Arte e Memória: é Preciso Relembrar o Antes para Inventar o Depois?

Projeto Institucional

Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.

Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.

O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.

Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.

 

 Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”

Você Já Ouviu Falar Sobre a Gincana de Projeto?

É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.

Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:

Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso

No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto

Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar  para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.

Bloco da Sá Pereira

Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação

Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!

Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.

Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar! 

As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia: 

Letra do Samba 2025

 

Chegada na Pereirinha

Que alegria chegar na escola depois das férias!

O ano começou com muita animação, brincadeiras e encontros na Pereirinha.

A escola preparou algumas novidades para este ano que foram apreciadas pelas crianças: abertura do solário com tanque de areia e chuveirão, salas novas do berçário e reforma dos banheiros. Aos poucos as crianças que já eram da escola foram recebendo os novos amigos, apresentando os espaços e o dia a dia divertido da Pereirinha.

Nesta semana muitos vínculos foram formados, começando a criar uma identidade para os novos grupos. As turmas participaram de rodas de conversas, jogos, atividades de Artes e ouviram muitas histórias na biblioteca. 

Agora estamos começando a nos preparar para o bloco de Carnaval da Sá Pereira. As crianças aprenderam a cantar o refrão do samba nas aulas de Música e alguns passos nas aulas de Dança. Esperamos todos para pular Carnaval no sábado dia 22 de fevereiro. Preparem suas fantasias, confetes e serpentinas!

Tempo de Samba

TBT

Em meio a muita alegria, a TBT iniciou o período letivo de 2025! Permeados por histórias, brincadeiras de faz de conta e cantorias, os pequenos estão se conhecendo e estreitando laços.

Com a proximidade do Carnaval e o bloco batendo à porta, as crianças da turma foram surpreendidas pela história “A Bela Adormecida do Samba”, da autora Sônia Rosa. O enredo trouxe, de forma lúdica e cativante, um pouco da história e da tradição das escolas de samba nos desfiles da Sapucaí, a festa nos barracões e seus principais personagens: as passistas, os percussionistas, mestres-salas e porta-bandeiras.

Animados com a chegada do bloco, aprenderam, na aula de Dança e Música, a letra do samba da nossa escola. Além disso, os pequenos se debruçaram na produção de uma pintura representando suas fantasias para esse dia tão aguardado. Abram alas, que a TBT vem aí!

Memórias do Bloco da Sá Pereira

As turmas da Pereirinha receberam a visita da Cecília, antiga dona da escola e avó da Maria (TDT) e do Martin (F1A), para contar sobre as memórias do Bloco da Sá Pereira.

Descobrimos que o primeiro bloco desfilou pelas ruas de Botafogo no ano de 1988 com o samba “Cor, Forma, Ritmo e Som”, composto por Ana Moura. Naquela época, o bloco tinha alas, mestre-sala e porta-bandeira, e a bateria era composta por crianças da comunidade da Rocinha.

Cecília mostrou um vídeo do primeiro desfile, fotos do bloco na rua e no final cantou com todas as crianças o samba deste ano, “A arte é a flecha e o arco”, de Manuela Marinho. Foi uma visita cheia de afeto, memórias e arte! Obrigada Cecília!

Lembranças e Arte 

TBT

O bloco passou, mas o Carnaval continua! Ainda envolvida nesse enredo, a TBT, na aula de Dança com a professora Renata, pôde assistir ao trecho de um desfile na Sapucaí. Eles se encantaram com a apresentação da comissão de frente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e conheceram o artista brasileiro Candido Portinari, ou “Candinho”, como o chamaram, além de apreciarem algumas de suas obras.

Aproveitamos o momento para aprofundar nossas conversas sobre o Projeto Institucional. O que é arte? O que é memória? Lançamos mão dessas duas perguntas, e os pequenos logo deram suas primeiras impressões:

“Arte é balé.” (Antônia)

“Arte é desenho.” (Gael)

“Pode ser uma pintura também.” (Bernardo)

“Arte é dançar.” (Sofia)

“Cinema.” (Miguel)

“Música é arte!” (Miranda)

“Uma tela também pode ser arte.” (Caetano Menezes)

“Escultura é arte.” (Caetano Larraz)

E a memória? O que é memória? Para ajudá-los a responder a essa pergunta, fizemos a leitura do livro Guilherme Augusto Araújo Fernandes, cujo protagonista é uma criança em busca de respostas sobre o que é memória.

“Memória é alguma coisa de lembrar.” (Caetano Larraz)

“Memória tá na cabeça.” (Miguel)

“Memória tá no coração também.” (Bernardo)

“Pode ser saudade da mamãe.” (Caio)

As crianças também puderam ouvir um pouco das lembranças/memórias de suas professoras. Assim como na história, algumas eram bem antigas, outras faziam rir, emocionar e até dar água na boca! E assim, a turma também foi usando a memória e compartilhando um pouco de suas afetuosas lembranças.

Aos poucos, vamos sensibilizando os pequenos e buscando caminhos para o projeto do grupo.

Bloco da Sá Pereira

Para todos

Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!

Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.

Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos.  “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.

Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.

Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!

Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!

Entre Pincéis e Perguntas

TBT

O Carnaval passou, mas a animação ficou! Os pequenos seguem animados e interessados. Relembrando o que é arte e memória, a turma fez um passeio pela escola, explorando as imagens de sinalização de cada sala/espaço. Reconheceram algumas obras de arte e conheceram outras. Na sala de artes, com olhares atentos, compartilharam o que estavam observando em algumas dessas obras. O que vocês estão vendo? Como será que o artista produziu essa obra? O que será que ele precisou utilizar? O que elas têm em comum Essas foram algumas das perguntas respondidas e debatidas pelas crianças.

Com a intenção de explorar mais esse assunto, a turma foi surpreendida por uma misteriosa caixa. O que será que ela esconde? Para surpresa de todos, eram diferentes tipos de pincéis. Animados, falaram de imediato os nomes de cada pincel. Em seguida, os questionamos: será que toda obra de arte precisa de pincéis para ser produzida? Quais outros materiais podem ser utilizados? E a memória, está na pintura? Está na arte?

Esses questionamentos fomentaram a tão aguardada lista de possíveis nomes para a turma! Aguardem, pois novidades vêm por aí!

Desenhos de Dança

Dança

As turmas da Educação Infantil apreciaram os estudos de Kandinsky sobre a movimentação da bailarina alemã Gret Palucca. Após a observação, conversamos sobre a forma como o artista fez os seus registros utilizando linhas retas e curvas.

Em seguida, divididas em pequenos grupos, as turmas tentaram registrar a postura de uma criança somente com esses elementos — um desafio e tanto!

De maneira criativa, exploraram diferentes formas com o corpo no espaço e finalizaram apreciando seus registros.

Para os pequenos da TAT, escolher uma postura e mantê-la foi divertido. Mas divertido mesmo foi observar as professoras registrando suas poses e avaliar como os desenhos as representavam.

Turma do Papel

Turma do Papel (TBT)

“El el el, é a Turma do Papel!” O tão aguardado momento da votação aconteceu, e os pequenos puderam escolher entre quatro opções muito queridas por eles: Papel, Pincel, Foto ou Livro. Em uma decisão apertada, nos tornamos a Turma do Papel! A novidade foi anunciada pela escola com muita alegria e cantoria.

Para dar início às novas investigações, as crianças já levantaram algumas questões relacionadas ao nome escolhido:

“De onde vem o papel?”
“A papelaria faz o papel?”
“Eu sei que máquinas transformam tudo em papel.”
“Primeiro precisa pintar a folha da árvore, e depois ela vira papel!”

Para ajudar a responder a essas questões, assistimos à animação De Onde Vem?, na qual a personagem Kika, uma menina de 6 anos, curiosa e aventureira, faz muitas descobertas de forma lúdica com a ajuda de sua professora. 

A Turma do Papel está animada com tanta novidade, e aos poucos vamos juntos traçando caminhos e fazendo novas descobertas. 

Papiro

TBT – Turma do Papel

Há muito e muitos anos, antes da invenção do papel como o conhecemos hoje, no continente africano, os egípcios criaram o papiro! Durante uma roda de conversa, a Turma do Papel foi surpreendida por um envelope com algumas imagens misteriosas.

“Olha, é papiro!” (Bernardo)

“Uau, é de verdade, Bruna?” (Antônia)

“Quem inventou mesmo o papiro?” (Inácio)

“O papiro é uma planta que cresce na água! Eu já vi uma quando fui brincar na casa de Rui Barbosa.” (Caio)

“O que está escrito aí?” (Miguel)

“Olha aqui, é a planta igual a que o Caio falou!” (Sofia)

Logo após as primeiras impressões e a exploração das imagens de papiros antigos, contamos um pouco da história de como e onde ele foi inventado. Com olhos e ouvidos curiosos, a Turma do Papel demonstrou interesse em saber um pouco mais sobre onde fica o Egito, o quão longe o continente africano está do Brasil e, claro, o processo de produção do papiro.

Usamos o globo terrestre para nos localizarmos e ligar o Brasil ao Egito. Animado, o grupo quer muito ver de pertinho essa planta que ficou famosa, e estamos pensando em maneiras de produzir um papel que se pareça com o papiro, mas sem precisar cortar a planta. O que será que esses pequenos vão aprontar?

Casa de Rui Barbosa

Turma do Papel (TBT)

Dando continuidade às investigações sobre o papiro, a Turma do Papel visitou a Casa de Rui Barbosa em busca da planta aquática Cyperus papyrus, mais conhecida como papiro. A animação começou ainda no ônibus! Caio, que já havia encontrado a planta em uma de suas visitas com a família, preparou um roteiro para ajudar os amigos. 

Para registrar como foi esse dia, o grupo produziu um texto coletivo:

“Olá pessoal, nós da Turma do Papel fomos à casa de Rui Barbosa procurar a planta que se chama papiro! Nós fomos de ônibus e chegamos lá muito rápido. Chegando lá, encontramos três lagos com papiro e também muitos peixinhos bonitinhos. Também fizemos uma pintura do papiro, usamos a tinta aquarela na cor verde, a cor da planta. Depois fizemos um piquenique e brincamos de  desenhar na areia, pique-pega, corrida e de deslizar. Foi muito legal! Queremos fazer mais passeios, Beijos, Turma do Papel”

 

Arte e China

TBT – Turma do Papel

A personagem Kika, da animação que assistimos algumas semanas atrás, continua reverberando na memória dos pequenos! Depois de muitas conversas e uma investigação de campo sobre o papiro, a Turma do Papel chegou à China. Os chineses inventaram o papel como conhecemos hoje, mas, a partir disso, surgiram novas perguntas no grupo: Que tipo de arte os chineses fazem? Como eles registram suas memórias?

Movidos por essas curiosidades, apresentamos às crianças algumas pinturas em cerâmicas e porcelanas. Foi um momento de contemplação, com muita atenção aos detalhes, aos padrões e às cores. Durante a observação, descobrimos juntos que a arte de pintar em cerâmica e porcelana é uma tradição milenar na China, que existe há mais de dois mil anos. As famosas porcelanas da dinastia Ming, por exemplo, são reconhecidas até hoje pelo uso do azul sobre o fundo branco, com desenhos repletos de simbolismo, como flores de lótus, dragões e nuvens. Muito mais do que objetos decorativos, essas peças eram verdadeiras formas de registrar histórias e memórias do povo chinês.

Ainda falando sobre a China, recebemos a visita da professora Raquel, da Turma do Cinema. Ela compartilhou com as crianças um presente que comprou para sua nova casa: um delicado potinho de porcelana chinesa. As crianças ficaram encantadas em poder conhecer, de tão pertinho, uma pintura chinesa, e se entusiasmaram ainda mais ao perceber que cada detalhe naquela peça contava uma história.

 

Convite e Papel Reciclado

TBT – Turma do Papel 

A turma está muito curiosa para saber mais sobre a arte chinesa milenar de fazer e pintar cerâmicas e porcelanas. Na busca por mais informações, os pequenos descobriram que, na escola, uma das professoras do primeiro ano, a Natália, dá aulas de cerâmica! Animados, prepararam um convite cheio de perguntas. Para a alegria de todos, Natália topou, e a turma agora aguarda ansiosamente por essa visita.

O grupo está se debruçando em pesquisas sobre os diferentes tipos de papel, e o reciclado foi o que despertou maior interesse nos pequenos. Juntos, descobriram que reciclar é dar uma nova oportunidade para um material que seria descartado. Então, por que não produzirmos juntos o papel reciclado?

Para isso, prepararam uma caixa para coletar os papéis que seriam descartados em cada sala da escola. Junto às caixas, produziram um texto coletivo explicando que tipo de papel pode ser colocado ali.

Níveis de Movimento

Dança

De forma lúdica e em diálogo com os projetos, as crianças das turmas de Educação Infantil vêm ampliando seu repertório motor.

Nas aulas de Dança, experimentaram mover-se nos diferentes níveis de movimento (alto, médio e baixo) guiadas pelo ritmo da música.

Ao fim da atividade, nos sentamos para conversar sobre as nossas impressões e como foi nos mover em cada um deles. 

Passeio e Visita

Turma do Papel (TBT)

As investigações sobre o papel seguem a todo vapor! Durante nossas pesquisas, a turma teve a oportunidade de visitar a exposição “Fazendo o Ar”, da artista brasileira Iole de Freitas. Fomos recebidos pelo guia Thiago, que nos apresentou as grandes esculturas/obras chamadas de “mantos” e criadas com papel glassine. A apreciação encantou as crianças, que ficaram impressionadas com o tamanho das obras e com os materiais usados pela artista para dar forma a elas. Animadas com a visita, ao retornarmos à escola as crianças logo quiseram experimentar e “colocar a mão no papel”, criando colagens inspiradas no trabalho da artista. Uma graça! 

Tivemos também a alegria de receber uma visita muito aguardada pelos pequenos: a professora Nathalia Lasoski, da Turma da Memória, veio compartilhar um pouco da sua experiência com a cerâmica. Todos muito curiosos, fizeram perguntas relacionadas a essa arte milenar: “De onde vem o material para fazer cerâmica e porcelana?”, “Qual a diferença entre elas?”, “Criança pode fazer?”.

As crianças ficaram impressionadas ao descobrir que a cerâmica é feita a partir da argila, uma terra macia encontrada na natureza. Quando moldamos essa argila e a levamos ao forno, ela endurece e se transforma em cerâmica. Já a porcelana também vem da argila, mas de um tipo mais puro e fininho, chamado caulim. Para virar porcelana, ela precisa ser queimada em temperaturas altíssimas, quase tão quentes quanto a lava de um vulcão, e assim ganha um aspecto mais branco, liso e resistente.

Descobriram que uma é translúcida e outra opaca. Mas o que isso quer dizer ? Para ajudar nesse desafio, Nati mostrou com a ajuda de uma luminária como a luz passa pela porcelana e que na cerâmica isso não acontece. Será que é possível encontrar essa diferença também entre os tipos de papel?

Entre argila, cerâmica, porcelana e tintas, as crianças ficaram encantadas com tantas descobertas que a Nati trouxe e já estão empenhadas em produzir pequenos vasinhos e pratinhos, como ela ensinou.

As perguntas continuam surgindo, e a Turma do Papel segue investigando com entusiasmo. Depois dessa viagem pela China, que outras técnicas artísticas podemos explorar utilizando o papel?

Dia Internacional da Dança

Dança

Em 29 de abril é comemorado o Dia Internacional da Dança, para homenagear e promover esta manifestação artística tão antiga no mundo. A data, criada em 1982 pelo Comitê Internacional de Dança da Unesco, foi escolhida por ser o dia do nascimento do bailarino e coreógrafo francês Jean-Georges Noverre, que deixou como contribuição para essa arte a obra Letters sur la Danse (“Cartas sobre a Dança”).

As turmas da Educação Infantil comemoraram a data dançando na praça do Largo dos Leões. Após aquecermos o corpo, com fitas coloridas e de forma lúdica exploramos diferentes possibilidades de movimento, variando sua velocidade e direções.

Nova Técnica de Arte com o Papel

Turma do Papel (TBT)

Depois da viagem do papel pela China, que outras técnicas artísticas podemos explorar utilizando esse material? Com o intuito de fomentar novos caminhos e ajudar a responder à pergunta da Turma do Papel, apresentamos os artistas Hervé Tullet e Michele Milan. Ambos utilizam rasgaduras de papel para produzir suas obras.

Ao apreciarem algumas dessas produções, novas perguntas surgiram:

“Por que o papel rasga?”

“Pode rasgar de qualquer jeito?”

“Se eu rasgar devagar, fica diferente?”

“Tem papel que não rasga?”

“Faz barulho quando rasga?”

“Isso vira arte?”

Para responder a essas e outras perguntas, colocamos a mão na massa, ou melhor, no papel! A turma vivenciou momentos de experimentação e criação. Animados, já estão produzindo suas próprias obras com a técnica da rasgadura de papel.

Papel e Luz

Turma do Papel (TBT)

Durante as investigações da Turma do Papel, as crianças exploraram diversas possibilidades de transformação do material: rasgaram, amassaram, molharam, colaram, pintaram e assim descobriram as características dos mais variados tipos de papel.

Em uma das nossas roda de conversa, enquanto relembravam as experiências já vividas, algumas crianças, que vêm demonstrando grande interesse por brincadeiras com luz e sombra, levantaram uma nova hipótese: será que a luz consegue atravessar todo tipo de papel?

Essa pergunta se transformou em convite para uma nova investigação. Munidos de lanternas e diferentes tipos de papel (papel cartão, cartolina, celofane, folha de papel ofício, entre outros), os pequenos pesquisadores iniciaram uma série de experimentações. Ao posicionar a luz atrás dos papéis, observaram os diferentes efeitos provocados pela transparência, translucidez e/ou opacidade de cada um. Investigaram a luz passando (ou não) pelos papéis, e assim tiveram a chance de perceber que nem todo papel se comporta da mesma forma: alguns deixam a luz passar bem fraquinha, outros com mais intensidade, e há aqueles que não deixam passar nadinha! Também descobrimos que, apesar de ser chamado de papel, o celofane não é papel!

Que Tipo de Papel Usamos para Fazer um Livro?

Turma do Papel (TBT)

Foi com essa pergunta que a Turma do Papel deu início a uma nova investigação sobre esse material tão presente em nosso dia a dia. Ao manusear alguns livros na sala, o amigo Caetano L. levantou uma questão curiosa: que tipo de papel é usado para fazer livros?

Selecionamos alguns exemplares e, em duplas, os pequenos foram explorando as páginas e sentindo a textura, folha por folha. Para alegria e surpresa do grupo, eles logo perceberam que um dos livros tinha um papel bem diferente dos demais, e agora estamos em busca de descobrir o nome desse papel especial!

Durante a roda de conversa, as reflexões sobre os livros continuaram, e novas hipóteses surgiram:

“Os livros guardam histórias.”
“Toda história é inventada.”
“Histórias também podem ser uma lembrança.”
“Então o livro guarda memória!”

A Turma do Papel segue curiosa, com olhos atentos e mãos exploradoras, pronta para descobrir não só o nome daquele papel diferente, mas todos os segredos que os livros e suas páginas ainda têm a revelar.

Já tivemos a oportunidade de explorar um novo livro: O Jornal, de Patrícia Auerbach. Que pistas e novidades será que essa história nos trouxe?

Dobraduras e Rubinho do Vale

Turma do Papel (TBT)

A história do livro O Jornal trouxe uma novidade encantadora: as dobraduras. Afinal, no que uma simples folha de papel pode se transformar? Em barco, chapéu, espada, casa… no que a imaginação permitir!

As crianças se divertiram explorando as muitas possibilidades que as dobraduras oferecem. Durante uma roda de conversa, a amiga Sofia compartilhou com os colegas que seu pai é muito habilidoso com dobraduras, e que até faz origamis! Empolgados, os pequenos decidiram escrever uma carta convidando-o para uma visita especial à turma.

Mas surgiu outra curiosidade: e o jornal, como ele é feito?

Entre perguntas, descobertas e dobraduras, as crianças da Turma do Papel conheceram também a música Favo de Mel, do cantor Rubinho do Vale. Aprenderam um pouco sobre sua história e a cidade onde ele nasceu. O refrão, agora, está na ponta da língua dos pequenos e tem embalado os dias com muita alegria!

Artesanato e Jornal

Turma do Papel (TBT)

A turma segue explorando algumas curiosidades sobre o Vale do Jequitinhonha. Apresentamos às crianças o artesanato da região, com destaque para as bonecas de barro, figuras cheias de expressão, história e sensibilidade.

Durante a roda de conversa, o grupo assistiu a um vídeo e observou algumas imagens. Em seguida, falamos sobre como essas bonecas são feitas, com barro e argila moldados pelas mãos das artesãs. Foi muito bacana perceber como foi despertado o interesse dos pequenos, e como lembraram do material e da técnica das cerâmicas chinesas. 

Tivemos a oportunidade de conversar sobre o jornal e sua função social, entendendo que ele serve para informar, registrar fatos importantes e ajudar a construir a memória de uma comunidade. A conversa nos levou a reflexões importantes, e algumas perguntas surgiram no grupo:

“E as memórias da nossa turma, como podemos  registrar?” 

“E as memórias da escola, onde estão registradas?”

Esses questionamentos nos abriram caminhos para pensar, juntos, de que formas podemos guardar nossas vivências e histórias.

Tivemos ainda uma surpresa cheia de delicadeza: o pai da nossa amiga Sofia presenteou a turma com mini origamis coloridos. As crianças encantaram-se e investigaram cada dobrinha com cuidado.