Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.
Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.
O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.
Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.
Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”
É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.
Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:
Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso
No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto
Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.
Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação
Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!
Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.
Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar!
As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia:
Que alegria chegar na escola depois das férias!
O ano começou com muita animação, brincadeiras e encontros na Pereirinha.
A escola preparou algumas novidades para este ano que foram apreciadas pelas crianças: abertura do solário com tanque de areia e chuveirão, salas novas do berçário e reforma dos banheiros. Aos poucos as crianças que já eram da escola foram recebendo os novos amigos, apresentando os espaços e o dia a dia divertido da Pereirinha.
Nesta semana muitos vínculos foram formados, começando a criar uma identidade para os novos grupos. As turmas participaram de rodas de conversas, jogos, atividades de Artes e ouviram muitas histórias na biblioteca.
Agora estamos começando a nos preparar para o bloco de Carnaval da Sá Pereira. As crianças aprenderam a cantar o refrão do samba nas aulas de Música e alguns passos nas aulas de Dança. Esperamos todos para pular Carnaval no sábado dia 22 de fevereiro. Preparem suas fantasias, confetes e serpentinas!
Em meio a muita alegria, a TBT iniciou o período letivo de 2025! Permeados por histórias, brincadeiras de faz de conta e cantorias, os pequenos estão se conhecendo e estreitando laços.
Com a proximidade do Carnaval e o bloco batendo à porta, as crianças da turma foram surpreendidas pela história “A Bela Adormecida do Samba”, da autora Sônia Rosa. O enredo trouxe, de forma lúdica e cativante, um pouco da história e da tradição das escolas de samba nos desfiles da Sapucaí, a festa nos barracões e seus principais personagens: as passistas, os percussionistas, mestres-salas e porta-bandeiras.
Animados com a chegada do bloco, aprenderam, na aula de Dança e Música, a letra do samba da nossa escola. Além disso, os pequenos se debruçaram na produção de uma pintura representando suas fantasias para esse dia tão aguardado. Abram alas, que a TBT vem aí!
As turmas da Pereirinha receberam a visita da Cecília, antiga dona da escola e avó da Maria (TDT) e do Martin (F1A), para contar sobre as memórias do Bloco da Sá Pereira.
Descobrimos que o primeiro bloco desfilou pelas ruas de Botafogo no ano de 1988 com o samba “Cor, Forma, Ritmo e Som”, composto por Ana Moura. Naquela época, o bloco tinha alas, mestre-sala e porta-bandeira, e a bateria era composta por crianças da comunidade da Rocinha.
Cecília mostrou um vídeo do primeiro desfile, fotos do bloco na rua e no final cantou com todas as crianças o samba deste ano, “A arte é a flecha e o arco”, de Manuela Marinho. Foi uma visita cheia de afeto, memórias e arte! Obrigada Cecília!
O bloco passou, mas o Carnaval continua! Ainda envolvida nesse enredo, a TBT, na aula de Dança com a professora Renata, pôde assistir ao trecho de um desfile na Sapucaí. Eles se encantaram com a apresentação da comissão de frente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e conheceram o artista brasileiro Candido Portinari, ou “Candinho”, como o chamaram, além de apreciarem algumas de suas obras.
Aproveitamos o momento para aprofundar nossas conversas sobre o Projeto Institucional. O que é arte? O que é memória? Lançamos mão dessas duas perguntas, e os pequenos logo deram suas primeiras impressões:
“Arte é balé.” (Antônia)
“Arte é desenho.” (Gael)
“Pode ser uma pintura também.” (Bernardo)
“Arte é dançar.” (Sofia)
“Cinema.” (Miguel)
“Música é arte!” (Miranda)
“Uma tela também pode ser arte.” (Caetano Menezes)
“Escultura é arte.” (Caetano Larraz)
E a memória? O que é memória? Para ajudá-los a responder a essa pergunta, fizemos a leitura do livro Guilherme Augusto Araújo Fernandes, cujo protagonista é uma criança em busca de respostas sobre o que é memória.
“Memória é alguma coisa de lembrar.” (Caetano Larraz)
“Memória tá na cabeça.” (Miguel)
“Memória tá no coração também.” (Bernardo)
“Pode ser saudade da mamãe.” (Caio)
As crianças também puderam ouvir um pouco das lembranças/memórias de suas professoras. Assim como na história, algumas eram bem antigas, outras faziam rir, emocionar e até dar água na boca! E assim, a turma também foi usando a memória e compartilhando um pouco de suas afetuosas lembranças.
Aos poucos, vamos sensibilizando os pequenos e buscando caminhos para o projeto do grupo.
Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!
Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.
Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos. “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.
Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.
Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!
Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!
TBT
O Carnaval passou, mas a animação ficou! Os pequenos seguem animados e interessados. Relembrando o que é arte e memória, a turma fez um passeio pela escola, explorando as imagens de sinalização de cada sala/espaço. Reconheceram algumas obras de arte e conheceram outras. Na sala de artes, com olhares atentos, compartilharam o que estavam observando em algumas dessas obras. O que vocês estão vendo? Como será que o artista produziu essa obra? O que será que ele precisou utilizar? O que elas têm em comum Essas foram algumas das perguntas respondidas e debatidas pelas crianças.
Com a intenção de explorar mais esse assunto, a turma foi surpreendida por uma misteriosa caixa. O que será que ela esconde? Para surpresa de todos, eram diferentes tipos de pincéis. Animados, falaram de imediato os nomes de cada pincel. Em seguida, os questionamos: será que toda obra de arte precisa de pincéis para ser produzida? Quais outros materiais podem ser utilizados? E a memória, está na pintura? Está na arte?
Esses questionamentos fomentaram a tão aguardada lista de possíveis nomes para a turma! Aguardem, pois novidades vêm por aí!
As turmas da Educação Infantil apreciaram os estudos de Kandinsky sobre a movimentação da bailarina alemã Gret Palucca. Após a observação, conversamos sobre a forma como o artista fez os seus registros utilizando linhas retas e curvas.
Em seguida, divididas em pequenos grupos, as turmas tentaram registrar a postura de uma criança somente com esses elementos — um desafio e tanto!
De maneira criativa, exploraram diferentes formas com o corpo no espaço e finalizaram apreciando seus registros.
Para os pequenos da TAT, escolher uma postura e mantê-la foi divertido. Mas divertido mesmo foi observar as professoras registrando suas poses e avaliar como os desenhos as representavam.
“El el el, é a Turma do Papel!” O tão aguardado momento da votação aconteceu, e os pequenos puderam escolher entre quatro opções muito queridas por eles: Papel, Pincel, Foto ou Livro. Em uma decisão apertada, nos tornamos a Turma do Papel! A novidade foi anunciada pela escola com muita alegria e cantoria.
Para dar início às novas investigações, as crianças já levantaram algumas questões relacionadas ao nome escolhido:
“De onde vem o papel?”
“A papelaria faz o papel?”
“Eu sei que máquinas transformam tudo em papel.”
“Primeiro precisa pintar a folha da árvore, e depois ela vira papel!”
Para ajudar a responder a essas questões, assistimos à animação De Onde Vem?, na qual a personagem Kika, uma menina de 6 anos, curiosa e aventureira, faz muitas descobertas de forma lúdica com a ajuda de sua professora.
A Turma do Papel está animada com tanta novidade, e aos poucos vamos juntos traçando caminhos e fazendo novas descobertas.
Há muito e muitos anos, antes da invenção do papel como o conhecemos hoje, no continente africano, os egípcios criaram o papiro! Durante uma roda de conversa, a Turma do Papel foi surpreendida por um envelope com algumas imagens misteriosas.
“Olha, é papiro!” (Bernardo)
“Uau, é de verdade, Bruna?” (Antônia)
“Quem inventou mesmo o papiro?” (Inácio)
“O papiro é uma planta que cresce na água! Eu já vi uma quando fui brincar na casa de Rui Barbosa.” (Caio)
“O que está escrito aí?” (Miguel)
“Olha aqui, é a planta igual a que o Caio falou!” (Sofia)
Logo após as primeiras impressões e a exploração das imagens de papiros antigos, contamos um pouco da história de como e onde ele foi inventado. Com olhos e ouvidos curiosos, a Turma do Papel demonstrou interesse em saber um pouco mais sobre onde fica o Egito, o quão longe o continente africano está do Brasil e, claro, o processo de produção do papiro.
Usamos o globo terrestre para nos localizarmos e ligar o Brasil ao Egito. Animado, o grupo quer muito ver de pertinho essa planta que ficou famosa, e estamos pensando em maneiras de produzir um papel que se pareça com o papiro, mas sem precisar cortar a planta. O que será que esses pequenos vão aprontar?
Dando continuidade às investigações sobre o papiro, a Turma do Papel visitou a Casa de Rui Barbosa em busca da planta aquática Cyperus papyrus, mais conhecida como papiro. A animação começou ainda no ônibus! Caio, que já havia encontrado a planta em uma de suas visitas com a família, preparou um roteiro para ajudar os amigos.
Para registrar como foi esse dia, o grupo produziu um texto coletivo:
“Olá pessoal, nós da Turma do Papel fomos à casa de Rui Barbosa procurar a planta que se chama papiro! Nós fomos de ônibus e chegamos lá muito rápido. Chegando lá, encontramos três lagos com papiro e também muitos peixinhos bonitinhos. Também fizemos uma pintura do papiro, usamos a tinta aquarela na cor verde, a cor da planta. Depois fizemos um piquenique e brincamos de desenhar na areia, pique-pega, corrida e de deslizar. Foi muito legal! Queremos fazer mais passeios, Beijos, Turma do Papel”
A personagem Kika, da animação que assistimos algumas semanas atrás, continua reverberando na memória dos pequenos! Depois de muitas conversas e uma investigação de campo sobre o papiro, a Turma do Papel chegou à China. Os chineses inventaram o papel como conhecemos hoje, mas, a partir disso, surgiram novas perguntas no grupo: Que tipo de arte os chineses fazem? Como eles registram suas memórias?
Movidos por essas curiosidades, apresentamos às crianças algumas pinturas em cerâmicas e porcelanas. Foi um momento de contemplação, com muita atenção aos detalhes, aos padrões e às cores. Durante a observação, descobrimos juntos que a arte de pintar em cerâmica e porcelana é uma tradição milenar na China, que existe há mais de dois mil anos. As famosas porcelanas da dinastia Ming, por exemplo, são reconhecidas até hoje pelo uso do azul sobre o fundo branco, com desenhos repletos de simbolismo, como flores de lótus, dragões e nuvens. Muito mais do que objetos decorativos, essas peças eram verdadeiras formas de registrar histórias e memórias do povo chinês.
Ainda falando sobre a China, recebemos a visita da professora Raquel, da Turma do Cinema. Ela compartilhou com as crianças um presente que comprou para sua nova casa: um delicado potinho de porcelana chinesa. As crianças ficaram encantadas em poder conhecer, de tão pertinho, uma pintura chinesa, e se entusiasmaram ainda mais ao perceber que cada detalhe naquela peça contava uma história.
A turma está muito curiosa para saber mais sobre a arte chinesa milenar de fazer e pintar cerâmicas e porcelanas. Na busca por mais informações, os pequenos descobriram que, na escola, uma das professoras do primeiro ano, a Natália, dá aulas de cerâmica! Animados, prepararam um convite cheio de perguntas. Para a alegria de todos, Natália topou, e a turma agora aguarda ansiosamente por essa visita.
O grupo está se debruçando em pesquisas sobre os diferentes tipos de papel, e o reciclado foi o que despertou maior interesse nos pequenos. Juntos, descobriram que reciclar é dar uma nova oportunidade para um material que seria descartado. Então, por que não produzirmos juntos o papel reciclado?
Para isso, prepararam uma caixa para coletar os papéis que seriam descartados em cada sala da escola. Junto às caixas, produziram um texto coletivo explicando que tipo de papel pode ser colocado ali.
De forma lúdica e em diálogo com os projetos, as crianças das turmas de Educação Infantil vêm ampliando seu repertório motor.
Nas aulas de Dança, experimentaram mover-se nos diferentes níveis de movimento (alto, médio e baixo) guiadas pelo ritmo da música.
Ao fim da atividade, nos sentamos para conversar sobre as nossas impressões e como foi nos mover em cada um deles.