e convencê-lo a fazer uma apresentação na escola apenas com uma carta. Kurt não pode ir devido à idade, mas deixou seu recado na carta que enviou de volta à escola.
A carta de Kurt Vonnegut é uma resposta calorosa e bem-humorada a estudantes e professores que lhe escreveram. Ele incentiva todos a praticarem arte – seja música, dança, escrita ou qualquer outra forma de expressão – não para buscar sucesso ou reconhecimento, mas para experimentar crescimento pessoal e alimentar a alma. De forma descontraída, sugere pequenas atividades criativas, como desenhar ou dançar, e propõe um exercício secreto: escrever um poema, destruí-lo e sentir a recompensa interna desse ato. Com isso, Vonnegut transmite sua crença na arte como um meio transformador e essencial para a vida.
Ao longo da semana, nossos professores têm se dedicado às atividades de sensibilização do tema institucional, relacionando as diferentes disciplinas ao tema proposto.
“Arte e memória” é uma oportunidade de revisitarmos a essência de nossa escola, que tem a arte como protagonista no processo educativo, e instrumento de formação pessoal, de crítica e transformação individual e coletiva.
Segue o link para quem quiser assistir o vídeo: Faça sua alma crescer
Os primeiros dias de aula da F9 foram marcados por atividades de sensibilização, preparando os estudantes para o projeto institucional do ano.
Em Língua Portuguesa, os alunos exploraram a relação entre arte e memória por meio de um trabalho com diferentes imagens. Em Ciências e Humanidades, o foco foi a análise das “memórias do progresso”, questionando como as obras artísticas podem refletir os avanços históricos e sociais.
A empolgação aumentou com a introdução das Olimpíadas do Conhecimento, com a equipe já em campanha para a 20ª OBMEP e a XXI Olimpíada Brasileira de Biologia. A primeira atividade externa também foi anunciada: visita ao Centro Cultural dos Correios para conhecer as obras da artista Manuela Navas, planejada pela professora Laiza Nascimento.
Esses primeiros momentos definiram um início de ano cheio de aprendizado e reflexão.
Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.
Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.
O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.
Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.
Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”
É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.
Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:
Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso
No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto
Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.
Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação
Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!
Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.
Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar!
As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia:
Começamos o ano conversando sobre as dimensões da Memória e a imensidão do conceito Arte, com o intuito de ampliar as discussões e fazer nossos alunos refletirem sobre a pergunta: Existe arte sem memória?
Em seguida, criamos uma pequena sequência coreográfica usando gestos que nos dão identidade. Ao finalizar essa atividade discutimos que qualquer coisa — sejam gestos, objetos, ações cotidianos etc. — pode servir de inspiração no fazer artístico.
Na semana seguinte continuamos conversando sobre arte e memória, mas em relação ao Carnaval. Ouvimos e dançamos o samba da escola ansiosos pelo bloco da Sá Pereira! Até lá!
O samba “A Arte é a Flecha e o Arco”, composto pela professora Manoela Marinho para o carnaval da Sá Pereira de 2025, foi o pontapé inicial para as aulas de música do fundamental 2.
Analisar e interpretar a letra da canção nos iniciou nas possibilidades de pesquisa que surgem da intercessão entre Arte e Memória. Resistência, cultura, emoção, passado, presente e futuro foram sentidos encontrados na poesia da Manu.
Para começarmos a trabalhar a memória, tentamos cantar a música sem ler a letra e afinamos nosso coro para a nossa festa de carnaval, no sábado dia 22/02.
Viva o Zé e a Sá Pereira!
Matemática F6/F7/F8/F9
Já estão abertas as inscrições para a 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática. O evento foi criado em 2005 para estimular o estudo da Matemática e identificar talentos na área.
Acreditamos que a participação de nossos estudantes traz uma dimensão lúdica e desafiante da Matemática, e mobiliza um grupo de alunos que gostam da disciplina.
Estamos incentivando nossos alunos a se inscreverem na OBMEP, entrando nas salas e explicando como funciona o projeto.
Para realizar a inscrição, acesse o link abaixo:
Neste início de ano letivo, nossas aulas de História foram dedicadas a compreender o que estudaremos ao longo dos próximos meses. O foco será a história mundial e do Brasil no século XX.
Para organizar nosso percurso, listamos os principais conteúdos do primeiro trimestre: Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Nazifascismo e Segunda Guerra Mundial.
Nosso estudo sobre a Primeira Guerra Mundial ocorreu ao longo de três semanas, guiado por três questões norteadoras, cada uma abordada semanalmente:
Com o encerramento deste tema, avançaremos para a Revolução Russa. Nossos estudos buscarão compreender o processo revolucionário, sua importância para a história do século XX e suas influências nos dias atuais.
A sensibilização para o tema do ano ocorreu por meio de diversas formas de representação de nossas histórias e características individuais, como números, datas e a criação de um logo pessoal.
Esse processo de reflexão sobre nossa trajetória até o presente fundamenta e se conecta ao trabalho linguístico proposto para o trimestre. Nele, exploraremos um novo objeto de aprendizagem: o tempo verbal utilizado para ações passadas que, de diferentes maneiras, mantêm relevância no presente.
No encontro com as famílias, a coordenação e a orientação promoveram reflexões sobre os desafios que marcam o fim do ciclo escolar.
A F9 é um período de transição, repleto de expectativas e novas responsabilidades, especialmente para aqueles que estão chegando à Sá Pereira, onde encontrarão uma dinâmica diferente, com disciplinas organizadas de outra forma e um trabalho de Artes e de projetos que incentiva a autonomia e a pesquisa.
Falamos também sobre a importância de encerrar bem o ano letivo. Construir uma base sólida agora é essencial para que os estudantes ingressem no ensino médio com mais segurança e confiança. Nesse contexto, apresentamos o Projeto Teia, uma oportunidade valiosa para ampliar repertórios e desenvolver habilidades importantes para essa nova etapa. Durante o ano, os nossos jovens terão diversas oportunidades formativas com oficinas de 100 minutos.
Outro ponto de atenção foi a proibição do uso de celulares na escola, uma medida que busca melhorar a concentração e a qualidade da convivência. Além disso, abordamos o sistema de avaliação, reforçando que a reprovação ocorre caso o estudante tenha mais de dois conceitos C ao longo do ano, o que reforça a necessidade de um acompanhamento atento ao desempenho acadêmico.
As famílias pontuaram também sobre a necessidade de trazer mais temas sobre a emergência climática para a discussão com os estudantes e se colocaram à disposição para contribuir para o debate.
Esse diálogo aberto com as famílias é fundamental para garantir um ano produtivo e um processo de transição mais tranquilo para todos e todas.
Nas aulas de Dança, de F6 a F9, encerramos a fase de diálogo entre o Projeto e o Carnaval trazendo diferentes obras de arte que retratam essa festa. De Édouard Manet a Heitor dos Prazeres, ficaram claras para os nossos alunos as transformações que o Carnaval sofreu ao longo do tempo.
Para chegar a essa conclusão, dividimos as turmas em grupos e cada grupo recebeu uma obra de arte diferente. Precisaram pesquisar sobre o quadro, sobre o contexto histórico da época, sobre o estilo de dança representado, personagens, etc. Em seguida, montaram um quadro vivo: ao sinal da professora, o quadro se movimentava, dançando e festejando, dando vida e corpo à obra do artista.
Cada grupo apresentou o resultado de suas pesquisas e seu quadro vivo nos fazendo refletir sobre a pergunta que nos fizemos em nosso primeiro encontro do ano: existe arte sem memória? Até o momento estamos entendendo que não. Será que ao longo do ano mudaremos de opinião?
No primeiro projeto de Artes Visuais do 9º ano, estamos explorando o uso de diários gráficos como forma de expressão artística, registro de memórias e construção da identidade.
Para começar, os alunos foram apresentados ao universo dos diários gráficos, conhecendo diários de artistas icônicos como Frida Kahlo, Leonardo da Vinci e Picasso, além de referências contemporâneas.
Ao conversarmos sobre os cadernos apresentados, percebemos que o diário gráfico é muito mais que uma prática de desenho – é uma ferramenta de autoconhecimento, reflexão, aprendizado, capaz de registrar tanto memórias individuais quanto coletivas.
Também debatemos sobre a importância de registrar o cotidiano em um mundo acelerado, digital e globalizado, preservando histórias que, muitas vezes, correm o risco de serem apagadas.
Na parte prática, cada estudante começou por criar seu próprio caderno do zero: a partir de diferentes tipos e cores de papeis, aprenderam a fazer uma encadernação com costura simples, produzindo cadernos exclusivos para a atividade.
Finalizados os cadernos, os estudantes os levarão para casa, com orientações para que continuem preenchendo-os de forma pessoal e criativa — através de desenhos, colagens e textos — refletindo sobre suas rotinas, sonhos, inquietações, deslumbramentos e ideias.
Esse exercício estimula o desenvolvimento da habilidade de observação e a prática do desenho, e, principalmente, convida a pensar criticamente sobre suas trajetórias, referências e o mundo ao seu redor, fortalecendo o sentimento de identidade e estimulando a construção de memória de forma ativa.
Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!
Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.
Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos. “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.
Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.
Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!
Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!
Iniciamos as atividades do ano letivo com uma proposta de sensibilização sobre o conceito de progresso, abordado sob uma perspectiva histórica e científica. A turma de F9 foi desafiada a refletir sobre como o progresso tem sido representado ao longo do tempo e quais são as implicações desses ideais para a sociedade. A aula foi planejada para criar uma imersão no tema, utilizando o recurso visual de fotografias como ponto de partida para a discussão.
A primeira etapa do processo consistiu em uma análise coletiva de imagens que retratam momentos históricos ligados aos ideais desenvolvimentistas, acompanhadas de um breve contexto histórico sobre cada uma. Durante sa análise, discutimos os desdobramentos desses ideais e como, em muitos casos, o progresso foi uma narrativa que omitiu ou marginalizou realidades e sujeitos.
Após essa reflexão inicial, dividimos a turma em grupos, e cada um foi responsável por escolher uma fotografia e pesquisar a fundo sobre sua autoria, a estética envolvida e sua relação com o conceito de progresso. A proposta foi que os estudantes fossem além da análise superficial das imagens, identificando não apenas o contexto histórico, mas também as intenções por trás das fotografias, suas perspectivas estéticas e as narrativas que elas ajudaram a construir.
O produto final da pesquisa foi a criação de cartazes, nos quais os estudantes sintetizaram suas descobertas e reflexões. Esse momento permitiu que cada grupo apresentasse suas análises de forma criativa, ao mesmo tempo em que promovia o diálogo e a troca de ideias entre os colegas.
Ao final do processo, tivemos um momento de compartilhamento e diálogo entre os grupos. Cada um teve a oportunidade de expor sua fotografia, explicar o processo de pesquisa realizado e discutir como aquela imagem se relaciona com o conceito de progresso. Esse espaço de troca foi fundamental, pois permitiu aos estudantes confrontarem suas ideias e ampliarem a visão sobre o tema.
A atividade não só proporcionou uma reflexão crítica sobre o progresso, mas também estimulou habilidades de pesquisa, análise e comunicação. Além disso, o trabalho em grupo fortaleceu a cooperação e a construção coletiva de conhecimento. Acreditamos que a proposta alcançou seu objetivo de sensibilizar os estudantes para as diferentes formas de representação do progresso e suas implicações para a sociedade, convidando-os a repensar o conceito e suas diversas facetas.
O tema “Memória e Arte” está sendo desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa a partir da leitura da imagem artística — a fotografia, a pintura, a cena, a colagem e a escultura, sobretudo.
Duas artistas visuais foram nossas referências principais em aula: Mayara Ferrão e Manuela Navas, esta última a artista da exposição “Tudo é sonho/improviso impermutável e a impossibilidade de ser”. Suas obras suscitaram discussões sobre representação, referência e perspectiva. Comparamos, por exemplo, como o tema do cotidiano de pessoas negras é representado nas obras modernistas de 1922 e nas obras de artistas negros contemporâneos. Para amparar essas discussões, estudamos textos de divulgação, artigos e ensaios sobre exposições e séries artísticas.
Também iniciamos a leitura do livro do trimestre: Vamos comprar um poeta, de Afonso Cruz. Já lemos os seis primeiros capítulos e, ainda explorando o uso de imagens, fizemos os primeiros registros e perguntas sobre a narradora, o contexto, a linguagem e o núcleo principal de personagens. Aqueles que ainda não têm o livro precisam adquiri-lo, pois as discussões já começaram e a avaliação de produção textual será sobre tema baseado em Vamos comprar um poeta.
Em fevereiro, as turmas F9A, F9B e F9C estudaram os Conceitos Fundamentais da Geografia e iniciaram o tema da Globalização, analisando suas características, fases e impactos na economia, cultura e política.
Utilizamos trechos do documentário O Mundo Global Visto do Lado de Cá, com Milton Santos, para discutir os três tipos de globalização apresentados pelo autor. Nosso principal objetivo nessas primeiras semanas foi proporcionar uma compreensão crítica da globalização e seus efeitos no mundo contemporâneo, estimulando o pensamento analítico dos alunos sobre as dinâmicas globais contemporâneas e a construção histórica e geográfica desse processo.
Como atividades, os alunos registraram reflexões no caderno e receberam a primeira Ficha sobre o documentário.
Em março, o trabalho desenvolvido passou pelo estudo das figuras geométricas planas.
Estudamos área e perímetro de triângulos, quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézios, losangos e paralelogramos) e hexágono. Deduzimos as formas de cada um destes polígonos e desenvolvemos uma metodologia específica para triângulos retângulos.
Estudamos, ainda, a relação entre o comprimento e o raio em circunferências, chegando ao valor de 𝛑. Este cálculo foi feito em um experimento com circunferências, tesouras, barbante e réguas. Até um relógio de parede serviu de instrumento para o aprendizado.
As F9 foram desafiadas a investigar o teatro contemporâneo, com ênfase na ruptura do espaço cênico como elemento central.
A discussão inicial abordou a quebra das convenções tradicionais, questionando a divisão entre palco e plateia e expandindo as possibilidades cênicas para além da arquitetura convencional dos teatros.
Para aprofundar a reflexão, os alunos assistiram a um vídeo de Ailton Krenak sobre a manipulação da memória, que os instigou a pensar criticamente sobre seu papel na construção da percepção coletiva.
Em seguida, encenaram fragmentos cênicos que articulavam a desconstrução do espaço com reflexões sobre memória.
Organizados em grupos, ocuparam diferentes áreas do auditório, criando partituras cênicas que desafiavam a relação com o público e incorporavam o ambiente à narrativa.
O nono ano iniciou sua pesquisa em torno do tema “música e memória” tentando desbravar como o ser humano se apropriou dos sons captados na natureza e desenvolveu suas linguagens musicais.
A formação das escalas musicais está exigindo dos alunos alto grau de abstração! A partir da escala mais universal (presente em diversas culturas ancestrais no mundo), conhecida como Pentatônica, as turmas realizaram improvisos em jogos de pergunta e resposta e criaram suas próprias melodias.
A circularidade e a reincidência em torno de uma nota começam a apresentar as características apontadas por José Miguel Wisnik como identidade do Modalismo. A analogia em torno da importância das notas em uma escala e os papéis sociais presentes em algumas culturas (ex.: a tônica é o chefe e as notas demais, os comandados) nos dá pistas que serão muito importantes quando abordarmos o Tonalismo.
Paralelamente a isso, vamos exercitando os ouvidos: tentando acertar a afinação da nota Lá (sem referência) e identificar intervalos musicais associando-os a músicas conhecidas.
Vídeos:
F9B
https://youtu.be/VCIpdbixJaM?si=gYOxwa-ibi_hrQvZ
F9C
https://youtu.be/o_4uUWfMv2E?si=DYHQIF6f4XH9xm5q
F9A