A chegada à Escola é diferente para cada criança e para cada família. Aos poucos, para quem já é dessa morada escolar, as novidades que antes mobilizavam por vezes trazem insegurança, e as antigas referências dos epaços e brinquedos passam a ter papel importante nesse processo de recomeço. As antigas referências de amigos e adultos da Escola recebem visitas acaloradas e se transformam em porto seguro.
Para quem ainda está descobrindo a nova morada, há também as delicadezas da ação curiosa das crianças, na experimentação da rotina, dos espaços e das relações humanas, e todas essas possibilidades podem gerar frustrações.
Nesses diferentes contextos, a equipe está preparada para acolher e dar contornos considerando cada criança, suas possibilidades, sempre estimulando e valorizando a boa convivência e buscando o desenvolvimento integral de cada uma.
Sempre que as famílias estiverem inseguras, nos procurem, vamos conversar! Juntos, podemos apoiar os filhos de vocês a se devenvolver com os desafios das relações humanas, do despertar para o outro, da curiosidade pelo mundo que os cerca, valorizando a infância como tempo de produção de conhecimento.
Estejamos juntos nesse processo durante 2024!
“Aqui nesse mundão ninguém faz nada sozinho, se alguém te dá a mão fica mais fácil o caminho”
A Turma TDT começou o ano com alegria! A despedida tranquila das famílias, o reencontro com os antigos amigos, a curiosidade em conhecer quem estava chegando e os abraços e sorrisos calorosos para os professores marcaram os primeiros dias na turma.
Entre abraços e olhares atentos, iniciamos a nossa trajetória com brincadeiras que integrassem as crianças, e assim, permitissem nos conhecermos melhor. Nos divertimos durante a retrospectiva do Bloco da Sá Pereira, lembrando de cenas e fantasias.
Aproveitamos para conhecer a nova agenda de 2024, observando os detalhes e a nova imagem da capa que apresenta o tema do Projeto Institucional “Entre nós, cuidado”. Iniciamos discussões sobre o tema, buscando sensibilizar as crianças para a escolha do nome da turma. E num clima de contação de história ouvimos o conto “Um dia na vida de Amos McGee”, de Philip C. Stead.
Muitas descobertas e novidades ainda virão nesse retorno à escola!
As crianças da TDT retornaram cheias de novidades do descanso do Carnaval. Na chegada fizeram lindos registros sobre esse período, que poderão ser apreciados em nosso mural.
Estamos vivenciando o momento de sensibilização do projeto institucional “Entre nós, cuidado”. Fizemos um passeio pela escola observando as imagens que sinalizam as salas. Em roda, conversamos sobre quais imagens chamaram mais atenção e conhecemos o artista equatoriano Eduardo Kingman, o pintor das mãos. A obra Perfil Maternal foi apreciada por muitas crianças do grupo. Em seguida, elas se expressaram sobre o que seria cuidado para elas:
“Quando uma pessoa está doente e você ajuda ela a melhorar.” (Martim)
“Não jogar plástico no mar porque faz mal para as tartarugas.” (Ana)
“Não acabar com as florestas porque corre o risco de se matar, porque as árvores dão o oxigênio para a gente.” (Gabriel)
“Não jogar lixo na rua.” (João Q.)
Iniciamos o ano dialogando com o projeto institucional. Após experimentarmos dançar o samba do nosso bloco de carnaval, criando uma pequena sequência coreográfica, foi a vez de dançarmos o título do projeto.
Conversamos sobre o significado de cada palavra, apreciamos um pequeno trecho da São Paulo Cia de Dança e partimos para a prática dançando entre objetos, ocupando os espaços sem tocá-los.
De mãos dadas, sem soltar, criamos uma coreografia com todos juntos e finalizamos com uma brincadeira de estátua, explorando os gestos relacionados ao cuidado, sugeridos anteriormente.
As crianças da TDT estão animadas para a escolha do nome da turma. Aproveitamos para apreciar mais obras do artista das mãos, Eduardo Kingman, ampliando ainda mais o leque de possibilidades.
Em outro momento, recebemos uma caixa misteriosa direcionada às crianças. Dentro dela havia alguns legumes, como batata baroa, batata inglesa, inhame e cenoura. Inspirada pelo artista das mãos, a turma colocou a mão na massa e preparou uma deliciosa sopa de legumes que foi oferecida carinhosamente aos funcionários da escola.
Neste embalo, vamos traçando caminhos significativos para o nome da turma. Será que a Turma da Amizade vencerá a batalha entre Turma do Carinho, Turma do Abraço e Turma da Alegria? Aguardem as próximas notícias!
A escolha do nome da turma é um momento bastante significativo para o grupo, pois possibilita um lugar de pertencimento coletivo. Depois de sensibilizarmos as crianças da TDT com as discussões sobre o projeto institucional, a letra do samba, as imagens do artista Eduardo Kingman e a deliciosa sopa feita pelas crianças e compartilhada com os funcionários da escola, o grande dia chegou!
O nome já ventilava pelos corredores da escola e no dia da votação a emoção tomou conta de todos. A Turma da Amizade chegou com toda energia e carisma! Para homenagear o nome escolhido, conhecemos a canção A Amizade, do grupo Fundo de Quintal. Com samba no pé e molejo no corpo, escutamos a letra do samba, que fala do amor entre os amigos, iniciando nossas primeiras conversas e traçando possíveis caminhos de pesquisa. As crianças contribuíram com reflexões sobre o que é amizade:
“É amor.” (Miguel)
“Quando uma pessoa começa a gostar muito da outra pessoa.” (Martim)
“Quando seu amigo machuca e você ajuda a levantar.” (Ana)
“É um amigo que gosta de você.” (Clara)
“É uma pessoa que sempre ajuda você.” (Aurora A.)
Convidamos as famílias a embarcarem nessa história e pedimos um registro fotográfico de momentos das crianças com seus amigos.
A Turma da Amizade conheceu a história “Clic e Cloc”, de Estelle Billon-Spagnol. Foi uma ótima oportunidade de reflexão sobre o significado da palavra Amizade. Com a escuta atenta e a sensibilidade aflorada, as crianças relembraram os acontecimentos da narrativa.
“Na história Clic e Cloc, os pássaros se tornam grandes amigos e nunca se separam. Mas um dia, Clic percebeu que Cloc tinha desaparecido. Ele sai pela floresta procurando por Cloc porque sentia saudade do melhor amigo. Quando ele encontra Cloc, Clic vê seu amigo brincando com outros pássaros e fica triste. Clic então volta para a floresta sozinho e triste. Nesse momento, ele deita na terra e observa uma flor nascendo e fica feliz. Depois Cloc procura Clic e quando se encontram falam de suas descobertas incríveis enquanto estavam sozinhos. E juntos descobrem que podem fazer novos amigos.” (Texto Coletivo)
Em seguida, fizeram contribuições interessantes para a pergunta: O que você faz para cuidar de um amigo?
“A gente apoia ele e convida para o seu aniversário.” (Raul)
“Tipo, se a Pérola precisar de alguma ajuda, eu ajudo.” (Pedro)
“Quando um amigo se machuca, eu ajudo ele a se levantar.” (Nina)
“Se um amigo tiver sentado num lugar sem ninguém brincar com ele, eu brinco.” (Francisco)
As crianças da Turma da Amizade compartilharam registros fotográficos de momentos felizes, viagens e passeios com seus diversos amigos, ampliando nossas conversas sobre a amizade, os encontros e o fortalecimento dos vínculos.
Outro momento bastante significativo foi uma conversa sobre o desejo das crianças do que gostariam de pesquisar sobre cuidado. Bichos de estimação e plantas foram os mais citados. Aproveitamos e fizemos uma primeira investigação: Quem tem bichinho em casa? E plantinhas? E na escola, quem cuida do peixinho? Como cuidar?
Assim, vamos traçando caminhos de pesquisa que ampliem e fortaleçam o olhar para o cuidado de si, do outro e do mundo.
Pedimos às famílias que enviem registros fotográficos de momentos de cuidados com as plantas da casa e com os bichinhos de estimação da família, acompanhados de relatos que contem um pouco da história do pet e das plantas. Com esse material, ampliaremos nossas conversas sobre o cuidado com os vegetais e animais, para definirmos as nossas primeiras pesquisas.
Nas aulas de Dança, as crianças têm apreciado obras de diversos artistas que compõem as placas de sinalização da nossa escola. Após uma breve conversa sobre suas observações, buscamos relacioná-las com possibilidades de movimento.
Exploramos movimentos de giro, circulares e ondulatórios e aprendemos sobre a ciranda, dança de roda e seu passo básico, dançando ao som de Lia de Itamaracá.
A turma conheceu a história “Todos os cachorros do meu bairro”, de Philip Stead. Durante a leitura., acompanhamos o personagem Luís e sua avó. Cheio de curiosidade e com o desejo de ter um cachorro, Luís investiga a quantidade e a diversidade de pets em seu bairro. Ao final da pesquisa, é surpreendido pela avó, que realiza seu desejo.
Com um desenrolar encantador, a turma observou a importância do cuidado com os animais na história. Aproveitamos a oportunidade e fizemos uma contagem dos animais de estimação do grupo. Vvimos, através de um gráfico, que a quantidade de gatos é maior que a quantidade de cachorros e peixinhos na casa das crianças. Desta forma, aproximamos as crianças desse recurso matemático, que facilita a leitura e a compreensão de informações.
Outro momento significativo foi a visita do Pipoca, o coelho de estimação do nosso amigo Theodoro, do primeiro ano. Durante a visita, Isabelle, mãe do Theodoro, nos contou sobre alguns cuidados especiais realizados com o coelhinho Pipoca:
“Pipoca não come cenoura e nem alface, ele gosta de rúcula e folhas escuras. Ele se alimenta durante as refeições da família, no café da manhã, no almoço e no jantar. E come alguns lanchinhos durante o dia. Pipoca é bastante bagunceiro e curioso. Adora correr e quando está com medo é importante cobrir seus olhos e seus ouvidos, ele fica mais seguro. Sua audição é bastante aguçada por causa de suas orelhas compridas. Ele ainda é um bebê, tem seis meses e toma banho sozinho, ele mesmo se limpa.”
A partir do desejo das crianças em pesquisar sobre o cuidado com os animais, vamos traçando de forma significativa e afetuosa o caminho do projeto, tendo como ponto de partida os bichos de estimação de nossas casas e os animais que estão próximos da gente. Pretendemos nos aproximar e investigar mais sobre como podemos cuidar dos animais para que eles vivam felizes e saudáveis e todos possamos viver em harmonia e em equilíbrio com o meio ambiente.
Inspirados no carnaval e especialmente no samba, aproveitamos para trabalhar conceitos básicos de pulso musical, através do encaixe rítmico e da levada de cada instrumento.
A ideia, nesses momentos, é percebermos que, cada um se mantendo fiel à execução da parte rítmica do seu instrumento, é possível construirmos juntos um ritmo coletivo, onde cada frase rítmica dialoga, numa sequência de pergunta e resposta, com a batida que os demais amigos estão tocando.
Bom para conhecermos mais sobre o surdo, o tamborim, o pandeiro e o ganzá, sempre utilizando também a silabação do nome de cada um desses instrumentos, associado ao próprio fraseado rítmico que caracteriza suas respectivas levadas. A exemplo do “sur-do”, com sua marcação binária e sua levada de mão-baqueta.
Percebemos, também, a necessidade da organização e atenção corporal para as performances com os instrumentos. Saber ouvir o que está sendo tocado é fundamental, entender o silêncio, que no caso da levada do surdo é tocado pela mão ao abafar a pele do tambor entre os golpes das baquetas. Para coroar essa atividade e ainda contemplar um pouco a ideia geral do nosso projeto pedagógico deste ano, trouxemos a música Aquele Abraço, do Gilberto Gil, para as crianças conhecerem.
Agora com os nomes das turmas já escolhidos e com cada turma trilhando os rumos de seus próprios projetos, estamos buscando ampliar nosso repertório de músicas e atividades.
Das canções de ninar que nos dão colo às rimas da palavra cafuné e ao tambor que trazemos no peito — que podemos sentir e escutar ao encostarmos o ouvido no peito do amigo, para ver se está batendo lento como uma tartaruga ou acelerado como um passarinho. Do tanto de sons orgânicos que desde a barriga da nossa mãe a gente escuta e já transforma em balbucios e sons guturais que produzimos ainda bebês.
Do Coração Bobo do Alceu Valença à Amizade contada pelo Fundo de Quintal, com carinho e muito cuidado parece que vem muita coisa boa por aí.
Os peixinhos do mar
Vêm na areia sambar…
A Turma da Amizade foi até a secretaria da escola investigar sobre os peixes do aquário. Encontraram com a Mônica com a Amanda e fizeram algumas perguntas:
Quem cuida dos peixinhos? Quem coloca comida para eles? Para que serve a bombinha que sai água? Quem limpa o aquário?
Na conversa, descobrimos que os cuidadores dos peixes são a Mônica, o Hugo e o Alexandre, e que eles são alimentados uma vez por dia. A bombinha serve para oxigenar a água para os peixes respirarem e o aquário é limpo quando a água começa a ficar turva e os elementos, que estão imersos na água, começam a apresentar impurezas.
Para homenagear nossos peixinhos, conhecemos a música Samba na Areia, do cantor, compositor e professor Pixinguinha, ampliando nosso repertório musical. Em seguida, a turma expressou sua arte na produção de um trabalho inspirado na pesquisa realizada.
Nas aulas de Música, a turma embarcou na peça teatral Os Saltimbancos, do compositor Luis Enriquez Bacalov, adaptada pelo compositor Chico Buarque.
A música História de uma gata já está na ponta da língua e faz parte de muitos momentos vividos no dia a dia da escola. A partir dessa canção, conhecemos os hábitos dos felinos que habitam os lares de algumas crianças da turma e da professora. Raquel aproveitou para contar sobre os hábitos de suas gatinhas Lalá e Sky, apresentando um vídeo de um momento carinhoso da Lalá.
As crianças conheceram a escultura Gato, de Botero, e inspiradas por essa obra de arte puderam criar seus próprios gatos usando argila.
A turma foi visitar o Parque Guinle para conhecer os animais que lá vivem e descobrir quem são os seus cuidadores.
As crianças se empenharam em relatar essa incrível experiência, atentas às sequências dos acontecimentos. Desta forma, aproximamos a turma da nossa língua e de sua função social:
“A Turma da Amizade foi ao Parque Guinle para pesquisar sobre os animais e ver se eles estavam sendo bem cuidados. Seguimos por uma trilha e vimos no lago patos, gansos, tartarugas, peixes gigantes, carpas e um lindo cisne. Fomos caminhando pelo parque para encontrar o cuidador desses animais. Passamos por uma casinha e conhecemos o Joelton, que era amigo do Alexandre e trabalhava na limpeza do espaço. Joelton nos disse que quem cuidava dos animais era a Rita e que ela estava passeando com seus dois cachorros, um preto e um branco. Continuamos caminhando e depois de um tempo encontramos com ela. Rita nos contou sobre a enfermaria do parque, onde os animais são cuidados quando se machucam, e se fosse um machucado muito sério eles chamavam a patrulha ambiental que levava os bichos. Disse também que monitorava o nascimento dos tucanos e que eles precisavam de três dias sendo alimentados por seus pais. Vimos também uma tartaruga atravessando uma das trilhas para escolher um lugar para colocar seus ovinhos, ficamos em cocorinha e em silêncio observando ela passar. Depois tiramos uma foto com ela e conversamos com o Joelton, ele nos contou que limpava o espelho d’água, e para limpar o fundo do lago eles chamavam a Águas do Rio. Tiramos uma foto com ele e fomos lanchar. No final, brincamos um pouquinho e vimos mais uma vez os patinhos e percebemos que eles tinham uma pulseirinha nas patinhas. Fomos embora cantando a música dos Saltimbancos. Achamos o passeio muito especial, divertido e legal.”
(Texto Coletivo)
Em 1982, foi criado, pelo Comitê Internacional da Dança da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Dia Internacional da Dança, com o intuito de reconhecer e promover a arte da dança como forma de expressão.
A data escolhida, 29 de abril, celebra o nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), importante mestre de balé francês que deixou contribuições significativas para a história da dança.
Para comemorar, as turmas da Educação Infantil tiveram uma aula diferente. Fomos à praça do Largo dos Leões, onde aquecemos nosso corpo e dançamos. Dialogando com o projeto institucional, utilizamos tecidos coloridos que estabeleceram conexões entre as duplas e os trios de crianças, buscando explorar as diferentes possibilidades de elementos parceiros para a dança.
Mergulhando um pouco mais no projeto e no mote dos nomes desenvolvidos pelas turmas da Educação Infantil, temos ampliado nosso repertório musical, trazendo também as brincadeiras-de-roda e a dramaticidade para nos auxiliar nesse momento.
A Turma da Amizade está completamente envolvida com a história dos Saltimbancos. Além da música Bicharia, conhecemos as respectivas canções dos quatro personagens, que queriam formar um conjunto musical enquanto fugiam para a cidade. Durante nossas aulas, as crianças conheceram a música Minha Canção e as sete notas musicais da escala de Dó. Aproveitamos o tapete da sala de Música para criarmos uma amarelinha musical, na qual era possível subir e descer a escala cantando enquanto jogávamos.
As turmas do Coração e do Amor conheceram outras canções, como Bate Coração, cantada por Elba Ramalho e Flor, e a música Minha Flor, cantada pelo Antônio Nóbrega e brincada pelas crianças em roda.
A Turma do Cafuné, a partir de um texto criado pelas crianças usando palavras terminadas em “é”, em parceria com a professora, criou uma música que brinca com a ideia de descobrir o que é um cafuné. Essa composição, junto com a frase célebre da Leila Diniz, “Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”, gerou o nosso refrão: “Cafuné, Zé, eu quero até de Jacaré”.
Já a Turma do Colo está conhecendo a música Eu quero colo, do Bode Bé. Essa canção mostra porque um colinho é tudo de bom e importante pros pequeninos. Eles também estão conhecendo o hit Mama África, de Chico César, falando que mesmo trabalhando duro a mãe está sempre ligada cuidando do seu bebê. E dá-lhe sling…
A turma recebeu uma visita muito especial: a veterinária Duda, prima do nosso amigo Francisco.
Duda trouxe grandes contribuições para as nossas pesquisas sobre o cuidado com os animais. Contou sobre suas experiências e apresentou imagens de alguns bichos, como pinguins, jaguatirica, filhotes de gambá, macaco e cobras, apresentando a diferença entre animais domésticos e animais selvagens. Explicou a importância do Zoológico como lar dos animais que não conseguem sobreviver sozinhos na natureza. Ela nos disse que, durante a faculdade, o Zoológico foi um lugar de pesquisa e aprendizado sobre algumas espécies selvagens.
Nessa adorável conversa, conhecemos o Projeto Tamar, familiar para algumas crianças da turma. Foi uma ótima oportunidade para ouvirmos a história O resgate da tartaruga, de Guilherme Domenichelli. A narrativa envolveu as crianças numa interessante conversa sobre o cuidado e a preservação das tartarugas e, a partir dessa leitura, fizemos algumas descobertas: vimos as diferenças entre o jabuti, o cágado e as tartarugas-marinhas. As tartarugas-marinhas sempre desovam no lugar de origem do seu nascimento; elas precisam esperar cinquenta dias para nascer e podem chegar a mais de 100 anos.
Embalados por tantas descobertas sobre o cuidado com os animais, conhecemos a música Bichos, de Ivete Sangalo e Saulo Fernandes e, em ritmo dançante, perguntamos às crianças: E se você fosse um bicho, qual seria?
Envolvidas pelas pesquisas no cuidado com os animais, as crianças da Turma da Amizade embarcaram na brincadeira da letra da música Bicho, de Ivete Sangalo e Saulo Fernandes, e se transformaram em coruja, leopardo, leão, canguru e até dragão!
Outro momento foi a contribuição do amigo Raul com a história Estranhas criaturas, de Cristóbal León e Cristina Rubio. Na narrativa sensível e preocupante, os animais da floresta, depois de retornarem de uma festa, têm uma desagradável surpresa: suas casas e árvores haviam desaparecido.
A história chamou a atenção das crianças, então perguntamos: O que você faria para proteger a casa dos animais selvagens?
“Eu plantaria árvores e frutos para eles.” (João)
“Se eles não tivessem casa, eu iria oferecer a minha casa para eles.”(Clara)
“Eu iria achar um espaço com muita terra para plantar árvores para eles.”(Pérola)
“Se eles não tivessem comida, eu daria a minha comida para eles.”(Francisco)
Nossa investigação agora segue em novos rumos: Quem cuida dos animais selvagens?
A turma fez o exercício de listar alguns dos animais selvagens conhecidos por eles: onça-pintada, macaco-prego, lebre, jaguatirica e capivara.
Pensando na proteção desses animais, pesquisamos sobre o Ibama e descobrimos que essa instituição tem um papel fundamental para a preservação e conservação do meio ambiente, incluindo toda a diversidade da fauna do nosso país. A conversa se estendeu para identificarmos os animais em extinção, como o lobo-guará, a baleia azul e a arara-azul, e para pensarmos nos já extintos. Por que será que eles desapareceram? As crianças deram contribuições interessantes:
“Eles estão ficando em extinção porque estão cortando as casas dos animais.” (Clara)
“Só ficam em extinção os animais da floresta porque as pessoas constroem prédios.” (Francisco)
“Um exemplo, quanto mais a gente mata a natureza mas a gente perde.” (João F.)
“Porque os caçadores estão matando os animais.” (Gabriel)
A Turma da Amizade teve dois encontros interessantes que complementaram nossas pesquisas. Recebemos o Luís, professor de Yoga e pai da amiga Aurora Barpp. As crianças conheceram diferentes posições de bichos que são desenvolvidas nesta prática que trabalha corpo e mente. Depois uma divertida brincadeira fez parte desse encontro especial: o pique-macaco, com algumas posições desafiadoras como guerreiro, guerreiro-surfista, árvore e cachorro. As crianças fizeram comentários sobre esse encontro:
“Eu gostei muito de brincar de pique- macaco.” (Pérola)
“Fiquei impressionado em como ele fazia bem o movimento do macaco.” (Martim)
“Fiquei impressionada como ele conseguia ficar todo equilibrado.” (Clara)
“Fiquei impressionado com ele de ponta cabeça.” (Miguel)
Em outro dia, recebemos a visita da Thai, amiga da Clarissa, mãe da amiga Pérola. Thai nos contou sobre sua experiência quando foi diretora de um abrigo de animais. Atualmente ela é voluntária e contribui no resgate dos animais e na feira de adoção. As crianças tiraram dúvidas e contaram algumas histórias de seus bichinhos de estimação.
Foram dois encontros especiais que enriqueceram nossas tardes.
Foi com muita alegria que a Turma da Amizade recebeu as famílias na escola. Apropriadas da construção coletiva do projeto desenvolvido ao longo do semestre, elas cantaram, dançaram e apresentaram seus trabalhos artísticos com muita alegria. O repertório musical dos Saltimbancos foi apreciado por todos, e a turma demonstrou muita autonomia e domínio coletivo durante a apresentação. Foi lindo!
Continuando nossas pesquisas sobre o cuidado com os animais, as crianças conheceram o livro Deu bicho nas cantigas, de Deborah Barros. De forma divertida, a autora faz uma animada brincadeira com as cantigas infantis tradicionais, apresentando os bichos e suas características.
Cantamos a arara-azul na versão da Linda rosa juvenil, e no decorrer da cantiga conhecemos a bióloga Neiva Guedes — protetora das araras, ela lançou o Projeto Arara-Azul, que promoveu um significativo crescimento da população dessa espécie vulnerável à extinção. Aprofundamos nossos conhecimentos através do relato da pesquisadora, conhecendo as características da maior arara do mundo, que mede 1 m e pesa 1,3 kg.
Passado o momento de Arte com as Famílias, onde Renata e eu mostramos um pouco do repertório musical e corporal deflagrado pelos projetos de cada turma, vamos nos aproximando da nossa Festa Junina. Encontros e festas são momentos de confraternização mas, também, envolve todo cuidado no seu preparo. Da escolha do repertório, da construção de uma coreografia, passando pela roupa, adereços, enfeites, das histórias contadas e é claro passando pelo alimento. Do corpo e alma. A Festa Junina é uma festa comunitária e agregadora. Todos são convidados e aguardados para a festa. Opa, todos não, parece que tem um santinho famoso que faz questão de dormir no dia do seu próprio aniversário. Cuidado…São João está dormindo, não acorda não… enquanto ele dorme, vamos nos divertindo um bocado com seu boizinho que ele tanto ama. Meu coração já tá batendo que não tem jeito, pipocando forte dentro do peito. E o de vocês?
A Turma da Amizade recebeu uma visita muito especial, e juntos elaboramos um texto para contar sobre essa rica experiência:
“A nossa turma recebeu a visita da Joana, mãe da nossa amiga Aurora Amorim. Ela veio nos contar sobre seu trabalho com a argila. Joana contou que a argila é feita da terra, ela mostrou vários tipos de argila nas cores rosa, lilás, amarelo, roxo e azul claro. Vimos também imagens de mamadeiras dos homens pré-históricos e alguns objetos muito antigos, como tigelas que eram usadas para comer e beber. Depois ela apresentou algumas peças feitas por ela, pela avó da Aurora e pela Aurora e seu irmão Rodrigo, como: tigelas, um sino com saia e pernas de bailarina e um dinossauro de parede. Depois Joana mostrou com um fio de nylon como se corta a argila e distribuiu os pedaços para a gente. Amassamos muito a argila para tirar todo o ar dela, Joana disse que se tiver ar, ela explode no forno. Em seguida, ela foi mostrando as etapas para a construção do lobo guará, animal em risco de extinção. Foi uma visita muito importante e especial demais. Nós adoramos!”
(Texto Coletivo)
Continuando nossas pesquisas e inspirados nas informações sobre o tamanho e o peso da Arara Azul, estamos registrando o tamanho das crianças da turma e comparando com as medidas da nossa ave. Aguardem os resultados!
A Turma da Amizade finalizou as medições e os registros sobre a estatura das crianças, que serviram de parâmetro para comparar com o tamanho da arara-azul. Nesta atividade, o grupo visualizou e refletiu sobre o nosso sistema de numeração, ampliando os conhecimentos matemáticos.
Nossos caminhos pelo cuidado com os animais continuam a todo vapor, e apreciamos o livro Animais simpáticos, comportamentos estranhos, por quê?, de Carol Fischer. A partir dessa leitura, conhecemos a relação ecológica de protocooperação, que consiste na interação entre algumas espécies de animais na qual um coopera com o outro. Durante as pesquisas descobrimos que o jacaré descansa de boca aberta, assim os passarinhos aproveitam e comem os pequenos pedacinhos de comida que ficam presos entre os seus dentes.
Outro momento bastante significativo foi a apreciação do Projeto Baleia Jubarte, instituição de conservação da espécie. Esse novo conhecimento expandiu o nosso olhar sobre o cuidado com as espécies vulneráveis à extinção. Francisco e João também trouxeram livros que enriqueceram as pesquisas e conversas sobre a nossa relação com o meio ambiente.
A Turma da Amizade conheceu a história Na floresta do Bicho Preguiça, de Anouck Boisrobert. A narrativa mobilizou a turma, numa interessante reflexão sobre a nossa relação com o meio ambiente. Aproveitamos para perguntar ao grupo: Como você cuida da natureza? O que podemos fazer para preservá-la? Finalizamos assim nossas pesquisas sobre a fauna e a nossa relação com o meio ambiente.
“Eu ia plantar uma floresta e regar as plantinhas.” (Gabriel)
“Eu ia plantar um monte de árvores novas do mesmo tipo e colocaria uma placa dizendo: ‘Não coloque lixo no chão e sim na lixeira’. A gente deveria sentir o mesmo que os animais sentem.” (Aurora B.)
“Eu ia plantar uma floresta para os bichos morarem, daí eu ia fazer ninhos para os passarinhos e casa para os animais.” (Clara)
“Eu ia ajudar a floresta como o moço da história, para os animais conseguirem viver.” (João F.)
“Eu ia pesquisar umas sementes, aí eu ia plantar e esperar os bichos voltarem.” (Ana)
“Toda vez que uma floresta desaparece eu plantaria de novo novas árvores, eu falaria para os bichinhos voltarem e todo dia cuidaria deles e regaria as plantas.” (Raul)
E não paramos por aí, com uma semana animada, entre tamanduás, jacarés, boi e milho, iniciamos nossos preparativos para o grande dia do nosso Arraial da Pereirinha! No clima de festa, apreciamos a obra O forró dos bichos, do artista J. Borges, que nos inspirou para criarmos homenagens aos músicos que contagiam essa festa com sua arte.
A Turma da Amizade deu continuidade aos preparativos para o Arraial da Pereirinha. Nesse embalo, ouvimos a história do Bumba meu boi bumbá, de Roger Mello. Conhecemos os personagens Coronel Lourenço, Pai Francisco, Catirina, Delegado e o Pajé, e num divertido enredo de rimas nos envolvemos no personagem que contagia nossos festejos juninos, o boi. As crianças ficaram encantadas e entusiasmadas pela narrativa, e então resolvemos produzir boizinhos encantados inspirados pela história.
Estamos animados com o nosso festejo e aguardamos todos para o grande arraial.
Viva São João! Viva o Boi!
Nas aulas de Dança e Música, os preparativos para o nosso Arraial estão a todo o vapor.
Animadas, as crianças têm se familiarizado com o repertório que fará parte da festa.
Xote, Ciranda e Boi são alguns dos ritmos que vêm sendo vivenciados em nossas movimentações coletivas.
Esperamos vocês amanhã!
E viva o Arraial da Sá Pereira!