Alegria dos encontros

TBT

O brilho e a alegria do Carnaval contagiaram os encontros entre amigos antigos e novos, depois de longos dias de férias.

As crianças dançaram e pularam ao som de diversas marchinhas e, animadas com o bloco, cantaram o samba  campeão Brasil!, de Gustavo Albuquerque.

Aproveitamos a empolgação carnavalesca para  apresentar a obra Carnaval, do artista brasileiro Candido Portinari. Exploramos cores, formas e representações, assim os pequenos puderam mergulhar na mistura e alegria de um bloco de carnaval no Brasil.

Entre encontros e afetos, todos brincaram e correram reconhecendo e revisitando os espaços da escola. Novos desafios e desdobramentos de atividades ajudaram a estabelecer os primeiros contatos dessa turminha gostosa!

Desejamos um ano novo cheio de conquistas e diversão.

Bailinho de Carnaval

Ed. Infantil

As turmas da Educação Infantil participaram do Bailinho de Carnaval que aconteceu nas aulas de música.

O professor Jean tocou e cantou diversas marchinhas, como “Mamãe eu quero”, “Touradas em Madri” e “Jardineira”. As crianças também dançaram e cantaram o samba vencedor da escola, chamado “Brasil!”. Foi uma alegria só!  Fantasiados e jogando confetes e serpentinas, todos se divertiram celebrando essa festa tão tradicional do nosso país. Viva o Zé Pereira!

Mapa do Brasil

TBT

As crianças estão ampliando seus vínculos de afeto com os amigos da nova turma e aprendendo a ter mais autonomia nos cuidados com seus pertences e nos afazeres da rotina. 

Durante uma roda de conversa exploramos a agenda e abrimos uma discussão sobre a imagem da capa. Iniciamos  um divertido quebra-cabeça com a ilustração do mapa do Brasil e em seguida lançamos mão de diferentes perguntas: O que vocês estão vendo nessa imagem? Para que serve um mapa? O que tem no Brasil? 

“Brasil é nossa casa.” (Sebastião)

“Brasil é um País.”  (Luca)

“Mapa serve para encontrar tesouros.” (Carolina)

“O mapa serve para mostrar o caminho.” (Ana)

“Quando a gente fica perdido, usa o mapa para se encontrar.” (Maria Rosa)

“No Brasil tem muita árvore.” (Antônio Lacombe) 

“Tem muitos bichos no Brasil.” (Pilar)  

“Tem mar, tem peixe…” (Isabel)

Depois dessa conversa interessante, nossos pequenos foram brincar de exploradores, com o desafio de encontrar no Atlas e no globo terrestre onde estava o  Brasil.

Aproveitamos para reconhecer no mapa outros lugares que as crianças já visitaram, observamos a distância cartográfica entre as cidades e estados citados, e assim foi possível conhecer um pouco mais sobre cada uma das crianças da TBT. 

Dessa forma, vamos sensibilizando a turma, que aos poucos vai buscando caminhos de aproximação com o projeto institucional.

É Carnaval!

Ed. Infantil – Dança

Nas aulas de Dança nos aproximamos do projeto institucional, “Brasil é feito de quê? Cantos, contos e encontros”, conhecendo um pouco sobre o Carnaval, manifestação tão diversa da nossa cultura.

Inspirados pelo samba vencedor do nosso bloco de carnaval, selecionamos algumas palavras e realizamos diferentes movimentos relacionando-os com cada uma delas. Em seguida, colocamos nosso corpo para dançar, atentos à música. 

Conversamos também sobre as marchinhas e com a ajuda de uma caixa surpresa cheia de elementos lembramos e cantarolamos trechos de algumas músicas. Após aquecermos nosso corpo, dançamos realizando pequenas sequências de movimentos ao som delas.

Agora, estamos conhecendo um pouco mais sobre o frevo. 

Qual Será o Nome?

TBT

As crianças estão  mobilizadas com a escolha do nome da turma. Depois da brincadeira de exploradores dos mapas, os pequenos se inspiraram e sugeriram vários nomes.

A definição do nome é um momento fundamental para todos, porque além de trazer uma identidade importante para o grupo e de nos acompanhar ao longo de todo o ano letivo, possibilita caminhos para o primeiro projeto da turma. 

Com a intenção de enriquecer nossa roda de conversa sobre o projeto, selecionamos algumas imagens de sinalização que estão nas salas da escola, nos debruçamos sobre elas e seguida brincamos de encontrá-las. 

Vamos segurar a ansiedade e aguardar até a próxima semana, para finalmente saber qual será o nome escolhido. Enquanto isso, nos divertimos com diversas conversas interessantes relacionadas aos nomes propostos.

Te Cutuco, Não Cutuca

Música

Não é depois do Carnaval que o ano começa, mas durante o Carnaval. Conhecer o samba composto para o bloco da escola e entrar no clima musical e diverso de cores, fantasias e marchinhas fazem renascer o espírito do pequeno folião e a vontade de trazermos para a escola tudo o que acontece do lado de fora.

Nessa hora vem aquela vontade de tocar instrumentos e participar da brincadeira. Algumas formas de regência básica – como o “Pediu pra parar, parou” – fazem com que as crianças desfrutem da sensação única de fazer bonito numa bateria. Talvez uma sensação parecida com a que o Zé, sapateiro português no Brasil, teve ao construir seu enorme tambor e ser seguido pelos primeiros foliões sem imaginar que fundava um dos primeiros blocos de carnaval, inspirado nos Zé Pereiras de Portugal.

O brasileiro não inventou o Carnaval mas redimensionou e potencializou a brincadeira. Depois, na eterna disputa entre cariocas e baianos pela invenção do samba, uma coisa ficou clara: o próprio encontro do povo desses dois lugares acabou gerando o tão falado ritmo. Afinal, um falou “Te cutuco” e o outro retrucou “Não cutuca”. Te cutuco, não cutuca… pronto, as palavras e silabações nos dão uma pista rítmica e musical.

A TBT Já Tem Nome

Turma da Floresta (TBT)

Turma da Floresta! Quanta alegria para o grupo! Durante o processo de escolha do nome para a turma, registramos as sugestões das crianças: Mata, Bichos, Floresta e Mar. Depois de uma proposta de exploração sensorial com elementos naturais, aproximamos as crianças do projeto institucional e num esforço coletivo, um período de espera e muita ansiedade, demos início à votação. Com um placar acirrado, finalmente ganhamos um nome. Próximo passo: rumo à Floresta!

Para contar a novidade às outras turmas, montamos uma caixa-surpresa. Nessa caixa havia elementos que ajudavam na descoberta do nome. A cada elemento mostrado as crianças tentavam descobrir o nome da TBT. E a celebração dessa novidade virou uma grande festa de chocalhos, pandeiros e gritos de guerra. Viva a Turma da Floresta!

Mais Frevo

Dança

Esta semana as crianças conheceram o Frevo, dança original de Pernambuco do fim do século XIX, considerada um bem cultural do Patrimônio Imaterial Brasileiro.

De ritmo acelerado, com influência da polca, marcha e outros estilos, o nome parece ter surgido da palavra ferver, “frever”, designando agito, rebuliço.

Aprenderam que os dançarinos ou passistas utilizam sombrinhas coloridas para dançar e se equilibrar nos passos, que exigem malabarismos, rodopios, saltos e muita movimentação de braços, pernas e pés.

As crianças experimentaram alguns dos muitos passos catalogados desta dança, como saci-pererê, chute de frente, ferrolho e tesoura.

A Maior Floresta

Turma da Floresta (TBT)

A Turma da Floresta conheceu um pouco mais do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Encantados por suas fotografias da maior floresta tropical do mundo, os pequenos também ficaram impressionados com o tamanho das árvores.

Expuseram seu interesse em saber a distância da escola até a floresta. Fomos ao salão e, com a ajuda da tecnologia, conseguimos observar que grande parte da floresta fica situada nos estados do Amazonas, Amapá, Rondônia, Acre, Pará e Roraima, além de descobrir o quão longo é o caminho até a maior floresta do mundo. E como chegaríamos lá? Carro? Avião? Barco? Algumas hipóteses foram levantadas.

Aproveitamos que 21 de março é o Dia Internacional das Florestas para conversar sobre a importância da Floresta Amazônica para o planeta, com seu solo rico em nutrientes, árvores de grande porte e muitos animais.  A animação foi tanta que o amigo Antônio L. trouxe para compartilhar com a turma seu livro Brasil 100 palavras, de Gilles Eduar, e nele as crianças puderam conhecer algumas curiosidades sobre a fauna e a flora dessa grande floresta. Em roda, a turma escolheu um animal e uma árvore para conhecer melhor. As amigas Carolina e Isabel também trouxeram materiais para compartilhar e se divertir com o grupo: Jogo da Memória da Floresta Amazônica e o livro Makunaimã Taanii (Presente de Makunaimã), do autor indígena Kamuu Dan e Olavo Batista.

Os desdobramentos dessas conversas resultaram em atividades de artes, que em breve serão expostas nos murais da escola para serem apreciadas. 

E assim vamos caminhando com ouvidos sensíveis e atentos aos desejos do grupo, para que juntos possamos construir caminhos de ludicidade e conhecimentos sobre o projeto da Turma da Floresta.

 

Surpresas e Onça 

Turma da Floresta

Uma surpresa aguardava a turma no pátio: o livro A Caçada, de Guilherme Karsten! Em clima de suspense, uma voz misteriosa diz aos animais da floresta que eles devem fugir se não quiserem ser capturados. Quem está atrás deles? Onde eles vão se esconder?

Com olhares e ouvidos atentos, os pequenos foram descobrindo que os animais estavam brincando de pique-esconde. E um deles se escondeu pela escola! Nossos exploradores foram em busca desse animal, e algumas pegadas os levaram até a Biblioteca. Chegando lá, mais uma surpresa! Um envelope nominal à turma os aguardava. Desse envelope saíram uma carta e duas imagens. Logo as crianças perceberam que uma das imagens era a onça-pintada, assim como as pegadas no chão do pátio e na escada.

A partir da carta e das imagens, a Turma da Floresta conheceu o artista indígena Denilson Baniwa e sua obra Yawareté. Na carta as crianças descobriram que Denilson nasceu no Amazonas, onde fica a aldeia do seu povo baniwa. Hoje mora no Rio de Janeiro e estudou computação na faculdade, porque percebeu que através da arte sua mensagem chegaria a mais pessoas. Que mensagem é essa? Sua obra, Yawareté, é o Deus onça, e ele a espalha pelas cidades para lembrar que estamos em terra indígena e que precisamos cuidar dela. Ele também se veste de onça para andar pelas cidades! 

Os pequenos agora querem saber: Quem escreveu essa carta? Como o Denilson se veste de onça? A onça-pintada é grande?

Matemática, Arte, Onça e Vitória-Régia 

Turma da Floresta (TBT)

O projeto da turma vem ganhando forma e trazendo perspectivas de diálogo entre as áreas de conhecimento. Depois de conhecerem o artista indígena Denilson Baniwa e sua obra Yawareté, surgiu uma “pulga atrás da orelha” das crianças: qual o tamanho desse animal que faz parte da família dos felinos? Grande? Pequeno? É maior do que eu? Maior do que você, Bruna? Essas foram algumas das perguntas levantadas.

Para a tarefa, apresentamos alguns materiais que nos ajudaram na pesquisa: trena, régua e fita métrica. A descoberta do tamanho desse animal impressionou os alunos e os impulsionou a criar uma onça pintada inspirada na obra de Denilson, em tamanho real. Assim poderíamos comparar e descobrir quem é maior ou menor.

Convidamos duas amigas da Turma da Tapioca para ajudar no grande contorno da onça. Em seguida fizemos o contorno da silhueta das crianças, com o intuito de descobrir a altura de cada amigo. Seguimos nessa tarefa, brincando com o corpo no espaço, comparando tamanhos, desenhando, fazendo contagem, e assim vamos de forma lúdica dialogando com a matemática, com a arte e outras áreas do conhecimento. 

Ainda desbravando a fauna e a flora da maior floresta do nosso país, a turma foi surpreendida por uma imagem diferente na sala de artes. Sabidos e com desejo de explorar, rapidamente descobriram a vitória-régia, planta típica da região amazônica que encantou os pequenos com o fato de ser uma planta que nasce na água e que pode chegar a até 3 metros de diâmetro! Com esse tamanho todo, será que ela é tão grande quanto a onça-pintada? 

Para sensibilizá-los ainda mais em nossas pesquisas, apresentamos a lenda da vitória-régia, contada pelos povos indígenas Tupi-Guarani. A turma está encantada, animada e cheia de inquietações!

Passeio e Novos Caminhos

Turma da Floresta (TBT)

A primeira aula-passeio da turma foi uma delícia! Numa animada ida ao Jardim Botânico, as crianças puderam observar as árvores, a terra, as pedrinhas, os galhos e as folhas secas, que proporcionaram uma vivência muito bacana e um reencontro especial com a natureza. Para contar sobre as primeiras impressões desse momento, os pequenos fizeram um texto coletivo: 

“Nós da Turma da Floresta fomos ao Jardim Botânico. Chegando lá, vimos muita coisa, árvores, plantas, lagos e um rio. Até apostamos uma corrida de folhas, e foi muito legal! O que nós gostamos mesmo foi de visitar as vitórias-régias, abraçar e medir a sumaúma. Também encontramos sementes de açaí no caminho e a placa onde o avô da Laura plantou uma palmeira. Depois, lanchamos e brincamos no parquinho e quando estávamos indo embora para o ônibus ouvimos a voz do saci, que nos deu um susto. Nós queremos mais passeios, beijos, Turma da Floresta.”

O passeio fomentou novos caminhos de pesquisa, e as sementes de açaí encontradas foram parar nas rodas de conversa.

“Açaí é uma delícia.” (Luca)
“Será que dá para comer a semente ?” (Antônio L.)
“De onde vem o açaí ?” (Carolina)
“Eu amo açaí!” (Isabel)
“Vamos plantar açaí?” (Laura)

Junto com as hipóteses levantadas pelos pequenos, a amiga Laura presenteou a todos com uma semente de palmeira imperial, a mesma que encontramos no passeio. A turma explorou todos os aspectos das sementes, cor, forma, tamanho e cheiro.

Ao longo dos nossos estudos, encontramos no livro Brasil 100 Palavras, de Gilles Eduar e Maria Guimarães, que o açaizeiro é também uma palmeira, por isso a semelhança entre as sementes. Além dessa característica, o açaizeiro é uma árvore típica da região Norte do nosso país, onde fica a Floresta Amazônica. A turma vibrou com as novas descobertas.

Para trilhar o novo caminho, assistimos a um trecho do vídeo Um Pé de Quê? que mostra o consumo do açaí aqui na região Sudeste. As crianças ficaram surpresas ao saberem que na região Norte as pessoas tomam açaí em temperatura ambiente e sem adição de outras frutas para adoçar o caldo.

Algumas cartas endereçadas à turma têm surpreendido o grupo. O que será que está escrito nelas? Quais serão nossos próximos passos?

Encontros Deliciosos 

Turma da Floresta (TBT)

O açaí despertou muita curiosidade na Turma da Floresta, que foi em busca de ajuda para responder suas perguntas. Quem poderia nos ajudar? “O Moleque Mateiro!”, disse o amigo Sebastião. Enviamos uma carta para a turma do Ateliê da Tarde, que prontamente nos respondeu marcando um encontro. Na data e horário marcados nos reunimos. Animados, receberam as Mateiras, Mariana e Loraine, com sorrisos e uma lista de perguntas. 

“Mari, como que planta o açaí?”
“Como ela vai crescer?”
“Quem planta as árvores da floresta?”
“Toda árvore cresce?”
“Vocês podem nos ajudar a plantar a semente de abacate que a Laura trouxe?”
“Toda árvore nasce de uma semente?”

Muitas foram as descobertas durante esse encontro. No entanto, o fato que mais chamou atenção das crianças foi saber que grande parte das árvores das florestas não é plantada por pessoas, e sim pelos animais que por ali passam e pelas condições climáticas, como chuva, sol, ventos…  

A Turma da Floresta assistiu a uma aula sobre o processo de germinação das sementes, as Mateiras explicaram as diferentes maneiras de semear o açaí e nos ajudaram a plantar a semente de abacate. Fizemos uma plantação no canteiro, colocamos o nome e agora estamos cuidando para que ela cresça.

Para comemorar, mais um doce encontro aconteceu: junto com a Turma da Tapioca, nos deliciamos com o preparo do açaí vindo diretamente da região Norte! Saboreamos a polpa da fruta, com banana, morangos e flocos de tapioca.

Durante a semana uma carta misteriosa chegou à sala. A correspondência estava cheia de enigmas, a turma ficou muito curiosa, iniciamos a tarefa para desvendar o mistério. O material a ser investigado continha uma imagem em pedaços dentro do envelope, e o grupo foi aos poucos juntando e decifrando a figura que ali estava. Um jacaré!

“Olha, um jacaré.”
“Será que é aquele do pátio?” 

É um jacaré-açu, típico da região amazônica, com sua coloração escura, pele grossa e dentes grandes. A turma descobriu várias características sobre esse grande animal da fauna brasileira. Além disso, aprendemos que a palavra “açu” é de origem indígena e significa “grande”.  

Encantos do Boto-Cor-De-Rosa e Arte 

Turma da Floresta (TBT)

Depois de conhecer o jacaré-açu, nossa roda de conversa foi surpreendida pela pergunta da amiga Ana, que queria saber: “Tem outros animais que moram nas águas da Floresta da Amazônia? Tem peixe-boi? Tem golfinho?”.  

Nossas investigações começaram pelo livro queridinho da turma, Brasil, 100 Palavras, de Gilles Eduard. O boto-cor-de-rosa foi identificado logo de início e muitas foram as perguntas:

“O boto é um golfinho?”

“Ele é rosa mesmo?”

“Qual o tamanho dele?

“O que ele come?

“Ele parece ser lisinho, como é a pele dele?” 

“Será que ele é amigo do peixe-boi?” 

Descobrimos que o boto cor-de-rosa é uma espécie da família dos golfinhos, mas, diferente deles, prefere ficar mais solitário e viver em águas doces. 

A amiga Pilar trouxe uma pesquisa que fez em casa e contou aos amigos que o boto come até tartarugas, que é chamado pelos indígenas de uiara e que pode chegar a até 2,5 m.

Um animal que ainda corre grande risco de extinção! Mas o que essa palavra significa? Quais cuidados precisamos ter para que o boto saia da extinção? Por que isso está acontecendo? Perguntas que ainda estamos investigando. 

Os pequenos também descobriram que o boto é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda, ele os ajuda durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. Quais outras lendas existem sobre ele? Com a intenção de enriquecer nossas pesquisas, assistimos à produção audiovisual “O boto”, da série Juro que vi, da Multirio. Encantado, o grupo está em busca de mais respostas sobre esse animal símbolo da região Norte do nosso país. 

Os animais seguem despertando grande interesse da Turma da Floresta. Nas artes, o manuseio da argila tem nos aproximado da terra e deu vida a um jacaré-açu em miniatura. As folhas e galhos encontrados em passeios com famílias ou a caminho da escola ganharam um lugar especial, uma grande caixa de elementos da floresta/natureza. Aguçando o olhar das crianças,  apresentamos a obra “A floresta”, da artista brasileira Tarsila do Amaral, já conhecida por alguns, que com muito  empenho e inspiração estão produzindo um lindo trabalho. 

Mistério das Cobras 

Turma da Floresta (TBT)

Uma misteriosa carta foi entregue à Turma da Floresta por um moço de chapéu, muito apressado! 

Quem era esse  moço? Na carta não tinha remetente, somente lendo saberíamos. 

Ao ler a carta descobrimos que quem a enviou foi o Boto-cor-de-rosa. Um alerta, cuidado, uma cobra pode estar rondando pela escola!

Que cobra é essa? Intrigados, a turma buscou rastros da cobra e nada de encontrá-la. Fomos atrás dos livros para desvendar que cobra poderia estar por aí. Jiboia? Sucuri? O que ela veio fazer aqui?

Para ajudar nossa turma, a professora Mariana dos Anjos, que ficou sabendo das nossas pesquisas, nos fez uma visita e contou uma lenda da Amazônia: a lenda da cobra de fogo, protetora das florestas, chamada de O Boitatá.

  • “Eu vi que está acontecendo um perigo nas florestas e os indígenas estão em perigo também. É melhor chamar o Boitatá para ajudar.” (Sebastião)
  • “Eu sei que os indígenas também são protetores das florestas, contra pessoas que querem derrubar árvores.” (Antonio B.)
  • “Vocês sabiam que aqui perto tem uma floresta? A Floresta da Tijuca, será que ela está em perigo também?” (Ana)

Enriquecendo nossas pesquisas, apresentamos a obra “Cobra-Canoa”, do artista indígena Denilson Baniwa, já conhecido por eles. Mariana aproveitou a visita e contou que conhece o Denilson e que ele mesmo já havia lhe contado o mito sobre a “Cobra-Canoa”. Os pequenos ficaram animados e através do mito descobriram que essa cobra é boa e também protetora dos povos da Amazônia. 

E agora, qual cobra será que está na escola? Será que veio nos pedir ajuda? Seguimos investigando as florestas, os povos indígenas, sua cultura e conhecendo mais do nosso país.

Bicho-preguiça na Floresta

Turma da Floresta (TBT)

Que os animais das nossas matas despertam um interesse especial na Turma da Floresta, não é novidade. Como desdobramento das muitas conversas sobre a Floresta Amazônica e seus animais que correm risco de extinção, lemos o livro Na floresta do bicho-preguiça, dos franceses Anouck Boisrobert e Louis Rigaud, que conta a história de uma floresta que está sendo devastada pelas mãos humanas. O texto, porém, traz uma chama de esperança para o renascimento daquele ambiente. As páginas em “pop-up” encantaram as crianças com tamanha riqueza da flora e da fauna da floresta, ao mesmo tempo em que abordam sua vulnerabilidade. 

E o bicho-preguiça, consegue vê-lo? Em que florestas ele vive? Em nossa roda de conversa algumas crianças disseram que conhecem uma floresta não muito longe da escola. Será que o bicho-preguiça anda por lá? Vamos rumo à Floresta da Tijuca! 

Preparação Para o Passeio e Visita Especial

Turma da Floresta (TBT)

Ansiosos para a chegada do passeio, começamos a explorar a história da Floresta da Tijuca. Atentos, os pequenos ficaram impressionados ao descobrir que a floresta tem data de aniversário e já foi uma plantação de café e chá! E levantaram suas primeiras hipóteses.

  • “A floresta deve ter mil anos!” (Carolina)
  • “As florestas existem há muitos mil anos, porque os dinossauros precisavam comer.”  (Pilar)
  • “Essa história parece a da floresta do bicho-preguiça.” (Sebastião) 
  • “Eu já fui lá na Floresta da Tijuca e sei que vamos encontrar muitas árvores.” (Antonio B.)
  • “Quem plantou os cafés na floresta?” (Antônio L.)
  • “Eu acho que vai ter cobra-canoa.” (Maria Rosa)

Durante esse momento de imersão na história, recebemos a visita do Ian, pai do amigo Sebastião. Ian veio nos contar um pouco sobre sua profissão e nos ajudar a entender melhor a câmera que vamos levar para a floresta. Assim como fez o fotógrafo Sebastião Salgado, que fotografou a Floresta Amazônica, a Turma da Floresta quer fotografar a Floresta da Tijuca. Foi uma visita animada, cheia de conhecimentos, que proporcionou às crianças conhecerem diferentes tipos de câmeras fotográficas, lentes, seu funcionamento, bem como a construção de uma câmera para o grupo levar no passeio!

Os pequenos estão ainda mais animados. Agradecemos ao Ian por todo carinho e disponibilidade.

Visitas Importantes

Turma da Floresta (TBT)

A Turma da Floresta recebeu duas importantes visitas. A primeira, Joana, mãe do amigo Antonio Brazil, ajudou em nossas pesquisas sobre cobras brasileiras. Contou um pouco da sua experiência e a história da sua família, que está ligada diretamente com cobras! O médico e pesquisador Vital Brazil, seu bisavô, desenvolveu o soro antiofídico para tratamento contra  mordidas de cobras venenosas. Aproveitamos toda essa conversa para conhecer também outras espécies de cobras da Amazônia e do Brasil.

A segunda visita foi com o Thiago, pai da amiga Isabel, que é artista plástico e pesquisador dos povos originários do nosso país. Ele compartilhou  um pouco sobre suas pesquisas e trabalho, encantou as crianças ao apresentar seus mapas de estudo e as técnicas que utiliza, unindo fotografia com pintura. Ainda na roda, Thiago contou um pouco sobre as pinturas corporais, e que conhece o indígena Denilson Baniwa, artista que a turma vem estudando. Animados, os pequenos vibraram com a notícia! Entre mapas e pinturas, aprofundamos as pesquisas sobre os povos originários. Thiago trouxe uma tinta de urucum e convidou as crianças para fazerem intervenções em algumas de suas obras. Por fim, ainda presenteou a turma com uma obra sua, “A Indígena Caiapó”. 

Quanta alegria e aprendizado a Turma da Floresta adquiriu com esses  momentos. Agradecemos muito às famílias! 

Fazendas de Café e Novos Moradores

Turma da Floresta (TBT)

A história da Floresta da Tijuca ainda permeia as pesquisas da turma. As crianças foram em busca de respostas para as seguintes perguntas: “De onde vieram as pessoas que tinham fazendas de café na floresta?”, “E os chás, quem plantou?”, “Como é uma plantação de café?”, “E o bicho-preguiça, como vive?”.

Aos poucos, vamos fazendo importantes descobertas, como por exemplo que a floresta foi replantada a partir de um decreto do imperador. Na época, a falta d’água que se instalou na cidade do Rio de Janeiro foi tão preocupante que entenderam que a única forma de solucionar esse problema seria reflorestando a Floresta da Tijuca. Por esse motivo, acabaram com as plantações de café e chá.

Em seguida, conversamos sobre a importância das florestas na formação das chuvas e do oxigênio. O amigo João levou o livro Completar, que conta um pouco dos hábitos de 5 bichos-preguiças amigos, e a turma se encantou! Aproveitamos e conhecemos a música do Lobo Juca, um lobo morador da Floresta da Tijuca. A música é da Ana Moura, antiga diretora da nossa escola.

Garantido ou Caprichoso?

Turma da Floresta (TBT)

A turma recebeu mais uma visita. Flávia, mãe da amiga Carolina, veio nos contar um pouco sobre suas visitas à Floresta Amazônica. Através de fotos e vídeos, a turma embarcou nas emoções das festas, dos encontros com animais como os botos e dos passeios nos rios Negro e Solimões. 

O que mais encantou as crianças foram as imagens e relatos sobre a festa que acontece na ilha de Parintins, às margens do rio Amazonas. Flávia nos contou que a festa representa o folclore do boi-bumbá, uma variação do bumba-meu-boi do Maranhão, que no Amazonas ganhou características próprias ao incorporar as lendas e rituais das etnias indígenas e da cultura popular da Amazônia. Atualmente a festa, que acontecia apenas nas ruas, se tornou um grande festival que expressa o agradecimento a São João, em uma mistura de histórias contadas, de pai para filho, que encontrou morada na ilha. Nela, dois bois se destacaram: o branco com coração vermelho, chamado Garantido, e o negro com estrela azul, denominado Caprichoso. Ambos disputam pela melhor apresentação no “Bumbódromo”.

Vista Chinesa e Preparativos Juninos 

Turma da Floresta (TBT)

Depois de conhecer a história da chegada dos chineses que vieram para o Brasil cultivar o chá, fomos visitar o monumento que faz homenagem a esse povo e que tem mais de cem anos, além de exibir uma vista maravilhosa da nossa cidade: a Vista Chinesa!

Quando chegamos, a turma apreciou e desenhou a vista do Rio de Janeiro, apesar do céu encoberto por nuvens, foi possível observar a Lagoa e um pedaço da Baía de Guanabara! Em seguida, nos afastamos um pouquinho para observar atentamente o lindo monumento. Descobrimos que é a imitação de um portal chinês, parece que é feito de bambu mas é de cimento. Animados, os pequenos também fizeram um lindo desenho do bangalô. Para fechar, organizamos um piquenique com chá de camomila na Mesa do Imperador! Momento delicioso e de grande importância para nossas pesquisas. 

A turma também está super envolvida com os festejos juninos! Os pequenos adoraram conhecer a história Mês de Junho tem São João, livro que apresenta todos os detalhes de um verdadeiro “arraiá”: os músicos, as comidas típicas, as brincadeiras, o casamento e os enfeites. Os autores, Fábio Sombra e Sérgio Penna, são violeiros de verdade e convidam o leitor para um fascinante passeio pelo universo das tradições populares, com riqueza de imagens e versinhos bem rimados.  Todo esse envolvimento teve desdobramentos em atividades de Artes, ricas em detalhes, cores e contornos.

“Olê Olê Olê Olê Olá / Arreda do Caminho / Que a Bernunça Quer Passar”

Dança e Música

Após o encontro “Artes com as famílias”, nas aulas de Dança e Música nos debruçamos sobre a diversidade cultural brasileira, conhecendo um pouco mais sobre a Festa Junina.

Maracatu, Coco, Baião, Carimbó e até a Bernunça vieram animar os nossos ensaios.

Agora é esperar a festança chegar!

Viva a Festa Junina da Pereirinha!

O dia estava ensolarado e as crianças chegaram muito felizes!

Foi em clima de alegria que nossos meninos e meninas se divertiram a valer nessa grande festa.

Brincaram muito nas barraquinhas rabo no burro, bola na lata, pescaria, entre outras, e deliciaram-se com as comidas típicas de nossa mesa comunitária.

Com graça e ritmo, dançaram animadas um repertório preparado especialmente para a ocasião! Numa troca feliz e envolvente entre crianças, familiares e professores, finalizamos nossa festa com uma ciranda e a música Olha pro Céu, de Luiz Gonzaga. Foi um dia muito especial para todos. Afinal, o Brasil é feito de Festa!!!

Fim do Semestre 

Turma da Floresta (TBT)

Turma animada que aproveitou o semestre muito envolvida nos temas de pesquisa. Os animais do Brasil se tornaram enredo em grande parte das brincadeiras e pesquisas!

Para fechar nosso semestre com mais diversão, recebemos a visita da Carolina, mãe da amiga Laura. Carol surpreendeu a turma com um jogo da memória dos bichos do Brasil. Onça-pintada, peixe-boi, tatu, arara, quati e cobra foram alguns dos animais. E,  para alegria das crianças, as imagens na verdade eram máscaras! A animação tomou conta da turma que, ao som de onças e araras, emendou o jogo com novas brincadeiras no pátio.

Agradecemos a Carol pela linda visita e desejamos a todos ótimas férias!